Agenda da campanha de Covas prioriza zona sul; a de Boulos, o centro


Candidato do PSDB teve 27 eventos na região sul e o do PSOL, 37 na zona central da capital paulista

Por Brenda Zacharias

O corpo a corpo não sumiu das campanhas eleitorais deste ano, apesar da pandemia do novo coronavírus, e esteve presente em panfletagens, caminhadas e carreatas que os dois candidatos à Prefeitura, Bruno Covas (PSDB), que tenta a reeleição, e Guilherme Boulos (PSOL), organizaram durante a corrida eleitoral. Enquanto o tucano deu preferência à região sul da cidade, o candidato do PSOL apostou mais no centro.

É o que aponta levantamento baseado nas agendas divulgadas diariamente pelas campanhas dos candidatos desde o dia 27 de setembro, quando o calendário oficial de compromissos foi iniciado. Os números consideram apenas eventos presenciais, como encontros com eleitores, panfletagem, carreatas e reuniões. Não entram na conta entrevistas, debates e lives.

Bruno Covas (PSDB)e Guilherme Boulos (PSOL)disputam segundo turno da eleição municipal em São Paulo Foto: Nelson Almeida / AFP; Tiago Queiroz / Estadão
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Covas esteve em 27 eventos na zona sul, número que representa 26,2% da agenda do candidato até o dia 24 de novembro. Lá, ele visitou hospitais municipais, como o Santo Amaro, obras do conjunto habitacional Chácara do Conde, no Morumbi, e fez um giro pelo comércio de Parelheiros com a ex-prefeita Marta Suplicy.

Em 2016, Marta, então candidata à Prefeitura, venceu na zona eleitoral de Parelheiros e na do Grajaú, as únicas em que João Doria (PSDB), eleito naquele ano e de quem Covas era vice, perdeu. No primeiro turno, Covas venceu nas duas zonas, à frente de Jilmar Tatto (PT), que hoje apoia Boulos. O candidato a vice de Covas, Ricardo Nunes (MDB), tem base eleitoral na região e foi presidente da Associação Empresarial da Região Sul (Aesul).

Logo a seguir entram eventos do prefeito na zona leste, com 24 compromissos na agenda (23,3%), e o centro, com 20 (19,4%). Consta ainda uma agenda fora de São Paulo: Covas esteve em Aparecida, no Vale do Paraíba, para uma celebração do dia da santa padroeira.

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Prefeito Bruno Covas (PSDB) diz que tem 'evitado ao máximo' aglomerações; partido fez muitas caminhadas nos bairros. Foto: Patrícia Cruz

Já Boulos concentrou a sua campanha no centro (37 compromissos ou 35,9% da agenda), onde teve melhor desempenho no primeiro turno. Apesar de não ter vencido em nenhuma das zonas eleitorais, obteve uma de suas melhores votações na Bela Vista (29,6%), além de Pinheiros (31,9%), na zona oeste. Entre as agendas, participou de panfletaço no Museu de Arte de São Paulo (Masp). No centro histórico, organizou edições do seu “Se vira nos 50”, em que pedestres podem fazer perguntas ao candidato, que tem até 50 segundos para respondê-las.

Guilherme Boulos (PSOL) durante campanha em Heliópolis. Foto: Matheus Lara/Estadão
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Na zona sul, onde Boulos mora no bairro do Campo Limpo, o candidato organizou 28 eventos (27,2%). Bem menos que na região oeste, onde foram8 (7,8%).

Público

Na agenda de Covas, se destacam visitas a shoppings centers: foram seis deles, principalmente nas zonas norte e leste. O setor foi um dos primeiros a serem liberados no regime de flexibilização de restrições da pandemia, antes mesmo de parques municipais. Boulos não esteve em nenhum. O candidato do PSOL incluiu uma visita à aldeia Jaraguá Guarani, no extremo da zona norte, e um evento com o setor cultural no Teatro Oficina, no Bixiga. 

