O presidente da República Jair Bolsonaro e o candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (Republicanos) afirmaram juntos nesta segunda-feira, dia 5, que o presidente da República vai participar da campanha eleitoral já no primeiro turno. Ambos disseram que a decisão ocorre em reação a uma "frente anti-Bolsonaro" encabeçada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) e o governador João Doria (PSDB).
E não é só Bolsonaro quem entrou na campanha. O secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, está colaborando com a equipe de comunicação de do candidato. O objetivo, segundo fontes do Planalto, é dar mais celeridade à campanha de Russomanno, último dos nomes a ser confirmado na disputa paulista. Até o final de semana o candidato não tinha nem sequer uma identidade visual para a disputa.
"Eu não pretendia entrar nas decisões de eleições municipais, mas Celso Russomanno é um amigo de velha data e estou pronto pra ajudar no que for preciso", disse Bolsonaro nesta segunda-feira. Nos últimos meses, o mandatário vinha dizendo que só participaria da campanha no segundo turno. Depois, disse que tinha candidato em São Paulo, Santos e Amazonas.
Além de Bolsonaro e Wajngarten, os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) também estiveram no encontro.
"O que é triste é eles terem armado uma frente pra combater o presidente Bolsonaro usando a Prefeitura inclusive pra fazer esse tipo de coisa. É muito triste. Não é assim que se faz política. Então essa frente que eles estão criando pra combater o presidente não vai dar absolutamente em nada. Pode ter certeza disso", afirmou Russomanno à imprensa no aeroporto de Congonhas, onde encontrou Bolsonaro.
Depois das declarações do presidente, Russomano afirmou que obteve o apoio para, caso eleito, implementar sua promessa do auxílio emergencial paulistano, uma ajuda que seria pago a cidadãos paulistanos que hoje recebem o auxílio emergencial. Russomanno voltou a dizer que a ajuda financeira do governo federal virá na forma de renegociação da divida da cidade de São Paulo, um débito que já foi renegociado na gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) e que vem sendo pago em dia pela gestão Covas.
Perguntado sobre isso, Russomanno disse que vai reabrir as negociações mais uma vez.
Wajngarten vai trabalhar aos fins de semana
Wajngarten, que já participou de agendas de Russomanno na capital paulista e é amigo do candidato há mais de 15 anos, vai trabalhar junto com o marqueteiro da campanha, Elsinho Mouco. Segundo pessoas próximas ao secretário, Wajngarten vai trabalhar nos finais de semana e tem defendido o alinhamento automático do candidato ao presidente.
"Nada melhor para São Paulo do que o alinhamento com o governo federal", disse ele, segundo interlocutores.