Disputa em Campinas testa força de Lula e Tarcísio como cabos eleitorais, antecipando embate de 2026


Tanto aliados do presidente como do governador esperam participação ativa de gestores na campanha eleitoral campineira deste ano; prefeito Dário Saadi (Republicanos) e médico Pedro Tourinho (PT) devem polarizar disputa

Por Zeca Ferreira
Atualização:

A eleição municipal em Campinas (SP) vai testar a força do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) como cabos eleitorais, antecipando um provável confronto entre o presidente e o governador paulista na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. Tanto aliados de Lula como de Tarcísio esperam uma participação ativa dos gestores na campanha eleitoral campineira deste ano, com direito a visitas ao município localizado a 99 quilômetros da capital.

O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), busca a reeleição e, para isso, aposta em uma ampla aliança com partidos de centro e de direita. A base de Saadi abriga desde o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, mais à esquerda, até o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo também: MDB, Podemos, PP, PSD e União Brasil. “Os partidos aliados estão tratando da eleição e, na hora certa, vou me dedicar. Meu foco agora é continuar cuidando de Campinas e da população”, disse o prefeito ao Estadão, acrescentando que conta com o apoio do governador Tarcísio.

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Prefeito Dário Saadi vai tentar reeleição e busca frente ampla com aliados sobretudo ao centro e à direita Foto: Adriano Rosa

Conhecida como “capital do interior”, Campinas possui o 12º maior Produto Interno Bruto (PIB) entre municípios brasileiros e orçamento público de R$ 9,3 bilhões para este ano. No ano passado, Lula criticou a gestão Saadi pela construção de casas de 15 metros quadrados para moradores de uma ocupação. Segundo petistas, o presidente julga que vencer no município é estratégico para o partido, sendo que sua presença na cidade durante a campanha é considera certa.

Auxiliares do prefeito avaliam que a disputa será polarizada entre Saadi e o pré-candidato do PT, Pedro Tourinho. O médico petista foi o deputado federal mais votado em Campinas em 2022, com 48,7 mil votos no município e 74,7 mil no Estado. Hoje ele é suplente na Câmara. Tourinho também participou da última eleição municipal em 2020. Porém, não chegou ao segundo turno, ficando atrás do deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania), na época filiado ao PL, por uma diferença mínima de 6,4 mil votos - ou 1,4%. Já Zimbaldi perdeu a prefeitura para Saadi.

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Levantamento do instituto Paraná Pesquisas para a eleição em Campinas traz o prefeito Dário Saadi em primeiro lugar em intenções de voto, com 33,7%. Na sequência, aparece o deputado estadual Rafa Zimbaldi (24,5%) e Pedro Tourinho (11,9%). A pesquisa também mostra que a administração Saadi é avaliada positivamente por 37,2% dos entrevistados. O estudo foi realizado em outubro passado. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

O médico Pedro Tourinho disputa a Prefeitura de Campinas pelo PT Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

Embora seja o terceiro colocado nas pesquisas eleitorais, Tourinho avalia que, com a vitória da chapa Lula-Alckmin em 2022, o contexto hoje é mais favorável para a sua candidatura em relação à última eleição municipal. A pré-candidatura petista conversa com PDT e PSOL para selar aliança na cidade. Além disso, já conta com apoio de PCdoB e PV, legendas federadas ao PT. “Estamos otimistas, pois tudo indica que teremos uma unidade progressista na disputa”, disse em entrevista ao Estadão.

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O médico antecipa que questões relacionadas à saúde pública e à mobilidade urbana serão trabalhadas na disputa eleitoral. “Tenho certeza de que o presidente Lula não só vem para a cidade como está animado para a campanha”, afirmou Tourinho, ao ser questionado sobre o apoio do chefe do Executivo federal. O petista esclareceu, ainda, que a indicação para a vice em sua chapa segue em discussão.

A polarização entre esquerda e direita em Campinas já levou ao poder o tucano José Roberto Magalhães Teixeira, o Grama, e os petistas Jacó Bittar e Antônio da Costa Santos, o Toninho, assassinado a tiros em 2001. De lá para cá, a cidade ainda teve dois prefeitos cassados - Hélio de Oliveira Santos (PDT) e Demétrio Vilagra (PT) - até eleger, por dois mandatos seguidos, o hoje deputado federal Jonas Donizette (PSB). O ex-prefeito foi figura central na eleição de Saadi em 2020.

