Presidente nacional do PSDB e pré-candidato à Presidência, o ex-governador Geraldo Alckmin vai limitar a 30% do teto de gastos das campanhas estaduais o valor do repasse do Fundo Especial de Financiamento de Campanha – o chamado fundo eleitoral – para os 13 candidatos a governador da sigla nas eleições 2018.
A medida, que será tema de uma reunião nesta terça-feira, 26, da executiva nacional do PSDB, em Brasília, desagradou aos aliados do ex-prefeito João Doria, pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
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“São Paulo devia receber um valor proporcional à sua população. O Estado precisa de mais dinheiro que o Acre. Nesse pacote, os (deputados) estaduais não recebem nada. Estamos brigando para eles receberem também”, disse o deputado estadual Pedro Tobias, presidente estadual do PSDB-SP.
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As conversas sobre os repasses do fundo entre Alckmin e os tucanos paulistas têm sido tensas. Segundo interlocutores do ex-governador, a expectativa era de que o ex-prefeito bancasse a maior parte dos custos de sua campanha, já que teria recursos pessoais para isso.
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O teto de gastos em São Paulo é de R$ 22 milhões. Por este cálculo, Doria receberia R$ 6,6 milhões, valor considerado insuficiente pela equipe do ex-prefeito.
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Na campanha à reeleição ao governo em 2014, por exemplo, Alckmin arrecadou R$ 40.394.953 e gastou R$ 40.394.332. A estimativa de integrantes da equipe de Doria é que uma campanha competitiva em São Paulo seria inviável com menos de R$ 20 milhões.
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O ex-prefeito formou uma aliança partidária que lhe garantirá o maior de tempo de TV no horário eleitoral gratuito. Na prática, isso implica um alto custo com comunicação.
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A justificativa no entorno de Alckmin para a redução no valor do repasse aos Estados foi a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que as campanhas de mulheres deverão receber pelo menos 30% do volume total de recursos do fundo eleitoral – R$ 1,7 bilhão de dinheiro público.