Doria se desfilia do PSDB após 22 anos


Em carta, ex-governador afirma que encerrou sua ‘trajetória partidária de cabeça erguida’

Por Natália Santos
Atualização:

Pouco mais de cinco meses depois de não conseguir viabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto, o ex-governador João Doria anunciou nesta quarta-feira, 19, sua desfiliação do PSDB. A decisão foi divulgada nas redes sociais, no momento em que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) intensificou a campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a bancada tucana da Câmara fez um gesto de aproximação com os bolsonaristas ao orientar voto a favor da criação da CPI das pesquisas eleitorais.

O ex-governador de São Paulo, João Doria, durante reunião no Palácio dos Bandeirantes. Foto: Governo de SP

Em carta, Doria listou o que considera os melhores momentos de sua passagem pelo Palácio dos Bandeirantes, como a atuação na pandemia de covid-19 e obras entregues, e diz que encerra sua trajetória partidária de 22 anos no PSDB “de cabeça erguida”. Doria lembrou as prévias do partido que venceu – em 2016, para a Prefeitura; em 2018, ao governo; e em 2021, para o Palácio do Planalto. A disputa deste ano, no entanto, dividiu o partido, que optou por não lançar um nome à Presidência e compor a chapa de Simone Tebet (MDB-MS), com a indicação da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) como vice.

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A decisão de Doria prenuncia um racha no PSDB após o segundo turno das eleições. Tucanos históricos decidiram apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Fazem parte dessa corrente os senadores José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE), o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-senador José Aníbal. Em outra frente, prefeitos como Duarte Nogueira, de Ribeirão Preto, e deputados como Carlos Sampaio (SP), que integra a executiva nacional tucana, declararam apoio a Bolsonaro.

Em julho, pouco depois de deixar o governo do Estado, Doria anunciou a sua volta ao setor privado e afirmou que permaneceria filiado ao PSDB. O tucano disse a jornalistas que havia recebido um “honroso convite” para integrar o Conselho do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), entidade fundada por ele mesmo e hoje presidida por seu filho, João Doria Neto.

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O ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se emociona durante um pronunciamento e anuncia que desistiu de sua pré-candidatura à Presidência da República Foto: Werther Santana/Estadão

Leia a íntegra da carta aberta do ex-governador:

Após 22 anos da filiação ao PSDB e seis anos de uma dedicada e intensa trajetória como prefeito de São Paulo e governador do Estado, comunico que formalizei junto ao diretório estadual do PSDB o meu desligamento do partido. Inspirado pelas ideias e virtudes de nomes como Franco Montoro, José Serra, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso, busquei cumprir uma missão política e partidária pautada na excelência da gestão pública, num Estado menor e em favor de uma sociedade mais justa e menos desigual.

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A omissão, a letargia e o imobilismo jamais fizeram parte da minha vida. Não cruzei os braços ao encarar problemas que afligem São Paulo e o Brasil. A exemplo de minha conduta como empresário, preferi encarar os desafios da vida pública com determinação, foco e resiliência.

Enquanto alguns atores da política se omitiam durante a mais grave pandemia dos últimos cem anos, lutei desde o início para que nosso povo tivesse acesso a uma vacina contra a Covid-19. Atuei, acima de tudo, pela defesa da vida e da saúde dos brasileiros. Jamais cedi ao negacionismo ou a falsidades que contrariam a ciência. Tenho muito orgulho do sucesso liderado por São Paulo que ajudou a salvar 124 milhões de vidas no Brasil, que tomaram a vacina do Butantã.

Comandei gestões transformadoras e ousadas que deixaram conquistas, que agora, pertencem ao povo de São Paulo. Entregamos o Novo Museu do Ipiranga, despoluímos o Rio Pinheiros, multiplicamos por dez as vagas em escolas de tempo integral, promovemos o crescimento econômico de São Paulo cinco vezes mais do que o Brasil, geramos mais de 2 milhões de novos empregos, modernizamos mais de 11 mil quilômetros de rodovias e ampliamos, substancialmente, o acesso a programas como Poupatempo e Bom Prato. Unimos, de forma inédita, o poder público e iniciativa privada em um Comitê Solidário que arrecadou mais de R$ 2 bilhões para combater a fome e a carestia. E criamos o Bolsa do Povo, o maior programa de assistência social e transferência de renda da história de São Paulo. Meu agradecimento ao Rodrigo Garcia e à brilhante equipe que tivemos no governo de S. Paulo.

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Reconhecido até por nossos adversários, o ótimo trabalho do PSDB na Prefeitura de São Paulo e no Governo do Estado permitiu a reeleição, em 2020, de meu querido e saudoso amigo Bruno Covas, para um novo mandato à frente da mais importante metrópole da América do Sul. Infelizmente, Bruno nos deixou cedo demais.

