Chuva vira tema de campanha com Boulos criticando Nunes e prefeito acusando rival de ‘lacrar’


Ricardo Nunes culpa Enel por demora no atendimento aos imóveis que permanecem sob apagão, enquanto candidato do PSOL acusa o prefeito de ‘falta de planejamento’, ‘terceirizando’ responsabilidades; especialista veem potencial de impacto na disputa

Por Juliano Galisi e Hugo Henud

As fortes chuvas que atingiram a Grande São Paulo nesta sexta-feira, 11, e deixaram 1,6 milhão de imóveis sem luz viraram tema da campanha eleitoral pela Prefeitura da capital paulista. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que disputa o segundo turno das eleições 2024 contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB), criticou o mandatário pela reação aos danos causados pelo temporal e por “terceirizar suas responsabilidades”. O prefeito, por outro lado, atribuiu o atraso na restauração da energia elétrica à Enel, concessionária do serviço na capital paulista e na região metropolitana.

Em razão das chuvas, tanto Boulos quanto Nunes alteraram seus compromissos de campanha. O candidato do PSOL mudou sua agenda para visitar regiões afetadas pela falta de luz, enquanto o prefeito passou a manhã na central de monitoramento do programa Smart Sampa, de onde a crise é gerenciada, e à tarde foi às ruas para acompanhar o trabalho da Enel na recuperação da energia na cidade.

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Chuvas que atingiram a capital paulista e deixaram milhões sem energia viraram munição para a campanha de Guilherme Boulos contra o prefeito Ricardo Nunes  Foto: Reprodução via Horário Eleitoral

À imprensa, Boulos atribuiu o apagão na cidade à “falta de planejamento” da gestão Nunes. “O prefeito só foi se preocupar em fazer alguma coisa no ano de eleição”, disse o candidato do PSOL. Boulos definiu seu adversário como “um prefeito que não faz o básico”. “São Paulo precisa ter um prefeito com pulso e com o tamanho da cidade. Um prefeito que também faça a sua parte, e não só terceiriza suas responsabilidades”.

Já Nunes, em entrevista a jornalistas, lamentou que Boulos “faça uso político com a dor das pessoas” e satirizou o adversário ao dizer que, enquanto “está sem dormir a noite inteira”, o deputado federal concedeu entrevista “com a cara inchada, parecendo que tinha acabado de acordar”. “O que ele está fazendo é lacrando”, disse o prefeito.

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Nunes atribuiu à Enel o atraso no atendimento aos imóveis da capital paulista que permanecem sem energia elétrica, afirmando que, para a retirada de árvores que caíram e danificaram a fiação, é preciso, primeiramente, que a Enel desligue a rede elétrica do entorno do local. A concessionária, por sua vez, está atendendo aos chamados do gênero com atraso. A empresa não fornece prazos para o restabelecimento do serviço. Na manhã deste sábado, 12, um a cada cinco clientes da empresa permanecem afetados pelo apagão.

Chuva pode trazer efeitos na corrida eleitoral

Na avaliação do cientista político e diretor do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) Analítica, Vinicius Alves, as chuvas que atingiram a cidade trazem, por óbvio, mais desafios para Nunes, que está à frente da administração municipal.

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“É esperado que a forma como o prefeito enfrenta essa situação funcione como um teste para ele durante o processo eleitoral”, afirma.

Alves acrescenta que os impactos eleitorais dependerão do desempenho de Nunes na gestão da crise nas próximas horas. “Faz todo sentido que a campanha do Boulos e a sociedade em geral deem maior atenção a esse evento por estarmos em um período eleitoral”, completa.

Da mesma forma, o cientista político e pesquisador do Laboratório de Estudos Eleitorais, de Comunicação Política e Opinião Pública (DOXA), Bruno Schaefer, ressalta que esse tipo de evento tem potencial para impactar as eleições, especialmente pela maneira como as estratégias de campanha de Boulos e Nunes se posicionaram diante dos apagões e transtornos causados pelas chuvas.

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“Boulos pode, por exemplo, se beneficiar da inépcia de Nunes, a depender da estratégia”, ressalta.

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As fortes chuvas que atingiram a Grande São Paulo nesta sexta-feira, 11, e deixaram 1,6 milhão de imóveis sem luz viraram tema da campanha eleitoral pela Prefeitura da capital paulista. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que disputa o segundo turno das eleições 2024 contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB), criticou o mandatário pela reação aos danos causados pelo temporal e por “terceirizar suas responsabilidades”. O prefeito, por outro lado, atribuiu o atraso na restauração da energia elétrica à Enel, concessionária do serviço na capital paulista e na região metropolitana.

Em razão das chuvas, tanto Boulos quanto Nunes alteraram seus compromissos de campanha. O candidato do PSOL mudou sua agenda para visitar regiões afetadas pela falta de luz, enquanto o prefeito passou a manhã na central de monitoramento do programa Smart Sampa, de onde a crise é gerenciada, e à tarde foi às ruas para acompanhar o trabalho da Enel na recuperação da energia na cidade.

Chuvas que atingiram a capital paulista e deixaram milhões sem energia viraram munição para a campanha de Guilherme Boulos contra o prefeito Ricardo Nunes  Foto: Reprodução via Horário Eleitoral

À imprensa, Boulos atribuiu o apagão na cidade à “falta de planejamento” da gestão Nunes. “O prefeito só foi se preocupar em fazer alguma coisa no ano de eleição”, disse o candidato do PSOL. Boulos definiu seu adversário como “um prefeito que não faz o básico”. “São Paulo precisa ter um prefeito com pulso e com o tamanho da cidade. Um prefeito que também faça a sua parte, e não só terceiriza suas responsabilidades”.

