Eleições 2022: confira os vices mais cotados na corrida presidencial


'Corrida dos vices' para 2022 tem união de antigos adversários, como Lula e Alckmin, aglutinação na 'terceira via' e indefinição por parte de Bolsonaro

Por Davi Medeiros

Com as sinalizações cada vez mais contundentes do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que terá o ministro Braga Netto, da Defesa, como companheiro de chapa, o placar da “corrida dos vices” começa a se tornar mais claro. Embora ainda haja indefinição por parte de alguns pré-candidatos, os dois melhores colocados até o momento na disputa pela Presidência já têm seus vices praticamente garantidos. De um lado, o chefe do Executivo e seu ministro; de outro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin, que se filia ao PSB esta semana.

'Corrida dos vices' para 2022 tem união de antigos adversários, como Lula e Alckmin, e aglutinação na 'terceira via'. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Bolsonaro

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Após um mandato de relação turbulenta com o vice Hamilton Mourão, Jair Bolsonaro sinaliza estar decidido a optar por alguém que lhe sirva como uma espécie de "seguro anti-impeachment". Esse é o principal trunfo de Walter Braga Netto no páreo: a proximidade de Bolsonaro e a disciplina militar, fiel à hierarquia.

O presidente já foi pressionado a escolher um evangélico para o posto de vice ou um perfil mais político, tese defendida pelos partidos do Centrão. A definição ficou mais próxima depois que a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, uma das candidatas à vaga de vice, foi anunciada para concorrer Senado pelo PP do Mato Grosso do Sul.

Nesta segunda-feira, 21, o chefe do Planalto disse em entrevista à Jovem Pan que seu vice “é de Belo Horizonte e fez escola militar”. Braga Netto se encaixa justamente nesse perfil. 

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Lula

O ex-presidente Lula começou a se aproximar de Geraldo Alckmin, um de seus desafetos históricos, a partir do ano passado. As conversas foram justificadas pela necessidade de “união” contra o bolsonarismo nas eleições deste ano. Em determinada ocasião, o petista chegou a afirmar que traria Alckmin para sua chapa com o objetivo de vencer no primeiro turno. 

O ex-governador deve se filiar ao PSB na próxima quarta-feira, 23, em Brasília. O ato reforça a possibilidade de o ex-tucano ser vice de Lula, o que já é dado praticamente como certo. Adversário histórico do Partido dos Trabalhadores, tendo inclusive disputado o segundo turno contra Lula em 2006, Alckmin agora argumenta que “o momento exige grandeza política, espírito público e união”.

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Ciro Gomes

O pré-candidato Ciro Gomes (PDT) tenta atrair a ex-ministra Marina Silva (Rede) para sua vice, mas ela resiste a aceitar o convite. Marina é considerada uma peça importante no jogo eleitoral deste ano e é cortejada também pela campanha do PT, que agora tem seu colega de partido Randolfe Rodrigues como integrante da equipe.

A ex-ministra, contudo, pode estar próxima de anunciar uma pré-candidatura para deputada federal por São Paulo. Ela é uma aposta do partido para superar a cláusula de barreira no Congresso. Além disso, não quer estar no mesmo barco que o atual marqueteiro de Ciro, João Santana, que conduziu a última campanha em que ela enfrentou a ex-presidente Dilma Rousseff com pesadas críticas à ex-ministra do Meio Ambiente.

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O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, também chegou a convidar o apresentador José Luiz Datena para compor chapa com Ciro Gomes, mas o paulista deve disputar uma vaga ao Senado por São Paulo. 

Sérgio Moro

A vaga de vice na chapa do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) segue sem tratativas conhecidas avançadas. Seu partido também chegou a cortejar a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como "vice ideal", mas a parlamentar tem dito que não abrirá mão da candidatura própria. O presidenciável também já sugeriu formar uma chapa “puro sangue” com Renata Abreu, presidente do Podemos. Outro nome possível é Luciano Bivar, dirigente do União Brasil.

