‘Trouble, trouble’: Erika Hilton pede investigação sobre venda de ingressos do show de Taylor Swift


Em ofício enviado na tarde desta segunda, deputada pede inclusão da empresa organizadora em inquérito civil; Procon de São Paulo também afirma ter acionado a T4F

Por Isabella Alonso Panho
Atualização:

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) pediu nesta segunda-feira, 12, ao Ministério Público de São Paulo que investigue a Tickets For Fun – também chamada pela abreviação, T4F – , empresa responsável pela venda dos ingressos para os shows da cantora estadunidense Taylor Swift. A solicitação da parlamentar é de que a empresa seja incluída em outro inquérito civil, já em andamento, que apura supostas irregularidades na venda de ingressos da banda RBD.

Como mostrou o Estadão, as filas para compra de ingressos físicos no Allianz Parque terminaram com intervenção da Polícia Militar. Algumas pessoas da fila relataram à reportagem que chegaram a ser ameaçadas de morte por cambistas, que tentaram furar a fila no intuito de obter ingressos para posterior revenda a preços exorbitantes. Sites não-oficiais chegam a cobrar R$ 5 mil para shows da cantora.

continua após a publicidade

As filas online para compras de ingressos foram ainda maiores: em determinados momentos, chegaram a ter 1,6 milhão de pessoas. Em janeiro deste ano, as vendas de ingressos para shows dessa mesma turnê nos Estados Unidos também colocou a empresa organizadora, a TicketMaster, na mira das autoridades. A primeira rodada de vendas, em novembro de 2022, foi cancelada porque foram feitos 3,5 bilhões de pedidos de compras - incluindo tanto pessoas físicas quanto bots (robôs virtuais) e cambistas.

Esse e outros episódios foram mencionados pela parlamentar. “Há relatos de cambismo, casos de violência envolvendo cambistas e até suspeitas de serviços digitais voltados à ‘furar filas’ virtuais para compra de ingressos. Tudo isso fere os direitos do consumidor, e se já há uma investigação do MP ocorrendo sobre o tema, cabe sua ampliação”, disse a deputada.

A hipótese que Erika levanta no ofício é de que esquemas ilegais para venda de ingressos podem ser caracterizados como “crimes contra a economia popular”, por causa da “manipulação ilegal de preços e tendências de mercado”. No site do Ministério Público paulista constam quatro inquéritos civis sobre a T4F que já foram abertos e arquivados, nos anos de 2013, 2015, 2016 e 2019. Apenas o mais recente tratou sobre supostas irregularidades na fila virtual para venda de ingressos.

continua após a publicidade

A reportagem entrou em contato com a T4F através do formulário disponibilizado em seu site. Até o momento, não houve retorno.

Na mira do Procon

Além do Ministério Público, outro órgão que acompanha o caso é a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor, o Procon, de São Paulo. Em nota divulgada nesta segunda, a entidade disse que estava notificando a empresa organizadora do evento para prestar esclarecimentos.

continua após a publicidade

“De acordo com uma análise preliminar das reclamações de consumidores registradas no site do órgão de defesa do consumidor, os ingressos – cuja venda começou nesta segunda-feira – teriam se esgotado em poucas horas nos canais oficiais; mas estariam sendo anunciados e vendidos em sites não-oficiais a preços muito maiores”, disse o Procon-SP em nota.

O colega de sigla de Erika Hilton, Guilherme Cortez (PSOL-SP), deputado estadual, espelhou o gesto e também enviou uma notificação ao Procon-SP, pedindo que o episódio seja averiguado.

continua após a publicidade

Depois que receber a resposta da T4F, o órgão analisará se houve infrações ao Código de Defesa do Consumidor e poderá aplicar multas ou chegar a um acordo com a empresa para solucionar as reclamações feitas pelos fãs da cantora.

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) pediu nesta segunda-feira, 12, ao Ministério Público de São Paulo que investigue a Tickets For Fun – também chamada pela abreviação, T4F – , empresa responsável pela venda dos ingressos para os shows da cantora estadunidense Taylor Swift. A solicitação da parlamentar é de que a empresa seja incluída em outro inquérito civil, já em andamento, que apura supostas irregularidades na venda de ingressos da banda RBD.

Como mostrou o Estadão, as filas para compra de ingressos físicos no Allianz Parque terminaram com intervenção da Polícia Militar. Algumas pessoas da fila relataram à reportagem que chegaram a ser ameaçadas de morte por cambistas, que tentaram furar a fila no intuito de obter ingressos para posterior revenda a preços exorbitantes. Sites não-oficiais chegam a cobrar R$ 5 mil para shows da cantora.

As filas online para compras de ingressos foram ainda maiores: em determinados momentos, chegaram a ter 1,6 milhão de pessoas. Em janeiro deste ano, as vendas de ingressos para shows dessa mesma turnê nos Estados Unidos também colocou a empresa organizadora, a TicketMaster, na mira das autoridades. A primeira rodada de vendas, em novembro de 2022, foi cancelada porque foram feitos 3,5 bilhões de pedidos de compras - incluindo tanto pessoas físicas quanto bots (robôs virtuais) e cambistas.