Já Nunes, em entrevista a jornalistas, lamentou que Boulos “faça uso político com a dor das pessoas” e satirizou o adversário ao dizer que, enquanto “está sem dormir a noite inteira”, o deputado federal concedeu entrevista “com a cara inchada, parecendo que tinha acabado de acordar”. “O que ele está fazendo é lacrando”, disse o prefeito.

Nunes atribuiu à Enel o atraso no atendimento aos imóveis da capital paulista que permanecem sem energia elétrica, afirmando que, para a retirada de árvores que caíram e danificaram a fiação, é preciso, primeiramente, que a Enel desligue a rede elétrica do entorno do local. A concessionária, por sua vez, está atendendo aos chamados do gênero com atraso. A empresa não fornece prazos para o restabelecimento do serviço. Na manhã deste sábado, 12, um a cada cinco clientes da empresa permanecem afetados pelo apagão.

Chuva pode trazer efeitos na corrida eleitoral

Na avaliação do cientista político e diretor do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) Analítica, Vinicius Alves, as chuvas que atingiram a cidade trazem, por óbvio, mais desafios para Nunes, que está à frente da administração municipal.

“É esperado que a forma como o prefeito enfrenta essa situação funcione como um teste para ele durante o processo eleitoral”, afirma.

Alves acrescenta que os impactos eleitorais dependerão do desempenho de Nunes na gestão da crise nas próximas horas. “Faz todo sentido que a campanha do Boulos e a sociedade em geral deem maior atenção a esse evento por estarmos em um período eleitoral”, completa.

Da mesma forma, o cientista político e pesquisador do Laboratório de Estudos Eleitorais, de Comunicação Política e Opinião Pública (DOXA), Bruno Schaefer, ressalta que esse tipo de evento tem potencial para impactar as eleições, especialmente pela maneira como as estratégias de campanha de Boulos e Nunes se posicionaram diante dos apagões e transtornos causados pelas chuvas.

“Boulos pode, por exemplo, se beneficiar da inépcia de Nunes, a depender da estratégia”, ressalta.

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As fortes chuvas que atingiram a Grande São Paulo nesta sexta-feira, 11, e deixaram 1,6 milhão de imóveis sem luz viraram tema da campanha eleitoral pela Prefeitura da capital paulista. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que disputa o segundo turno das eleições 2024 contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB), criticou o mandatário pela reação aos danos causados pelo temporal e por “terceirizar suas responsabilidades”. O prefeito, por outro lado, atribuiu o atraso na restauração da energia elétrica à Enel, concessionária do serviço na capital paulista e na região metropolitana.

Em razão das chuvas, tanto Boulos quanto Nunes alteraram seus compromissos de campanha. O candidato do PSOL mudou sua agenda para visitar regiões afetadas pela falta de luz, enquanto o prefeito passou a manhã na central de monitoramento do programa Smart Sampa, de onde a crise é gerenciada, e à tarde foi às ruas para acompanhar o trabalho da Enel na recuperação da energia na cidade.

Chuvas que atingiram a capital paulista e deixaram milhões sem energia viraram munição para a campanha de Guilherme Boulos contra o prefeito Ricardo Nunes  Foto: Reprodução via Horário Eleitoral

À imprensa, Boulos atribuiu o apagão na cidade à “falta de planejamento” da gestão Nunes. “O prefeito só foi se preocupar em fazer alguma coisa no ano de eleição”, disse o candidato do PSOL. Boulos definiu seu adversário como “um prefeito que não faz o básico”. “São Paulo precisa ter um prefeito com pulso e com o tamanho da cidade. Um prefeito que também faça a sua parte, e não só terceiriza suas responsabilidades”.

Já Nunes, em entrevista a jornalistas, lamentou que Boulos “faça uso político com a dor das pessoas” e satirizou o adversário ao dizer que, enquanto “está sem dormir a noite inteira”, o deputado federal concedeu entrevista “com a cara inchada, parecendo que tinha acabado de acordar”. “O que ele está fazendo é lacrando”, disse o prefeito.

Nunes atribuiu à Enel o atraso no atendimento aos imóveis da capital paulista que permanecem sem energia elétrica, afirmando que, para a retirada de árvores que caíram e danificaram a fiação, é preciso, primeiramente, que a Enel desligue a rede elétrica do entorno do local. A concessionária, por sua vez, está atendendo aos chamados do gênero com atraso. A empresa não fornece prazos para o restabelecimento do serviço. Na manhã deste sábado, 12, um a cada cinco clientes da empresa permanecem afetados pelo apagão.

Chuva pode trazer efeitos na corrida eleitoral

Na avaliação do cientista político e diretor do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) Analítica, Vinicius Alves, as chuvas que atingiram a cidade trazem, por óbvio, mais desafios para Nunes, que está à frente da administração municipal.

“É esperado que a forma como o prefeito enfrenta essa situação funcione como um teste para ele durante o processo eleitoral”, afirma.

Alves acrescenta que os impactos eleitorais dependerão do desempenho de Nunes na gestão da crise nas próximas horas. “Faz todo sentido que a campanha do Boulos e a sociedade em geral deem maior atenção a esse evento por estarmos em um período eleitoral”, completa.

Da mesma forma, o cientista político e pesquisador do Laboratório de Estudos Eleitorais, de Comunicação Política e Opinião Pública (DOXA), Bruno Schaefer, ressalta que esse tipo de evento tem potencial para impactar as eleições, especialmente pela maneira como as estratégias de campanha de Boulos e Nunes se posicionaram diante dos apagões e transtornos causados pelas chuvas.

“Boulos pode, por exemplo, se beneficiar da inépcia de Nunes, a depender da estratégia”, ressalta.

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