Candidatura de Zimbaldi é incerta

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Apesar de despontar nas pesquisas atrás apenas do prefeito Saadi, a candidatura de Zimbaldi é considerada incerta. Isso porque o PSDB, sigla federada ao Cidadania, não decidiu quem apoiará na disputa em Campinas. Por formarem uma federação partidária, Cidadania e PSDB são obrigados a atuarem como se fossem uma única legenda. Dessa forma, Zimbaldi precisa do aval dos tucanos para disputar a prefeitura de Campinas.

Rafa Zimbaldi tenta viabilizar sua candidatura, mas vive incerteza Foto: Mauricio Garcia de Souza/Alesp

O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB) admitiu que conversou com Saadi sobre a possibilidade de apoiá-lo. Segundo ele, o principal objetivo do PSDB é impedir que o PT vença a eleição em Campinas. “O que está em jogo é a maior cidade do interior”, disse em entrevista ao Estadão. “A decisão de apoiar a candidatura do Rafael (Zimbaldi) ou a reeleição do Dário (Saadi) ainda não foi tomada e será decidida posteriormente”.

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Em 2020, Sampaio apoiou a candidatura de Zimbaldi contra Saadi. Agora, porém, afirma que a federação PSDB-Cidadania precisa refletir sobre qual é a candidatura mais viável eleitoralmente. “No passado, não apoiei o Dário, mas gosto da maneira como ele administra a cidade. Minha grande preocupação é a volta do PT. Além disso, precisamos saber se o Rafael vai permanecer no Cidadania”, disse.

Já o deputado estadual Rafael Zimbaldi afirmou que tem o apoio do Cidadania para ser o candidato da federação em Campinas. “Estou bastante confiante, mas brigar com a máquina pública é sempre um grande desafio”, disse ao Estadão. “Partidos que estiveram comigo na última eleição foram cooptados em troca de cargos. Sei que isso faz parte do jogo, mas não é um jogo justo”.

O deputado estadual aposta em um possível desgaste do prefeito para conseguir se firmar como o candidato da centro-direita na cidade. Em sua avaliação, o fato de Saadi ter sido eleito com o apoio do ex-prefeito Jonas Donizette (PSB) pode contribuir para o enfraquecimento da gestão municipal. “É o mesmo grupo político que está no poder há 12 anos, e a cidade segue com os mesmo problemas”, disse.

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Na quarta-feira, 17, Zimbaldi e o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, conversaram sobre a eleição municipal. Segundo o deputado estadual, a conversa foi “boa”. No sábado, 20, o diretório municipal do PSDB de Campinas se reuniu pela primeira vez para debater o assunto, e as conversas devem continuar ao longo do próximo mês. “Estou empenhado para que a democracia prevaleça”, disse o deputado estadual.

A eleição municipal em Campinas (SP) vai testar a força do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) como cabos eleitorais, antecipando um provável confronto entre o presidente e o governador paulista na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. Tanto aliados de Lula como de Tarcísio esperam uma participação ativa dos gestores na campanha eleitoral campineira deste ano, com direito a visitas ao município localizado a 99 quilômetros da capital.

O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), busca a reeleição e, para isso, aposta em uma ampla aliança com partidos de centro e de direita. A base de Saadi abriga desde o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, mais à esquerda, até o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo também: MDB, Podemos, PP, PSD e União Brasil. “Os partidos aliados estão tratando da eleição e, na hora certa, vou me dedicar. Meu foco agora é continuar cuidando de Campinas e da população”, disse o prefeito ao Estadão, acrescentando que conta com o apoio do governador Tarcísio.

Prefeito Dário Saadi vai tentar reeleição e busca frente ampla com aliados sobretudo ao centro e à direita Foto: Adriano Rosa

Conhecida como “capital do interior”, Campinas possui o 12º maior Produto Interno Bruto (PIB) entre municípios brasileiros e orçamento público de R$ 9,3 bilhões para este ano. No ano passado, Lula criticou a gestão Saadi pela construção de casas de 15 metros quadrados para moradores de uma ocupação. Segundo petistas, o presidente julga que vencer no município é estratégico para o partido, sendo que sua presença na cidade durante a campanha é considera certa.

