Eleição para prefeito em SP vai opor candidatos de Lula e Bolsonaro em 2024


Movimentação partidária na capital paulista já deixa claro quadro de polarização a mais de um ano para a escolha nas urnas

Por Adriana Ferraz
Atualização:

Faz só sete meses que os brasileiros tiveram de escolher entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro para comandar o País e mais uma vez a polarização entre esquerda e direita representadas pelo atual e pelo ex-presidente já define os rumos da eleição para a Prefeitura de São Paulo no próximo ano. Com a pré-candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) consolidada, a pergunta que se faz na capital é a de quem será o nome do bolsonarismo nas urnas.

Eleição na capital paulista em 2024 deve colocar em lados opostos bolsonaristas e petistas; na foto, o Edifício Copan, no centro da cidade Foto: Felipe Rau/Estadão
continua após a publicidade

A desistência anunciada do também deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) abriu caminho para que Bolsonaro e seu partido, o PL, apoiem a reeleição do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). O martelo, porém, ainda não foi batido pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. Dono das maiores fatias dos fundos partidário e eleitoral em 2024, o dirigente abriu as portas da legenda a Nunes e, ao mesmo tempo, passou a avaliar a aceitação de outro nome, o do senador Marcos Pontes, já filiado ao partido.

Semanalmente, o Estadão vai mostrar como está o “esquenta” na corrida pelas principais prefeituras do Estado de São Paulo. A primeira delas é a capital, e administrar a maior e mais rica cidade do País, com orçamento previsto de R$ 107,3 bilhões para 2024, é trampolim político com projeção nacional. Foi assim com Gilberto Kassab, que criou o PSD durante seu segundo mandato; com Fernando Haddad (PT), que disputou a Presidência dois anos depois de deixar o cargo; e, mais recentemente, com João Doria, que depois virou governador e tentou, sem sucesso, lançar-se ao Palácio do Planalto.

continua após a publicidade

No campo das especulações, Tabata Amaral (PSB-SP) também está nessa fila. Ela trabalha nos bastidores para angariar apoio. Em segundo mandato na Câmara, a parlamentar projeta desafios agora no Executivo, mas, para isso, precisará convencer o próprio partido de que já é hora. Dona da Vice-Presidência, com Geraldo Alckmin, e de três ministérios, a sigla ocupa espaço fundamental na base de Lula, que, por sua vez, apoia Boulos na capital.

Os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o senador Marcos Pontes (PL) podem ser adversários nas urnas em 2024 Foto: Taba Benedicto, Dida Sampaio, Taba Benedicto/Estadão e Reprodução/Facebook

Se o PSB não quiser lançá-la, Tabata ainda tem outra opção: filiar-se ao PSDB presidido pelo amigo Eduardo Leite. Com planos de concorrer à Presidência em 2026, o novo presidente nacional dos tucanos busca um palanque e, claro, um aliado na maior cidade do País.

continua após a publicidade

Oficialmente, PL, PSDB e os partidos do Centrão, como Republicanos e PP, seguem na aliança de Nunes, que vai tentar a reeleição depois de assumir o cargo em definitivo com a morte de Bruno Covas (PSDB), em maio de 2021. O prefeito tem uma base ampla na Câmara Municipal e apoio dos dirigentes locais, mas ainda busca o aval dos caciques partidários, que têm dúvidas sobre a viabilidade de seu nome.

Com mais da metade do mandato cumprido, o ex-vereador ainda não conseguiu tirar do papel algumas de suas principais promessas na área de mobilidade (como corredores de ônibus), construção de novos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e redução do número de mortos no trânsito da capital – compromisso modificado, sob críticas, durante a atualização de seu Plano de Metas.

continua após a publicidade

E Nunes ainda terá de enfrentar o histórico das eleições em São Paulo que, se mantido, dará à esquerda o próximo mandato. Isso porque desde a eleição de Luiza Erundina, em 1988, o paulistano elege um prefeito de esquerda a cada dois de centro-direita. Boulos torce por essa lógica, após as eleições de Doria e Covas.

O cientista político Bruno Soller explica que é o perfil do eleitorado paulistano que permite essa mudança de rumo na escolha do prefeito. Tradicionalmente, é a classe C, com quase 50% dos moradores da cidade, que define a eleição.

continua após a publicidade

“A grande batalha em São Paulo é justamente conquistar esse eleitor das classes C1 e C2. Quem consegue penetrar nesse público geralmente vence na capital. E o interessante é que esse voto pode ir para os dois lados. Já votou no Fernando Haddad (PT) e no João Doria (PSDB)”, explicou.

