‘Se Biden pode desistir, por que eu não posso?’, diz Datena sobre disputa em SP


Apresentador não despista possibilidade de renunciar da pré-campanha, a exemplo do presidente norte-americano; José Luiz Datena já desistiu de pré-candidaturas em quatro ocasiões

Por Juliano Galisi
Atualização:

O apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, que acumula um histórico de desistências em pré-campanhas anteriores, não cravou que seguirá na disputa para comandar a capital paulista. O tucano não descartou a possibilidade de renunciar à pré-candidatura, a exemplo de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, que desistiu da reeleição no domingo, 21.

“Se o Biden pode desistir a qualquer momento, por que eu não posso? Desde o começo, falei: se me sacanearam, eu desisto mesmo”, disse o apresentador ao jornal Folha de S. Paulo, reforçando que, para ser candidato, precisa de respaldo no PSDB, ao qual ele está filiado desde abril. É a 11ª sigla na ficha de filiações do jornalista.

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José Luiz Datena em visita ao Mercadão em ato da pré-campanha Foto: Felipe Rau/Estadão

Durante a entrevista, Datena elogiou o gesto de Joe Biden, afirmando que a postura do presidente norte-americano foi virtuosa, pois colocou “o povo” acima de seus interesses eleitorais e pessoais.

“A virtude do homem é fazer o que o Biden fez, quando desistiu de ser candidato: é saber que numa eleição o povo é sempre o mais importante”, disse. “Se o ‘cara’ que é o presidente da maior nação econômico-militar do mundo acha que o povo é mais importante do que ele, por que eu não posso achar?”, questionou.

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Datena diz ser alvo de ‘sacanagens’

Para ser candidato, Datena reforçou que precisa ser “aclamado” por todo o partido durante a convenção do PSDB. Os tucanos realizarão a reunião no próximo sábado, 27, com uma semana de antecedência em relação à data marcada incialmente. O adiantamento faz a convenção do PSDB coincidir com o encontro para oficializar a candidatura da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) à Prefeitura.

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Durante a entrevista, Datena afirmou que está sendo alvo de “sacanagens”, sobretudo da ala do partido que preferia estar no projeto à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). “Boa parte do partido debandou para o Ricardo Nunes. Dinheiro e cargo”, afirmou o apresentador, referindo-se à mudança de vereadores tucanos durante a janela partidária.

“Se continuar essa sacanagem de que o partido está conversando com outras pessoas para colocar dentro do partido sem me avisar, eu não vou ser candidato”, disse.

Relembre as desistências de Datena

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Datena já desistiu de quatro pré-campanhas, incluindo eleições a prefeito. Até o pleito de 2014, o nome do jornalista era apenas especulado como candidato a cargos eletivos, mas ele próprio não levava os planos adiante. Até então, mesmo filiado a partidos políticos, o apresentador de TV não demonstrava vontade de se lançar como candidato.

O cenário mudou a partir das eleições de 2016, quando Datena passou a tratar sobre as chances na política de forma mais enfática, chegando a admitir a possibilidade de estar nas urnas. Em todos os casos até o momento, porém, acabou recuando.

Em 2016, Datena estava filiado ao PP e era cotado para disputar a Prefeitura de São Paulo. No dia seguinte à publicação de uma reportagem do Estadão que revelou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) estimava em mais de R$ 300 milhões o total em propinas obtidas pelo PP entre 2006 e 2014, a partir do esquema de corrupção na Petrobras, desistiu da pré-campanha. “Não posso permanecer em um partido que tomou mais de R$ 300 milhões da Petrobras”, afirmou o apresentador.

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O valor mencionado consta em uma denúncia apresentada por Rodrigo Janot, então procurador-geral da República, em denúncia contra o deputado Nelson Meurer (PP-PR).

Dois anos depois, o nome do jornalista voltou a ser cotado para as eleições, sendo cogitada uma candidatura ao Senado. Doze dias após a filiação ao Democratas, contudo, desistiu da pré-campanha. “Achei que não era a hora de participar dessa política do jeito que ela está aí”, disse, na ocasião.