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Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Boulos também esteve em mais favelas e ocupações - foram pelo menos oito delas, como Heliópolis, Vietnã e a ocupação Jardim Julieta.

O prefeito, por sua vez, visitou bairros nos extremos, dando destaque às ruas de comércio e áreas próximas a hospitais e obras da Prefeitura. Também é possível destacar da agenda de Covas as pausas para um café. Foram incluídas 24 delas, com duração de cerca de 15 minutos, entre um compromisso e outro. Um hábito que repete de seu companheiro de partido, Geraldo Alckmin, em campanhas passadas. Este número, porém, não entrou na contagem do Estadão.

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Os "recordes" de quilômetros rodados pelos candidatos num único dia são semelhantes. Em 15 de outubro, Covas rodou pelo menos 53 quilômetros entre os cinco eventos que marcou para o dia: uma missa na Catedral da Sé; uma visita a eleitora no Jardim Vila Formosa, na zona leste; a primeira sabatina do Estadão, realizada de forma virtual; um encontro com o bispo d. José Negri, em Santo Amaro; e um encontro com representantes de escolas de samba na sede da Mancha Verde, na Barra Funda. 

No dia 9 de outubro, Boulos chegou a percorrer pelo menos 52 quilômetros entre os seus compromissos - foi a primeira versão do “24 horas com Boulos”, na qual o candidato transmitiu o seu dia nas redes sociais. Primeiro o lançamento de seu programa de renda solidária, no centro; depois um edição do “Se vira nos 50”, na rua 15 de Novembro, também no centro; uma roda de conversas com mulheres no Jardim Helian, na zona leste; e, por fim, uma visita à comunidade Vietnã, na região sul.

O corpo a corpo não sumiu das campanhas eleitorais deste ano, apesar da pandemia do novo coronavírus, e esteve presente em panfletagens, caminhadas e carreatas que os dois candidatos à Prefeitura, Bruno Covas (PSDB), que tenta a reeleição, e Guilherme Boulos (PSOL), organizaram durante a corrida eleitoral. Enquanto o tucano deu preferência à região sul da cidade, o candidato do PSOL apostou mais no centro.

É o que aponta levantamento baseado nas agendas divulgadas diariamente pelas campanhas dos candidatos desde o dia 27 de setembro, quando o calendário oficial de compromissos foi iniciado. Os números consideram apenas eventos presenciais, como encontros com eleitores, panfletagem, carreatas e reuniões. Não entram na conta entrevistas, debates e lives.

Bruno Covas (PSDB)e Guilherme Boulos (PSOL)disputam segundo turno da eleição municipal em São Paulo Foto: Nelson Almeida / AFP; Tiago Queiroz / Estadão

Covas esteve em 27 eventos na zona sul, número que representa 26,2% da agenda do candidato até o dia 24 de novembro. Lá, ele visitou hospitais municipais, como o Santo Amaro, obras do conjunto habitacional Chácara do Conde, no Morumbi, e fez um giro pelo comércio de Parelheiros com a ex-prefeita Marta Suplicy.

Em 2016, Marta, então candidata à Prefeitura, venceu na zona eleitoral de Parelheiros e na do Grajaú, as únicas em que João Doria (PSDB), eleito naquele ano e de quem Covas era vice, perdeu. No primeiro turno, Covas venceu nas duas zonas, à frente de Jilmar Tatto (PT), que hoje apoia Boulos. O candidato a vice de Covas, Ricardo Nunes (MDB), tem base eleitoral na região e foi presidente da Associação Empresarial da Região Sul (Aesul).

Logo a seguir entram eventos do prefeito na zona leste, com 24 compromissos na agenda (23,3%), e o centro, com 20 (19,4%). Consta ainda uma agenda fora de São Paulo: Covas esteve em Aparecida, no Vale do Paraíba, para uma celebração do dia da santa padroeira.