Esse e outros episódios foram mencionados pela parlamentar. “Há relatos de cambismo, casos de violência envolvendo cambistas e até suspeitas de serviços digitais voltados à ‘furar filas’ virtuais para compra de ingressos. Tudo isso fere os direitos do consumidor, e se já há uma investigação do MP ocorrendo sobre o tema, cabe sua ampliação”, disse a deputada.

A hipótese que Erika levanta no ofício é de que esquemas ilegais para venda de ingressos podem ser caracterizados como “crimes contra a economia popular”, por causa da “manipulação ilegal de preços e tendências de mercado”. No site do Ministério Público paulista constam quatro inquéritos civis sobre a T4F que já foram abertos e arquivados, nos anos de 2013, 2015, 2016 e 2019. Apenas o mais recente tratou sobre supostas irregularidades na fila virtual para venda de ingressos.

A reportagem entrou em contato com a T4F através do formulário disponibilizado em seu site. Até o momento, não houve retorno.

Na mira do Procon

Além do Ministério Público, outro órgão que acompanha o caso é a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor, o Procon, de São Paulo. Em nota divulgada nesta segunda, a entidade disse que estava notificando a empresa organizadora do evento para prestar esclarecimentos.

“De acordo com uma análise preliminar das reclamações de consumidores registradas no site do órgão de defesa do consumidor, os ingressos – cuja venda começou nesta segunda-feira – teriam se esgotado em poucas horas nos canais oficiais; mas estariam sendo anunciados e vendidos em sites não-oficiais a preços muito maiores”, disse o Procon-SP em nota.

O colega de sigla de Erika Hilton, Guilherme Cortez (PSOL-SP), deputado estadual, espelhou o gesto e também enviou uma notificação ao Procon-SP, pedindo que o episódio seja averiguado.

Depois que receber a resposta da T4F, o órgão analisará se houve infrações ao Código de Defesa do Consumidor e poderá aplicar multas ou chegar a um acordo com a empresa para solucionar as reclamações feitas pelos fãs da cantora.

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) pediu nesta segunda-feira, 12, ao Ministério Público de São Paulo que investigue a Tickets For Fun – também chamada pela abreviação, T4F – , empresa responsável pela venda dos ingressos para os shows da cantora estadunidense Taylor Swift. A solicitação da parlamentar é de que a empresa seja incluída em outro inquérito civil, já em andamento, que apura supostas irregularidades na venda de ingressos da banda RBD.

Como mostrou o Estadão, as filas para compra de ingressos físicos no Allianz Parque terminaram com intervenção da Polícia Militar. Algumas pessoas da fila relataram à reportagem que chegaram a ser ameaçadas de morte por cambistas, que tentaram furar a fila no intuito de obter ingressos para posterior revenda a preços exorbitantes. Sites não-oficiais chegam a cobrar R$ 5 mil para shows da cantora.

As filas online para compras de ingressos foram ainda maiores: em determinados momentos, chegaram a ter 1,6 milhão de pessoas. Em janeiro deste ano, as vendas de ingressos para shows dessa mesma turnê nos Estados Unidos também colocou a empresa organizadora, a TicketMaster, na mira das autoridades. A primeira rodada de vendas, em novembro de 2022, foi cancelada porque foram feitos 3,5 bilhões de pedidos de compras - incluindo tanto pessoas físicas quanto bots (robôs virtuais) e cambistas.

Esse e outros episódios foram mencionados pela parlamentar. “Há relatos de cambismo, casos de violência envolvendo cambistas e até suspeitas de serviços digitais voltados à ‘furar filas’ virtuais para compra de ingressos. Tudo isso fere os direitos do consumidor, e se já há uma investigação do MP ocorrendo sobre o tema, cabe sua ampliação”, disse a deputada.

A hipótese que Erika levanta no ofício é de que esquemas ilegais para venda de ingressos podem ser caracterizados como “crimes contra a economia popular”, por causa da “manipulação ilegal de preços e tendências de mercado”. No site do Ministério Público paulista constam quatro inquéritos civis sobre a T4F que já foram abertos e arquivados, nos anos de 2013, 2015, 2016 e 2019. Apenas o mais recente tratou sobre supostas irregularidades na fila virtual para venda de ingressos.

A reportagem entrou em contato com a T4F através do formulário disponibilizado em seu site. Até o momento, não houve retorno.

Na mira do Procon

Além do Ministério Público, outro órgão que acompanha o caso é a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor, o Procon, de São Paulo. Em nota divulgada nesta segunda, a entidade disse que estava notificando a empresa organizadora do evento para prestar esclarecimentos.

“De acordo com uma análise preliminar das reclamações de consumidores registradas no site do órgão de defesa do consumidor, os ingressos – cuja venda começou nesta segunda-feira – teriam se esgotado em poucas horas nos canais oficiais; mas estariam sendo anunciados e vendidos em sites não-oficiais a preços muito maiores”, disse o Procon-SP em nota.

O colega de sigla de Erika Hilton, Guilherme Cortez (PSOL-SP), deputado estadual, espelhou o gesto e também enviou uma notificação ao Procon-SP, pedindo que o episódio seja averiguado.

Depois que receber a resposta da T4F, o órgão analisará se houve infrações ao Código de Defesa do Consumidor e poderá aplicar multas ou chegar a um acordo com a empresa para solucionar as reclamações feitas pelos fãs da cantora.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.