Apagão pauta disputa eleitoral no Amapá; Justiça mantém data da votação


Autoridades apostam no uso de baterias sobressalentes para as urnas eletrônicas e Ministério fala em concentrar a apuração nos locais com energia

Por Fernanda Boldrin
Atualização:

A possibilidade de adiar as eleições municipais no Amapá por causa do apagão que atingiu o Estado foi descartada pela Justiça Eleitoral. No momento, autoridades afirmam que o pleito está mantido em todos os municípios, inclusive com baterias sobressalentes para as urnas eletrônicas. Candidatos de oposição à Prefeitura da capital dizem que, embora o cronograma da disputa siga inalterado, os acontecimentos recentes devem pesar na hora do voto. 

População do Amapá está com fornecimento de energia e água afetados desde terça-feira, 3 Foto: Dida Sampaio/Estadão
continua após a publicidade

O apagão teve início na noite de terça-feira, 3, quando um raio atingiu uma subestação de Macapá e afetou a distribuição de energia de ao menos 13 municípios. Mais de uma semana depois, o problema persiste diante da falta de restabelecimento total do fornecimento de luz, que afeta também o abastecimento de água e causa dificuldades crescentes para a população local. 

Como mostrou o Estadão, a energia cai a todo momento na periferia da capital, e moradores reclamam que o rodízio no abastecimento não funciona como propaga o governo. Mesmo assim, autoridades optaram pela manutenção da data do pleito, e dizem contar com as condições necessárias para que a eleição seja viabilizada. 

Apagão no Amapá provocou desabastecimento de água Foto: Dida Sampaio/Estadão
continua após a publicidade

A reportagem procurou o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), que disse em nota que “está tudo sob controle” e que “a companhia de Energia do Estado do Amapá garantiu o funcionamento e distribuição de energia elétrica para todo Estado.” “Em Macapá e Santana (maiores colégios eleitorais), havendo racionamento, não será o suficiente para comprometer o funcionamento da seção eleitoral”, afirma o tribunal, que garante que as seções eleitorais vão funcionar mesmo com eventual racionamento de energia.

Para viabilizar a votação, o TRE-AP conta com 1,2 mil baterias novas de urnas eletrônicas que foram cedidas pelo TSE. De acordo com o órgão, as baterias duram, em média, 10 horas. “Considerando as baterias já existentes nas urnas e as extras, isso permitirá que as urnas funcionem durante o processo de votação, que será das 7h às 17h no horário local”, diz o tribunal. Segundo o Ministério de Minas e Energia, as ações para garantir que a votação ocorra no Amapá estão sendo articuladas pela Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) com o TRE-AP, e envolvem "o fornecimento de energia 24h para as cidades do interior, rodízio de 6h para capital e região metropolitana, fornecimento de baterias e concentração das apurações em locais com energia no cronograma do rodízio."

A manutenção do pleito foi reforçada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. Em vídeo divulgado nesta segunda, o ministro afirma que se reuniu com o presidente do TRE-AP, desembargador Rommel Araújo, que também “assegurou que tem plenas condições de realização das eleições". “Eu gostaria de convocar todos os eleitores do Amapá a comparecerem às urnas", conclui Barroso. 

continua após a publicidade

Disputa

Candidato a prefeito de Macapá, Dr. Furlan (Cidadania) diz que, como houve posicionamento da Justiça, as eleições estão mantidas. “Com o posicionamento do ministro (Luís Roberto Barroso), a gente não tem que mais tocar neste assunto, tem que realizar as eleições.”

Furlan afirma, no entanto, que “o apagão clareou a população”. “Mostrou que as coisas que se diziam que estavam sob controle não estão”, diz ele, em referência à atual gestão da cidade, comandada por Clécio Luis Vieira (sem partido). “Se São Paulo tivesse passado cinco dias sem luz, água e comunicação, vocês teriam derrubado até o presidente da República. Aqui, o nosso povo está sofrendo muito.”

continua após a publicidade

Nesse cenário, quem entrou na mira das críticas foi o candidato Josiel Alcolumbre (DEM), que tem apoio da gestão atual da cidade e também do governador Waldez Góes (PDT).Irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), Josiel segue na liderança de intenção de voto em Macapá, segundo o mais recente levantamento Ibope. A pesquisa foi publicada em 28 de outubro, antes do apagão. 

