Aliado de Bolsonaro quer ‘ascensão à la Collor’ do deputado nas eleições


Um dos colaboradores de seu programa de governo, produtor rural Frederico d’Avila acredita que o militar atrairá lideranças sem negociar cargos e diz que o povo cansou das 'mesmas caras batidas'

Por Renata Agostini

A ordem no quartel de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) é seguir o líder. Um dos colaboradores de seu programa de governo, o produtor rural Frederico d’Avila reforça o discurso de que alianças partidárias não são assim tão importantes para a campanha do deputado, que ouviu um não do PR, outro não do nanico PRP e permanece sem vice em sua chapa. “Bolsonaro não está isolado”, defende d’Avila, que se filiou recentemente ao partido de Bolsonaro e tentará se eleger deputado estadual em São Paulo.

O aliado torce pela ascensão de Bolsonaro à ‘la Collor’ – em referência ao ex-presidente Fernando Collor que se elegeu por um partido nanico em 1989 - , mas não vê risco de semelhante desfecho político para o deputado. Ele acredita que, uma vez eleito, Bolsonaro atrairá lideranças partidárias sem negociar cargos, ministérios ou benefícios. “Existe um negócio que se chama aderência de popularidade. Com a força do empuxo que ele chegar, o parlamento vai querer se aproximar dele”, explica. “É natural”.

“Com o PR, o que ele queria era o Magno Malta. No PRP, era o general Heleno. Nem agregaria tempo de TV, porque o PRP é ainda menor que o PSL”, afirma o produtor, que é diretor da Sociedade Rural Brasileira e vice-presidente da Aprosoja.

continua após a publicidade

Segundo ele, "não há problema algum em lançar chapa puro-sangue" para a presidência. O problema é que, até agora, nem essa composição está acertada. Terceira opção para a vice de Bolsonaro, a advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma, que se uniu aos quadros do PSL há dois meses, titubeou diante do convite, fez um discurso que não agradou os seguidores do deputado na convenção do partido e azedou os planos de parceria.

Para manter o ânimo em alta, d´Avila mira no precedente de Fernando Collor, que se elegeu presidente sendo de um partido inexpressivo, o Partido da Reconstrução Nacional (PRN) - que antes era Partido da Juventude (PJ) e hoje é Partido Trabalhista Cristão (PTC). O produtor lembra que ele enfrentou nomes de peso naquele ano e, mesmo assim, levou a eleição. Collor sofreu impeachment em 1992. 

Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência Foto: Dida Sampaio/Estadão
continua após a publicidade

A ideia de Bolsonaro não era ir sozinho com seu pequeno partido. O deputado, que lidera as pesquisas de intenção de voto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato, esforçou-se para levar o PR, de Valdemar Costa Neto, para sua chapa, mas o partido migrou para a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) juntamente com outras siglas do chamado Centrão: DEM, PP, SD e PRB.

“Ninguém que quer esquema quer ir com o Bolsonaro. Quem quer loteamento do governo, boquinha, bocona, esse tipo de coisa aí, não vai querer fechar acordo com ele”, defende. D’Avila, que foi assessor especial de Alckmin no governo de São Paulo e militou ao lado do tucano por anos, diz que a aliança dessas siglas com o PSDB é “a maior prova de que ninguém quer mudar o status quo”. Segundo ele, Bolsonaro não está interessado em acerto prévio de cargos.

“O loteamento do governo entre sesmarias partidárias é a prova de que não existe nenhum compromisso com o interesse público e sim com os donos dos feudos políticos”, diz o produtor, que é irmão do coordenador de comunicação da pré-campanha de Alckmin, o cientista político Luiz Felipe d’Avila. 

continua após a publicidade

Frederico desertou do grupo de Alckmin em abril com críticas sobre a atuação e os posicionamentos do tucano. Para ele, o pré-candidato do PSDB é muito leniente com o MST e com “esquerdistas”. Já Bolsonaro é firme, diz. “O que ele quer dizer quando fala que só não vai fazer pacto com o diabo? É que não vai fazer acerto com a corrupção, com socialista e com comunista. Esse é o diabo”, resume. 

A ausência de tempo de TV - se não fechar coligações, Bolsonaro terá apenas alguns segundos no programa eleitoral obrigatório - ou de palanques regionais não abala o otimismo no novo aliado de Bolsonaro. “O mundo está farto do establishment. O povo não quer ver as mesmas caras batidas”, afirma. Ele diz que as pessoas “estão sendo tocadas” pelo discurso e pelas ideias de Bolsonaro. Quais sejam: não é “vaselina”, passa longe do politicamente correto e tem posições firmes em relação à segurança e à corrupção. "Quem fala mal dele é porque ainda não o conhece", diz.