A grande batalha em São Paulo é justamente conquistar esse eleitor das classes C1 e C2. Quem consegue penetrar nesse público geralmente vence na capital

Bruno Soller, cientista político

Polarização vai mostrar padrinho mais forte

continua após a publicidade

Com o PT disposto a não lançar candidato em São Paulo pela primeira vez desde a redemocratização para manter o apoio a Boulos, o presidente Lula deve ser o maior cabo eleitoral do parlamentar mais votado por São Paulo em 2022. O deputado do PSOL teve mais de 1 milhão de votos, dos quais mais da metade lhe foram dados pela capital.

Além do recall, Boulos confia na mudança de postura dos paulistanos nas urnas. Depois de ajudar a eleger Bolsonaro, em 2018, os moradores da metrópole deram a vitória a Lula no ano passado e também a Haddad, que disputou e perdeu o governo estadual. O parlamentar afirmou para o Estadão, em abril, que o resultado de 2022 mostra que “São Paulo disse não ao bolsonarismo”.

Para o cientista político Bruno Silva, a tendência da polarização está clara para o próximo ano, mas, segundo ele, ela não será partidária, como já ocorreu entre PT e PSDB, por exemplo. “A tendência é de uma polarização baseada na transferência de votos, ou seja, no apoio político. As urnas vão mostrar quem tem o padrinho mais forte”, afirmou.

As urnas vão mostrar quem tem o padrinho mais forte

Bruno Silva, cientista político

Neste contexto de transferência de votos é que Nunes não descarta nem confirma uma eventual mudança de partido. Apesar de tradicionalmente eleger muitos prefeitos pelo Brasil, e manter nomes fortes no cenário nacional, o MDB não revela a mesma força política do Nordeste em São Paulo.

Além disso, com o partido na base do governo Lula, a transferência de votos bolsonaristas poderia não ser automática, provocando, segundo aliados do prefeito, uma espécie de “efeito Celso Russomanno” – em referência ao fato de, mesmo com apoio de Bolsonaro, o deputado não avançou para o segundo turno na capital, em 2020.

Maior cidade do País, com orçamento estimado em R$ 107,3 bilhões para o próximo ano, a capital paulista tem as articulações eleitorais antecipadas; na foto, a Ponte Estaiada, na zona sul Foto: Felipe Rau/Estadão

Já Pontes ou qualquer outro nome considerado bolsonarista raiz teria mais chances de se sair bem na disputa polarizada. Ainda mais se seguir o exemplo do atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao vestir um figurino moderado. Valdemar Costa Neto já afirmou, nesse sentido, que é um “bom nome”.

Daqui até outubro de 2024 outros pré-candidatos devem se somar à lista de pretendentes a ocupar o Edifício Matarazzo, sede da administração paulista. O Novo, por exemplo, é um dos partidos que estudam lançar candidatura própria. O cotado é o ex-deputado Vinicius Poit.

Já o União Brasil trabalha com duas possibilidades, caso a decisão seja por encabeçar uma chapa própria: lançar o deputado federal Kim Kataguiri ou repatriar o ex-governador Rodrigo Garcia, apontado como “plano B” do centro no caso de Nunes não decolar.

Faz só sete meses que os brasileiros tiveram de escolher entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro para comandar o País e mais uma vez a polarização entre esquerda e direita representadas pelo atual e pelo ex-presidente já define os rumos da eleição para a Prefeitura de São Paulo no próximo ano. Com a pré-candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) consolidada, a pergunta que se faz na capital é a de quem será o nome do bolsonarismo nas urnas.

Eleição na capital paulista em 2024 deve colocar em lados opostos bolsonaristas e petistas; na foto, o Edifício Copan, no centro da cidade Foto: Felipe Rau/Estadão

A desistência anunciada do também deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) abriu caminho para que Bolsonaro e seu partido, o PL, apoiem a reeleição do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). O martelo, porém, ainda não foi batido pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. Dono das maiores fatias dos fundos partidário e eleitoral em 2024, o dirigente abriu as portas da legenda a Nunes e, ao mesmo tempo, passou a avaliar a aceitação de outro nome, o do senador Marcos Pontes, já filiado ao partido.

Semanalmente, o Estadão vai mostrar como está o “esquenta” na corrida pelas principais prefeituras do Estado de São Paulo. A primeira delas é a capital, e administrar a maior e mais rica cidade do País, com orçamento previsto de R$ 107,3 bilhões para 2024, é trampolim político com projeção nacional. Foi assim com Gilberto Kassab, que criou o PSD durante seu segundo mandato; com Fernando Haddad (PT), que disputou a Presidência dois anos depois de deixar o cargo; e, mais recentemente, com João Doria, que depois virou governador e tentou, sem sucesso, lançar-se ao Palácio do Planalto.

