Desafio da imprensa é aproveitar tecnologia para se aliar ao público, dizem especialistas


'O público não quer respostas, quer um papel ativo', afirmou o jornalista Rodrigo Lara Mesquita em seminário transmitido pelo Estadão

Por Matheus Lara

Para pesquisadores e jornalistas que participaram do seminário online “Imprensa, tecnologia e o futuro do jornalismo” nesta sexta-feira, 9, um dos desafios atuais da mídia é aproveitar a tecnologia para se aproximar do público e entendê-lo como um parceiro. Esta seria, afirmam, uma saída para o fortalecimento da imprensa e o combate às fake news.

"É vital que o público tenha um papel ativo na tentativa de entender o mundo. Isso sugere que as pessoas não sejam alimentadas com respostas. O público não quer respostas, quer um papel ativo", afirmou o jornalista Rodrigo Lara Mesquita, acionista do Grupo Estado e que já foi editor-chefe do Jornal da Tarde e diretor da Agência Estado. "O público deve participar das formulações das questões e do debate de assuntos de importância, sejam locais, internacionais ou de interesse específico na atualidade. Os novos jornais vão assumir o público como parceiros."

Para Mesquita, a internet é o caminho para esta "aliança" entre público e mídia. "A atividade dos jornalistas depende de suas conexões com as pessoas, com o público. A imprensa precisa se adaptar à sociedade em rede se quiser refleti-la."

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Evento online reuniu estudiosos do uso de tecnologia na mídia Foto: Reprodução

O evento que teve apoio e foi transmitido pelo Estadão marcou a inauguração da Cátedra Oscar Sala, iniciativa conjunta do Instituto de Estudos Avançados da USP e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br.), no âmbito de convênio firmado entre a universidade e o Comitê Gestor da Internet (CGI).

"Houve uma entrada maciça de novos usuários na redes, aí nem sempre (o diálogo) se dá de forma civilizada e organizada", afirmou Demi Getschko, diretor-presidente do NIC, ao comentar os desafios do debate no ambiente online. "Sou um otimista. Devemos acreditar que a internet vai melhorar as coisas, inclusive o ser humano."

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Ex-diretor executivo do Media Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e convidado especial do evento, Walter Bender falou sobre a imprensa nos Estados Unidos e afirmou que o desafio de enfrentar as fake news não é algo recente. "Há 200 anos já tínhamos fake news nos Estados Unidos. Thomas Jefferson e John Adams (candidatos na eleição presidencial de 1800) estavam na época em uma campanha agressiva. Os dois usaram a mídia impressa para publicar fake news e atacar um ao outro." 

Para Bianca Santana, da Uneafro e do Instituto Peregum, discutir o futuro da mídia é também repensar processos históricos de exclusão e de invisibilidade. "De que notícias estamos falando? Que público é esse e que jornalista é esse?", questionou. "A imprensa negra praticamente desapareceu na metade do século 20 e agora está sendo retomada. No jornalismo hegemônico, as pessoas negras não existem, nem como jornalistas nem como público, somente às vezes como objeto de notícia."

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O jornalista Caio Túlio Costa, fundador do Torabit, vê uma necessidade de reinvenção. "A indústria de comunicação tradicional precisa se reinventar. Não adianta transpor para o digital o seu modelo de negócio antigo. No digital, a cadeira de valor é outra, é diferente. As empresas não têm tido a preocupação de se desenvolver do ponto de vista de tecnologia."

Transformação. O Estadão lançou em setembro a campanha "Vem Pensar com a Gente", um convite ao leitor para debater temas essenciais para o desenvolvimento do País, como a chamada Retomada Verde. Parte do reposicionamento de marca do jornal, a campanha vem para enfatizar a qualidade do jornalismo multiplataforma produzido na casa – um jornal de 145 anos que se adaptou completamente às mídias digitais. É também uma defesa da liberdade de pensamento em uma democracia.

Para pesquisadores e jornalistas que participaram do seminário online “Imprensa, tecnologia e o futuro do jornalismo” nesta sexta-feira, 9, um dos desafios atuais da mídia é aproveitar a tecnologia para se aproximar do público e entendê-lo como um parceiro. Esta seria, afirmam, uma saída para o fortalecimento da imprensa e o combate às fake news.

"É vital que o público tenha um papel ativo na tentativa de entender o mundo. Isso sugere que as pessoas não sejam alimentadas com respostas. O público não quer respostas, quer um papel ativo", afirmou o jornalista Rodrigo Lara Mesquita, acionista do Grupo Estado e que já foi editor-chefe do Jornal da Tarde e diretor da Agência Estado. "O público deve participar das formulações das questões e do debate de assuntos de importância, sejam locais, internacionais ou de interesse específico na atualidade. Os novos jornais vão assumir o público como parceiros."

Para Mesquita, a internet é o caminho para esta "aliança" entre público e mídia. "A atividade dos jornalistas depende de suas conexões com as pessoas, com o público. A imprensa precisa se adaptar à sociedade em rede se quiser refleti-la."

