Atos em grandes cidades do País reúnem familiares e amigos de Bruno e Dom


Sogros do britânico e outros familiares e amigos dos dois desaparecidos fizeram manifestação emocionada em Copacabana, no Rio; Belém, Salvador e outras capitais também têm atos por agilidade nas buscas e combate a crimes na Amazônia

Por Redação e Fabio Grellet
Atualização:

Uma semana após o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, familiares, amigos e muitos apoiadores deles fazem vigílias e atos em grandes cidades do País e cobram agilidade das autoridades nas buscas. No Rio, os sogros do britânico, que é casado com uma brasileira e morava em Salvador, divergem quanto à chance de eles ainda estarem vivos. Em Belém, no Pará, e na capital baiana, também são registrados atos e manifestações na manhã deste domingo, 12.

O sogro do jornalista, o aposentado Luiz Carlos Rocha Sampaio, de 80 anos, ainda tem esperanças. “Eu ainda alimento a esperança de encontrá-lo. Peço a Deus que não seja em vão essa nossa luta”, afirmou ao Estadão. Já Maria Lúcia Farias Sampaio, de 78 anos, mãe da esposa de Dom, disse que, “para ser sincera, não existe mais esperança”, durante ato emocionado na manhã deste domingo, 12, na orla de Copacabana, na zona sul do Rio.

A manifestação foi organizada por amigos e familiares do jornalista britânico, que está no Brasil há 15 anos e morou no Rio, de onde se mudou há um ano para Salvador com a esposa, Alessandra Sampaio. “Estamos aqui em homenagem a Dom e Bruno”, disse Maria Lúcia.

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A sogra de Dom, Maria Lúcia, abraça uma das crianças da família durante o ato em Copacabana. Foto: Bruna Prado/AP

O casal tem três filhos - Alessandra continua em Salvador, de onde acompanha as buscas pelo marido. A irmã dela viajou à capital baiana assim que o sumiço foi anunciado. O outro irmão, o produtor Marcus Farias Sampaio, de 49 anos, participou do ato na zona sul do Rio. “A gente sabe que é muito difícil. Enquanto não houver uma resposta definitiva, a gente tem que acreditar. Mas a gente está aguardando o pior, embora tenha muita fé”, afirmou.

A atriz Lucélia Santos também participou do ato: “Esse episódio vem escancarar a realidade trágica e horrorosa que está acontecendo no Brasil hoje. Que perseguem e matam as pessoas nessa região já é do conhecimento de todos. O que a gente não podia imaginar é a vulnerabilidade do Exército, de não reunir as condições adequadas para a busca. A sociedade precisa se unir e exigir do governo o esclarecimento do caso. Dom e Bruno não podem simplesmente sumir no interior da floresta”, disse a atriz.

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A manifestação começou às 9h na avenida Atlântica, em frente ao posto 6, onde Dom fazia aulas de stand-up paddle quando morava no Rio. Às 10h20, um grupo de aproximadamente 50 pessoas segurando cartazes com fotos dos desaparecidos se reuniu para, em coro, gritar: “Onde estão Dom e Bruno?”

Outras capitais

Em Belém, capital do Pará, manifestação organizada por políticos locais, ambientalistas e outros moradores cobrou principalmente o fim da intolerância no Brasil. A deputada federal Vivi Reis (PSOL-PA) compartilhou imagem nas redes sociais no final da manhã deste sábado, 12. O grupo usou o mesmo cartaz exposto pelos familiares de Dom no Rio, uma ilustração de Dom e Bruno com a frase em português e em inglês.

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Relembre

Bruno Pereira e Dom Phillips estão desaparecidos desde o domingo passado, 5, quando faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Vale do Javari, na Amazônia. A polícia investiga o caso, mas até agora não chegou a nenhuma conclusão. Um suspeito de envolvimento no desaparecimento está preso e testemunhas estão protegidas pela Justiça.

Uma semana após o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, familiares, amigos e muitos apoiadores deles fazem vigílias e atos em grandes cidades do País e cobram agilidade das autoridades nas buscas. No Rio, os sogros do britânico, que é casado com uma brasileira e morava em Salvador, divergem quanto à chance de eles ainda estarem vivos. Em Belém, no Pará, e na capital baiana, também são registrados atos e manifestações na manhã deste domingo, 12.

O sogro do jornalista, o aposentado Luiz Carlos Rocha Sampaio, de 80 anos, ainda tem esperanças. “Eu ainda alimento a esperança de encontrá-lo. Peço a Deus que não seja em vão essa nossa luta”, afirmou ao Estadão. Já Maria Lúcia Farias Sampaio, de 78 anos, mãe da esposa de Dom, disse que, “para ser sincera, não existe mais esperança”, durante ato emocionado na manhã deste domingo, 12, na orla de Copacabana, na zona sul do Rio.

A manifestação foi organizada por amigos e familiares do jornalista britânico, que está no Brasil há 15 anos e morou no Rio, de onde se mudou há um ano para Salvador com a esposa, Alessandra Sampaio. “Estamos aqui em homenagem a Dom e Bruno”, disse Maria Lúcia.

A sogra de Dom, Maria Lúcia, abraça uma das crianças da família durante o ato em Copacabana. Foto: Bruna Prado/AP

O casal tem três filhos - Alessandra continua em Salvador, de onde acompanha as buscas pelo marido. A irmã dela viajou à capital baiana assim que o sumiço foi anunciado. O outro irmão, o produtor Marcus Farias Sampaio, de 49 anos, participou do ato na zona sul do Rio. “A gente sabe que é muito difícil. Enquanto não houver uma resposta definitiva, a gente tem que acreditar. Mas a gente está aguardando o pior, embora tenha muita fé”, afirmou.