A ordem no quartel de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) é seguir o líder. Um dos colaboradores de seu programa de governo, o produtor rural Frederico d’Avila reforça o discurso de que alianças partidárias não são assim tão importantes para a campanha do deputado, que ouviu um não do PR, outro não do nanico PRP e permanece sem vice em sua chapa. “Bolsonaro não está isolado”, defende d’Avila, que se filiou recentemente ao partido de Bolsonaro e tentará se eleger deputado estadual em São Paulo.

O aliado torce pela ascensão de Bolsonaro à ‘la Collor’ – em referência ao ex-presidente Fernando Collor que se elegeu por um partido nanico em 1989 - , mas não vê risco de semelhante desfecho político para o deputado. Ele acredita que, uma vez eleito, Bolsonaro atrairá lideranças partidárias sem negociar cargos, ministérios ou benefícios. “Existe um negócio que se chama aderência de popularidade. Com a força do empuxo que ele chegar, o parlamento vai querer se aproximar dele”, explica. “É natural”.

“Com o PR, o que ele queria era o Magno Malta. No PRP, era o general Heleno. Nem agregaria tempo de TV, porque o PRP é ainda menor que o PSL”, afirma o produtor, que é diretor da Sociedade Rural Brasileira e vice-presidente da Aprosoja.

Segundo ele, "não há problema algum em lançar chapa puro-sangue" para a presidência. O problema é que, até agora, nem essa composição está acertada. Terceira opção para a vice de Bolsonaro, a advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma, que se uniu aos quadros do PSL há dois meses, titubeou diante do convite, fez um discurso que não agradou os seguidores do deputado na convenção do partido e azedou os planos de parceria.

Para manter o ânimo em alta, d´Avila mira no precedente de Fernando Collor, que se elegeu presidente sendo de um partido inexpressivo, o Partido da Reconstrução Nacional (PRN) - que antes era Partido da Juventude (PJ) e hoje é Partido Trabalhista Cristão (PTC). O produtor lembra que ele enfrentou nomes de peso naquele ano e, mesmo assim, levou a eleição. Collor sofreu impeachment em 1992. 

Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência Foto: Dida Sampaio/Estadão

A ideia de Bolsonaro não era ir sozinho com seu pequeno partido. O deputado, que lidera as pesquisas de intenção de voto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato, esforçou-se para levar o PR, de Valdemar Costa Neto, para sua chapa, mas o partido migrou para a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) juntamente com outras siglas do chamado Centrão: DEM, PP, SD e PRB.

“Ninguém que quer esquema quer ir com o Bolsonaro. Quem quer loteamento do governo, boquinha, bocona, esse tipo de coisa aí, não vai querer fechar acordo com ele”, defende. D’Avila, que foi assessor especial de Alckmin no governo de São Paulo e militou ao lado do tucano por anos, diz que a aliança dessas siglas com o PSDB é “a maior prova de que ninguém quer mudar o status quo”. Segundo ele, Bolsonaro não está interessado em acerto prévio de cargos.

“O loteamento do governo entre sesmarias partidárias é a prova de que não existe nenhum compromisso com o interesse público e sim com os donos dos feudos políticos”, diz o produtor, que é irmão do coordenador de comunicação da pré-campanha de Alckmin, o cientista político Luiz Felipe d’Avila. 

Frederico desertou do grupo de Alckmin em abril com críticas sobre a atuação e os posicionamentos do tucano. Para ele, o pré-candidato do PSDB é muito leniente com o MST e com “esquerdistas”. Já Bolsonaro é firme, diz. “O que ele quer dizer quando fala que só não vai fazer pacto com o diabo? É que não vai fazer acerto com a corrupção, com socialista e com comunista. Esse é o diabo”, resume. 

A ausência de tempo de TV - se não fechar coligações, Bolsonaro terá apenas alguns segundos no programa eleitoral obrigatório - ou de palanques regionais não abala o otimismo no novo aliado de Bolsonaro. “O mundo está farto do establishment. O povo não quer ver as mesmas caras batidas”, afirma. Ele diz que as pessoas “estão sendo tocadas” pelo discurso e pelas ideias de Bolsonaro. Quais sejam: não é “vaselina”, passa longe do politicamente correto e tem posições firmes em relação à segurança e à corrupção. "Quem fala mal dele é porque ainda não o conhece", diz.