Auxiliares do prefeito avaliam que a disputa será polarizada entre Saadi e o pré-candidato do PT, Pedro Tourinho. O médico petista foi o deputado federal mais votado em Campinas em 2022, com 48,7 mil votos no município e 74,7 mil no Estado. Hoje ele é suplente na Câmara. Tourinho também participou da última eleição municipal em 2020. Porém, não chegou ao segundo turno, ficando atrás do deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania), na época filiado ao PL, por uma diferença mínima de 6,4 mil votos - ou 1,4%. Já Zimbaldi perdeu a prefeitura para Saadi.

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas para a eleição em Campinas traz o prefeito Dário Saadi em primeiro lugar em intenções de voto, com 33,7%. Na sequência, aparece o deputado estadual Rafa Zimbaldi (24,5%) e Pedro Tourinho (11,9%). A pesquisa também mostra que a administração Saadi é avaliada positivamente por 37,2% dos entrevistados. O estudo foi realizado em outubro passado. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

O médico Pedro Tourinho disputa a Prefeitura de Campinas pelo PT Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

Embora seja o terceiro colocado nas pesquisas eleitorais, Tourinho avalia que, com a vitória da chapa Lula-Alckmin em 2022, o contexto hoje é mais favorável para a sua candidatura em relação à última eleição municipal. A pré-candidatura petista conversa com PDT e PSOL para selar aliança na cidade. Além disso, já conta com apoio de PCdoB e PV, legendas federadas ao PT. “Estamos otimistas, pois tudo indica que teremos uma unidade progressista na disputa”, disse em entrevista ao Estadão.

O médico antecipa que questões relacionadas à saúde pública e à mobilidade urbana serão trabalhadas na disputa eleitoral. “Tenho certeza de que o presidente Lula não só vem para a cidade como está animado para a campanha”, afirmou Tourinho, ao ser questionado sobre o apoio do chefe do Executivo federal. O petista esclareceu, ainda, que a indicação para a vice em sua chapa segue em discussão.

A polarização entre esquerda e direita em Campinas já levou ao poder o tucano José Roberto Magalhães Teixeira, o Grama, e os petistas Jacó Bittar e Antônio da Costa Santos, o Toninho, assassinado a tiros em 2001. De lá para cá, a cidade ainda teve dois prefeitos cassados - Hélio de Oliveira Santos (PDT) e Demétrio Vilagra (PT) - até eleger, por dois mandatos seguidos, o hoje deputado federal Jonas Donizette (PSB). O ex-prefeito foi figura central na eleição de Saadi em 2020.

Candidatura de Zimbaldi é incerta

Apesar de despontar nas pesquisas atrás apenas do prefeito Saadi, a candidatura de Zimbaldi é considerada incerta. Isso porque o PSDB, sigla federada ao Cidadania, não decidiu quem apoiará na disputa em Campinas. Por formarem uma federação partidária, Cidadania e PSDB são obrigados a atuarem como se fossem uma única legenda. Dessa forma, Zimbaldi precisa do aval dos tucanos para disputar a prefeitura de Campinas.

Rafa Zimbaldi tenta viabilizar sua candidatura, mas vive incerteza Foto: Mauricio Garcia de Souza/Alesp

O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB) admitiu que conversou com Saadi sobre a possibilidade de apoiá-lo. Segundo ele, o principal objetivo do PSDB é impedir que o PT vença a eleição em Campinas. “O que está em jogo é a maior cidade do interior”, disse em entrevista ao Estadão. “A decisão de apoiar a candidatura do Rafael (Zimbaldi) ou a reeleição do Dário (Saadi) ainda não foi tomada e será decidida posteriormente”.

Em 2020, Sampaio apoiou a candidatura de Zimbaldi contra Saadi. Agora, porém, afirma que a federação PSDB-Cidadania precisa refletir sobre qual é a candidatura mais viável eleitoralmente. “No passado, não apoiei o Dário, mas gosto da maneira como ele administra a cidade. Minha grande preocupação é a volta do PT. Além disso, precisamos saber se o Rafael vai permanecer no Cidadania”, disse.