Prefeito Bruno Covas (PSDB) diz que tem 'evitado ao máximo' aglomerações; partido fez muitas caminhadas nos bairros. Foto: Patrícia Cruz

Já Boulos concentrou a sua campanha no centro (37 compromissos ou 35,9% da agenda), onde teve melhor desempenho no primeiro turno. Apesar de não ter vencido em nenhuma das zonas eleitorais, obteve uma de suas melhores votações na Bela Vista (29,6%), além de Pinheiros (31,9%), na zona oeste. Entre as agendas, participou de panfletaço no Museu de Arte de São Paulo (Masp). No centro histórico, organizou edições do seu “Se vira nos 50”, em que pedestres podem fazer perguntas ao candidato, que tem até 50 segundos para respondê-las.

Guilherme Boulos (PSOL) durante campanha em Heliópolis. Foto: Matheus Lara/Estadão

Na zona sul, onde Boulos mora no bairro do Campo Limpo, o candidato organizou 28 eventos (27,2%). Bem menos que na região oeste, onde foram8 (7,8%).

Público

Na agenda de Covas, se destacam visitas a shoppings centers: foram seis deles, principalmente nas zonas norte e leste. O setor foi um dos primeiros a serem liberados no regime de flexibilização de restrições da pandemia, antes mesmo de parques municipais. Boulos não esteve em nenhum. O candidato do PSOL incluiu uma visita à aldeia Jaraguá Guarani, no extremo da zona norte, e um evento com o setor cultural no Teatro Oficina, no Bixiga. 

Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Boulos também esteve em mais favelas e ocupações - foram pelo menos oito delas, como Heliópolis, Vietnã e a ocupação Jardim Julieta.

O prefeito, por sua vez, visitou bairros nos extremos, dando destaque às ruas de comércio e áreas próximas a hospitais e obras da Prefeitura. Também é possível destacar da agenda de Covas as pausas para um café. Foram incluídas 24 delas, com duração de cerca de 15 minutos, entre um compromisso e outro. Um hábito que repete de seu companheiro de partido, Geraldo Alckmin, em campanhas passadas. Este número, porém, não entrou na contagem do Estadão.

Os "recordes" de quilômetros rodados pelos candidatos num único dia são semelhantes. Em 15 de outubro, Covas rodou pelo menos 53 quilômetros entre os cinco eventos que marcou para o dia: uma missa na Catedral da Sé; uma visita a eleitora no Jardim Vila Formosa, na zona leste; a primeira sabatina do Estadão, realizada de forma virtual; um encontro com o bispo d. José Negri, em Santo Amaro; e um encontro com representantes de escolas de samba na sede da Mancha Verde, na Barra Funda. 

No dia 9 de outubro, Boulos chegou a percorrer pelo menos 52 quilômetros entre os seus compromissos - foi a primeira versão do “24 horas com Boulos”, na qual o candidato transmitiu o seu dia nas redes sociais. Primeiro o lançamento de seu programa de renda solidária, no centro; depois um edição do “Se vira nos 50”, na rua 15 de Novembro, também no centro; uma roda de conversas com mulheres no Jardim Helian, na zona leste; e, por fim, uma visita à comunidade Vietnã, na região sul.

O corpo a corpo não sumiu das campanhas eleitorais deste ano, apesar da pandemia do novo coronavírus, e esteve presente em panfletagens, caminhadas e carreatas que os dois candidatos à Prefeitura, Bruno Covas (PSDB), que tenta a reeleição, e Guilherme Boulos (PSOL), organizaram durante a corrida eleitoral. Enquanto o tucano deu preferência à região sul da cidade, o candidato do PSOL apostou mais no centro.

É o que aponta levantamento baseado nas agendas divulgadas diariamente pelas campanhas dos candidatos desde o dia 27 de setembro, quando o calendário oficial de compromissos foi iniciado. Os números consideram apenas eventos presenciais, como encontros com eleitores, panfletagem, carreatas e reuniões. Não entram na conta entrevistas, debates e lives.