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João Doria

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), manifestou diversas vezes seu desejo por ter uma mulher como vice em seu projeto para a Presidência. Após o ninho tucano aprovar a federação com o Cidadania, é possível que a escolhida para o posto seja a senadora Eliziane Gama (MA), que ganhou notoriedade na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid

No dia 7 de fevereiro último, o tucano recebeu a parlamentar no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Na semana anterior àquela, ambos já haviam se encontrado para discutir a composição de uma eventual chapa. Nas negociações pela federação, Eliziane foi apresentada pelo Cidadania como uma opção para a vice-Presidência.

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Doria, porém, não deixa de sonhar com a hipótese de trazer Simone Tebet ou o ex-juiz Sérgio Moro para o vaga. Respectivamente, eles são pré-candidatos do MDB e do Podemos à sucessão presidencial. No caso do MDB, as negociações são mais amplas e preveem um diálogo entre tucanos, emedebistas e o União Brasil. Já o interesse em ter Moro na vice contraria frontalmente os objetivos do próprio ex-juiz, que aparece melhor colocado nas pesquisas de intenção de voto e não dá sinais de que vá desistir em benefício de Doria ou mesmo outro representante da chamada terceira via.

Simone Tebet

Embora cortejada como vice de candidatos da terceira via, a senadora Simone Tebet não deu sinais de que vá recuar facilmente do projeto de ser lançada como cabeça de chapa pelo MDB. Ela já foi, por exemplo, estrela das inserções do partido no rádio e na TV. Os planos dos emedebistas, porém, ainda podem mudar a partir do resultado das negociações com o PSDB e o União Brasil. As duas legendas discutem uma aliança com o MDB e querem definir uma candidatura única até julho.

Com as sinalizações cada vez mais contundentes do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que terá o ministro Braga Netto, da Defesa, como companheiro de chapa, o placar da “corrida dos vices” começa a se tornar mais claro. Embora ainda haja indefinição por parte de alguns pré-candidatos, os dois melhores colocados até o momento na disputa pela Presidência já têm seus vices praticamente garantidos. De um lado, o chefe do Executivo e seu ministro; de outro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin, que se filia ao PSB esta semana.

'Corrida dos vices' para 2022 tem união de antigos adversários, como Lula e Alckmin, e aglutinação na 'terceira via'. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Bolsonaro

Após um mandato de relação turbulenta com o vice Hamilton Mourão, Jair Bolsonaro sinaliza estar decidido a optar por alguém que lhe sirva como uma espécie de "seguro anti-impeachment". Esse é o principal trunfo de Walter Braga Netto no páreo: a proximidade de Bolsonaro e a disciplina militar, fiel à hierarquia.

O presidente já foi pressionado a escolher um evangélico para o posto de vice ou um perfil mais político, tese defendida pelos partidos do Centrão. A definição ficou mais próxima depois que a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, uma das candidatas à vaga de vice, foi anunciada para concorrer Senado pelo PP do Mato Grosso do Sul.

Nesta segunda-feira, 21, o chefe do Planalto disse em entrevista à Jovem Pan que seu vice “é de Belo Horizonte e fez escola militar”. Braga Netto se encaixa justamente nesse perfil. 

Lula

O ex-presidente Lula começou a se aproximar de Geraldo Alckmin, um de seus desafetos históricos, a partir do ano passado. As conversas foram justificadas pela necessidade de “união” contra o bolsonarismo nas eleições deste ano. Em determinada ocasião, o petista chegou a afirmar que traria Alckmin para sua chapa com o objetivo de vencer no primeiro turno. 

O ex-governador deve se filiar ao PSB na próxima quarta-feira, 23, em Brasília. O ato reforça a possibilidade de o ex-tucano ser vice de Lula, o que já é dado praticamente como certo. Adversário histórico do Partido dos Trabalhadores, tendo inclusive disputado o segundo turno contra Lula em 2006, Alckmin agora argumenta que “o momento exige grandeza política, espírito público e união”.

Ciro Gomes

O pré-candidato Ciro Gomes (PDT) tenta atrair a ex-ministra Marina Silva (Rede) para sua vice, mas ela resiste a aceitar o convite. Marina é considerada uma peça importante no jogo eleitoral deste ano e é cortejada também pela campanha do PT, que agora tem seu colega de partido Randolfe Rodrigues como integrante da equipe.