No campo das especulações, Tabata Amaral (PSB-SP) também está nessa fila. Ela trabalha nos bastidores para angariar apoio. Em segundo mandato na Câmara, a parlamentar projeta desafios agora no Executivo, mas, para isso, precisará convencer o próprio partido de que já é hora. Dona da Vice-Presidência, com Geraldo Alckmin, e de três ministérios, a sigla ocupa espaço fundamental na base de Lula, que, por sua vez, apoia Boulos na capital.

Os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o senador Marcos Pontes (PL) podem ser adversários nas urnas em 2024 Foto: Taba Benedicto, Dida Sampaio, Taba Benedicto/Estadão e Reprodução/Facebook

Se o PSB não quiser lançá-la, Tabata ainda tem outra opção: filiar-se ao PSDB presidido pelo amigo Eduardo Leite. Com planos de concorrer à Presidência em 2026, o novo presidente nacional dos tucanos busca um palanque e, claro, um aliado na maior cidade do País.

Oficialmente, PL, PSDB e os partidos do Centrão, como Republicanos e PP, seguem na aliança de Nunes, que vai tentar a reeleição depois de assumir o cargo em definitivo com a morte de Bruno Covas (PSDB), em maio de 2021. O prefeito tem uma base ampla na Câmara Municipal e apoio dos dirigentes locais, mas ainda busca o aval dos caciques partidários, que têm dúvidas sobre a viabilidade de seu nome.

Com mais da metade do mandato cumprido, o ex-vereador ainda não conseguiu tirar do papel algumas de suas principais promessas na área de mobilidade (como corredores de ônibus), construção de novos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e redução do número de mortos no trânsito da capital – compromisso modificado, sob críticas, durante a atualização de seu Plano de Metas.

E Nunes ainda terá de enfrentar o histórico das eleições em São Paulo que, se mantido, dará à esquerda o próximo mandato. Isso porque desde a eleição de Luiza Erundina, em 1988, o paulistano elege um prefeito de esquerda a cada dois de centro-direita. Boulos torce por essa lógica, após as eleições de Doria e Covas.

O cientista político Bruno Soller explica que é o perfil do eleitorado paulistano que permite essa mudança de rumo na escolha do prefeito. Tradicionalmente, é a classe C, com quase 50% dos moradores da cidade, que define a eleição.

“A grande batalha em São Paulo é justamente conquistar esse eleitor das classes C1 e C2. Quem consegue penetrar nesse público geralmente vence na capital. E o interessante é que esse voto pode ir para os dois lados. Já votou no Fernando Haddad (PT) e no João Doria (PSDB)”, explicou.

A grande batalha em São Paulo é justamente conquistar esse eleitor das classes C1 e C2. Quem consegue penetrar nesse público geralmente vence na capital

Bruno Soller, cientista político

Polarização vai mostrar padrinho mais forte

Com o PT disposto a não lançar candidato em São Paulo pela primeira vez desde a redemocratização para manter o apoio a Boulos, o presidente Lula deve ser o maior cabo eleitoral do parlamentar mais votado por São Paulo em 2022. O deputado do PSOL teve mais de 1 milhão de votos, dos quais mais da metade lhe foram dados pela capital.

Além do recall, Boulos confia na mudança de postura dos paulistanos nas urnas. Depois de ajudar a eleger Bolsonaro, em 2018, os moradores da metrópole deram a vitória a Lula no ano passado e também a Haddad, que disputou e perdeu o governo estadual. O parlamentar afirmou para o Estadão, em abril, que o resultado de 2022 mostra que “São Paulo disse não ao bolsonarismo”.

Para o cientista político Bruno Silva, a tendência da polarização está clara para o próximo ano, mas, segundo ele, ela não será partidária, como já ocorreu entre PT e PSDB, por exemplo. “A tendência é de uma polarização baseada na transferência de votos, ou seja, no apoio político. As urnas vão mostrar quem tem o padrinho mais forte”, afirmou.

As urnas vão mostrar quem tem o padrinho mais forte

Bruno Silva, cientista político

Neste contexto de transferência de votos é que Nunes não descarta nem confirma uma eventual mudança de partido. Apesar de tradicionalmente eleger muitos prefeitos pelo Brasil, e manter nomes fortes no cenário nacional, o MDB não revela a mesma força política do Nordeste em São Paulo.

Além disso, com o partido na base do governo Lula, a transferência de votos bolsonaristas poderia não ser automática, provocando, segundo aliados do prefeito, uma espécie de “efeito Celso Russomanno” – em referência ao fato de, mesmo com apoio de Bolsonaro, o deputado não avançou para o segundo turno na capital, em 2020.