Bruno Covas (PSDB)e Guilherme Boulos (PSOL)disputam segundo turno da eleição municipal em São Paulo Foto: Nelson Almeida / AFP; Tiago Queiroz / Estadão

Covas esteve em 27 eventos na zona sul, número que representa 26,2% da agenda do candidato até o dia 24 de novembro. Lá, ele visitou hospitais municipais, como o Santo Amaro, obras do conjunto habitacional Chácara do Conde, no Morumbi, e fez um giro pelo comércio de Parelheiros com a ex-prefeita Marta Suplicy.

Em 2016, Marta, então candidata à Prefeitura, venceu na zona eleitoral de Parelheiros e na do Grajaú, as únicas em que João Doria (PSDB), eleito naquele ano e de quem Covas era vice, perdeu. No primeiro turno, Covas venceu nas duas zonas, à frente de Jilmar Tatto (PT), que hoje apoia Boulos. O candidato a vice de Covas, Ricardo Nunes (MDB), tem base eleitoral na região e foi presidente da Associação Empresarial da Região Sul (Aesul).

Logo a seguir entram eventos do prefeito na zona leste, com 24 compromissos na agenda (23,3%), e o centro, com 20 (19,4%). Consta ainda uma agenda fora de São Paulo: Covas esteve em Aparecida, no Vale do Paraíba, para uma celebração do dia da santa padroeira.

Prefeito Bruno Covas (PSDB) diz que tem 'evitado ao máximo' aglomerações; partido fez muitas caminhadas nos bairros. Foto: Patrícia Cruz

Já Boulos concentrou a sua campanha no centro (37 compromissos ou 35,9% da agenda), onde teve melhor desempenho no primeiro turno. Apesar de não ter vencido em nenhuma das zonas eleitorais, obteve uma de suas melhores votações na Bela Vista (29,6%), além de Pinheiros (31,9%), na zona oeste. Entre as agendas, participou de panfletaço no Museu de Arte de São Paulo (Masp). No centro histórico, organizou edições do seu “Se vira nos 50”, em que pedestres podem fazer perguntas ao candidato, que tem até 50 segundos para respondê-las.

Guilherme Boulos (PSOL) durante campanha em Heliópolis. Foto: Matheus Lara/Estadão

Na zona sul, onde Boulos mora no bairro do Campo Limpo, o candidato organizou 28 eventos (27,2%). Bem menos que na região oeste, onde foram8 (7,8%).

Público

Na agenda de Covas, se destacam visitas a shoppings centers: foram seis deles, principalmente nas zonas norte e leste. O setor foi um dos primeiros a serem liberados no regime de flexibilização de restrições da pandemia, antes mesmo de parques municipais. Boulos não esteve em nenhum. O candidato do PSOL incluiu uma visita à aldeia Jaraguá Guarani, no extremo da zona norte, e um evento com o setor cultural no Teatro Oficina, no Bixiga. 

Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Boulos também esteve em mais favelas e ocupações - foram pelo menos oito delas, como Heliópolis, Vietnã e a ocupação Jardim Julieta.

O prefeito, por sua vez, visitou bairros nos extremos, dando destaque às ruas de comércio e áreas próximas a hospitais e obras da Prefeitura. Também é possível destacar da agenda de Covas as pausas para um café. Foram incluídas 24 delas, com duração de cerca de 15 minutos, entre um compromisso e outro. Um hábito que repete de seu companheiro de partido, Geraldo Alckmin, em campanhas passadas. Este número, porém, não entrou na contagem do Estadão.

