Disputa por Prefeitura de São Paulo vive guerra por vaga de vice após saída de Salles


Fabio Wajngarten diz que chapa de centro-direita seria união pragmática para derrotar Boulos na capital

Por Gustavo Queiroz e Adriana Ferraz
Atualização:

O advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro, entrou na disputa pela vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição em São Paulo, em 2024. Após o deputado federal Ricardo Salles (PL) desistir de se lançar pré-candidato, Wajngarten tenta se cacifar como o bolsonarista da aliança para derrotar a esquerda, simbolizada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que terá o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O perfil eleitoral da cidade é de centro-esquerda. Por isso, a chapa tem de ser de centro-direita. Não podemos permitir que o governador (de São Paulo) Tarcísio (de Freitas) fique ‘ensanduichado’ entre Lula e uma eventual e indesejada vitória de Boulos. Por isso, o pragmatismo político-mandatório”, afirmou Wajngarten ao Estadão.

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Wajngarten não tem filiação partidária, mas, assim como Bolsonaro, tem estado próximo de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL. O cacique partidário e o ex-presidente almoçaram duas vezes com Nunes em menos de um mês. O advogado não quis confirmar que essa seria sua escolha partidária, mas aliados do ex-presidente já passaram a defender sua entrada oficial na política.

Fabio Wajngarten (dir.) se movimenta para formar chapa com prefeito Ricardo Nunes (esq.) Foto: Felipe Rau/Estadão e Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), por exemplo, lamentou a desistência de Salles em sua conta no Twitter e reforçou o nome do ex-secretário de Comunicação Social. “Ele é articulado, é leal, é escudeiro fiel do presidente Jair Bolsonaro e é do grupo”, disse o parlamentar.

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“Se Fabio for o vice do atual prefeito de São Paulo nas próximas eleições, pode contar comigo”, endossou o pastor Silas Malafaia, também pelas redes sociais.

Como mostrou o Estadão, Nunes já convocou o marqueteiro que comandou a campanha de Bolsonaro, Duda Lima, para cuidar de sua estratégia eleitoral. O prefeito se aproximou ainda mais de Jair Bolsonaro e de Valdemar nas últimas semanas, movimento que desagradou Ricardo Salles e provocou sua desistência da disputa.

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O embarque de Wajngarten na chapa, porém, não tem consenso. Dirigentes do próprio PL avaliam que essa escolha dependerá da filiação ou não do prefeito à sigla – o convite a Nunes já foi feito. Além disso, os partidos que hoje compõem o governo municipal avaliam a viabilidade eleitoral de Nunes para fechar o compromisso pela reeleição.

O entorno de Nunes também é reticente à formação de uma chapa com vice tão próximo do bolsonarismo. Aliados do emedebista dizem que o movimento é só mais um “balão de ensaio” para testar nomes dentro e fora do grupo. A possibilidade de o senador Marcos Pontes (PL-SP) se candidatar ao cargo seria mais um exemplo dessa estratégia.

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PT avalia convidar Ana Estela Haddad para a vice de Guilherme Boulos Foto: Iara Morselli e Werther Santana/Estadão

O nome de Wajngarten, segundo o Estadão apurou, não teria o apoio do governador Tarcísio de Freitas, considerado peça essencial para a aliança por levar consigo o Republicanos e o PSD.

Esquerda

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Na esquerda, o PSOL também começou a testar nomes para concorrer à vice na chapa de Boulos. O deputado já afirmou ao Estadão que a vaga deverá ser ocupada pelo PT em acordo que evitaria que o partido do presidente Lula tenha um nome próprio na disputa.

Petistas chegaram a cogitar o nome da secretária de Saúde Digital no Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, mulher do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas há uma corrente que aposta na deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP) para a vice.