Maior cidade do País, com orçamento estimado em R$ 107,3 bilhões para o próximo ano, a capital paulista tem as articulações eleitorais antecipadas; na foto, a Ponte Estaiada, na zona sul Foto: Felipe Rau/Estadão

Já Pontes ou qualquer outro nome considerado bolsonarista raiz teria mais chances de se sair bem na disputa polarizada. Ainda mais se seguir o exemplo do atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao vestir um figurino moderado. Valdemar Costa Neto já afirmou, nesse sentido, que é um “bom nome”.

Daqui até outubro de 2024 outros pré-candidatos devem se somar à lista de pretendentes a ocupar o Edifício Matarazzo, sede da administração paulista. O Novo, por exemplo, é um dos partidos que estudam lançar candidatura própria. O cotado é o ex-deputado Vinicius Poit.

Já o União Brasil trabalha com duas possibilidades, caso a decisão seja por encabeçar uma chapa própria: lançar o deputado federal Kim Kataguiri ou repatriar o ex-governador Rodrigo Garcia, apontado como “plano B” do centro no caso de Nunes não decolar.

Faz só sete meses que os brasileiros tiveram de escolher entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro para comandar o País e mais uma vez a polarização entre esquerda e direita representadas pelo atual e pelo ex-presidente já define os rumos da eleição para a Prefeitura de São Paulo no próximo ano. Com a pré-candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) consolidada, a pergunta que se faz na capital é a de quem será o nome do bolsonarismo nas urnas.

Eleição na capital paulista em 2024 deve colocar em lados opostos bolsonaristas e petistas; na foto, o Edifício Copan, no centro da cidade Foto: Felipe Rau/Estadão

A desistência anunciada do também deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) abriu caminho para que Bolsonaro e seu partido, o PL, apoiem a reeleição do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). O martelo, porém, ainda não foi batido pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. Dono das maiores fatias dos fundos partidário e eleitoral em 2024, o dirigente abriu as portas da legenda a Nunes e, ao mesmo tempo, passou a avaliar a aceitação de outro nome, o do senador Marcos Pontes, já filiado ao partido.

Semanalmente, o Estadão vai mostrar como está o “esquenta” na corrida pelas principais prefeituras do Estado de São Paulo. A primeira delas é a capital, e administrar a maior e mais rica cidade do País, com orçamento previsto de R$ 107,3 bilhões para 2024, é trampolim político com projeção nacional. Foi assim com Gilberto Kassab, que criou o PSD durante seu segundo mandato; com Fernando Haddad (PT), que disputou a Presidência dois anos depois de deixar o cargo; e, mais recentemente, com João Doria, que depois virou governador e tentou, sem sucesso, lançar-se ao Palácio do Planalto.

No campo das especulações, Tabata Amaral (PSB-SP) também está nessa fila. Ela trabalha nos bastidores para angariar apoio. Em segundo mandato na Câmara, a parlamentar projeta desafios agora no Executivo, mas, para isso, precisará convencer o próprio partido de que já é hora. Dona da Vice-Presidência, com Geraldo Alckmin, e de três ministérios, a sigla ocupa espaço fundamental na base de Lula, que, por sua vez, apoia Boulos na capital.

Os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o senador Marcos Pontes (PL) podem ser adversários nas urnas em 2024 Foto: Taba Benedicto, Dida Sampaio, Taba Benedicto/Estadão e Reprodução/Facebook

Se o PSB não quiser lançá-la, Tabata ainda tem outra opção: filiar-se ao PSDB presidido pelo amigo Eduardo Leite. Com planos de concorrer à Presidência em 2026, o novo presidente nacional dos tucanos busca um palanque e, claro, um aliado na maior cidade do País.

Oficialmente, PL, PSDB e os partidos do Centrão, como Republicanos e PP, seguem na aliança de Nunes, que vai tentar a reeleição depois de assumir o cargo em definitivo com a morte de Bruno Covas (PSDB), em maio de 2021. O prefeito tem uma base ampla na Câmara Municipal e apoio dos dirigentes locais, mas ainda busca o aval dos caciques partidários, que têm dúvidas sobre a viabilidade de seu nome.

Com mais da metade do mandato cumprido, o ex-vereador ainda não conseguiu tirar do papel algumas de suas principais promessas na área de mobilidade (como corredores de ônibus), construção de novos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e redução do número de mortos no trânsito da capital – compromisso modificado, sob críticas, durante a atualização de seu Plano de Metas.