Os "recordes" de quilômetros rodados pelos candidatos num único dia são semelhantes. Em 15 de outubro, Covas rodou pelo menos 53 quilômetros entre os cinco eventos que marcou para o dia: uma missa na Catedral da Sé; uma visita a eleitora no Jardim Vila Formosa, na zona leste; a primeira sabatina do Estadão, realizada de forma virtual; um encontro com o bispo d. José Negri, em Santo Amaro; e um encontro com representantes de escolas de samba na sede da Mancha Verde, na Barra Funda. 

No dia 9 de outubro, Boulos chegou a percorrer pelo menos 52 quilômetros entre os seus compromissos - foi a primeira versão do “24 horas com Boulos”, na qual o candidato transmitiu o seu dia nas redes sociais. Primeiro o lançamento de seu programa de renda solidária, no centro; depois um edição do “Se vira nos 50”, na rua 15 de Novembro, também no centro; uma roda de conversas com mulheres no Jardim Helian, na zona leste; e, por fim, uma visita à comunidade Vietnã, na região sul.

O corpo a corpo não sumiu das campanhas eleitorais deste ano, apesar da pandemia do novo coronavírus, e esteve presente em panfletagens, caminhadas e carreatas que os dois candidatos à Prefeitura, Bruno Covas (PSDB), que tenta a reeleição, e Guilherme Boulos (PSOL), organizaram durante a corrida eleitoral. Enquanto o tucano deu preferência à região sul da cidade, o candidato do PSOL apostou mais no centro.

É o que aponta levantamento baseado nas agendas divulgadas diariamente pelas campanhas dos candidatos desde o dia 27 de setembro, quando o calendário oficial de compromissos foi iniciado. Os números consideram apenas eventos presenciais, como encontros com eleitores, panfletagem, carreatas e reuniões. Não entram na conta entrevistas, debates e lives.

Bruno Covas (PSDB)e Guilherme Boulos (PSOL)disputam segundo turno da eleição municipal em São Paulo Foto: Nelson Almeida / AFP; Tiago Queiroz / Estadão

Covas esteve em 27 eventos na zona sul, número que representa 26,2% da agenda do candidato até o dia 24 de novembro. Lá, ele visitou hospitais municipais, como o Santo Amaro, obras do conjunto habitacional Chácara do Conde, no Morumbi, e fez um giro pelo comércio de Parelheiros com a ex-prefeita Marta Suplicy.

Em 2016, Marta, então candidata à Prefeitura, venceu na zona eleitoral de Parelheiros e na do Grajaú, as únicas em que João Doria (PSDB), eleito naquele ano e de quem Covas era vice, perdeu. No primeiro turno, Covas venceu nas duas zonas, à frente de Jilmar Tatto (PT), que hoje apoia Boulos. O candidato a vice de Covas, Ricardo Nunes (MDB), tem base eleitoral na região e foi presidente da Associação Empresarial da Região Sul (Aesul).

Logo a seguir entram eventos do prefeito na zona leste, com 24 compromissos na agenda (23,3%), e o centro, com 20 (19,4%). Consta ainda uma agenda fora de São Paulo: Covas esteve em Aparecida, no Vale do Paraíba, para uma celebração do dia da santa padroeira.

Prefeito Bruno Covas (PSDB) diz que tem 'evitado ao máximo' aglomerações; partido fez muitas caminhadas nos bairros. Foto: Patrícia Cruz

Já Boulos concentrou a sua campanha no centro (37 compromissos ou 35,9% da agenda), onde teve melhor desempenho no primeiro turno. Apesar de não ter vencido em nenhuma das zonas eleitorais, obteve uma de suas melhores votações na Bela Vista (29,6%), além de Pinheiros (31,9%), na zona oeste. Entre as agendas, participou de panfletaço no Museu de Arte de São Paulo (Masp). No centro histórico, organizou edições do seu “Se vira nos 50”, em que pedestres podem fazer perguntas ao candidato, que tem até 50 segundos para respondê-las.