A atriz Lucélia Santos também participou do ato: “Esse episódio vem escancarar a realidade trágica e horrorosa que está acontecendo no Brasil hoje. Que perseguem e matam as pessoas nessa região já é do conhecimento de todos. O que a gente não podia imaginar é a vulnerabilidade do Exército, de não reunir as condições adequadas para a busca. A sociedade precisa se unir e exigir do governo o esclarecimento do caso. Dom e Bruno não podem simplesmente sumir no interior da floresta”, disse a atriz.

A manifestação começou às 9h na avenida Atlântica, em frente ao posto 6, onde Dom fazia aulas de stand-up paddle quando morava no Rio. Às 10h20, um grupo de aproximadamente 50 pessoas segurando cartazes com fotos dos desaparecidos se reuniu para, em coro, gritar: “Onde estão Dom e Bruno?”

Outras capitais

Em Belém, capital do Pará, manifestação organizada por políticos locais, ambientalistas e outros moradores cobrou principalmente o fim da intolerância no Brasil. A deputada federal Vivi Reis (PSOL-PA) compartilhou imagem nas redes sociais no final da manhã deste sábado, 12. O grupo usou o mesmo cartaz exposto pelos familiares de Dom no Rio, uma ilustração de Dom e Bruno com a frase em português e em inglês.

Relembre

Bruno Pereira e Dom Phillips estão desaparecidos desde o domingo passado, 5, quando faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Vale do Javari, na Amazônia. A polícia investiga o caso, mas até agora não chegou a nenhuma conclusão. Um suspeito de envolvimento no desaparecimento está preso e testemunhas estão protegidas pela Justiça.

Uma semana após o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, familiares, amigos e muitos apoiadores deles fazem vigílias e atos em grandes cidades do País e cobram agilidade das autoridades nas buscas. No Rio, os sogros do britânico, que é casado com uma brasileira e morava em Salvador, divergem quanto à chance de eles ainda estarem vivos. Em Belém, no Pará, e na capital baiana, também são registrados atos e manifestações na manhã deste domingo, 12.

O sogro do jornalista, o aposentado Luiz Carlos Rocha Sampaio, de 80 anos, ainda tem esperanças. “Eu ainda alimento a esperança de encontrá-lo. Peço a Deus que não seja em vão essa nossa luta”, afirmou ao Estadão. Já Maria Lúcia Farias Sampaio, de 78 anos, mãe da esposa de Dom, disse que, “para ser sincera, não existe mais esperança”, durante ato emocionado na manhã deste domingo, 12, na orla de Copacabana, na zona sul do Rio.

A manifestação foi organizada por amigos e familiares do jornalista britânico, que está no Brasil há 15 anos e morou no Rio, de onde se mudou há um ano para Salvador com a esposa, Alessandra Sampaio. “Estamos aqui em homenagem a Dom e Bruno”, disse Maria Lúcia.

A sogra de Dom, Maria Lúcia, abraça uma das crianças da família durante o ato em Copacabana. Foto: Bruna Prado/AP

O casal tem três filhos - Alessandra continua em Salvador, de onde acompanha as buscas pelo marido. A irmã dela viajou à capital baiana assim que o sumiço foi anunciado. O outro irmão, o produtor Marcus Farias Sampaio, de 49 anos, participou do ato na zona sul do Rio. “A gente sabe que é muito difícil. Enquanto não houver uma resposta definitiva, a gente tem que acreditar. Mas a gente está aguardando o pior, embora tenha muita fé”, afirmou.

A atriz Lucélia Santos também participou do ato: “Esse episódio vem escancarar a realidade trágica e horrorosa que está acontecendo no Brasil hoje. Que perseguem e matam as pessoas nessa região já é do conhecimento de todos. O que a gente não podia imaginar é a vulnerabilidade do Exército, de não reunir as condições adequadas para a busca. A sociedade precisa se unir e exigir do governo o esclarecimento do caso. Dom e Bruno não podem simplesmente sumir no interior da floresta”, disse a atriz.

A manifestação começou às 9h na avenida Atlântica, em frente ao posto 6, onde Dom fazia aulas de stand-up paddle quando morava no Rio. Às 10h20, um grupo de aproximadamente 50 pessoas segurando cartazes com fotos dos desaparecidos se reuniu para, em coro, gritar: “Onde estão Dom e Bruno?”

Outras capitais

Em Belém, capital do Pará, manifestação organizada por políticos locais, ambientalistas e outros moradores cobrou principalmente o fim da intolerância no Brasil. A deputada federal Vivi Reis (PSOL-PA) compartilhou imagem nas redes sociais no final da manhã deste sábado, 12. O grupo usou o mesmo cartaz exposto pelos familiares de Dom no Rio, uma ilustração de Dom e Bruno com a frase em português e em inglês.

Relembre

Bruno Pereira e Dom Phillips estão desaparecidos desde o domingo passado, 5, quando faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Vale do Javari, na Amazônia. A polícia investiga o caso, mas até agora não chegou a nenhuma conclusão. Um suspeito de envolvimento no desaparecimento está preso e testemunhas estão protegidas pela Justiça.

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