Evento online reuniu estudiosos do uso de tecnologia na mídia Foto: Reprodução

O evento que teve apoio e foi transmitido pelo Estadão marcou a inauguração da Cátedra Oscar Sala, iniciativa conjunta do Instituto de Estudos Avançados da USP e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br.), no âmbito de convênio firmado entre a universidade e o Comitê Gestor da Internet (CGI).

"Houve uma entrada maciça de novos usuários na redes, aí nem sempre (o diálogo) se dá de forma civilizada e organizada", afirmou Demi Getschko, diretor-presidente do NIC, ao comentar os desafios do debate no ambiente online. "Sou um otimista. Devemos acreditar que a internet vai melhorar as coisas, inclusive o ser humano."

Ex-diretor executivo do Media Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e convidado especial do evento, Walter Bender falou sobre a imprensa nos Estados Unidos e afirmou que o desafio de enfrentar as fake news não é algo recente. "Há 200 anos já tínhamos fake news nos Estados Unidos. Thomas Jefferson e John Adams (candidatos na eleição presidencial de 1800) estavam na época em uma campanha agressiva. Os dois usaram a mídia impressa para publicar fake news e atacar um ao outro." 

Para Bianca Santana, da Uneafro e do Instituto Peregum, discutir o futuro da mídia é também repensar processos históricos de exclusão e de invisibilidade. "De que notícias estamos falando? Que público é esse e que jornalista é esse?", questionou. "A imprensa negra praticamente desapareceu na metade do século 20 e agora está sendo retomada. No jornalismo hegemônico, as pessoas negras não existem, nem como jornalistas nem como público, somente às vezes como objeto de notícia."

O jornalista Caio Túlio Costa, fundador do Torabit, vê uma necessidade de reinvenção. "A indústria de comunicação tradicional precisa se reinventar. Não adianta transpor para o digital o seu modelo de negócio antigo. No digital, a cadeira de valor é outra, é diferente. As empresas não têm tido a preocupação de se desenvolver do ponto de vista de tecnologia."

Transformação. O Estadão lançou em setembro a campanha "Vem Pensar com a Gente", um convite ao leitor para debater temas essenciais para o desenvolvimento do País, como a chamada Retomada Verde. Parte do reposicionamento de marca do jornal, a campanha vem para enfatizar a qualidade do jornalismo multiplataforma produzido na casa – um jornal de 145 anos que se adaptou completamente às mídias digitais. É também uma defesa da liberdade de pensamento em uma democracia.

Para pesquisadores e jornalistas que participaram do seminário online “Imprensa, tecnologia e o futuro do jornalismo” nesta sexta-feira, 9, um dos desafios atuais da mídia é aproveitar a tecnologia para se aproximar do público e entendê-lo como um parceiro. Esta seria, afirmam, uma saída para o fortalecimento da imprensa e o combate às fake news.

"É vital que o público tenha um papel ativo na tentativa de entender o mundo. Isso sugere que as pessoas não sejam alimentadas com respostas. O público não quer respostas, quer um papel ativo", afirmou o jornalista Rodrigo Lara Mesquita, acionista do Grupo Estado e que já foi editor-chefe do Jornal da Tarde e diretor da Agência Estado. "O público deve participar das formulações das questões e do debate de assuntos de importância, sejam locais, internacionais ou de interesse específico na atualidade. Os novos jornais vão assumir o público como parceiros."

Para Mesquita, a internet é o caminho para esta "aliança" entre público e mídia. "A atividade dos jornalistas depende de suas conexões com as pessoas, com o público. A imprensa precisa se adaptar à sociedade em rede se quiser refleti-la."

Evento online reuniu estudiosos do uso de tecnologia na mídia Foto: Reprodução

O evento que teve apoio e foi transmitido pelo Estadão marcou a inauguração da Cátedra Oscar Sala, iniciativa conjunta do Instituto de Estudos Avançados da USP e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br.), no âmbito de convênio firmado entre a universidade e o Comitê Gestor da Internet (CGI).

"Houve uma entrada maciça de novos usuários na redes, aí nem sempre (o diálogo) se dá de forma civilizada e organizada", afirmou Demi Getschko, diretor-presidente do NIC, ao comentar os desafios do debate no ambiente online. "Sou um otimista. Devemos acreditar que a internet vai melhorar as coisas, inclusive o ser humano."

Ex-diretor executivo do Media Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e convidado especial do evento, Walter Bender falou sobre a imprensa nos Estados Unidos e afirmou que o desafio de enfrentar as fake news não é algo recente. "Há 200 anos já tínhamos fake news nos Estados Unidos. Thomas Jefferson e John Adams (candidatos na eleição presidencial de 1800) estavam na época em uma campanha agressiva. Os dois usaram a mídia impressa para publicar fake news e atacar um ao outro." 