Guilherme Boulos (PSOL) durante campanha em Heliópolis. Foto: Matheus Lara/Estadão

Na zona sul, onde Boulos mora no bairro do Campo Limpo, o candidato organizou 28 eventos (27,2%). Bem menos que na região oeste, onde foram8 (7,8%).

Público

Na agenda de Covas, se destacam visitas a shoppings centers: foram seis deles, principalmente nas zonas norte e leste. O setor foi um dos primeiros a serem liberados no regime de flexibilização de restrições da pandemia, antes mesmo de parques municipais. Boulos não esteve em nenhum. O candidato do PSOL incluiu uma visita à aldeia Jaraguá Guarani, no extremo da zona norte, e um evento com o setor cultural no Teatro Oficina, no Bixiga. 

Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Boulos também esteve em mais favelas e ocupações - foram pelo menos oito delas, como Heliópolis, Vietnã e a ocupação Jardim Julieta.

O prefeito, por sua vez, visitou bairros nos extremos, dando destaque às ruas de comércio e áreas próximas a hospitais e obras da Prefeitura. Também é possível destacar da agenda de Covas as pausas para um café. Foram incluídas 24 delas, com duração de cerca de 15 minutos, entre um compromisso e outro. Um hábito que repete de seu companheiro de partido, Geraldo Alckmin, em campanhas passadas. Este número, porém, não entrou na contagem do Estadão.

Os "recordes" de quilômetros rodados pelos candidatos num único dia são semelhantes. Em 15 de outubro, Covas rodou pelo menos 53 quilômetros entre os cinco eventos que marcou para o dia: uma missa na Catedral da Sé; uma visita a eleitora no Jardim Vila Formosa, na zona leste; a primeira sabatina do Estadão, realizada de forma virtual; um encontro com o bispo d. José Negri, em Santo Amaro; e um encontro com representantes de escolas de samba na sede da Mancha Verde, na Barra Funda. 

No dia 9 de outubro, Boulos chegou a percorrer pelo menos 52 quilômetros entre os seus compromissos - foi a primeira versão do “24 horas com Boulos”, na qual o candidato transmitiu o seu dia nas redes sociais. Primeiro o lançamento de seu programa de renda solidária, no centro; depois um edição do “Se vira nos 50”, na rua 15 de Novembro, também no centro; uma roda de conversas com mulheres no Jardim Helian, na zona leste; e, por fim, uma visita à comunidade Vietnã, na região sul.

O corpo a corpo não sumiu das campanhas eleitorais deste ano, apesar da pandemia do novo coronavírus, e esteve presente em panfletagens, caminhadas e carreatas que os dois candidatos à Prefeitura, Bruno Covas (PSDB), que tenta a reeleição, e Guilherme Boulos (PSOL), organizaram durante a corrida eleitoral. Enquanto o tucano deu preferência à região sul da cidade, o candidato do PSOL apostou mais no centro.

É o que aponta levantamento baseado nas agendas divulgadas diariamente pelas campanhas dos candidatos desde o dia 27 de setembro, quando o calendário oficial de compromissos foi iniciado. Os números consideram apenas eventos presenciais, como encontros com eleitores, panfletagem, carreatas e reuniões. Não entram na conta entrevistas, debates e lives.

Bruno Covas (PSDB)e Guilherme Boulos (PSOL)disputam segundo turno da eleição municipal em São Paulo Foto: Nelson Almeida / AFP; Tiago Queiroz / Estadão

Covas esteve em 27 eventos na zona sul, número que representa 26,2% da agenda do candidato até o dia 24 de novembro. Lá, ele visitou hospitais municipais, como o Santo Amaro, obras do conjunto habitacional Chácara do Conde, no Morumbi, e fez um giro pelo comércio de Parelheiros com a ex-prefeita Marta Suplicy.