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Ele voltou a ser sondado como candidato na eleição seguinte, em 2020. Pelo MDB, era especulado como vice-prefeito na chapa à reeleição de Bruno Covas (PSDB). Também recuou, afirmando que a TV Bandeirantes pediu para que ele permanecesse na emissora. Na ocasião, afirmou que não voltaria a recuar na próxima eleição municipal de São Paulo, dali a quatro anos: “Na próxima, eu vou”.

Em 2022, Datena chegou a figurar em levantamentos de intenções de voto para o cargo de senador. O apresentador liderava as pesquisas, indicando boas perspectivas para uma campanha ao cargo, mas recuou novamente. “Eu pensei bem e resolvi seguir o meu caminho”, disse, às vésperas do prazo legal para que deixasse de apresentar programas no rádio e na televisão e seguisse com a pré-campanha.

Cotado a vice de Tabata

Em dezembro de 2023, Datena se filiou ao PSB. O jornalista era uma aposta do PSB para impulsar a pré-campanha de Tabata Amaral ao Executivo paulistano. A entrada na legenda foi um convite da própria pré-candidata, que manifestou publicamente que gostaria de tê-lo como companheiro de chapa.

Datena no lançamento da pré-candidatura de Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

Filiado ao PSB, Datena participou do lançamento da pré-campanha de Tabata, indicando que estaria próximo de anunciar um acordo com a pré-candidata. Contudo, em abril, às vésperas do fechamento da janela partidária, migrou para o PSDB e lançou a própria pré-candidatura à Prefeitura. O apresentador, por ora, só fez uma agenda de pré-campanha: uma visita ao Mercadão no último dia 17.

O apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, que acumula um histórico de desistências em pré-campanhas anteriores, não cravou que seguirá na disputa para comandar a capital paulista. O tucano não descartou a possibilidade de renunciar à pré-candidatura, a exemplo de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, que desistiu da reeleição no domingo, 21.

“Se o Biden pode desistir a qualquer momento, por que eu não posso? Desde o começo, falei: se me sacanearam, eu desisto mesmo”, disse o apresentador ao jornal Folha de S. Paulo, reforçando que, para ser candidato, precisa de respaldo no PSDB, ao qual ele está filiado desde abril. É a 11ª sigla na ficha de filiações do jornalista.

José Luiz Datena em visita ao Mercadão em ato da pré-campanha Foto: Felipe Rau/Estadão

Durante a entrevista, Datena elogiou o gesto de Joe Biden, afirmando que a postura do presidente norte-americano foi virtuosa, pois colocou “o povo” acima de seus interesses eleitorais e pessoais.

“A virtude do homem é fazer o que o Biden fez, quando desistiu de ser candidato: é saber que numa eleição o povo é sempre o mais importante”, disse. “Se o ‘cara’ que é o presidente da maior nação econômico-militar do mundo acha que o povo é mais importante do que ele, por que eu não posso achar?”, questionou.

Datena diz ser alvo de ‘sacanagens’

Para ser candidato, Datena reforçou que precisa ser “aclamado” por todo o partido durante a convenção do PSDB. Os tucanos realizarão a reunião no próximo sábado, 27, com uma semana de antecedência em relação à data marcada incialmente. O adiantamento faz a convenção do PSDB coincidir com o encontro para oficializar a candidatura da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) à Prefeitura.

Durante a entrevista, Datena afirmou que está sendo alvo de “sacanagens”, sobretudo da ala do partido que preferia estar no projeto à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). “Boa parte do partido debandou para o Ricardo Nunes. Dinheiro e cargo”, afirmou o apresentador, referindo-se à mudança de vereadores tucanos durante a janela partidária.

“Se continuar essa sacanagem de que o partido está conversando com outras pessoas para colocar dentro do partido sem me avisar, eu não vou ser candidato”, disse.

Relembre as desistências de Datena

Datena já desistiu de quatro pré-campanhas, incluindo eleições a prefeito. Até o pleito de 2014, o nome do jornalista era apenas especulado como candidato a cargos eletivos, mas ele próprio não levava os planos adiante. Até então, mesmo filiado a partidos políticos, o apresentador de TV não demonstrava vontade de se lançar como candidato.