Pouco mais de cinco meses depois de não conseguir viabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto, o ex-governador João Doria anunciou nesta quarta-feira, 19, sua desfiliação do PSDB. A decisão foi divulgada nas redes sociais, no momento em que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) intensificou a campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a bancada tucana da Câmara fez um gesto de aproximação com os bolsonaristas ao orientar voto a favor da criação da CPI das pesquisas eleitorais.

O ex-governador de São Paulo, João Doria, durante reunião no Palácio dos Bandeirantes. Foto: Governo de SP

Em carta, Doria listou o que considera os melhores momentos de sua passagem pelo Palácio dos Bandeirantes, como a atuação na pandemia de covid-19 e obras entregues, e diz que encerra sua trajetória partidária de 22 anos no PSDB “de cabeça erguida”. Doria lembrou as prévias do partido que venceu – em 2016, para a Prefeitura; em 2018, ao governo; e em 2021, para o Palácio do Planalto. A disputa deste ano, no entanto, dividiu o partido, que optou por não lançar um nome à Presidência e compor a chapa de Simone Tebet (MDB-MS), com a indicação da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) como vice.

A decisão de Doria prenuncia um racha no PSDB após o segundo turno das eleições. Tucanos históricos decidiram apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Fazem parte dessa corrente os senadores José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE), o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-senador José Aníbal. Em outra frente, prefeitos como Duarte Nogueira, de Ribeirão Preto, e deputados como Carlos Sampaio (SP), que integra a executiva nacional tucana, declararam apoio a Bolsonaro.

Em julho, pouco depois de deixar o governo do Estado, Doria anunciou a sua volta ao setor privado e afirmou que permaneceria filiado ao PSDB. O tucano disse a jornalistas que havia recebido um “honroso convite” para integrar o Conselho do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), entidade fundada por ele mesmo e hoje presidida por seu filho, João Doria Neto.

O ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se emociona durante um pronunciamento e anuncia que desistiu de sua pré-candidatura à Presidência da República Foto: Werther Santana/Estadão

Leia a íntegra da carta aberta do ex-governador:

Após 22 anos da filiação ao PSDB e seis anos de uma dedicada e intensa trajetória como prefeito de São Paulo e governador do Estado, comunico que formalizei junto ao diretório estadual do PSDB o meu desligamento do partido. Inspirado pelas ideias e virtudes de nomes como Franco Montoro, José Serra, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso, busquei cumprir uma missão política e partidária pautada na excelência da gestão pública, num Estado menor e em favor de uma sociedade mais justa e menos desigual.

A omissão, a letargia e o imobilismo jamais fizeram parte da minha vida. Não cruzei os braços ao encarar problemas que afligem São Paulo e o Brasil. A exemplo de minha conduta como empresário, preferi encarar os desafios da vida pública com determinação, foco e resiliência.

Enquanto alguns atores da política se omitiam durante a mais grave pandemia dos últimos cem anos, lutei desde o início para que nosso povo tivesse acesso a uma vacina contra a Covid-19. Atuei, acima de tudo, pela defesa da vida e da saúde dos brasileiros. Jamais cedi ao negacionismo ou a falsidades que contrariam a ciência. Tenho muito orgulho do sucesso liderado por São Paulo que ajudou a salvar 124 milhões de vidas no Brasil, que tomaram a vacina do Butantã.

Comandei gestões transformadoras e ousadas que deixaram conquistas, que agora, pertencem ao povo de São Paulo. Entregamos o Novo Museu do Ipiranga, despoluímos o Rio Pinheiros, multiplicamos por dez as vagas em escolas de tempo integral, promovemos o crescimento econômico de São Paulo cinco vezes mais do que o Brasil, geramos mais de 2 milhões de novos empregos, modernizamos mais de 11 mil quilômetros de rodovias e ampliamos, substancialmente, o acesso a programas como Poupatempo e Bom Prato. Unimos, de forma inédita, o poder público e iniciativa privada em um Comitê Solidário que arrecadou mais de R$ 2 bilhões para combater a fome e a carestia. E criamos o Bolsa do Povo, o maior programa de assistência social e transferência de renda da história de São Paulo. Meu agradecimento ao Rodrigo Garcia e à brilhante equipe que tivemos no governo de S. Paulo.

Reconhecido até por nossos adversários, o ótimo trabalho do PSDB na Prefeitura de São Paulo e no Governo do Estado permitiu a reeleição, em 2020, de meu querido e saudoso amigo Bruno Covas, para um novo mandato à frente da mais importante metrópole da América do Sul. Infelizmente, Bruno nos deixou cedo demais.