E Nunes ainda terá de enfrentar o histórico das eleições em São Paulo que, se mantido, dará à esquerda o próximo mandato. Isso porque desde a eleição de Luiza Erundina, em 1988, o paulistano elege um prefeito de esquerda a cada dois de centro-direita. Boulos torce por essa lógica, após as eleições de Doria e Covas.

O cientista político Bruno Soller explica que é o perfil do eleitorado paulistano que permite essa mudança de rumo na escolha do prefeito. Tradicionalmente, é a classe C, com quase 50% dos moradores da cidade, que define a eleição.

“A grande batalha em São Paulo é justamente conquistar esse eleitor das classes C1 e C2. Quem consegue penetrar nesse público geralmente vence na capital. E o interessante é que esse voto pode ir para os dois lados. Já votou no Fernando Haddad (PT) e no João Doria (PSDB)”, explicou.

A grande batalha em São Paulo é justamente conquistar esse eleitor das classes C1 e C2. Quem consegue penetrar nesse público geralmente vence na capital

Bruno Soller, cientista político

Polarização vai mostrar padrinho mais forte

Com o PT disposto a não lançar candidato em São Paulo pela primeira vez desde a redemocratização para manter o apoio a Boulos, o presidente Lula deve ser o maior cabo eleitoral do parlamentar mais votado por São Paulo em 2022. O deputado do PSOL teve mais de 1 milhão de votos, dos quais mais da metade lhe foram dados pela capital.

Além do recall, Boulos confia na mudança de postura dos paulistanos nas urnas. Depois de ajudar a eleger Bolsonaro, em 2018, os moradores da metrópole deram a vitória a Lula no ano passado e também a Haddad, que disputou e perdeu o governo estadual. O parlamentar afirmou para o Estadão, em abril, que o resultado de 2022 mostra que “São Paulo disse não ao bolsonarismo”.

Para o cientista político Bruno Silva, a tendência da polarização está clara para o próximo ano, mas, segundo ele, ela não será partidária, como já ocorreu entre PT e PSDB, por exemplo. “A tendência é de uma polarização baseada na transferência de votos, ou seja, no apoio político. As urnas vão mostrar quem tem o padrinho mais forte”, afirmou.

As urnas vão mostrar quem tem o padrinho mais forte

Bruno Silva, cientista político

Neste contexto de transferência de votos é que Nunes não descarta nem confirma uma eventual mudança de partido. Apesar de tradicionalmente eleger muitos prefeitos pelo Brasil, e manter nomes fortes no cenário nacional, o MDB não revela a mesma força política do Nordeste em São Paulo.

Além disso, com o partido na base do governo Lula, a transferência de votos bolsonaristas poderia não ser automática, provocando, segundo aliados do prefeito, uma espécie de “efeito Celso Russomanno” – em referência ao fato de, mesmo com apoio de Bolsonaro, o deputado não avançou para o segundo turno na capital, em 2020.

Maior cidade do País, com orçamento estimado em R$ 107,3 bilhões para o próximo ano, a capital paulista tem as articulações eleitorais antecipadas; na foto, a Ponte Estaiada, na zona sul Foto: Felipe Rau/Estadão

Já Pontes ou qualquer outro nome considerado bolsonarista raiz teria mais chances de se sair bem na disputa polarizada. Ainda mais se seguir o exemplo do atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao vestir um figurino moderado. Valdemar Costa Neto já afirmou, nesse sentido, que é um “bom nome”.

Daqui até outubro de 2024 outros pré-candidatos devem se somar à lista de pretendentes a ocupar o Edifício Matarazzo, sede da administração paulista. O Novo, por exemplo, é um dos partidos que estudam lançar candidatura própria. O cotado é o ex-deputado Vinicius Poit.

Já o União Brasil trabalha com duas possibilidades, caso a decisão seja por encabeçar uma chapa própria: lançar o deputado federal Kim Kataguiri ou repatriar o ex-governador Rodrigo Garcia, apontado como “plano B” do centro no caso de Nunes não decolar.

Faz só sete meses que os brasileiros tiveram de escolher entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro para comandar o País e mais uma vez a polarização entre esquerda e direita representadas pelo atual e pelo ex-presidente já define os rumos da eleição para a Prefeitura de São Paulo no próximo ano. Com a pré-candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) consolidada, a pergunta que se faz na capital é a de quem será o nome do bolsonarismo nas urnas.

Eleição na capital paulista em 2024 deve colocar em lados opostos bolsonaristas e petistas; na foto, o Edifício Copan, no centro da cidade Foto: Felipe Rau/Estadão

A desistência anunciada do também deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) abriu caminho para que Bolsonaro e seu partido, o PL, apoiem a reeleição do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). O martelo, porém, ainda não foi batido pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. Dono das maiores fatias dos fundos partidário e eleitoral em 2024, o dirigente abriu as portas da legenda a Nunes e, ao mesmo tempo, passou a avaliar a aceitação de outro nome, o do senador Marcos Pontes, já filiado ao partido.