Em 2016, Marta, então candidata à Prefeitura, venceu na zona eleitoral de Parelheiros e na do Grajaú, as únicas em que João Doria (PSDB), eleito naquele ano e de quem Covas era vice, perdeu. No primeiro turno, Covas venceu nas duas zonas, à frente de Jilmar Tatto (PT), que hoje apoia Boulos. O candidato a vice de Covas, Ricardo Nunes (MDB), tem base eleitoral na região e foi presidente da Associação Empresarial da Região Sul (Aesul).

Logo a seguir entram eventos do prefeito na zona leste, com 24 compromissos na agenda (23,3%), e o centro, com 20 (19,4%). Consta ainda uma agenda fora de São Paulo: Covas esteve em Aparecida, no Vale do Paraíba, para uma celebração do dia da santa padroeira.

Prefeito Bruno Covas (PSDB) diz que tem 'evitado ao máximo' aglomerações; partido fez muitas caminhadas nos bairros. Foto: Patrícia Cruz

Já Boulos concentrou a sua campanha no centro (37 compromissos ou 35,9% da agenda), onde teve melhor desempenho no primeiro turno. Apesar de não ter vencido em nenhuma das zonas eleitorais, obteve uma de suas melhores votações na Bela Vista (29,6%), além de Pinheiros (31,9%), na zona oeste. Entre as agendas, participou de panfletaço no Museu de Arte de São Paulo (Masp). No centro histórico, organizou edições do seu “Se vira nos 50”, em que pedestres podem fazer perguntas ao candidato, que tem até 50 segundos para respondê-las.

Guilherme Boulos (PSOL) durante campanha em Heliópolis. Foto: Matheus Lara/Estadão

Na zona sul, onde Boulos mora no bairro do Campo Limpo, o candidato organizou 28 eventos (27,2%). Bem menos que na região oeste, onde foram8 (7,8%).

Público

Na agenda de Covas, se destacam visitas a shoppings centers: foram seis deles, principalmente nas zonas norte e leste. O setor foi um dos primeiros a serem liberados no regime de flexibilização de restrições da pandemia, antes mesmo de parques municipais. Boulos não esteve em nenhum. O candidato do PSOL incluiu uma visita à aldeia Jaraguá Guarani, no extremo da zona norte, e um evento com o setor cultural no Teatro Oficina, no Bixiga. 

Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Boulos também esteve em mais favelas e ocupações - foram pelo menos oito delas, como Heliópolis, Vietnã e a ocupação Jardim Julieta.

O prefeito, por sua vez, visitou bairros nos extremos, dando destaque às ruas de comércio e áreas próximas a hospitais e obras da Prefeitura. Também é possível destacar da agenda de Covas as pausas para um café. Foram incluídas 24 delas, com duração de cerca de 15 minutos, entre um compromisso e outro. Um hábito que repete de seu companheiro de partido, Geraldo Alckmin, em campanhas passadas. Este número, porém, não entrou na contagem do Estadão.

Os "recordes" de quilômetros rodados pelos candidatos num único dia são semelhantes. Em 15 de outubro, Covas rodou pelo menos 53 quilômetros entre os cinco eventos que marcou para o dia: uma missa na Catedral da Sé; uma visita a eleitora no Jardim Vila Formosa, na zona leste; a primeira sabatina do Estadão, realizada de forma virtual; um encontro com o bispo d. José Negri, em Santo Amaro; e um encontro com representantes de escolas de samba na sede da Mancha Verde, na Barra Funda. 

No dia 9 de outubro, Boulos chegou a percorrer pelo menos 52 quilômetros entre os seus compromissos - foi a primeira versão do “24 horas com Boulos”, na qual o candidato transmitiu o seu dia nas redes sociais. Primeiro o lançamento de seu programa de renda solidária, no centro; depois um edição do “Se vira nos 50”, na rua 15 de Novembro, também no centro; uma roda de conversas com mulheres no Jardim Helian, na zona leste; e, por fim, uma visita à comunidade Vietnã, na região sul.

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