Pouco mais de cinco meses depois de não conseguir viabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto, o ex-governador João Doria anunciou nesta quarta-feira, 19, sua desfiliação do PSDB. A decisão foi divulgada nas redes sociais, no momento em que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) intensificou a campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a bancada tucana da Câmara fez um gesto de aproximação com os bolsonaristas ao orientar voto a favor da criação da CPI das pesquisas eleitorais.

O ex-governador de São Paulo, João Doria, durante reunião no Palácio dos Bandeirantes. Foto: Governo de SP

Em carta, Doria listou o que considera os melhores momentos de sua passagem pelo Palácio dos Bandeirantes, como a atuação na pandemia de covid-19 e obras entregues, e diz que encerra sua trajetória partidária de 22 anos no PSDB “de cabeça erguida”. Doria lembrou as prévias do partido que venceu – em 2016, para a Prefeitura; em 2018, ao governo; e em 2021, para o Palácio do Planalto. A disputa deste ano, no entanto, dividiu o partido, que optou por não lançar um nome à Presidência e compor a chapa de Simone Tebet (MDB-MS), com a indicação da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) como vice.

A decisão de Doria prenuncia um racha no PSDB após o segundo turno das eleições. Tucanos históricos decidiram apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Fazem parte dessa corrente os senadores José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE), o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-senador José Aníbal. Em outra frente, prefeitos como Duarte Nogueira, de Ribeirão Preto, e deputados como Carlos Sampaio (SP), que integra a executiva nacional tucana, declararam apoio a Bolsonaro.

Em julho, pouco depois de deixar o governo do Estado, Doria anunciou a sua volta ao setor privado e afirmou que permaneceria filiado ao PSDB. O tucano disse a jornalistas que havia recebido um “honroso convite” para integrar o Conselho do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), entidade fundada por ele mesmo e hoje presidida por seu filho, João Doria Neto.

O ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se emociona durante um pronunciamento e anuncia que desistiu de sua pré-candidatura à Presidência da República Foto: Werther Santana/Estadão

Leia a íntegra da carta aberta do ex-governador:

Após 22 anos da filiação ao PSDB e seis anos de uma dedicada e intensa trajetória como prefeito de São Paulo e governador do Estado, comunico que formalizei junto ao diretório estadual do PSDB o meu desligamento do partido. Inspirado pelas ideias e virtudes de nomes como Franco Montoro, José Serra, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso, busquei cumprir uma missão política e partidária pautada na excelência da gestão pública, num Estado menor e em favor de uma sociedade mais justa e menos desigual.

A omissão, a letargia e o imobilismo jamais fizeram parte da minha vida. Não cruzei os braços ao encarar problemas que afligem São Paulo e o Brasil. A exemplo de minha conduta como empresário, preferi encarar os desafios da vida pública com determinação, foco e resiliência.

Enquanto alguns atores da política se omitiam durante a mais grave pandemia dos últimos cem anos, lutei desde o início para que nosso povo tivesse acesso a uma vacina contra a Covid-19. Atuei, acima de tudo, pela defesa da vida e da saúde dos brasileiros. Jamais cedi ao negacionismo ou a falsidades que contrariam a ciência. Tenho muito orgulho do sucesso liderado por São Paulo que ajudou a salvar 124 milhões de vidas no Brasil, que tomaram a vacina do Butantã.

Comandei gestões transformadoras e ousadas que deixaram conquistas, que agora, pertencem ao povo de São Paulo. Entregamos o Novo Museu do Ipiranga, despoluímos o Rio Pinheiros, multiplicamos por dez as vagas em escolas de tempo integral, promovemos o crescimento econômico de São Paulo cinco vezes mais do que o Brasil, geramos mais de 2 milhões de novos empregos, modernizamos mais de 11 mil quilômetros de rodovias e ampliamos, substancialmente, o acesso a programas como Poupatempo e Bom Prato. Unimos, de forma inédita, o poder público e iniciativa privada em um Comitê Solidário que arrecadou mais de R$ 2 bilhões para combater a fome e a carestia. E criamos o Bolsa do Povo, o maior programa de assistência social e transferência de renda da história de São Paulo. Meu agradecimento ao Rodrigo Garcia e à brilhante equipe que tivemos no governo de S. Paulo.

Reconhecido até por nossos adversários, o ótimo trabalho do PSDB na Prefeitura de São Paulo e no Governo do Estado permitiu a reeleição, em 2020, de meu querido e saudoso amigo Bruno Covas, para um novo mandato à frente da mais importante metrópole da América do Sul. Infelizmente, Bruno nos deixou cedo demais.