Semanalmente, o Estadão vai mostrar como está o “esquenta” na corrida pelas principais prefeituras do Estado de São Paulo. A primeira delas é a capital, e administrar a maior e mais rica cidade do País, com orçamento previsto de R$ 107,3 bilhões para 2024, é trampolim político com projeção nacional. Foi assim com Gilberto Kassab, que criou o PSD durante seu segundo mandato; com Fernando Haddad (PT), que disputou a Presidência dois anos depois de deixar o cargo; e, mais recentemente, com João Doria, que depois virou governador e tentou, sem sucesso, lançar-se ao Palácio do Planalto.

No campo das especulações, Tabata Amaral (PSB-SP) também está nessa fila. Ela trabalha nos bastidores para angariar apoio. Em segundo mandato na Câmara, a parlamentar projeta desafios agora no Executivo, mas, para isso, precisará convencer o próprio partido de que já é hora. Dona da Vice-Presidência, com Geraldo Alckmin, e de três ministérios, a sigla ocupa espaço fundamental na base de Lula, que, por sua vez, apoia Boulos na capital.

Os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o senador Marcos Pontes (PL) podem ser adversários nas urnas em 2024 Foto: Taba Benedicto, Dida Sampaio, Taba Benedicto/Estadão e Reprodução/Facebook

Se o PSB não quiser lançá-la, Tabata ainda tem outra opção: filiar-se ao PSDB presidido pelo amigo Eduardo Leite. Com planos de concorrer à Presidência em 2026, o novo presidente nacional dos tucanos busca um palanque e, claro, um aliado na maior cidade do País.

Oficialmente, PL, PSDB e os partidos do Centrão, como Republicanos e PP, seguem na aliança de Nunes, que vai tentar a reeleição depois de assumir o cargo em definitivo com a morte de Bruno Covas (PSDB), em maio de 2021. O prefeito tem uma base ampla na Câmara Municipal e apoio dos dirigentes locais, mas ainda busca o aval dos caciques partidários, que têm dúvidas sobre a viabilidade de seu nome.

Com mais da metade do mandato cumprido, o ex-vereador ainda não conseguiu tirar do papel algumas de suas principais promessas na área de mobilidade (como corredores de ônibus), construção de novos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e redução do número de mortos no trânsito da capital – compromisso modificado, sob críticas, durante a atualização de seu Plano de Metas.

E Nunes ainda terá de enfrentar o histórico das eleições em São Paulo que, se mantido, dará à esquerda o próximo mandato. Isso porque desde a eleição de Luiza Erundina, em 1988, o paulistano elege um prefeito de esquerda a cada dois de centro-direita. Boulos torce por essa lógica, após as eleições de Doria e Covas.

O cientista político Bruno Soller explica que é o perfil do eleitorado paulistano que permite essa mudança de rumo na escolha do prefeito. Tradicionalmente, é a classe C, com quase 50% dos moradores da cidade, que define a eleição.

“A grande batalha em São Paulo é justamente conquistar esse eleitor das classes C1 e C2. Quem consegue penetrar nesse público geralmente vence na capital. E o interessante é que esse voto pode ir para os dois lados. Já votou no Fernando Haddad (PT) e no João Doria (PSDB)”, explicou.

A grande batalha em São Paulo é justamente conquistar esse eleitor das classes C1 e C2. Quem consegue penetrar nesse público geralmente vence na capital

Bruno Soller, cientista político

Polarização vai mostrar padrinho mais forte

Com o PT disposto a não lançar candidato em São Paulo pela primeira vez desde a redemocratização para manter o apoio a Boulos, o presidente Lula deve ser o maior cabo eleitoral do parlamentar mais votado por São Paulo em 2022. O deputado do PSOL teve mais de 1 milhão de votos, dos quais mais da metade lhe foram dados pela capital.

Além do recall, Boulos confia na mudança de postura dos paulistanos nas urnas. Depois de ajudar a eleger Bolsonaro, em 2018, os moradores da metrópole deram a vitória a Lula no ano passado e também a Haddad, que disputou e perdeu o governo estadual. O parlamentar afirmou para o Estadão, em abril, que o resultado de 2022 mostra que “São Paulo disse não ao bolsonarismo”.

Para o cientista político Bruno Silva, a tendência da polarização está clara para o próximo ano, mas, segundo ele, ela não será partidária, como já ocorreu entre PT e PSDB, por exemplo. “A tendência é de uma polarização baseada na transferência de votos, ou seja, no apoio político. As urnas vão mostrar quem tem o padrinho mais forte”, afirmou.