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“Tenho sido mencionada como pré-candidata a vice-prefeita pelo PT na chapa de Guilherme Boulos. A decisão é do PT. É uma honra ser lembrada ao lado de Ana Estela Haddad, companheira e parceira de tantas lutas. Estamos preparadas para fazer o povo voltar a ter orgulho de São Paulo”, escreveu Juliana Cardoso no Twitter.

O advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro, entrou na disputa pela vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição em São Paulo, em 2024. Após o deputado federal Ricardo Salles (PL) desistir de se lançar pré-candidato, Wajngarten tenta se cacifar como o bolsonarista da aliança para derrotar a esquerda, simbolizada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que terá o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O perfil eleitoral da cidade é de centro-esquerda. Por isso, a chapa tem de ser de centro-direita. Não podemos permitir que o governador (de São Paulo) Tarcísio (de Freitas) fique ‘ensanduichado’ entre Lula e uma eventual e indesejada vitória de Boulos. Por isso, o pragmatismo político-mandatório”, afirmou Wajngarten ao Estadão.

Wajngarten não tem filiação partidária, mas, assim como Bolsonaro, tem estado próximo de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL. O cacique partidário e o ex-presidente almoçaram duas vezes com Nunes em menos de um mês. O advogado não quis confirmar que essa seria sua escolha partidária, mas aliados do ex-presidente já passaram a defender sua entrada oficial na política.

Fabio Wajngarten (dir.) se movimenta para formar chapa com prefeito Ricardo Nunes (esq.) Foto: Felipe Rau/Estadão e Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), por exemplo, lamentou a desistência de Salles em sua conta no Twitter e reforçou o nome do ex-secretário de Comunicação Social. “Ele é articulado, é leal, é escudeiro fiel do presidente Jair Bolsonaro e é do grupo”, disse o parlamentar.

“Se Fabio for o vice do atual prefeito de São Paulo nas próximas eleições, pode contar comigo”, endossou o pastor Silas Malafaia, também pelas redes sociais.

Como mostrou o Estadão, Nunes já convocou o marqueteiro que comandou a campanha de Bolsonaro, Duda Lima, para cuidar de sua estratégia eleitoral. O prefeito se aproximou ainda mais de Jair Bolsonaro e de Valdemar nas últimas semanas, movimento que desagradou Ricardo Salles e provocou sua desistência da disputa.

O embarque de Wajngarten na chapa, porém, não tem consenso. Dirigentes do próprio PL avaliam que essa escolha dependerá da filiação ou não do prefeito à sigla – o convite a Nunes já foi feito. Além disso, os partidos que hoje compõem o governo municipal avaliam a viabilidade eleitoral de Nunes para fechar o compromisso pela reeleição.

O entorno de Nunes também é reticente à formação de uma chapa com vice tão próximo do bolsonarismo. Aliados do emedebista dizem que o movimento é só mais um “balão de ensaio” para testar nomes dentro e fora do grupo. A possibilidade de o senador Marcos Pontes (PL-SP) se candidatar ao cargo seria mais um exemplo dessa estratégia.

PT avalia convidar Ana Estela Haddad para a vice de Guilherme Boulos Foto: Iara Morselli e Werther Santana/Estadão

O nome de Wajngarten, segundo o Estadão apurou, não teria o apoio do governador Tarcísio de Freitas, considerado peça essencial para a aliança por levar consigo o Republicanos e o PSD.

Esquerda

Na esquerda, o PSOL também começou a testar nomes para concorrer à vice na chapa de Boulos. O deputado já afirmou ao Estadão que a vaga deverá ser ocupada pelo PT em acordo que evitaria que o partido do presidente Lula tenha um nome próprio na disputa.

Petistas chegaram a cogitar o nome da secretária de Saúde Digital no Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, mulher do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas há uma corrente que aposta na deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP) para a vice.

“Tenho sido mencionada como pré-candidata a vice-prefeita pelo PT na chapa de Guilherme Boulos. A decisão é do PT. É uma honra ser lembrada ao lado de Ana Estela Haddad, companheira e parceira de tantas lutas. Estamos preparadas para fazer o povo voltar a ter orgulho de São Paulo”, escreveu Juliana Cardoso no Twitter.

O advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro, entrou na disputa pela vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição em São Paulo, em 2024. Após o deputado federal Ricardo Salles (PL) desistir de se lançar pré-candidato, Wajngarten tenta se cacifar como o bolsonarista da aliança para derrotar a esquerda, simbolizada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que terá o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O perfil eleitoral da cidade é de centro-esquerda. Por isso, a chapa tem de ser de centro-direita. Não podemos permitir que o governador (de São Paulo) Tarcísio (de Freitas) fique ‘ensanduichado’ entre Lula e uma eventual e indesejada vitória de Boulos. Por isso, o pragmatismo político-mandatório”, afirmou Wajngarten ao Estadão.

Wajngarten não tem filiação partidária, mas, assim como Bolsonaro, tem estado próximo de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL. O cacique partidário e o ex-presidente almoçaram duas vezes com Nunes em menos de um mês. O advogado não quis confirmar que essa seria sua escolha partidária, mas aliados do ex-presidente já passaram a defender sua entrada oficial na política.

Fabio Wajngarten (dir.) se movimenta para formar chapa com prefeito Ricardo Nunes (esq.) Foto: Felipe Rau/Estadão e Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), por exemplo, lamentou a desistência de Salles em sua conta no Twitter e reforçou o nome do ex-secretário de Comunicação Social. “Ele é articulado, é leal, é escudeiro fiel do presidente Jair Bolsonaro e é do grupo”, disse o parlamentar.

“Se Fabio for o vice do atual prefeito de São Paulo nas próximas eleições, pode contar comigo”, endossou o pastor Silas Malafaia, também pelas redes sociais.

Como mostrou o Estadão, Nunes já convocou o marqueteiro que comandou a campanha de Bolsonaro, Duda Lima, para cuidar de sua estratégia eleitoral. O prefeito se aproximou ainda mais de Jair Bolsonaro e de Valdemar nas últimas semanas, movimento que desagradou Ricardo Salles e provocou sua desistência da disputa.

O embarque de Wajngarten na chapa, porém, não tem consenso. Dirigentes do próprio PL avaliam que essa escolha dependerá da filiação ou não do prefeito à sigla – o convite a Nunes já foi feito. Além disso, os partidos que hoje compõem o governo municipal avaliam a viabilidade eleitoral de Nunes para fechar o compromisso pela reeleição.

O entorno de Nunes também é reticente à formação de uma chapa com vice tão próximo do bolsonarismo. Aliados do emedebista dizem que o movimento é só mais um “balão de ensaio” para testar nomes dentro e fora do grupo. A possibilidade de o senador Marcos Pontes (PL-SP) se candidatar ao cargo seria mais um exemplo dessa estratégia.

PT avalia convidar Ana Estela Haddad para a vice de Guilherme Boulos Foto: Iara Morselli e Werther Santana/Estadão

O nome de Wajngarten, segundo o Estadão apurou, não teria o apoio do governador Tarcísio de Freitas, considerado peça essencial para a aliança por levar consigo o Republicanos e o PSD.

Esquerda

Na esquerda, o PSOL também começou a testar nomes para concorrer à vice na chapa de Boulos. O deputado já afirmou ao Estadão que a vaga deverá ser ocupada pelo PT em acordo que evitaria que o partido do presidente Lula tenha um nome próprio na disputa.

Petistas chegaram a cogitar o nome da secretária de Saúde Digital no Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, mulher do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas há uma corrente que aposta na deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP) para a vice.

“Tenho sido mencionada como pré-candidata a vice-prefeita pelo PT na chapa de Guilherme Boulos. A decisão é do PT. É uma honra ser lembrada ao lado de Ana Estela Haddad, companheira e parceira de tantas lutas. Estamos preparadas para fazer o povo voltar a ter orgulho de São Paulo”, escreveu Juliana Cardoso no Twitter.

O advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro, entrou na disputa pela vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição em São Paulo, em 2024. Após o deputado federal Ricardo Salles (PL) desistir de se lançar pré-candidato, Wajngarten tenta se cacifar como o bolsonarista da aliança para derrotar a esquerda, simbolizada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que terá o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O perfil eleitoral da cidade é de centro-esquerda. Por isso, a chapa tem de ser de centro-direita. Não podemos permitir que o governador (de São Paulo) Tarcísio (de Freitas) fique ‘ensanduichado’ entre Lula e uma eventual e indesejada vitória de Boulos. Por isso, o pragmatismo político-mandatório”, afirmou Wajngarten ao Estadão.

Wajngarten não tem filiação partidária, mas, assim como Bolsonaro, tem estado próximo de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL. O cacique partidário e o ex-presidente almoçaram duas vezes com Nunes em menos de um mês. O advogado não quis confirmar que essa seria sua escolha partidária, mas aliados do ex-presidente já passaram a defender sua entrada oficial na política.

Fabio Wajngarten (dir.) se movimenta para formar chapa com prefeito Ricardo Nunes (esq.) Foto: Felipe Rau/Estadão e Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), por exemplo, lamentou a desistência de Salles em sua conta no Twitter e reforçou o nome do ex-secretário de Comunicação Social. “Ele é articulado, é leal, é escudeiro fiel do presidente Jair Bolsonaro e é do grupo”, disse o parlamentar.

“Se Fabio for o vice do atual prefeito de São Paulo nas próximas eleições, pode contar comigo”, endossou o pastor Silas Malafaia, também pelas redes sociais.

Como mostrou o Estadão, Nunes já convocou o marqueteiro que comandou a campanha de Bolsonaro, Duda Lima, para cuidar de sua estratégia eleitoral. O prefeito se aproximou ainda mais de Jair Bolsonaro e de Valdemar nas últimas semanas, movimento que desagradou Ricardo Salles e provocou sua desistência da disputa.

O embarque de Wajngarten na chapa, porém, não tem consenso. Dirigentes do próprio PL avaliam que essa escolha dependerá da filiação ou não do prefeito à sigla – o convite a Nunes já foi feito. Além disso, os partidos que hoje compõem o governo municipal avaliam a viabilidade eleitoral de Nunes para fechar o compromisso pela reeleição.

O entorno de Nunes também é reticente à formação de uma chapa com vice tão próximo do bolsonarismo. Aliados do emedebista dizem que o movimento é só mais um “balão de ensaio” para testar nomes dentro e fora do grupo. A possibilidade de o senador Marcos Pontes (PL-SP) se candidatar ao cargo seria mais um exemplo dessa estratégia.

PT avalia convidar Ana Estela Haddad para a vice de Guilherme Boulos Foto: Iara Morselli e Werther Santana/Estadão

O nome de Wajngarten, segundo o Estadão apurou, não teria o apoio do governador Tarcísio de Freitas, considerado peça essencial para a aliança por levar consigo o Republicanos e o PSD.

Esquerda

Na esquerda, o PSOL também começou a testar nomes para concorrer à vice na chapa de Boulos. O deputado já afirmou ao Estadão que a vaga deverá ser ocupada pelo PT em acordo que evitaria que o partido do presidente Lula tenha um nome próprio na disputa.

Petistas chegaram a cogitar o nome da secretária de Saúde Digital no Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, mulher do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas há uma corrente que aposta na deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP) para a vice.

“Tenho sido mencionada como pré-candidata a vice-prefeita pelo PT na chapa de Guilherme Boulos. A decisão é do PT. É uma honra ser lembrada ao lado de Ana Estela Haddad, companheira e parceira de tantas lutas. Estamos preparadas para fazer o povo voltar a ter orgulho de São Paulo”, escreveu Juliana Cardoso no Twitter.

O advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro, entrou na disputa pela vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição em São Paulo, em 2024. Após o deputado federal Ricardo Salles (PL) desistir de se lançar pré-candidato, Wajngarten tenta se cacifar como o bolsonarista da aliança para derrotar a esquerda, simbolizada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que terá o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O perfil eleitoral da cidade é de centro-esquerda. Por isso, a chapa tem de ser de centro-direita. Não podemos permitir que o governador (de São Paulo) Tarcísio (de Freitas) fique ‘ensanduichado’ entre Lula e uma eventual e indesejada vitória de Boulos. Por isso, o pragmatismo político-mandatório”, afirmou Wajngarten ao Estadão.

Wajngarten não tem filiação partidária, mas, assim como Bolsonaro, tem estado próximo de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL. O cacique partidário e o ex-presidente almoçaram duas vezes com Nunes em menos de um mês. O advogado não quis confirmar que essa seria sua escolha partidária, mas aliados do ex-presidente já passaram a defender sua entrada oficial na política.

Fabio Wajngarten (dir.) se movimenta para formar chapa com prefeito Ricardo Nunes (esq.) Foto: Felipe Rau/Estadão e Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), por exemplo, lamentou a desistência de Salles em sua conta no Twitter e reforçou o nome do ex-secretário de Comunicação Social. “Ele é articulado, é leal, é escudeiro fiel do presidente Jair Bolsonaro e é do grupo”, disse o parlamentar.

“Se Fabio for o vice do atual prefeito de São Paulo nas próximas eleições, pode contar comigo”, endossou o pastor Silas Malafaia, também pelas redes sociais.

Como mostrou o Estadão, Nunes já convocou o marqueteiro que comandou a campanha de Bolsonaro, Duda Lima, para cuidar de sua estratégia eleitoral. O prefeito se aproximou ainda mais de Jair Bolsonaro e de Valdemar nas últimas semanas, movimento que desagradou Ricardo Salles e provocou sua desistência da disputa.

O embarque de Wajngarten na chapa, porém, não tem consenso. Dirigentes do próprio PL avaliam que essa escolha dependerá da filiação ou não do prefeito à sigla – o convite a Nunes já foi feito. Além disso, os partidos que hoje compõem o governo municipal avaliam a viabilidade eleitoral de Nunes para fechar o compromisso pela reeleição.

O entorno de Nunes também é reticente à formação de uma chapa com vice tão próximo do bolsonarismo. Aliados do emedebista dizem que o movimento é só mais um “balão de ensaio” para testar nomes dentro e fora do grupo. A possibilidade de o senador Marcos Pontes (PL-SP) se candidatar ao cargo seria mais um exemplo dessa estratégia.

PT avalia convidar Ana Estela Haddad para a vice de Guilherme Boulos Foto: Iara Morselli e Werther Santana/Estadão

O nome de Wajngarten, segundo o Estadão apurou, não teria o apoio do governador Tarcísio de Freitas, considerado peça essencial para a aliança por levar consigo o Republicanos e o PSD.

Esquerda

Na esquerda, o PSOL também começou a testar nomes para concorrer à vice na chapa de Boulos. O deputado já afirmou ao Estadão que a vaga deverá ser ocupada pelo PT em acordo que evitaria que o partido do presidente Lula tenha um nome próprio na disputa.

Petistas chegaram a cogitar o nome da secretária de Saúde Digital no Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, mulher do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas há uma corrente que aposta na deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP) para a vice.

“Tenho sido mencionada como pré-candidata a vice-prefeita pelo PT na chapa de Guilherme Boulos. A decisão é do PT. É uma honra ser lembrada ao lado de Ana Estela Haddad, companheira e parceira de tantas lutas. Estamos preparadas para fazer o povo voltar a ter orgulho de São Paulo”, escreveu Juliana Cardoso no Twitter.

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