A ordem no quartel de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) é seguir o líder. Um dos colaboradores de seu programa de governo, o produtor rural Frederico d’Avila reforça o discurso de que alianças partidárias não são assim tão importantes para a campanha do deputado, que ouviu um não do PR, outro não do nanico PRP e permanece sem vice em sua chapa. “Bolsonaro não está isolado”, defende d’Avila, que se filiou recentemente ao partido de Bolsonaro e tentará se eleger deputado estadual em São Paulo.

O aliado torce pela ascensão de Bolsonaro à ‘la Collor’ – em referência ao ex-presidente Fernando Collor que se elegeu por um partido nanico em 1989 - , mas não vê risco de semelhante desfecho político para o deputado. Ele acredita que, uma vez eleito, Bolsonaro atrairá lideranças partidárias sem negociar cargos, ministérios ou benefícios. “Existe um negócio que se chama aderência de popularidade. Com a força do empuxo que ele chegar, o parlamento vai querer se aproximar dele”, explica. “É natural”.

“Com o PR, o que ele queria era o Magno Malta. No PRP, era o general Heleno. Nem agregaria tempo de TV, porque o PRP é ainda menor que o PSL”, afirma o produtor, que é diretor da Sociedade Rural Brasileira e vice-presidente da Aprosoja.

Segundo ele, "não há problema algum em lançar chapa puro-sangue" para a presidência. O problema é que, até agora, nem essa composição está acertada. Terceira opção para a vice de Bolsonaro, a advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma, que se uniu aos quadros do PSL há dois meses, titubeou diante do convite, fez um discurso que não agradou os seguidores do deputado na convenção do partido e azedou os planos de parceria.

Para manter o ânimo em alta, d´Avila mira no precedente de Fernando Collor, que se elegeu presidente sendo de um partido inexpressivo, o Partido da Reconstrução Nacional (PRN) - que antes era Partido da Juventude (PJ) e hoje é Partido Trabalhista Cristão (PTC). O produtor lembra que ele enfrentou nomes de peso naquele ano e, mesmo assim, levou a eleição. Collor sofreu impeachment em 1992. 

Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência Foto: Dida Sampaio/Estadão

A ideia de Bolsonaro não era ir sozinho com seu pequeno partido. O deputado, que lidera as pesquisas de intenção de voto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato, esforçou-se para levar o PR, de Valdemar Costa Neto, para sua chapa, mas o partido migrou para a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) juntamente com outras siglas do chamado Centrão: DEM, PP, SD e PRB.

“Ninguém que quer esquema quer ir com o Bolsonaro. Quem quer loteamento do governo, boquinha, bocona, esse tipo de coisa aí, não vai querer fechar acordo com ele”, defende. D’Avila, que foi assessor especial de Alckmin no governo de São Paulo e militou ao lado do tucano por anos, diz que a aliança dessas siglas com o PSDB é “a maior prova de que ninguém quer mudar o status quo”. Segundo ele, Bolsonaro não está interessado em acerto prévio de cargos.

“O loteamento do governo entre sesmarias partidárias é a prova de que não existe nenhum compromisso com o interesse público e sim com os donos dos feudos políticos”, diz o produtor, que é irmão do coordenador de comunicação da pré-campanha de Alckmin, o cientista político Luiz Felipe d’Avila. 

Frederico desertou do grupo de Alckmin em abril com críticas sobre a atuação e os posicionamentos do tucano. Para ele, o pré-candidato do PSDB é muito leniente com o MST e com “esquerdistas”. Já Bolsonaro é firme, diz. “O que ele quer dizer quando fala que só não vai fazer pacto com o diabo? É que não vai fazer acerto com a corrupção, com socialista e com comunista. Esse é o diabo”, resume. 

A ausência de tempo de TV - se não fechar coligações, Bolsonaro terá apenas alguns segundos no programa eleitoral obrigatório - ou de palanques regionais não abala o otimismo no novo aliado de Bolsonaro. “O mundo está farto do establishment. O povo não quer ver as mesmas caras batidas”, afirma. Ele diz que as pessoas “estão sendo tocadas” pelo discurso e pelas ideias de Bolsonaro. Quais sejam: não é “vaselina”, passa longe do politicamente correto e tem posições firmes em relação à segurança e à corrupção. "Quem fala mal dele é porque ainda não o conhece", diz.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.