As urnas vão mostrar quem tem o padrinho mais forte

Bruno Silva, cientista político

Neste contexto de transferência de votos é que Nunes não descarta nem confirma uma eventual mudança de partido. Apesar de tradicionalmente eleger muitos prefeitos pelo Brasil, e manter nomes fortes no cenário nacional, o MDB não revela a mesma força política do Nordeste em São Paulo.

Além disso, com o partido na base do governo Lula, a transferência de votos bolsonaristas poderia não ser automática, provocando, segundo aliados do prefeito, uma espécie de “efeito Celso Russomanno” – em referência ao fato de, mesmo com apoio de Bolsonaro, o deputado não avançou para o segundo turno na capital, em 2020.

Maior cidade do País, com orçamento estimado em R$ 107,3 bilhões para o próximo ano, a capital paulista tem as articulações eleitorais antecipadas; na foto, a Ponte Estaiada, na zona sul Foto: Felipe Rau/Estadão

Já Pontes ou qualquer outro nome considerado bolsonarista raiz teria mais chances de se sair bem na disputa polarizada. Ainda mais se seguir o exemplo do atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao vestir um figurino moderado. Valdemar Costa Neto já afirmou, nesse sentido, que é um “bom nome”.

Daqui até outubro de 2024 outros pré-candidatos devem se somar à lista de pretendentes a ocupar o Edifício Matarazzo, sede da administração paulista. O Novo, por exemplo, é um dos partidos que estudam lançar candidatura própria. O cotado é o ex-deputado Vinicius Poit.

Já o União Brasil trabalha com duas possibilidades, caso a decisão seja por encabeçar uma chapa própria: lançar o deputado federal Kim Kataguiri ou repatriar o ex-governador Rodrigo Garcia, apontado como “plano B” do centro no caso de Nunes não decolar.

Faz só sete meses que os brasileiros tiveram de escolher entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro para comandar o País e mais uma vez a polarização entre esquerda e direita representadas pelo atual e pelo ex-presidente já define os rumos da eleição para a Prefeitura de São Paulo no próximo ano. Com a pré-candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) consolidada, a pergunta que se faz na capital é a de quem será o nome do bolsonarismo nas urnas.

Eleição na capital paulista em 2024 deve colocar em lados opostos bolsonaristas e petistas; na foto, o Edifício Copan, no centro da cidade Foto: Felipe Rau/Estadão

A desistência anunciada do também deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) abriu caminho para que Bolsonaro e seu partido, o PL, apoiem a reeleição do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). O martelo, porém, ainda não foi batido pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. Dono das maiores fatias dos fundos partidário e eleitoral em 2024, o dirigente abriu as portas da legenda a Nunes e, ao mesmo tempo, passou a avaliar a aceitação de outro nome, o do senador Marcos Pontes, já filiado ao partido.

Semanalmente, o Estadão vai mostrar como está o “esquenta” na corrida pelas principais prefeituras do Estado de São Paulo. A primeira delas é a capital, e administrar a maior e mais rica cidade do País, com orçamento previsto de R$ 107,3 bilhões para 2024, é trampolim político com projeção nacional. Foi assim com Gilberto Kassab, que criou o PSD durante seu segundo mandato; com Fernando Haddad (PT), que disputou a Presidência dois anos depois de deixar o cargo; e, mais recentemente, com João Doria, que depois virou governador e tentou, sem sucesso, lançar-se ao Palácio do Planalto.

No campo das especulações, Tabata Amaral (PSB-SP) também está nessa fila. Ela trabalha nos bastidores para angariar apoio. Em segundo mandato na Câmara, a parlamentar projeta desafios agora no Executivo, mas, para isso, precisará convencer o próprio partido de que já é hora. Dona da Vice-Presidência, com Geraldo Alckmin, e de três ministérios, a sigla ocupa espaço fundamental na base de Lula, que, por sua vez, apoia Boulos na capital.

Os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o senador Marcos Pontes (PL) podem ser adversários nas urnas em 2024 Foto: Taba Benedicto, Dida Sampaio, Taba Benedicto/Estadão e Reprodução/Facebook

Se o PSB não quiser lançá-la, Tabata ainda tem outra opção: filiar-se ao PSDB presidido pelo amigo Eduardo Leite. Com planos de concorrer à Presidência em 2026, o novo presidente nacional dos tucanos busca um palanque e, claro, um aliado na maior cidade do País.