A ex-ministra, contudo, pode estar próxima de anunciar uma pré-candidatura para deputada federal por São Paulo. Ela é uma aposta do partido para superar a cláusula de barreira no Congresso. Além disso, não quer estar no mesmo barco que o atual marqueteiro de Ciro, João Santana, que conduziu a última campanha em que ela enfrentou a ex-presidente Dilma Rousseff com pesadas críticas à ex-ministra do Meio Ambiente.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, também chegou a convidar o apresentador José Luiz Datena para compor chapa com Ciro Gomes, mas o paulista deve disputar uma vaga ao Senado por São Paulo. 

Sérgio Moro

A vaga de vice na chapa do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) segue sem tratativas conhecidas avançadas. Seu partido também chegou a cortejar a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como "vice ideal", mas a parlamentar tem dito que não abrirá mão da candidatura própria. O presidenciável também já sugeriu formar uma chapa “puro sangue” com Renata Abreu, presidente do Podemos. Outro nome possível é Luciano Bivar, dirigente do União Brasil.

João Doria

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), manifestou diversas vezes seu desejo por ter uma mulher como vice em seu projeto para a Presidência. Após o ninho tucano aprovar a federação com o Cidadania, é possível que a escolhida para o posto seja a senadora Eliziane Gama (MA), que ganhou notoriedade na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid

No dia 7 de fevereiro último, o tucano recebeu a parlamentar no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Na semana anterior àquela, ambos já haviam se encontrado para discutir a composição de uma eventual chapa. Nas negociações pela federação, Eliziane foi apresentada pelo Cidadania como uma opção para a vice-Presidência.

Doria, porém, não deixa de sonhar com a hipótese de trazer Simone Tebet ou o ex-juiz Sérgio Moro para o vaga. Respectivamente, eles são pré-candidatos do MDB e do Podemos à sucessão presidencial. No caso do MDB, as negociações são mais amplas e preveem um diálogo entre tucanos, emedebistas e o União Brasil. Já o interesse em ter Moro na vice contraria frontalmente os objetivos do próprio ex-juiz, que aparece melhor colocado nas pesquisas de intenção de voto e não dá sinais de que vá desistir em benefício de Doria ou mesmo outro representante da chamada terceira via.

Simone Tebet

Embora cortejada como vice de candidatos da terceira via, a senadora Simone Tebet não deu sinais de que vá recuar facilmente do projeto de ser lançada como cabeça de chapa pelo MDB. Ela já foi, por exemplo, estrela das inserções do partido no rádio e na TV. Os planos dos emedebistas, porém, ainda podem mudar a partir do resultado das negociações com o PSDB e o União Brasil. As duas legendas discutem uma aliança com o MDB e querem definir uma candidatura única até julho.

Com as sinalizações cada vez mais contundentes do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que terá o ministro Braga Netto, da Defesa, como companheiro de chapa, o placar da “corrida dos vices” começa a se tornar mais claro. Embora ainda haja indefinição por parte de alguns pré-candidatos, os dois melhores colocados até o momento na disputa pela Presidência já têm seus vices praticamente garantidos. De um lado, o chefe do Executivo e seu ministro; de outro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin, que se filia ao PSB esta semana.

'Corrida dos vices' para 2022 tem união de antigos adversários, como Lula e Alckmin, e aglutinação na 'terceira via'. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Bolsonaro

Após um mandato de relação turbulenta com o vice Hamilton Mourão, Jair Bolsonaro sinaliza estar decidido a optar por alguém que lhe sirva como uma espécie de "seguro anti-impeachment". Esse é o principal trunfo de Walter Braga Netto no páreo: a proximidade de Bolsonaro e a disciplina militar, fiel à hierarquia.

O presidente já foi pressionado a escolher um evangélico para o posto de vice ou um perfil mais político, tese defendida pelos partidos do Centrão. A definição ficou mais próxima depois que a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, uma das candidatas à vaga de vice, foi anunciada para concorrer Senado pelo PP do Mato Grosso do Sul.