O cenário mudou a partir das eleições de 2016, quando Datena passou a tratar sobre as chances na política de forma mais enfática, chegando a admitir a possibilidade de estar nas urnas. Em todos os casos até o momento, porém, acabou recuando.

Em 2016, Datena estava filiado ao PP e era cotado para disputar a Prefeitura de São Paulo. No dia seguinte à publicação de uma reportagem do Estadão que revelou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) estimava em mais de R$ 300 milhões o total em propinas obtidas pelo PP entre 2006 e 2014, a partir do esquema de corrupção na Petrobras, desistiu da pré-campanha. “Não posso permanecer em um partido que tomou mais de R$ 300 milhões da Petrobras”, afirmou o apresentador.

O valor mencionado consta em uma denúncia apresentada por Rodrigo Janot, então procurador-geral da República, em denúncia contra o deputado Nelson Meurer (PP-PR).

Dois anos depois, o nome do jornalista voltou a ser cotado para as eleições, sendo cogitada uma candidatura ao Senado. Doze dias após a filiação ao Democratas, contudo, desistiu da pré-campanha. “Achei que não era a hora de participar dessa política do jeito que ela está aí”, disse, na ocasião.

Ele voltou a ser sondado como candidato na eleição seguinte, em 2020. Pelo MDB, era especulado como vice-prefeito na chapa à reeleição de Bruno Covas (PSDB). Também recuou, afirmando que a TV Bandeirantes pediu para que ele permanecesse na emissora. Na ocasião, afirmou que não voltaria a recuar na próxima eleição municipal de São Paulo, dali a quatro anos: “Na próxima, eu vou”.

Em 2022, Datena chegou a figurar em levantamentos de intenções de voto para o cargo de senador. O apresentador liderava as pesquisas, indicando boas perspectivas para uma campanha ao cargo, mas recuou novamente. “Eu pensei bem e resolvi seguir o meu caminho”, disse, às vésperas do prazo legal para que deixasse de apresentar programas no rádio e na televisão e seguisse com a pré-campanha.

Cotado a vice de Tabata

Em dezembro de 2023, Datena se filiou ao PSB. O jornalista era uma aposta do PSB para impulsar a pré-campanha de Tabata Amaral ao Executivo paulistano. A entrada na legenda foi um convite da própria pré-candidata, que manifestou publicamente que gostaria de tê-lo como companheiro de chapa.

Datena no lançamento da pré-candidatura de Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

Filiado ao PSB, Datena participou do lançamento da pré-campanha de Tabata, indicando que estaria próximo de anunciar um acordo com a pré-candidata. Contudo, em abril, às vésperas do fechamento da janela partidária, migrou para o PSDB e lançou a própria pré-candidatura à Prefeitura. O apresentador, por ora, só fez uma agenda de pré-campanha: uma visita ao Mercadão no último dia 17.

O apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, que acumula um histórico de desistências em pré-campanhas anteriores, não cravou que seguirá na disputa para comandar a capital paulista. O tucano não descartou a possibilidade de renunciar à pré-candidatura, a exemplo de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, que desistiu da reeleição no domingo, 21.

“Se o Biden pode desistir a qualquer momento, por que eu não posso? Desde o começo, falei: se me sacanearam, eu desisto mesmo”, disse o apresentador ao jornal Folha de S. Paulo, reforçando que, para ser candidato, precisa de respaldo no PSDB, ao qual ele está filiado desde abril. É a 11ª sigla na ficha de filiações do jornalista.

José Luiz Datena em visita ao Mercadão em ato da pré-campanha Foto: Felipe Rau/Estadão

Durante a entrevista, Datena elogiou o gesto de Joe Biden, afirmando que a postura do presidente norte-americano foi virtuosa, pois colocou “o povo” acima de seus interesses eleitorais e pessoais.

“A virtude do homem é fazer o que o Biden fez, quando desistiu de ser candidato: é saber que numa eleição o povo é sempre o mais importante”, disse. “Se o ‘cara’ que é o presidente da maior nação econômico-militar do mundo acha que o povo é mais importante do que ele, por que eu não posso achar?”, questionou.