Pouco mais de cinco meses depois de não conseguir viabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto, o ex-governador João Doria anunciou nesta quarta-feira, 19, sua desfiliação do PSDB. A decisão foi divulgada nas redes sociais, no momento em que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) intensificou a campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a bancada tucana da Câmara fez um gesto de aproximação com os bolsonaristas ao orientar voto a favor da criação da CPI das pesquisas eleitorais.

O ex-governador de São Paulo, João Doria, durante reunião no Palácio dos Bandeirantes. Foto: Governo de SP

Em carta, Doria listou o que considera os melhores momentos de sua passagem pelo Palácio dos Bandeirantes, como a atuação na pandemia de covid-19 e obras entregues, e diz que encerra sua trajetória partidária de 22 anos no PSDB “de cabeça erguida”. Doria lembrou as prévias do partido que venceu – em 2016, para a Prefeitura; em 2018, ao governo; e em 2021, para o Palácio do Planalto. A disputa deste ano, no entanto, dividiu o partido, que optou por não lançar um nome à Presidência e compor a chapa de Simone Tebet (MDB-MS), com a indicação da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) como vice.

A decisão de Doria prenuncia um racha no PSDB após o segundo turno das eleições. Tucanos históricos decidiram apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Fazem parte dessa corrente os senadores José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE), o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-senador José Aníbal. Em outra frente, prefeitos como Duarte Nogueira, de Ribeirão Preto, e deputados como Carlos Sampaio (SP), que integra a executiva nacional tucana, declararam apoio a Bolsonaro.

Em julho, pouco depois de deixar o governo do Estado, Doria anunciou a sua volta ao setor privado e afirmou que permaneceria filiado ao PSDB. O tucano disse a jornalistas que havia recebido um “honroso convite” para integrar o Conselho do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), entidade fundada por ele mesmo e hoje presidida por seu filho, João Doria Neto.

O ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se emociona durante um pronunciamento e anuncia que desistiu de sua pré-candidatura à Presidência da República Foto: Werther Santana/Estadão

Leia a íntegra da carta aberta do ex-governador:

Após 22 anos da filiação ao PSDB e seis anos de uma dedicada e intensa trajetória como prefeito de São Paulo e governador do Estado, comunico que formalizei junto ao diretório estadual do PSDB o meu desligamento do partido. Inspirado pelas ideias e virtudes de nomes como Franco Montoro, José Serra, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso, busquei cumprir uma missão política e partidária pautada na excelência da gestão pública, num Estado menor e em favor de uma sociedade mais justa e menos desigual.

A omissão, a letargia e o imobilismo jamais fizeram parte da minha vida. Não cruzei os braços ao encarar problemas que afligem São Paulo e o Brasil. A exemplo de minha conduta como empresário, preferi encarar os desafios da vida pública com determinação, foco e resiliência.

Enquanto alguns atores da política se omitiam durante a mais grave pandemia dos últimos cem anos, lutei desde o início para que nosso povo tivesse acesso a uma vacina contra a Covid-19. Atuei, acima de tudo, pela defesa da vida e da saúde dos brasileiros. Jamais cedi ao negacionismo ou a falsidades que contrariam a ciência. Tenho muito orgulho do sucesso liderado por São Paulo que ajudou a salvar 124 milhões de vidas no Brasil, que tomaram a vacina do Butantã.

Comandei gestões transformadoras e ousadas que deixaram conquistas, que agora, pertencem ao povo de São Paulo. Entregamos o Novo Museu do Ipiranga, despoluímos o Rio Pinheiros, multiplicamos por dez as vagas em escolas de tempo integral, promovemos o crescimento econômico de São Paulo cinco vezes mais do que o Brasil, geramos mais de 2 milhões de novos empregos, modernizamos mais de 11 mil quilômetros de rodovias e ampliamos, substancialmente, o acesso a programas como Poupatempo e Bom Prato. Unimos, de forma inédita, o poder público e iniciativa privada em um Comitê Solidário que arrecadou mais de R$ 2 bilhões para combater a fome e a carestia. E criamos o Bolsa do Povo, o maior programa de assistência social e transferência de renda da história de São Paulo. Meu agradecimento ao Rodrigo Garcia e à brilhante equipe que tivemos no governo de S. Paulo.

Reconhecido até por nossos adversários, o ótimo trabalho do PSDB na Prefeitura de São Paulo e no Governo do Estado permitiu a reeleição, em 2020, de meu querido e saudoso amigo Bruno Covas, para um novo mandato à frente da mais importante metrópole da América do Sul. Infelizmente, Bruno nos deixou cedo demais.