Oficialmente, PL, PSDB e os partidos do Centrão, como Republicanos e PP, seguem na aliança de Nunes, que vai tentar a reeleição depois de assumir o cargo em definitivo com a morte de Bruno Covas (PSDB), em maio de 2021. O prefeito tem uma base ampla na Câmara Municipal e apoio dos dirigentes locais, mas ainda busca o aval dos caciques partidários, que têm dúvidas sobre a viabilidade de seu nome.

Com mais da metade do mandato cumprido, o ex-vereador ainda não conseguiu tirar do papel algumas de suas principais promessas na área de mobilidade (como corredores de ônibus), construção de novos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e redução do número de mortos no trânsito da capital – compromisso modificado, sob críticas, durante a atualização de seu Plano de Metas.

E Nunes ainda terá de enfrentar o histórico das eleições em São Paulo que, se mantido, dará à esquerda o próximo mandato. Isso porque desde a eleição de Luiza Erundina, em 1988, o paulistano elege um prefeito de esquerda a cada dois de centro-direita. Boulos torce por essa lógica, após as eleições de Doria e Covas.

O cientista político Bruno Soller explica que é o perfil do eleitorado paulistano que permite essa mudança de rumo na escolha do prefeito. Tradicionalmente, é a classe C, com quase 50% dos moradores da cidade, que define a eleição.

“A grande batalha em São Paulo é justamente conquistar esse eleitor das classes C1 e C2. Quem consegue penetrar nesse público geralmente vence na capital. E o interessante é que esse voto pode ir para os dois lados. Já votou no Fernando Haddad (PT) e no João Doria (PSDB)”, explicou.

A grande batalha em São Paulo é justamente conquistar esse eleitor das classes C1 e C2. Quem consegue penetrar nesse público geralmente vence na capital

Bruno Soller, cientista político

Polarização vai mostrar padrinho mais forte

Com o PT disposto a não lançar candidato em São Paulo pela primeira vez desde a redemocratização para manter o apoio a Boulos, o presidente Lula deve ser o maior cabo eleitoral do parlamentar mais votado por São Paulo em 2022. O deputado do PSOL teve mais de 1 milhão de votos, dos quais mais da metade lhe foram dados pela capital.

Além do recall, Boulos confia na mudança de postura dos paulistanos nas urnas. Depois de ajudar a eleger Bolsonaro, em 2018, os moradores da metrópole deram a vitória a Lula no ano passado e também a Haddad, que disputou e perdeu o governo estadual. O parlamentar afirmou para o Estadão, em abril, que o resultado de 2022 mostra que “São Paulo disse não ao bolsonarismo”.

Para o cientista político Bruno Silva, a tendência da polarização está clara para o próximo ano, mas, segundo ele, ela não será partidária, como já ocorreu entre PT e PSDB, por exemplo. “A tendência é de uma polarização baseada na transferência de votos, ou seja, no apoio político. As urnas vão mostrar quem tem o padrinho mais forte”, afirmou.

As urnas vão mostrar quem tem o padrinho mais forte

Bruno Silva, cientista político

Neste contexto de transferência de votos é que Nunes não descarta nem confirma uma eventual mudança de partido. Apesar de tradicionalmente eleger muitos prefeitos pelo Brasil, e manter nomes fortes no cenário nacional, o MDB não revela a mesma força política do Nordeste em São Paulo.

Além disso, com o partido na base do governo Lula, a transferência de votos bolsonaristas poderia não ser automática, provocando, segundo aliados do prefeito, uma espécie de “efeito Celso Russomanno” – em referência ao fato de, mesmo com apoio de Bolsonaro, o deputado não avançou para o segundo turno na capital, em 2020.

Maior cidade do País, com orçamento estimado em R$ 107,3 bilhões para o próximo ano, a capital paulista tem as articulações eleitorais antecipadas; na foto, a Ponte Estaiada, na zona sul Foto: Felipe Rau/Estadão

Já Pontes ou qualquer outro nome considerado bolsonarista raiz teria mais chances de se sair bem na disputa polarizada. Ainda mais se seguir o exemplo do atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao vestir um figurino moderado. Valdemar Costa Neto já afirmou, nesse sentido, que é um “bom nome”.

Daqui até outubro de 2024 outros pré-candidatos devem se somar à lista de pretendentes a ocupar o Edifício Matarazzo, sede da administração paulista. O Novo, por exemplo, é um dos partidos que estudam lançar candidatura própria. O cotado é o ex-deputado Vinicius Poit.

Já o União Brasil trabalha com duas possibilidades, caso a decisão seja por encabeçar uma chapa própria: lançar o deputado federal Kim Kataguiri ou repatriar o ex-governador Rodrigo Garcia, apontado como “plano B” do centro no caso de Nunes não decolar.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.