BRASÍLIA - O general da reserva Walter Braga Netto (PL) foi exonerado nesta sexta-feira do cargo de assessor especial do gabinete pessoal da Presidência. A saída do governo abre caminho para Braga Netto assumir a pré-candidatura a vice-presidente na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL). A legislação eleitoral determina que servidores públicos que queiram ser candidatos precisam deixar o cargo no máximo a três meses das eleições, prazo a vencer amanhã.
Para o lugar de Braga Netto, foi nomeado o até então secretário de Justiça, Vicente Santini, ligado à família Bolsonaro. Em 2020, ele ocupava cargo de secretário-executivo da Casa Civil, mas chegou a ser demitido por alguns meses do governo após ter utilizado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar à Suíça e à Índia, o que gerou uma crise junto à opinião pública.
As mudanças na Presidência constam da edição do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, publicada com atraso, devido a problemas técnicos da imprensa nacional.
Outros três assessores especiais de Bolsonaro foram exonerados hoje para concorrer nas eleições, como os pré-candidatos a deputados federais Mosart Aragão Pereira (PL-SP), tenente de carreira, e Max Guilherme (PL-RJ), ex-sargento do BOPE. O assessor especial Tércio Arnaud (PL), conhecido pela ligação com o chamado “gabinete do ódio” formado dentro do Palácio do Planalto para atacar adversários de Bolsonaro, saiu do governo para ser candidato a primeiro suplente na chapa de Bruno Roberto (PL), que é pré-candidato a uma vaga no Senado pela Paraíba.
A possibilidade de exoneração de Braga Netto, Mosart, Max e Tércio foi informada pelo Estadão/Broadcast Político na última terça-feira, 28.