Pouco mais de cinco meses depois de não conseguir viabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto, o ex-governador João Doria anunciou nesta quarta-feira, 19, sua desfiliação do PSDB. A decisão foi divulgada nas redes sociais, no momento em que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) intensificou a campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a bancada tucana da Câmara fez um gesto de aproximação com os bolsonaristas ao orientar voto a favor da criação da CPI das pesquisas eleitorais.

O ex-governador de São Paulo, João Doria, durante reunião no Palácio dos Bandeirantes. Foto: Governo de SP

Em carta, Doria listou o que considera os melhores momentos de sua passagem pelo Palácio dos Bandeirantes, como a atuação na pandemia de covid-19 e obras entregues, e diz que encerra sua trajetória partidária de 22 anos no PSDB “de cabeça erguida”. Doria lembrou as prévias do partido que venceu – em 2016, para a Prefeitura; em 2018, ao governo; e em 2021, para o Palácio do Planalto. A disputa deste ano, no entanto, dividiu o partido, que optou por não lançar um nome à Presidência e compor a chapa de Simone Tebet (MDB-MS), com a indicação da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) como vice.

A decisão de Doria prenuncia um racha no PSDB após o segundo turno das eleições. Tucanos históricos decidiram apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Fazem parte dessa corrente os senadores José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE), o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-senador José Aníbal. Em outra frente, prefeitos como Duarte Nogueira, de Ribeirão Preto, e deputados como Carlos Sampaio (SP), que integra a executiva nacional tucana, declararam apoio a Bolsonaro.

Em julho, pouco depois de deixar o governo do Estado, Doria anunciou a sua volta ao setor privado e afirmou que permaneceria filiado ao PSDB. O tucano disse a jornalistas que havia recebido um “honroso convite” para integrar o Conselho do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), entidade fundada por ele mesmo e hoje presidida por seu filho, João Doria Neto.

O ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se emociona durante um pronunciamento e anuncia que desistiu de sua pré-candidatura à Presidência da República Foto: Werther Santana/Estadão

Leia a íntegra da carta aberta do ex-governador:

Após 22 anos da filiação ao PSDB e seis anos de uma dedicada e intensa trajetória como prefeito de São Paulo e governador do Estado, comunico que formalizei junto ao diretório estadual do PSDB o meu desligamento do partido. Inspirado pelas ideias e virtudes de nomes como Franco Montoro, José Serra, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso, busquei cumprir uma missão política e partidária pautada na excelência da gestão pública, num Estado menor e em favor de uma sociedade mais justa e menos desigual.

A omissão, a letargia e o imobilismo jamais fizeram parte da minha vida. Não cruzei os braços ao encarar problemas que afligem São Paulo e o Brasil. A exemplo de minha conduta como empresário, preferi encarar os desafios da vida pública com determinação, foco e resiliência.

Enquanto alguns atores da política se omitiam durante a mais grave pandemia dos últimos cem anos, lutei desde o início para que nosso povo tivesse acesso a uma vacina contra a Covid-19. Atuei, acima de tudo, pela defesa da vida e da saúde dos brasileiros. Jamais cedi ao negacionismo ou a falsidades que contrariam a ciência. Tenho muito orgulho do sucesso liderado por São Paulo que ajudou a salvar 124 milhões de vidas no Brasil, que tomaram a vacina do Butantã.

Comandei gestões transformadoras e ousadas que deixaram conquistas, que agora, pertencem ao povo de São Paulo. Entregamos o Novo Museu do Ipiranga, despoluímos o Rio Pinheiros, multiplicamos por dez as vagas em escolas de tempo integral, promovemos o crescimento econômico de São Paulo cinco vezes mais do que o Brasil, geramos mais de 2 milhões de novos empregos, modernizamos mais de 11 mil quilômetros de rodovias e ampliamos, substancialmente, o acesso a programas como Poupatempo e Bom Prato. Unimos, de forma inédita, o poder público e iniciativa privada em um Comitê Solidário que arrecadou mais de R$ 2 bilhões para combater a fome e a carestia. E criamos o Bolsa do Povo, o maior programa de assistência social e transferência de renda da história de São Paulo. Meu agradecimento ao Rodrigo Garcia e à brilhante equipe que tivemos no governo de S. Paulo.

Reconhecido até por nossos adversários, o ótimo trabalho do PSDB na Prefeitura de São Paulo e no Governo do Estado permitiu a reeleição, em 2020, de meu querido e saudoso amigo Bruno Covas, para um novo mandato à frente da mais importante metrópole da América do Sul. Infelizmente, Bruno nos deixou cedo demais.

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