Já o deputado estadual Rafael Zimbaldi afirmou que tem o apoio do Cidadania para ser o candidato da federação em Campinas. “Estou bastante confiante, mas brigar com a máquina pública é sempre um grande desafio”, disse ao Estadão. “Partidos que estiveram comigo na última eleição foram cooptados em troca de cargos. Sei que isso faz parte do jogo, mas não é um jogo justo”.

O deputado estadual aposta em um possível desgaste do prefeito para conseguir se firmar como o candidato da centro-direita na cidade. Em sua avaliação, o fato de Saadi ter sido eleito com o apoio do ex-prefeito Jonas Donizette (PSB) pode contribuir para o enfraquecimento da gestão municipal. “É o mesmo grupo político que está no poder há 12 anos, e a cidade segue com os mesmo problemas”, disse.

Na quarta-feira, 17, Zimbaldi e o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, conversaram sobre a eleição municipal. Segundo o deputado estadual, a conversa foi “boa”. No sábado, 20, o diretório municipal do PSDB de Campinas se reuniu pela primeira vez para debater o assunto, e as conversas devem continuar ao longo do próximo mês. “Estou empenhado para que a democracia prevaleça”, disse o deputado estadual.

A eleição municipal em Campinas (SP) vai testar a força do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) como cabos eleitorais, antecipando um provável confronto entre o presidente e o governador paulista na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. Tanto aliados de Lula como de Tarcísio esperam uma participação ativa dos gestores na campanha eleitoral campineira deste ano, com direito a visitas ao município localizado a 99 quilômetros da capital.

O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), busca a reeleição e, para isso, aposta em uma ampla aliança com partidos de centro e de direita. A base de Saadi abriga desde o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, mais à esquerda, até o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo também: MDB, Podemos, PP, PSD e União Brasil. “Os partidos aliados estão tratando da eleição e, na hora certa, vou me dedicar. Meu foco agora é continuar cuidando de Campinas e da população”, disse o prefeito ao Estadão, acrescentando que conta com o apoio do governador Tarcísio.

Prefeito Dário Saadi vai tentar reeleição e busca frente ampla com aliados sobretudo ao centro e à direita Foto: Adriano Rosa

Conhecida como “capital do interior”, Campinas possui o 12º maior Produto Interno Bruto (PIB) entre municípios brasileiros e orçamento público de R$ 9,3 bilhões para este ano. No ano passado, Lula criticou a gestão Saadi pela construção de casas de 15 metros quadrados para moradores de uma ocupação. Segundo petistas, o presidente julga que vencer no município é estratégico para o partido, sendo que sua presença na cidade durante a campanha é considera certa.

Auxiliares do prefeito avaliam que a disputa será polarizada entre Saadi e o pré-candidato do PT, Pedro Tourinho. O médico petista foi o deputado federal mais votado em Campinas em 2022, com 48,7 mil votos no município e 74,7 mil no Estado. Hoje ele é suplente na Câmara. Tourinho também participou da última eleição municipal em 2020. Porém, não chegou ao segundo turno, ficando atrás do deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania), na época filiado ao PL, por uma diferença mínima de 6,4 mil votos - ou 1,4%. Já Zimbaldi perdeu a prefeitura para Saadi.

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas para a eleição em Campinas traz o prefeito Dário Saadi em primeiro lugar em intenções de voto, com 33,7%. Na sequência, aparece o deputado estadual Rafa Zimbaldi (24,5%) e Pedro Tourinho (11,9%). A pesquisa também mostra que a administração Saadi é avaliada positivamente por 37,2% dos entrevistados. O estudo foi realizado em outubro passado. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

O médico Pedro Tourinho disputa a Prefeitura de Campinas pelo PT Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

Embora seja o terceiro colocado nas pesquisas eleitorais, Tourinho avalia que, com a vitória da chapa Lula-Alckmin em 2022, o contexto hoje é mais favorável para a sua candidatura em relação à última eleição municipal. A pré-candidatura petista conversa com PDT e PSOL para selar aliança na cidade. Além disso, já conta com apoio de PCdoB e PV, legendas federadas ao PT. “Estamos otimistas, pois tudo indica que teremos uma unidade progressista na disputa”, disse em entrevista ao Estadão.

