Deputado bolsonarista diz que ‘deveria estar preso’ por financiar acampamento golpista; veja vídeo


Parlamentar da Assembleia Legislativa de Goiás, Amauri Ribeiro afirmou que, além de ter dado dinheiro, participou de protesto e levou comida e água a manifestantes; presidente do União Brasil repudia afirmações e destaca que direção do partido vai analisar possível punição

Por Alessandra Monnerat
Atualização:

O deputado estadual de Goiás Amauri Ribeiro (União Brasil) disse nesta terça-feira, 6, que “também deveria estar preso” por financiar acampamentos bolsonaristas contrários ao resultado das eleições. Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa goiana (Alego), o parlamentar afirmou que, além de ter dado dinheiro para manifestantes favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro, participou de um acampamento e levou comida e água.

No discurso, o deputado respondeu a uma declaração do colega Mauro Rubem (PT), que anteriormente havia defendido a punição daqueles que estimularam atos antidemocráticos. O parlamentar bolsonarista também se referia à prisão do coronel Benito Franco, ex-comandante da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas). O policial foi preso pela Polícia Federal em abril, na décima fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro.

Deputado estadual de Goiás Amauri Ribeiro (União) Foto: Maykon Cardoso/Alego
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“A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem desse Estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso, respondendo ao senhor deputado Mauro Rubem”, disse, irônico. “Eu ajudei a bancar quem estava lá. Mande me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, eu levei comida, eu levei água, eu dei dinheiro, eu acampei lá e também fiquei na porta. Porque sou patriota.”

Ribeiro acrescentou que o dinheiro para financiar os protestos contra o resultado das eleições “não veio de fora, veio de gente que acredita nessa nação e que defende esse País e que não concorda com o governo corrupto e bandido”.

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PF investiga financiadores de atos golpistas

A Polícia Federal deflagrou uma investigação sobre os atos golpistas de 8 de Janeiro com foco nos executores, financiadores, incitadores e organizadores dos ataques. Em 23 de maio, a corporação abriu a 12ª fase da Operação Lesa Pátria, que focou em agentes que teriam se omitido no controle de manifestantes extremistas em Brasília. A 11ª fase, no início do mês passado, mirou sobretudo em financiadores, entre eles empresários e produtores rurais.

Durante as diligências, os investigadores apreenderam um verdadeiro arsenal - cinco armas foram encontradas na casa de um só alvo, em Mato Grosso do Sul. Na residência de um investigado de Bauru, no interior paulista, a PF apreendeu R$ 48.850 e US$ 142.600 - o equivalente a R$ 704.444 mil.

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Além da PF, uma CPMI no Congresso e uma CPI na Câmara Distrital, em Brasília, investigam os ataques antidemocráticos.

Reprimenda do partido

Em entrevista à CNN, o presidente do União Brasil e deputado federal Luciano Bivar (PE) afirmou que vai submeter o caso à análise da direção nacional do partido para que o correligionário seja repreendido. “Fomos surpreendidos com essa inominável declaração”, disse Bivar. “O União repudia veementemente qualquer ato ou manifestação que agrida a democracia.”

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Em entrevista à Rádio Bandeirantes de Goiânia, Amauri Ribeiro recuou e disse que “não seria idiota de falar um absurdo desses” sobre financiar acampamentos antidemocráticos. Ele alegou que os manifestantes apoiados por ele “saíram das portas dos quarteis” antes do fim do ano e não tiveram envolvimento com os atos de Brasília. O parlamentar argumentou que distorceram a fala dele.

O deputado estadual de Goiás Amauri Ribeiro (União Brasil) disse nesta terça-feira, 6, que “também deveria estar preso” por financiar acampamentos bolsonaristas contrários ao resultado das eleições. Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa goiana (Alego), o parlamentar afirmou que, além de ter dado dinheiro para manifestantes favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro, participou de um acampamento e levou comida e água.

No discurso, o deputado respondeu a uma declaração do colega Mauro Rubem (PT), que anteriormente havia defendido a punição daqueles que estimularam atos antidemocráticos. O parlamentar bolsonarista também se referia à prisão do coronel Benito Franco, ex-comandante da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas). O policial foi preso pela Polícia Federal em abril, na décima fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro.

Deputado estadual de Goiás Amauri Ribeiro (União) Foto: Maykon Cardoso/Alego

“A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem desse Estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso, respondendo ao senhor deputado Mauro Rubem”, disse, irônico. “Eu ajudei a bancar quem estava lá. Mande me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, eu levei comida, eu levei água, eu dei dinheiro, eu acampei lá e também fiquei na porta. Porque sou patriota.”

Ribeiro acrescentou que o dinheiro para financiar os protestos contra o resultado das eleições “não veio de fora, veio de gente que acredita nessa nação e que defende esse País e que não concorda com o governo corrupto e bandido”.

