RIO DE JANEIRO - O ex-governador de São Paulo e candidato do PSDB à Presidência da República nas eleições 2018, Geraldo Alckmin, descartou na manhã desta quinta-feira, 4, em entrevista à Rádio Tupi, uma coligação para enfrentar a polarização Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PSDB) para a Presidência da República. Ao comentar a sugestão do candidato do PDT, Ciro Gomes, de unir as candidaturas com o ex-governador paulista e Marina Silva, da Rede, o tucano usou de ironia. Alckmin disse também que teme a piora da crise econômica no País em uma eventual vitória de Bolsonaro.
"Na verdade nenhum candidato vai deixar de ser candidato. O eleitor é quem decide", disse Alckmin. "Acho ótima (a sugestão), nós queremos receber o apoio do Ciro e da Marina." Questionado se no segundo turno poderia haver uma união de forças, Alckmin também se esquivou. "Nós vamos para o segundo turno, a eleição é só no domingo, Você tem na espontânea 20% de pessoas que ainda não escolheram candidatos", afirmou.
Sobre a expectativa em relação ao último debate da campanha na TV, que será realizado na noite desta quinta, Alckmin se disse tranquilo e que vai tentar levar as propostas que tem para o Brasil. "A expectativa é boa, é o debate que encerra a campanha, portanto um debate importantíssimo, com grande atenção dos eleitores, vamos levar nossas propostas, nosso convencimento, pedir o voto para o 45", disse.
Para tucano, extremismo não é a solução
Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto. De acordo com o último levantamento, feito por Ibope/Estado/TV Globo, o candidato do PSL está com 32% das intenções de voto, seguido por Fernando Haddad, do PT, com 23%; os líderes ampliaram a vantagem sobre bloco inferior e dados indicam 2º turno entre eles, enquanto o candidato tucano não ultrapassou os dois dígitos e aparece com 7%. Alckmin afirmou que as posições extremistas como as de Bolsonaro não são a solução, e quem assumir a Presidência terá que fazer o mais rápido possível as reformas necessárias para o País voltar a atrair investimentos. “Política a gente faz com convicção. Desde o começo não mudei e venho dizendo que não é o caminho dos extremos, a economia não vai se recuperar na velocidade que precisa com extremos. Quem for eleito vai subir o morro com chuva e lata d’água na cabeça”, explicou, dizendo que a prioridade é fazer as reformas da Previdência, política e fiscal.