Para Bianca Santana, da Uneafro e do Instituto Peregum, discutir o futuro da mídia é também repensar processos históricos de exclusão e de invisibilidade. "De que notícias estamos falando? Que público é esse e que jornalista é esse?", questionou. "A imprensa negra praticamente desapareceu na metade do século 20 e agora está sendo retomada. No jornalismo hegemônico, as pessoas negras não existem, nem como jornalistas nem como público, somente às vezes como objeto de notícia."

O jornalista Caio Túlio Costa, fundador do Torabit, vê uma necessidade de reinvenção. "A indústria de comunicação tradicional precisa se reinventar. Não adianta transpor para o digital o seu modelo de negócio antigo. No digital, a cadeira de valor é outra, é diferente. As empresas não têm tido a preocupação de se desenvolver do ponto de vista de tecnologia."

Transformação. O Estadão lançou em setembro a campanha "Vem Pensar com a Gente", um convite ao leitor para debater temas essenciais para o desenvolvimento do País, como a chamada Retomada Verde. Parte do reposicionamento de marca do jornal, a campanha vem para enfatizar a qualidade do jornalismo multiplataforma produzido na casa – um jornal de 145 anos que se adaptou completamente às mídias digitais. É também uma defesa da liberdade de pensamento em uma democracia.

Para pesquisadores e jornalistas que participaram do seminário online “Imprensa, tecnologia e o futuro do jornalismo” nesta sexta-feira, 9, um dos desafios atuais da mídia é aproveitar a tecnologia para se aproximar do público e entendê-lo como um parceiro. Esta seria, afirmam, uma saída para o fortalecimento da imprensa e o combate às fake news.

"É vital que o público tenha um papel ativo na tentativa de entender o mundo. Isso sugere que as pessoas não sejam alimentadas com respostas. O público não quer respostas, quer um papel ativo", afirmou o jornalista Rodrigo Lara Mesquita, acionista do Grupo Estado e que já foi editor-chefe do Jornal da Tarde e diretor da Agência Estado. "O público deve participar das formulações das questões e do debate de assuntos de importância, sejam locais, internacionais ou de interesse específico na atualidade. Os novos jornais vão assumir o público como parceiros."

Para Mesquita, a internet é o caminho para esta "aliança" entre público e mídia. "A atividade dos jornalistas depende de suas conexões com as pessoas, com o público. A imprensa precisa se adaptar à sociedade em rede se quiser refleti-la."

Evento online reuniu estudiosos do uso de tecnologia na mídia Foto: Reprodução

O evento que teve apoio e foi transmitido pelo Estadão marcou a inauguração da Cátedra Oscar Sala, iniciativa conjunta do Instituto de Estudos Avançados da USP e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br.), no âmbito de convênio firmado entre a universidade e o Comitê Gestor da Internet (CGI).

"Houve uma entrada maciça de novos usuários na redes, aí nem sempre (o diálogo) se dá de forma civilizada e organizada", afirmou Demi Getschko, diretor-presidente do NIC, ao comentar os desafios do debate no ambiente online. "Sou um otimista. Devemos acreditar que a internet vai melhorar as coisas, inclusive o ser humano."

Ex-diretor executivo do Media Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e convidado especial do evento, Walter Bender falou sobre a imprensa nos Estados Unidos e afirmou que o desafio de enfrentar as fake news não é algo recente. "Há 200 anos já tínhamos fake news nos Estados Unidos. Thomas Jefferson e John Adams (candidatos na eleição presidencial de 1800) estavam na época em uma campanha agressiva. Os dois usaram a mídia impressa para publicar fake news e atacar um ao outro." 

Para Bianca Santana, da Uneafro e do Instituto Peregum, discutir o futuro da mídia é também repensar processos históricos de exclusão e de invisibilidade. "De que notícias estamos falando? Que público é esse e que jornalista é esse?", questionou. "A imprensa negra praticamente desapareceu na metade do século 20 e agora está sendo retomada. No jornalismo hegemônico, as pessoas negras não existem, nem como jornalistas nem como público, somente às vezes como objeto de notícia."

O jornalista Caio Túlio Costa, fundador do Torabit, vê uma necessidade de reinvenção. "A indústria de comunicação tradicional precisa se reinventar. Não adianta transpor para o digital o seu modelo de negócio antigo. No digital, a cadeira de valor é outra, é diferente. As empresas não têm tido a preocupação de se desenvolver do ponto de vista de tecnologia."

Transformação. O Estadão lançou em setembro a campanha "Vem Pensar com a Gente", um convite ao leitor para debater temas essenciais para o desenvolvimento do País, como a chamada Retomada Verde. Parte do reposicionamento de marca do jornal, a campanha vem para enfatizar a qualidade do jornalismo multiplataforma produzido na casa – um jornal de 145 anos que se adaptou completamente às mídias digitais. É também uma defesa da liberdade de pensamento em uma democracia.

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