Corrida presidencial reforça risco político para Petrobras; leia análise


A competição presidencial de 2022 deve oferecer ao público um amplo cardápio de visões de mundo sobre o papel do Estado na regulação econômica

Por Rafael Cortez

Há um ceticismo em parte da sociedade sobre a capacidade de as eleições presidenciais sinalizarem a real intenção dos diferentes candidatos acerca dos temas de governo. Os sinais emitidos ao longo da campanha seriam quase peça de ficção, dado que seriam promessas vazias, desenhadas apenas para agradar ao eleitor. Levado ao limite, acompanhar os sinais da campanha eleitoral seria de pouca utilidade para o entendimento das decisões de um futuro governo. Minha leitura é que essa visão estilizada menospreza o risco político para o mercado de óleo e gás e, por consequência, do papel da Petrobras.

A estrutura da competição presidencial de 2022 deve oferecer ao público um amplo cardápio de visões de mundo sobre o papel do Estado na regulação econômica. O mercado de óleo e gás e a Petrobras devem ocupar um lugar privilegiado no debate eleitoral. Esse cardápio de respostas deve trazer forte risco político para o setor diante do “cobertor curto” presente nas diferentes alternativas oferecidas.

O preço de combustíveis, por exemplo, é objeto de incontáveis propostas diante da tendência de aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais, potencializado pela desvalorização do real frente ao dólar. Da tributação à política de distribuição de dividendos da Petrobras, passando pela criação de um fundo de estabilização de preços, não faltam ideias pensadas para algum tipo de controle dos preços dos produtos da cadeia.

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Sede da Petrobras; modelo de gestão da estatal é um dos principais focos das campanhas Foto: Sergio Moraes/Reuters - 9/12/2019

Os sinais crescentes de instabilidade macroeconômica reforçam o peso político da regulação setorial como forma de conserto dos problemas mais caros ao sistema econômico. O combate à inflação é um dos campeões para justificar interferências em diferentes mercados em nome do “bem comum”. Essa preocupação é comum mesmo entre atores políticos defensores da privatização da Petrobras.

A tendência é de uma corrida entre os nomes ligados à centro-direita pelo status de candidatura liberal. A luta da terceira via é quase sinônimo de mobilização de um eleitorado que responde positivamente às mudanças no status da companhia.

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Há uma outra corrida subjacente à eleição presidencial, a saber: a corrida pelo combate à corrupção. A Petrobras deve ser uma ferramenta central entre os candidatos no campo da centro-direita como forma de desgaste ao ex-presidente Lula.

O risco do ativismo político é alto em cenário de instabilidade macroeconômica. As chances de emendas piores que o soneto são altas dados os diferentes objetivos dessa agenda. Os sinais vindos da campanha não são vazios.

*CIENTISTA POLÍTICO E SÓCIO DA TENDÊNCIAS CONSULTORIA

Há um ceticismo em parte da sociedade sobre a capacidade de as eleições presidenciais sinalizarem a real intenção dos diferentes candidatos acerca dos temas de governo. Os sinais emitidos ao longo da campanha seriam quase peça de ficção, dado que seriam promessas vazias, desenhadas apenas para agradar ao eleitor. Levado ao limite, acompanhar os sinais da campanha eleitoral seria de pouca utilidade para o entendimento das decisões de um futuro governo. Minha leitura é que essa visão estilizada menospreza o risco político para o mercado de óleo e gás e, por consequência, do papel da Petrobras.

A estrutura da competição presidencial de 2022 deve oferecer ao público um amplo cardápio de visões de mundo sobre o papel do Estado na regulação econômica. O mercado de óleo e gás e a Petrobras devem ocupar um lugar privilegiado no debate eleitoral. Esse cardápio de respostas deve trazer forte risco político para o setor diante do “cobertor curto” presente nas diferentes alternativas oferecidas.

O preço de combustíveis, por exemplo, é objeto de incontáveis propostas diante da tendência de aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais, potencializado pela desvalorização do real frente ao dólar. Da tributação à política de distribuição de dividendos da Petrobras, passando pela criação de um fundo de estabilização de preços, não faltam ideias pensadas para algum tipo de controle dos preços dos produtos da cadeia.

Sede da Petrobras; modelo de gestão da estatal é um dos principais focos das campanhas Foto: Sergio Moraes/Reuters - 9/12/2019

Os sinais crescentes de instabilidade macroeconômica reforçam o peso político da regulação setorial como forma de conserto dos problemas mais caros ao sistema econômico. O combate à inflação é um dos campeões para justificar interferências em diferentes mercados em nome do “bem comum”. Essa preocupação é comum mesmo entre atores políticos defensores da privatização da Petrobras.

A tendência é de uma corrida entre os nomes ligados à centro-direita pelo status de candidatura liberal. A luta da terceira via é quase sinônimo de mobilização de um eleitorado que responde positivamente às mudanças no status da companhia.

Há uma outra corrida subjacente à eleição presidencial, a saber: a corrida pelo combate à corrupção. A Petrobras deve ser uma ferramenta central entre os candidatos no campo da centro-direita como forma de desgaste ao ex-presidente Lula.

O risco do ativismo político é alto em cenário de instabilidade macroeconômica. As chances de emendas piores que o soneto são altas dados os diferentes objetivos dessa agenda. Os sinais vindos da campanha não são vazios.