Datena diz ser alvo de ‘sacanagens’

Para ser candidato, Datena reforçou que precisa ser “aclamado” por todo o partido durante a convenção do PSDB. Os tucanos realizarão a reunião no próximo sábado, 27, com uma semana de antecedência em relação à data marcada incialmente. O adiantamento faz a convenção do PSDB coincidir com o encontro para oficializar a candidatura da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) à Prefeitura.

Durante a entrevista, Datena afirmou que está sendo alvo de “sacanagens”, sobretudo da ala do partido que preferia estar no projeto à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). “Boa parte do partido debandou para o Ricardo Nunes. Dinheiro e cargo”, afirmou o apresentador, referindo-se à mudança de vereadores tucanos durante a janela partidária.

“Se continuar essa sacanagem de que o partido está conversando com outras pessoas para colocar dentro do partido sem me avisar, eu não vou ser candidato”, disse.

Relembre as desistências de Datena

Datena já desistiu de quatro pré-campanhas, incluindo eleições a prefeito. Até o pleito de 2014, o nome do jornalista era apenas especulado como candidato a cargos eletivos, mas ele próprio não levava os planos adiante. Até então, mesmo filiado a partidos políticos, o apresentador de TV não demonstrava vontade de se lançar como candidato.

O cenário mudou a partir das eleições de 2016, quando Datena passou a tratar sobre as chances na política de forma mais enfática, chegando a admitir a possibilidade de estar nas urnas. Em todos os casos até o momento, porém, acabou recuando.

Em 2016, Datena estava filiado ao PP e era cotado para disputar a Prefeitura de São Paulo. No dia seguinte à publicação de uma reportagem do Estadão que revelou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) estimava em mais de R$ 300 milhões o total em propinas obtidas pelo PP entre 2006 e 2014, a partir do esquema de corrupção na Petrobras, desistiu da pré-campanha. “Não posso permanecer em um partido que tomou mais de R$ 300 milhões da Petrobras”, afirmou o apresentador.

O valor mencionado consta em uma denúncia apresentada por Rodrigo Janot, então procurador-geral da República, em denúncia contra o deputado Nelson Meurer (PP-PR).

Dois anos depois, o nome do jornalista voltou a ser cotado para as eleições, sendo cogitada uma candidatura ao Senado. Doze dias após a filiação ao Democratas, contudo, desistiu da pré-campanha. “Achei que não era a hora de participar dessa política do jeito que ela está aí”, disse, na ocasião.

Ele voltou a ser sondado como candidato na eleição seguinte, em 2020. Pelo MDB, era especulado como vice-prefeito na chapa à reeleição de Bruno Covas (PSDB). Também recuou, afirmando que a TV Bandeirantes pediu para que ele permanecesse na emissora. Na ocasião, afirmou que não voltaria a recuar na próxima eleição municipal de São Paulo, dali a quatro anos: “Na próxima, eu vou”.

Em 2022, Datena chegou a figurar em levantamentos de intenções de voto para o cargo de senador. O apresentador liderava as pesquisas, indicando boas perspectivas para uma campanha ao cargo, mas recuou novamente. “Eu pensei bem e resolvi seguir o meu caminho”, disse, às vésperas do prazo legal para que deixasse de apresentar programas no rádio e na televisão e seguisse com a pré-campanha.

Cotado a vice de Tabata

Em dezembro de 2023, Datena se filiou ao PSB. O jornalista era uma aposta do PSB para impulsar a pré-campanha de Tabata Amaral ao Executivo paulistano. A entrada na legenda foi um convite da própria pré-candidata, que manifestou publicamente que gostaria de tê-lo como companheiro de chapa.

Datena no lançamento da pré-candidatura de Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

Filiado ao PSB, Datena participou do lançamento da pré-campanha de Tabata, indicando que estaria próximo de anunciar um acordo com a pré-candidata. Contudo, em abril, às vésperas do fechamento da janela partidária, migrou para o PSDB e lançou a própria pré-candidatura à Prefeitura. O apresentador, por ora, só fez uma agenda de pré-campanha: uma visita ao Mercadão no último dia 17.

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