Deputados bolsonaristas pressionam Nísia contra obrigatoriedade de vacina da covid para crianças


Comissão aprova chamar ministra da Saúde para debater o tema; presidente do colegiado, Bia Kicis, recebeu penalidades de plataformas por divulgar desinformação sobre o coronavírus durante a pandemia

Por Levy Teles
Atualização:

BRASÍLIA — Deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira, 6, para pressionar a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que incluiu a vacina contra a covid-19 no Plano Nacional de Imunização (PNI). A vacinação é obrigatória para imunizar crianças entre seis meses e cinco anos de idade. Deputados da oposição são contra a obrigatoriedade.

A comissão aprovou convite para que a ministra da Saúde participe de audiência sobre a vacinação. Os deputados da oposição repetem argumentos usados por Bolsonaro, de que a vacina ainda não estaria “pronta” para ser aplicada em crianças. Assinam o pedido para que Nísia dê explicações sobre a vacinação os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, Nikolas Ferreira (PL-MG), Bia Kicis (PL-DF) e Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição.

Presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, Bia Kicis pretende debater obrigação de vacina para crianças; ela já alegou que imunizantes seriam 'experimentais Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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Além de chamar a ministra, a comissão também aprovou a realização de uma audiência pública sobre o tema convidando outros profissionais de saúde. O requerimento é de autoria da presidente do colegiado, a deputada Bia Kicis. Ela é autora de um projeto de lei contra a obrigatoriedade da vacinação e já debateu com a ministra sobre o tema, na Câmara, em agosto. Mais de 700 mil pessoas morreram no País desde o início da pandemia, em março de 2020. A primeira pessoa foi vacinada no Brasil em janeiro de 2021.

“Durante a pandemia, ministra, nós vivemos uma verdadeira loucura, em que questionar, querer um pouco mais de segurança, tornou-se quase um crime”, disse Kicis, em agosto, que falou que os imunizantes seriam “experimentais”.

“Questionamento é muito diferente de desinformação e das chamadas fake news. E foi isso que aconteceu, infelizmente, em relação à covid. Devo dizer também que a ideia de que a vacina é experimental é uma tese equivocada”, rebateu Nísia, na ocasião. “Devo dizer isso em nome da minha convicção científica, baseada no que eu vi em vários órgãos do mundo, e não só no Brasil.”

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Em 2021, Bia Kicis teve publicações removidas em seu perfil nas redes sociais por decisão das próprias plataformas, que disseram que a deputada divulgou desinformação sobre a covid-19. Uma das postagens removidas questionava a eficácia da vacina contra o coronavírus para crianças entre 5 e 11 anos.

No final de outubro, o Ministério da Saúde lançou o programa Saúde Com Ciência, que visa combater a desinformação sobre vacinas no Brasil e estimular a imunização. “Sabemos que as fake news estão em todas as áreas, mas, quando se trata de saúde, de vacina, elas colocam em risco a vida da nossa população”, disse a ministra, no evento de lançamento.

BRASÍLIA — Deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira, 6, para pressionar a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que incluiu a vacina contra a covid-19 no Plano Nacional de Imunização (PNI). A vacinação é obrigatória para imunizar crianças entre seis meses e cinco anos de idade. Deputados da oposição são contra a obrigatoriedade.

A comissão aprovou convite para que a ministra da Saúde participe de audiência sobre a vacinação. Os deputados da oposição repetem argumentos usados por Bolsonaro, de que a vacina ainda não estaria “pronta” para ser aplicada em crianças. Assinam o pedido para que Nísia dê explicações sobre a vacinação os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, Nikolas Ferreira (PL-MG), Bia Kicis (PL-DF) e Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição.

Presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, Bia Kicis pretende debater obrigação de vacina para crianças; ela já alegou que imunizantes seriam 'experimentais Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Além de chamar a ministra, a comissão também aprovou a realização de uma audiência pública sobre o tema convidando outros profissionais de saúde. O requerimento é de autoria da presidente do colegiado, a deputada Bia Kicis. Ela é autora de um projeto de lei contra a obrigatoriedade da vacinação e já debateu com a ministra sobre o tema, na Câmara, em agosto. Mais de 700 mil pessoas morreram no País desde o início da pandemia, em março de 2020. A primeira pessoa foi vacinada no Brasil em janeiro de 2021.