O médico antecipa que questões relacionadas à saúde pública e à mobilidade urbana serão trabalhadas na disputa eleitoral. “Tenho certeza de que o presidente Lula não só vem para a cidade como está animado para a campanha”, afirmou Tourinho, ao ser questionado sobre o apoio do chefe do Executivo federal. O petista esclareceu, ainda, que a indicação para a vice em sua chapa segue em discussão.

A polarização entre esquerda e direita em Campinas já levou ao poder o tucano José Roberto Magalhães Teixeira, o Grama, e os petistas Jacó Bittar e Antônio da Costa Santos, o Toninho, assassinado a tiros em 2001. De lá para cá, a cidade ainda teve dois prefeitos cassados - Hélio de Oliveira Santos (PDT) e Demétrio Vilagra (PT) - até eleger, por dois mandatos seguidos, o hoje deputado federal Jonas Donizette (PSB). O ex-prefeito foi figura central na eleição de Saadi em 2020.

Candidatura de Zimbaldi é incerta

Apesar de despontar nas pesquisas atrás apenas do prefeito Saadi, a candidatura de Zimbaldi é considerada incerta. Isso porque o PSDB, sigla federada ao Cidadania, não decidiu quem apoiará na disputa em Campinas. Por formarem uma federação partidária, Cidadania e PSDB são obrigados a atuarem como se fossem uma única legenda. Dessa forma, Zimbaldi precisa do aval dos tucanos para disputar a prefeitura de Campinas.

Rafa Zimbaldi tenta viabilizar sua candidatura, mas vive incerteza Foto: Mauricio Garcia de Souza/Alesp

O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB) admitiu que conversou com Saadi sobre a possibilidade de apoiá-lo. Segundo ele, o principal objetivo do PSDB é impedir que o PT vença a eleição em Campinas. “O que está em jogo é a maior cidade do interior”, disse em entrevista ao Estadão. “A decisão de apoiar a candidatura do Rafael (Zimbaldi) ou a reeleição do Dário (Saadi) ainda não foi tomada e será decidida posteriormente”.

Em 2020, Sampaio apoiou a candidatura de Zimbaldi contra Saadi. Agora, porém, afirma que a federação PSDB-Cidadania precisa refletir sobre qual é a candidatura mais viável eleitoralmente. “No passado, não apoiei o Dário, mas gosto da maneira como ele administra a cidade. Minha grande preocupação é a volta do PT. Além disso, precisamos saber se o Rafael vai permanecer no Cidadania”, disse.

Já o deputado estadual Rafael Zimbaldi afirmou que tem o apoio do Cidadania para ser o candidato da federação em Campinas. “Estou bastante confiante, mas brigar com a máquina pública é sempre um grande desafio”, disse ao Estadão. “Partidos que estiveram comigo na última eleição foram cooptados em troca de cargos. Sei que isso faz parte do jogo, mas não é um jogo justo”.

O deputado estadual aposta em um possível desgaste do prefeito para conseguir se firmar como o candidato da centro-direita na cidade. Em sua avaliação, o fato de Saadi ter sido eleito com o apoio do ex-prefeito Jonas Donizette (PSB) pode contribuir para o enfraquecimento da gestão municipal. “É o mesmo grupo político que está no poder há 12 anos, e a cidade segue com os mesmo problemas”, disse.

Na quarta-feira, 17, Zimbaldi e o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, conversaram sobre a eleição municipal. Segundo o deputado estadual, a conversa foi “boa”. No sábado, 20, o diretório municipal do PSDB de Campinas se reuniu pela primeira vez para debater o assunto, e as conversas devem continuar ao longo do próximo mês. “Estou empenhado para que a democracia prevaleça”, disse o deputado estadual.

A eleição municipal em Campinas (SP) vai testar a força do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) como cabos eleitorais, antecipando um provável confronto entre o presidente e o governador paulista na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. Tanto aliados de Lula como de Tarcísio esperam uma participação ativa dos gestores na campanha eleitoral campineira deste ano, com direito a visitas ao município localizado a 99 quilômetros da capital.

O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), busca a reeleição e, para isso, aposta em uma ampla aliança com partidos de centro e de direita. A base de Saadi abriga desde o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, mais à esquerda, até o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo também: MDB, Podemos, PP, PSD e União Brasil. “Os partidos aliados estão tratando da eleição e, na hora certa, vou me dedicar. Meu foco agora é continuar cuidando de Campinas e da população”, disse o prefeito ao Estadão, acrescentando que conta com o apoio do governador Tarcísio.