Nesta segunda-feira, 21, o chefe do Planalto disse em entrevista à Jovem Pan que seu vice “é de Belo Horizonte e fez escola militar”. Braga Netto se encaixa justamente nesse perfil. 

Lula

O ex-presidente Lula começou a se aproximar de Geraldo Alckmin, um de seus desafetos históricos, a partir do ano passado. As conversas foram justificadas pela necessidade de “união” contra o bolsonarismo nas eleições deste ano. Em determinada ocasião, o petista chegou a afirmar que traria Alckmin para sua chapa com o objetivo de vencer no primeiro turno. 

O ex-governador deve se filiar ao PSB na próxima quarta-feira, 23, em Brasília. O ato reforça a possibilidade de o ex-tucano ser vice de Lula, o que já é dado praticamente como certo. Adversário histórico do Partido dos Trabalhadores, tendo inclusive disputado o segundo turno contra Lula em 2006, Alckmin agora argumenta que “o momento exige grandeza política, espírito público e união”.

Ciro Gomes

O pré-candidato Ciro Gomes (PDT) tenta atrair a ex-ministra Marina Silva (Rede) para sua vice, mas ela resiste a aceitar o convite. Marina é considerada uma peça importante no jogo eleitoral deste ano e é cortejada também pela campanha do PT, que agora tem seu colega de partido Randolfe Rodrigues como integrante da equipe.

A ex-ministra, contudo, pode estar próxima de anunciar uma pré-candidatura para deputada federal por São Paulo. Ela é uma aposta do partido para superar a cláusula de barreira no Congresso. Além disso, não quer estar no mesmo barco que o atual marqueteiro de Ciro, João Santana, que conduziu a última campanha em que ela enfrentou a ex-presidente Dilma Rousseff com pesadas críticas à ex-ministra do Meio Ambiente.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, também chegou a convidar o apresentador José Luiz Datena para compor chapa com Ciro Gomes, mas o paulista deve disputar uma vaga ao Senado por São Paulo. 

Sérgio Moro

A vaga de vice na chapa do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) segue sem tratativas conhecidas avançadas. Seu partido também chegou a cortejar a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como "vice ideal", mas a parlamentar tem dito que não abrirá mão da candidatura própria. O presidenciável também já sugeriu formar uma chapa “puro sangue” com Renata Abreu, presidente do Podemos. Outro nome possível é Luciano Bivar, dirigente do União Brasil.

João Doria

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), manifestou diversas vezes seu desejo por ter uma mulher como vice em seu projeto para a Presidência. Após o ninho tucano aprovar a federação com o Cidadania, é possível que a escolhida para o posto seja a senadora Eliziane Gama (MA), que ganhou notoriedade na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid

No dia 7 de fevereiro último, o tucano recebeu a parlamentar no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Na semana anterior àquela, ambos já haviam se encontrado para discutir a composição de uma eventual chapa. Nas negociações pela federação, Eliziane foi apresentada pelo Cidadania como uma opção para a vice-Presidência.

Doria, porém, não deixa de sonhar com a hipótese de trazer Simone Tebet ou o ex-juiz Sérgio Moro para o vaga. Respectivamente, eles são pré-candidatos do MDB e do Podemos à sucessão presidencial. No caso do MDB, as negociações são mais amplas e preveem um diálogo entre tucanos, emedebistas e o União Brasil. Já o interesse em ter Moro na vice contraria frontalmente os objetivos do próprio ex-juiz, que aparece melhor colocado nas pesquisas de intenção de voto e não dá sinais de que vá desistir em benefício de Doria ou mesmo outro representante da chamada terceira via.

Simone Tebet

Embora cortejada como vice de candidatos da terceira via, a senadora Simone Tebet não deu sinais de que vá recuar facilmente do projeto de ser lançada como cabeça de chapa pelo MDB. Ela já foi, por exemplo, estrela das inserções do partido no rádio e na TV. Os planos dos emedebistas, porém, ainda podem mudar a partir do resultado das negociações com o PSDB e o União Brasil. As duas legendas discutem uma aliança com o MDB e querem definir uma candidatura única até julho.

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