“Durante a pandemia, ministra, nós vivemos uma verdadeira loucura, em que questionar, querer um pouco mais de segurança, tornou-se quase um crime”, disse Kicis, em agosto, que falou que os imunizantes seriam “experimentais”.

“Questionamento é muito diferente de desinformação e das chamadas fake news. E foi isso que aconteceu, infelizmente, em relação à covid. Devo dizer também que a ideia de que a vacina é experimental é uma tese equivocada”, rebateu Nísia, na ocasião. “Devo dizer isso em nome da minha convicção científica, baseada no que eu vi em vários órgãos do mundo, e não só no Brasil.”

Em 2021, Bia Kicis teve publicações removidas em seu perfil nas redes sociais por decisão das próprias plataformas, que disseram que a deputada divulgou desinformação sobre a covid-19. Uma das postagens removidas questionava a eficácia da vacina contra o coronavírus para crianças entre 5 e 11 anos.

No final de outubro, o Ministério da Saúde lançou o programa Saúde Com Ciência, que visa combater a desinformação sobre vacinas no Brasil e estimular a imunização. “Sabemos que as fake news estão em todas as áreas, mas, quando se trata de saúde, de vacina, elas colocam em risco a vida da nossa população”, disse a ministra, no evento de lançamento.

BRASÍLIA — Deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira, 6, para pressionar a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que incluiu a vacina contra a covid-19 no Plano Nacional de Imunização (PNI). A vacinação é obrigatória para imunizar crianças entre seis meses e cinco anos de idade. Deputados da oposição são contra a obrigatoriedade.

A comissão aprovou convite para que a ministra da Saúde participe de audiência sobre a vacinação. Os deputados da oposição repetem argumentos usados por Bolsonaro, de que a vacina ainda não estaria “pronta” para ser aplicada em crianças. Assinam o pedido para que Nísia dê explicações sobre a vacinação os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, Nikolas Ferreira (PL-MG), Bia Kicis (PL-DF) e Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição.

Presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, Bia Kicis pretende debater obrigação de vacina para crianças; ela já alegou que imunizantes seriam 'experimentais Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Além de chamar a ministra, a comissão também aprovou a realização de uma audiência pública sobre o tema convidando outros profissionais de saúde. O requerimento é de autoria da presidente do colegiado, a deputada Bia Kicis. Ela é autora de um projeto de lei contra a obrigatoriedade da vacinação e já debateu com a ministra sobre o tema, na Câmara, em agosto. Mais de 700 mil pessoas morreram no País desde o início da pandemia, em março de 2020. A primeira pessoa foi vacinada no Brasil em janeiro de 2021.

“Durante a pandemia, ministra, nós vivemos uma verdadeira loucura, em que questionar, querer um pouco mais de segurança, tornou-se quase um crime”, disse Kicis, em agosto, que falou que os imunizantes seriam “experimentais”.

“Questionamento é muito diferente de desinformação e das chamadas fake news. E foi isso que aconteceu, infelizmente, em relação à covid. Devo dizer também que a ideia de que a vacina é experimental é uma tese equivocada”, rebateu Nísia, na ocasião. “Devo dizer isso em nome da minha convicção científica, baseada no que eu vi em vários órgãos do mundo, e não só no Brasil.”

Em 2021, Bia Kicis teve publicações removidas em seu perfil nas redes sociais por decisão das próprias plataformas, que disseram que a deputada divulgou desinformação sobre a covid-19. Uma das postagens removidas questionava a eficácia da vacina contra o coronavírus para crianças entre 5 e 11 anos.

No final de outubro, o Ministério da Saúde lançou o programa Saúde Com Ciência, que visa combater a desinformação sobre vacinas no Brasil e estimular a imunização. “Sabemos que as fake news estão em todas as áreas, mas, quando se trata de saúde, de vacina, elas colocam em risco a vida da nossa população”, disse a ministra, no evento de lançamento.

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