Prefeito Dário Saadi vai tentar reeleição e busca frente ampla com aliados sobretudo ao centro e à direita Foto: Adriano Rosa

Conhecida como “capital do interior”, Campinas possui o 12º maior Produto Interno Bruto (PIB) entre municípios brasileiros e orçamento público de R$ 9,3 bilhões para este ano. No ano passado, Lula criticou a gestão Saadi pela construção de casas de 15 metros quadrados para moradores de uma ocupação. Segundo petistas, o presidente julga que vencer no município é estratégico para o partido, sendo que sua presença na cidade durante a campanha é considera certa.

Auxiliares do prefeito avaliam que a disputa será polarizada entre Saadi e o pré-candidato do PT, Pedro Tourinho. O médico petista foi o deputado federal mais votado em Campinas em 2022, com 48,7 mil votos no município e 74,7 mil no Estado. Hoje ele é suplente na Câmara. Tourinho também participou da última eleição municipal em 2020. Porém, não chegou ao segundo turno, ficando atrás do deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania), na época filiado ao PL, por uma diferença mínima de 6,4 mil votos - ou 1,4%. Já Zimbaldi perdeu a prefeitura para Saadi.

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas para a eleição em Campinas traz o prefeito Dário Saadi em primeiro lugar em intenções de voto, com 33,7%. Na sequência, aparece o deputado estadual Rafa Zimbaldi (24,5%) e Pedro Tourinho (11,9%). A pesquisa também mostra que a administração Saadi é avaliada positivamente por 37,2% dos entrevistados. O estudo foi realizado em outubro passado. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

O médico Pedro Tourinho disputa a Prefeitura de Campinas pelo PT Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

Embora seja o terceiro colocado nas pesquisas eleitorais, Tourinho avalia que, com a vitória da chapa Lula-Alckmin em 2022, o contexto hoje é mais favorável para a sua candidatura em relação à última eleição municipal. A pré-candidatura petista conversa com PDT e PSOL para selar aliança na cidade. Além disso, já conta com apoio de PCdoB e PV, legendas federadas ao PT. “Estamos otimistas, pois tudo indica que teremos uma unidade progressista na disputa”, disse em entrevista ao Estadão.

O médico antecipa que questões relacionadas à saúde pública e à mobilidade urbana serão trabalhadas na disputa eleitoral. “Tenho certeza de que o presidente Lula não só vem para a cidade como está animado para a campanha”, afirmou Tourinho, ao ser questionado sobre o apoio do chefe do Executivo federal. O petista esclareceu, ainda, que a indicação para a vice em sua chapa segue em discussão.

A polarização entre esquerda e direita em Campinas já levou ao poder o tucano José Roberto Magalhães Teixeira, o Grama, e os petistas Jacó Bittar e Antônio da Costa Santos, o Toninho, assassinado a tiros em 2001. De lá para cá, a cidade ainda teve dois prefeitos cassados - Hélio de Oliveira Santos (PDT) e Demétrio Vilagra (PT) - até eleger, por dois mandatos seguidos, o hoje deputado federal Jonas Donizette (PSB). O ex-prefeito foi figura central na eleição de Saadi em 2020.

Candidatura de Zimbaldi é incerta

Apesar de despontar nas pesquisas atrás apenas do prefeito Saadi, a candidatura de Zimbaldi é considerada incerta. Isso porque o PSDB, sigla federada ao Cidadania, não decidiu quem apoiará na disputa em Campinas. Por formarem uma federação partidária, Cidadania e PSDB são obrigados a atuarem como se fossem uma única legenda. Dessa forma, Zimbaldi precisa do aval dos tucanos para disputar a prefeitura de Campinas.

Rafa Zimbaldi tenta viabilizar sua candidatura, mas vive incerteza Foto: Mauricio Garcia de Souza/Alesp

O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB) admitiu que conversou com Saadi sobre a possibilidade de apoiá-lo. Segundo ele, o principal objetivo do PSDB é impedir que o PT vença a eleição em Campinas. “O que está em jogo é a maior cidade do interior”, disse em entrevista ao Estadão. “A decisão de apoiar a candidatura do Rafael (Zimbaldi) ou a reeleição do Dário (Saadi) ainda não foi tomada e será decidida posteriormente”.