Nas redes sociais, ao compartilhar um vídeo sobre a situação do Amapá, a candidata à Prefeitura Patrícia Ferraz (Pode) foi outra que não poupou críticas. “Até quando vamos deixar que nos tirem a dignidade? O apagão tem nome e sobrenome. Você sabe quais são. Não vote neles”, escreveu. A reportagem procura contato com o candidato Josiel Alcolumbre.

A possibilidade de adiar as eleições municipais no Amapá por causa do apagão que atingiu o Estado foi descartada pela Justiça Eleitoral. No momento, autoridades afirmam que o pleito está mantido em todos os municípios, inclusive com baterias sobressalentes para as urnas eletrônicas. Candidatos de oposição à Prefeitura da capital dizem que, embora o cronograma da disputa siga inalterado, os acontecimentos recentes devem pesar na hora do voto. 

População do Amapá está com fornecimento de energia e água afetados desde terça-feira, 3 Foto: Dida Sampaio/Estadão

O apagão teve início na noite de terça-feira, 3, quando um raio atingiu uma subestação de Macapá e afetou a distribuição de energia de ao menos 13 municípios. Mais de uma semana depois, o problema persiste diante da falta de restabelecimento total do fornecimento de luz, que afeta também o abastecimento de água e causa dificuldades crescentes para a população local. 

Como mostrou o Estadão, a energia cai a todo momento na periferia da capital, e moradores reclamam que o rodízio no abastecimento não funciona como propaga o governo. Mesmo assim, autoridades optaram pela manutenção da data do pleito, e dizem contar com as condições necessárias para que a eleição seja viabilizada. 

Apagão no Amapá provocou desabastecimento de água Foto: Dida Sampaio/Estadão

A reportagem procurou o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), que disse em nota que “está tudo sob controle” e que “a companhia de Energia do Estado do Amapá garantiu o funcionamento e distribuição de energia elétrica para todo Estado.” “Em Macapá e Santana (maiores colégios eleitorais), havendo racionamento, não será o suficiente para comprometer o funcionamento da seção eleitoral”, afirma o tribunal, que garante que as seções eleitorais vão funcionar mesmo com eventual racionamento de energia.

Para viabilizar a votação, o TRE-AP conta com 1,2 mil baterias novas de urnas eletrônicas que foram cedidas pelo TSE. De acordo com o órgão, as baterias duram, em média, 10 horas. “Considerando as baterias já existentes nas urnas e as extras, isso permitirá que as urnas funcionem durante o processo de votação, que será das 7h às 17h no horário local”, diz o tribunal. Segundo o Ministério de Minas e Energia, as ações para garantir que a votação ocorra no Amapá estão sendo articuladas pela Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) com o TRE-AP, e envolvem "o fornecimento de energia 24h para as cidades do interior, rodízio de 6h para capital e região metropolitana, fornecimento de baterias e concentração das apurações em locais com energia no cronograma do rodízio."

A manutenção do pleito foi reforçada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. Em vídeo divulgado nesta segunda, o ministro afirma que se reuniu com o presidente do TRE-AP, desembargador Rommel Araújo, que também “assegurou que tem plenas condições de realização das eleições". “Eu gostaria de convocar todos os eleitores do Amapá a comparecerem às urnas", conclui Barroso. 

Disputa

Candidato a prefeito de Macapá, Dr. Furlan (Cidadania) diz que, como houve posicionamento da Justiça, as eleições estão mantidas. “Com o posicionamento do ministro (Luís Roberto Barroso), a gente não tem que mais tocar neste assunto, tem que realizar as eleições.”

Furlan afirma, no entanto, que “o apagão clareou a população”. “Mostrou que as coisas que se diziam que estavam sob controle não estão”, diz ele, em referência à atual gestão da cidade, comandada por Clécio Luis Vieira (sem partido). “Se São Paulo tivesse passado cinco dias sem luz, água e comunicação, vocês teriam derrubado até o presidente da República. Aqui, o nosso povo está sofrendo muito.”

Nesse cenário, quem entrou na mira das críticas foi o candidato Josiel Alcolumbre (DEM), que tem apoio da gestão atual da cidade e também do governador Waldez Góes (PDT).Irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), Josiel segue na liderança de intenção de voto em Macapá, segundo o mais recente levantamento Ibope. A pesquisa foi publicada em 28 de outubro, antes do apagão. 

Nas redes sociais, ao compartilhar um vídeo sobre a situação do Amapá, a candidata à Prefeitura Patrícia Ferraz (Pode) foi outra que não poupou críticas. “Até quando vamos deixar que nos tirem a dignidade? O apagão tem nome e sobrenome. Você sabe quais são. Não vote neles”, escreveu. A reportagem procura contato com o candidato Josiel Alcolumbre.