*CIENTISTA POLÍTICO E SÓCIO DA TENDÊNCIAS CONSULTORIA

Há um ceticismo em parte da sociedade sobre a capacidade de as eleições presidenciais sinalizarem a real intenção dos diferentes candidatos acerca dos temas de governo. Os sinais emitidos ao longo da campanha seriam quase peça de ficção, dado que seriam promessas vazias, desenhadas apenas para agradar ao eleitor. Levado ao limite, acompanhar os sinais da campanha eleitoral seria de pouca utilidade para o entendimento das decisões de um futuro governo. Minha leitura é que essa visão estilizada menospreza o risco político para o mercado de óleo e gás e, por consequência, do papel da Petrobras.

A estrutura da competição presidencial de 2022 deve oferecer ao público um amplo cardápio de visões de mundo sobre o papel do Estado na regulação econômica. O mercado de óleo e gás e a Petrobras devem ocupar um lugar privilegiado no debate eleitoral. Esse cardápio de respostas deve trazer forte risco político para o setor diante do “cobertor curto” presente nas diferentes alternativas oferecidas.

O preço de combustíveis, por exemplo, é objeto de incontáveis propostas diante da tendência de aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais, potencializado pela desvalorização do real frente ao dólar. Da tributação à política de distribuição de dividendos da Petrobras, passando pela criação de um fundo de estabilização de preços, não faltam ideias pensadas para algum tipo de controle dos preços dos produtos da cadeia.

Sede da Petrobras; modelo de gestão da estatal é um dos principais focos das campanhas Foto: Sergio Moraes/Reuters - 9/12/2019

Os sinais crescentes de instabilidade macroeconômica reforçam o peso político da regulação setorial como forma de conserto dos problemas mais caros ao sistema econômico. O combate à inflação é um dos campeões para justificar interferências em diferentes mercados em nome do “bem comum”. Essa preocupação é comum mesmo entre atores políticos defensores da privatização da Petrobras.

A tendência é de uma corrida entre os nomes ligados à centro-direita pelo status de candidatura liberal. A luta da terceira via é quase sinônimo de mobilização de um eleitorado que responde positivamente às mudanças no status da companhia.

Há uma outra corrida subjacente à eleição presidencial, a saber: a corrida pelo combate à corrupção. A Petrobras deve ser uma ferramenta central entre os candidatos no campo da centro-direita como forma de desgaste ao ex-presidente Lula.

O risco do ativismo político é alto em cenário de instabilidade macroeconômica. As chances de emendas piores que o soneto são altas dados os diferentes objetivos dessa agenda. Os sinais vindos da campanha não são vazios.

*CIENTISTA POLÍTICO E SÓCIO DA TENDÊNCIAS CONSULTORIA

Há um ceticismo em parte da sociedade sobre a capacidade de as eleições presidenciais sinalizarem a real intenção dos diferentes candidatos acerca dos temas de governo. Os sinais emitidos ao longo da campanha seriam quase peça de ficção, dado que seriam promessas vazias, desenhadas apenas para agradar ao eleitor. Levado ao limite, acompanhar os sinais da campanha eleitoral seria de pouca utilidade para o entendimento das decisões de um futuro governo. Minha leitura é que essa visão estilizada menospreza o risco político para o mercado de óleo e gás e, por consequência, do papel da Petrobras.

A estrutura da competição presidencial de 2022 deve oferecer ao público um amplo cardápio de visões de mundo sobre o papel do Estado na regulação econômica. O mercado de óleo e gás e a Petrobras devem ocupar um lugar privilegiado no debate eleitoral. Esse cardápio de respostas deve trazer forte risco político para o setor diante do “cobertor curto” presente nas diferentes alternativas oferecidas.

O preço de combustíveis, por exemplo, é objeto de incontáveis propostas diante da tendência de aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais, potencializado pela desvalorização do real frente ao dólar. Da tributação à política de distribuição de dividendos da Petrobras, passando pela criação de um fundo de estabilização de preços, não faltam ideias pensadas para algum tipo de controle dos preços dos produtos da cadeia.

Sede da Petrobras; modelo de gestão da estatal é um dos principais focos das campanhas Foto: Sergio Moraes/Reuters - 9/12/2019

Os sinais crescentes de instabilidade macroeconômica reforçam o peso político da regulação setorial como forma de conserto dos problemas mais caros ao sistema econômico. O combate à inflação é um dos campeões para justificar interferências em diferentes mercados em nome do “bem comum”. Essa preocupação é comum mesmo entre atores políticos defensores da privatização da Petrobras.

A tendência é de uma corrida entre os nomes ligados à centro-direita pelo status de candidatura liberal. A luta da terceira via é quase sinônimo de mobilização de um eleitorado que responde positivamente às mudanças no status da companhia.

Há uma outra corrida subjacente à eleição presidencial, a saber: a corrida pelo combate à corrupção. A Petrobras deve ser uma ferramenta central entre os candidatos no campo da centro-direita como forma de desgaste ao ex-presidente Lula.

O risco do ativismo político é alto em cenário de instabilidade macroeconômica. As chances de emendas piores que o soneto são altas dados os diferentes objetivos dessa agenda. Os sinais vindos da campanha não são vazios.

*CIENTISTA POLÍTICO E SÓCIO DA TENDÊNCIAS CONSULTORIA

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