Em 2020, Sampaio apoiou a candidatura de Zimbaldi contra Saadi. Agora, porém, afirma que a federação PSDB-Cidadania precisa refletir sobre qual é a candidatura mais viável eleitoralmente. “No passado, não apoiei o Dário, mas gosto da maneira como ele administra a cidade. Minha grande preocupação é a volta do PT. Além disso, precisamos saber se o Rafael vai permanecer no Cidadania”, disse.

Já o deputado estadual Rafael Zimbaldi afirmou que tem o apoio do Cidadania para ser o candidato da federação em Campinas. “Estou bastante confiante, mas brigar com a máquina pública é sempre um grande desafio”, disse ao Estadão. “Partidos que estiveram comigo na última eleição foram cooptados em troca de cargos. Sei que isso faz parte do jogo, mas não é um jogo justo”.

O deputado estadual aposta em um possível desgaste do prefeito para conseguir se firmar como o candidato da centro-direita na cidade. Em sua avaliação, o fato de Saadi ter sido eleito com o apoio do ex-prefeito Jonas Donizette (PSB) pode contribuir para o enfraquecimento da gestão municipal. “É o mesmo grupo político que está no poder há 12 anos, e a cidade segue com os mesmo problemas”, disse.

Na quarta-feira, 17, Zimbaldi e o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, conversaram sobre a eleição municipal. Segundo o deputado estadual, a conversa foi “boa”. No sábado, 20, o diretório municipal do PSDB de Campinas se reuniu pela primeira vez para debater o assunto, e as conversas devem continuar ao longo do próximo mês. “Estou empenhado para que a democracia prevaleça”, disse o deputado estadual.

A eleição municipal em Campinas (SP) vai testar a força do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) como cabos eleitorais, antecipando um provável confronto entre o presidente e o governador paulista na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. Tanto aliados de Lula como de Tarcísio esperam uma participação ativa dos gestores na campanha eleitoral campineira deste ano, com direito a visitas ao município localizado a 99 quilômetros da capital.

O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), busca a reeleição e, para isso, aposta em uma ampla aliança com partidos de centro e de direita. A base de Saadi abriga desde o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, mais à esquerda, até o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo também: MDB, Podemos, PP, PSD e União Brasil. “Os partidos aliados estão tratando da eleição e, na hora certa, vou me dedicar. Meu foco agora é continuar cuidando de Campinas e da população”, disse o prefeito ao Estadão, acrescentando que conta com o apoio do governador Tarcísio.

Prefeito Dário Saadi vai tentar reeleição e busca frente ampla com aliados sobretudo ao centro e à direita Foto: Adriano Rosa

Conhecida como “capital do interior”, Campinas possui o 12º maior Produto Interno Bruto (PIB) entre municípios brasileiros e orçamento público de R$ 9,3 bilhões para este ano. No ano passado, Lula criticou a gestão Saadi pela construção de casas de 15 metros quadrados para moradores de uma ocupação. Segundo petistas, o presidente julga que vencer no município é estratégico para o partido, sendo que sua presença na cidade durante a campanha é considera certa.

Auxiliares do prefeito avaliam que a disputa será polarizada entre Saadi e o pré-candidato do PT, Pedro Tourinho. O médico petista foi o deputado federal mais votado em Campinas em 2022, com 48,7 mil votos no município e 74,7 mil no Estado. Hoje ele é suplente na Câmara. Tourinho também participou da última eleição municipal em 2020. Porém, não chegou ao segundo turno, ficando atrás do deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania), na época filiado ao PL, por uma diferença mínima de 6,4 mil votos - ou 1,4%. Já Zimbaldi perdeu a prefeitura para Saadi.