A possibilidade de adiar as eleições municipais no Amapá por causa do apagão que atingiu o Estado foi descartada pela Justiça Eleitoral. No momento, autoridades afirmam que o pleito está mantido em todos os municípios, inclusive com baterias sobressalentes para as urnas eletrônicas. Candidatos de oposição à Prefeitura da capital dizem que, embora o cronograma da disputa siga inalterado, os acontecimentos recentes devem pesar na hora do voto. 

População do Amapá está com fornecimento de energia e água afetados desde terça-feira, 3 Foto: Dida Sampaio/Estadão

O apagão teve início na noite de terça-feira, 3, quando um raio atingiu uma subestação de Macapá e afetou a distribuição de energia de ao menos 13 municípios. Mais de uma semana depois, o problema persiste diante da falta de restabelecimento total do fornecimento de luz, que afeta também o abastecimento de água e causa dificuldades crescentes para a população local. 

Como mostrou o Estadão, a energia cai a todo momento na periferia da capital, e moradores reclamam que o rodízio no abastecimento não funciona como propaga o governo. Mesmo assim, autoridades optaram pela manutenção da data do pleito, e dizem contar com as condições necessárias para que a eleição seja viabilizada. 

Apagão no Amapá provocou desabastecimento de água Foto: Dida Sampaio/Estadão

A reportagem procurou o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), que disse em nota que “está tudo sob controle” e que “a companhia de Energia do Estado do Amapá garantiu o funcionamento e distribuição de energia elétrica para todo Estado.” “Em Macapá e Santana (maiores colégios eleitorais), havendo racionamento, não será o suficiente para comprometer o funcionamento da seção eleitoral”, afirma o tribunal, que garante que as seções eleitorais vão funcionar mesmo com eventual racionamento de energia.

Para viabilizar a votação, o TRE-AP conta com 1,2 mil baterias novas de urnas eletrônicas que foram cedidas pelo TSE. De acordo com o órgão, as baterias duram, em média, 10 horas. “Considerando as baterias já existentes nas urnas e as extras, isso permitirá que as urnas funcionem durante o processo de votação, que será das 7h às 17h no horário local”, diz o tribunal. Segundo o Ministério de Minas e Energia, as ações para garantir que a votação ocorra no Amapá estão sendo articuladas pela Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) com o TRE-AP, e envolvem "o fornecimento de energia 24h para as cidades do interior, rodízio de 6h para capital e região metropolitana, fornecimento de baterias e concentração das apurações em locais com energia no cronograma do rodízio."

A manutenção do pleito foi reforçada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. Em vídeo divulgado nesta segunda, o ministro afirma que se reuniu com o presidente do TRE-AP, desembargador Rommel Araújo, que também “assegurou que tem plenas condições de realização das eleições". “Eu gostaria de convocar todos os eleitores do Amapá a comparecerem às urnas", conclui Barroso. 

Disputa

Candidato a prefeito de Macapá, Dr. Furlan (Cidadania) diz que, como houve posicionamento da Justiça, as eleições estão mantidas. “Com o posicionamento do ministro (Luís Roberto Barroso), a gente não tem que mais tocar neste assunto, tem que realizar as eleições.”

Furlan afirma, no entanto, que “o apagão clareou a população”. “Mostrou que as coisas que se diziam que estavam sob controle não estão”, diz ele, em referência à atual gestão da cidade, comandada por Clécio Luis Vieira (sem partido). “Se São Paulo tivesse passado cinco dias sem luz, água e comunicação, vocês teriam derrubado até o presidente da República. Aqui, o nosso povo está sofrendo muito.”

Nesse cenário, quem entrou na mira das críticas foi o candidato Josiel Alcolumbre (DEM), que tem apoio da gestão atual da cidade e também do governador Waldez Góes (PDT).Irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), Josiel segue na liderança de intenção de voto em Macapá, segundo o mais recente levantamento Ibope. A pesquisa foi publicada em 28 de outubro, antes do apagão. 

Nas redes sociais, ao compartilhar um vídeo sobre a situação do Amapá, a candidata à Prefeitura Patrícia Ferraz (Pode) foi outra que não poupou críticas. “Até quando vamos deixar que nos tirem a dignidade? O apagão tem nome e sobrenome. Você sabe quais são. Não vote neles”, escreveu. A reportagem procura contato com o candidato Josiel Alcolumbre.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.