PF investiga financiadores de atos golpistas

A Polícia Federal deflagrou uma investigação sobre os atos golpistas de 8 de Janeiro com foco nos executores, financiadores, incitadores e organizadores dos ataques. Em 23 de maio, a corporação abriu a 12ª fase da Operação Lesa Pátria, que focou em agentes que teriam se omitido no controle de manifestantes extremistas em Brasília. A 11ª fase, no início do mês passado, mirou sobretudo em financiadores, entre eles empresários e produtores rurais.

Durante as diligências, os investigadores apreenderam um verdadeiro arsenal - cinco armas foram encontradas na casa de um só alvo, em Mato Grosso do Sul. Na residência de um investigado de Bauru, no interior paulista, a PF apreendeu R$ 48.850 e US$ 142.600 - o equivalente a R$ 704.444 mil.

Além da PF, uma CPMI no Congresso e uma CPI na Câmara Distrital, em Brasília, investigam os ataques antidemocráticos.

Reprimenda do partido

Em entrevista à CNN, o presidente do União Brasil e deputado federal Luciano Bivar (PE) afirmou que vai submeter o caso à análise da direção nacional do partido para que o correligionário seja repreendido. “Fomos surpreendidos com essa inominável declaração”, disse Bivar. “O União repudia veementemente qualquer ato ou manifestação que agrida a democracia.”

Em entrevista à Rádio Bandeirantes de Goiânia, Amauri Ribeiro recuou e disse que “não seria idiota de falar um absurdo desses” sobre financiar acampamentos antidemocráticos. Ele alegou que os manifestantes apoiados por ele “saíram das portas dos quarteis” antes do fim do ano e não tiveram envolvimento com os atos de Brasília. O parlamentar argumentou que distorceram a fala dele.

O deputado estadual de Goiás Amauri Ribeiro (União Brasil) disse nesta terça-feira, 6, que “também deveria estar preso” por financiar acampamentos bolsonaristas contrários ao resultado das eleições. Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa goiana (Alego), o parlamentar afirmou que, além de ter dado dinheiro para manifestantes favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro, participou de um acampamento e levou comida e água.

No discurso, o deputado respondeu a uma declaração do colega Mauro Rubem (PT), que anteriormente havia defendido a punição daqueles que estimularam atos antidemocráticos. O parlamentar bolsonarista também se referia à prisão do coronel Benito Franco, ex-comandante da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas). O policial foi preso pela Polícia Federal em abril, na décima fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro.

Deputado estadual de Goiás Amauri Ribeiro (União) Foto: Maykon Cardoso/Alego

“A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem desse Estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso, respondendo ao senhor deputado Mauro Rubem”, disse, irônico. “Eu ajudei a bancar quem estava lá. Mande me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, eu levei comida, eu levei água, eu dei dinheiro, eu acampei lá e também fiquei na porta. Porque sou patriota.”

Ribeiro acrescentou que o dinheiro para financiar os protestos contra o resultado das eleições “não veio de fora, veio de gente que acredita nessa nação e que defende esse País e que não concorda com o governo corrupto e bandido”.

PF investiga financiadores de atos golpistas

A Polícia Federal deflagrou uma investigação sobre os atos golpistas de 8 de Janeiro com foco nos executores, financiadores, incitadores e organizadores dos ataques. Em 23 de maio, a corporação abriu a 12ª fase da Operação Lesa Pátria, que focou em agentes que teriam se omitido no controle de manifestantes extremistas em Brasília. A 11ª fase, no início do mês passado, mirou sobretudo em financiadores, entre eles empresários e produtores rurais.

Durante as diligências, os investigadores apreenderam um verdadeiro arsenal - cinco armas foram encontradas na casa de um só alvo, em Mato Grosso do Sul. Na residência de um investigado de Bauru, no interior paulista, a PF apreendeu R$ 48.850 e US$ 142.600 - o equivalente a R$ 704.444 mil.

Além da PF, uma CPMI no Congresso e uma CPI na Câmara Distrital, em Brasília, investigam os ataques antidemocráticos.

Reprimenda do partido

Em entrevista à CNN, o presidente do União Brasil e deputado federal Luciano Bivar (PE) afirmou que vai submeter o caso à análise da direção nacional do partido para que o correligionário seja repreendido. “Fomos surpreendidos com essa inominável declaração”, disse Bivar. “O União repudia veementemente qualquer ato ou manifestação que agrida a democracia.”

Em entrevista à Rádio Bandeirantes de Goiânia, Amauri Ribeiro recuou e disse que “não seria idiota de falar um absurdo desses” sobre financiar acampamentos antidemocráticos. Ele alegou que os manifestantes apoiados por ele “saíram das portas dos quarteis” antes do fim do ano e não tiveram envolvimento com os atos de Brasília. O parlamentar argumentou que distorceram a fala dele.

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