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas para a eleição em Campinas traz o prefeito Dário Saadi em primeiro lugar em intenções de voto, com 33,7%. Na sequência, aparece o deputado estadual Rafa Zimbaldi (24,5%) e Pedro Tourinho (11,9%). A pesquisa também mostra que a administração Saadi é avaliada positivamente por 37,2% dos entrevistados. O estudo foi realizado em outubro passado. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

O médico Pedro Tourinho disputa a Prefeitura de Campinas pelo PT Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

Embora seja o terceiro colocado nas pesquisas eleitorais, Tourinho avalia que, com a vitória da chapa Lula-Alckmin em 2022, o contexto hoje é mais favorável para a sua candidatura em relação à última eleição municipal. A pré-candidatura petista conversa com PDT e PSOL para selar aliança na cidade. Além disso, já conta com apoio de PCdoB e PV, legendas federadas ao PT. “Estamos otimistas, pois tudo indica que teremos uma unidade progressista na disputa”, disse em entrevista ao Estadão.

O médico antecipa que questões relacionadas à saúde pública e à mobilidade urbana serão trabalhadas na disputa eleitoral. “Tenho certeza de que o presidente Lula não só vem para a cidade como está animado para a campanha”, afirmou Tourinho, ao ser questionado sobre o apoio do chefe do Executivo federal. O petista esclareceu, ainda, que a indicação para a vice em sua chapa segue em discussão.

A polarização entre esquerda e direita em Campinas já levou ao poder o tucano José Roberto Magalhães Teixeira, o Grama, e os petistas Jacó Bittar e Antônio da Costa Santos, o Toninho, assassinado a tiros em 2001. De lá para cá, a cidade ainda teve dois prefeitos cassados - Hélio de Oliveira Santos (PDT) e Demétrio Vilagra (PT) - até eleger, por dois mandatos seguidos, o hoje deputado federal Jonas Donizette (PSB). O ex-prefeito foi figura central na eleição de Saadi em 2020.

Candidatura de Zimbaldi é incerta

Apesar de despontar nas pesquisas atrás apenas do prefeito Saadi, a candidatura de Zimbaldi é considerada incerta. Isso porque o PSDB, sigla federada ao Cidadania, não decidiu quem apoiará na disputa em Campinas. Por formarem uma federação partidária, Cidadania e PSDB são obrigados a atuarem como se fossem uma única legenda. Dessa forma, Zimbaldi precisa do aval dos tucanos para disputar a prefeitura de Campinas.

Rafa Zimbaldi tenta viabilizar sua candidatura, mas vive incerteza Foto: Mauricio Garcia de Souza/Alesp

O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB) admitiu que conversou com Saadi sobre a possibilidade de apoiá-lo. Segundo ele, o principal objetivo do PSDB é impedir que o PT vença a eleição em Campinas. “O que está em jogo é a maior cidade do interior”, disse em entrevista ao Estadão. “A decisão de apoiar a candidatura do Rafael (Zimbaldi) ou a reeleição do Dário (Saadi) ainda não foi tomada e será decidida posteriormente”.

Em 2020, Sampaio apoiou a candidatura de Zimbaldi contra Saadi. Agora, porém, afirma que a federação PSDB-Cidadania precisa refletir sobre qual é a candidatura mais viável eleitoralmente. “No passado, não apoiei o Dário, mas gosto da maneira como ele administra a cidade. Minha grande preocupação é a volta do PT. Além disso, precisamos saber se o Rafael vai permanecer no Cidadania”, disse.

Já o deputado estadual Rafael Zimbaldi afirmou que tem o apoio do Cidadania para ser o candidato da federação em Campinas. “Estou bastante confiante, mas brigar com a máquina pública é sempre um grande desafio”, disse ao Estadão. “Partidos que estiveram comigo na última eleição foram cooptados em troca de cargos. Sei que isso faz parte do jogo, mas não é um jogo justo”.

O deputado estadual aposta em um possível desgaste do prefeito para conseguir se firmar como o candidato da centro-direita na cidade. Em sua avaliação, o fato de Saadi ter sido eleito com o apoio do ex-prefeito Jonas Donizette (PSB) pode contribuir para o enfraquecimento da gestão municipal. “É o mesmo grupo político que está no poder há 12 anos, e a cidade segue com os mesmo problemas”, disse.

Na quarta-feira, 17, Zimbaldi e o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, conversaram sobre a eleição municipal. Segundo o deputado estadual, a conversa foi “boa”. No sábado, 20, o diretório municipal do PSDB de Campinas se reuniu pela primeira vez para debater o assunto, e as conversas devem continuar ao longo do próximo mês. “Estou empenhado para que a democracia prevaleça”, disse o deputado estadual.

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