Custo por voto em São Paulo varia de R$ 0,21 a R$ 40


Valores entre as receitas arrecadadas pelas campanhas e a votação se referem aos eleitos para a Câmara Municipal e aos candidatos a prefeito em São Paulo que disputam 2º turno

Por Bruno Ribeiro

Cada voto obtido pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), candidato mais votado no primeiro turno destas eleições “custou” R$ 8,73, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse é o valor da razão entre a receita arrecadada pela campanha e os votos que ela obteve. É duas vezes e meia mais do que o adversário, Guilherme Boulos (PSOL), que teve um “custo” de R$ 3,67 por voto, mais baixo do que o de candidatos a vereadores. Em São Paulo, o custo por voto para ser eleito, neste ano, variou de R$ 0,21 até quase R$ 40. 

Quem foi mais “eficiente” nos gastos foi Marlon do Uber (Patriota), que investiu R$ 3 mil do próprio bolso na campanha e obteve outros R$ 2 mil com um financiamento coletivo. Youtuber com mais de 611 mil seguidores, não precisou mais do que isso para ser eleito. “Fizemos a campanha na nossa rede”, disse o vereador eleito ao Estadão, após se dizer surpreso por ter sido o que conseguiu pagar menos por cada voto. “Vou conversar com o meu contador”, afirmou.

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Urna eletrônica Foto: Romildo de Jesus|Futura Press

Na outra ponta está a vereadora Edir Sales (PSD), que investiu cerca de R$ 900 mil na campanha e obteve 23,1 mil votos (R$ 38,96 por voto). A vereadora está ininterruptamente na Câmara desde 2008 e tem forte atuação na zona leste. Por isso, foi uma das apostas do PSD, que lhe repassou R$ 700 mil do fundo eleitoral para viabilizar sua campanha. “Teve a questão da cota para mulheres também”, disse Edir, ao falar do repasse. “Neste ano, com quase 30% de abstenção, por causa da pandemia, todos os vereadores tiveram votação menor. Foi uma eleição muito difícil”, afirmou.

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O fato de ter sido o vereador mais votado, com mais de 130 mil votos, derrubou o custo de Eduardo Suplicy (PT): R$ 1,40. O vereador já havia obtido R$ 150 mil seu partido, que o tinha como o principal puxador de votos para a legenda – o que de fato ocorreu. Mas sua campanha arrecadou mais R$ 83 mil com doadores privados.

Executivo

Na disputa pela Prefeitura, duas candidaturas mais robustas financeiramente tiveram desempenho pior do que os que avançaram para o segundo turno. Joice Hasselmann (PSL) declarou receita de R$ 6 milhões e obteve 98,3 mil votos, ou R$ 61,67 por voto, o mais caro das eleições. Jilmar Tatto (PT), com 461 mil votos e uma receita de R$ 4,9 milhões, teve um custo de R$ 10,77 por voto, acima de Covas e Boulos.

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Mas nem todos os derrotados tiveram menos eficiência em converter recursos de campanha em votos. Arthur do Val (Patriota), que tinha como bandeira o não uso de verba pública na campanha, obteve mais votos do que Tatto gastando 19% do que obteve a campanha do petista.

E Celso Russomanno (Republicanos), que chegou a citar Jânio Quadros e dizer que sua campanha era “do tostão contra o milhão”, gastou R$ 2,75 para cada um dos 1,5 milhão de votos que obteve. Neste ano, a maior parte dos recursos disponíveis para as campanhas tem origem pública (R$ 2,6 bilhões dos fundos eleitoral e partidário).

Cada voto obtido pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), candidato mais votado no primeiro turno destas eleições “custou” R$ 8,73, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse é o valor da razão entre a receita arrecadada pela campanha e os votos que ela obteve. É duas vezes e meia mais do que o adversário, Guilherme Boulos (PSOL), que teve um “custo” de R$ 3,67 por voto, mais baixo do que o de candidatos a vereadores. Em São Paulo, o custo por voto para ser eleito, neste ano, variou de R$ 0,21 até quase R$ 40. 

Quem foi mais “eficiente” nos gastos foi Marlon do Uber (Patriota), que investiu R$ 3 mil do próprio bolso na campanha e obteve outros R$ 2 mil com um financiamento coletivo. Youtuber com mais de 611 mil seguidores, não precisou mais do que isso para ser eleito. “Fizemos a campanha na nossa rede”, disse o vereador eleito ao Estadão, após se dizer surpreso por ter sido o que conseguiu pagar menos por cada voto. “Vou conversar com o meu contador”, afirmou.

Urna eletrônica Foto: Romildo de Jesus|Futura Press

Na outra ponta está a vereadora Edir Sales (PSD), que investiu cerca de R$ 900 mil na campanha e obteve 23,1 mil votos (R$ 38,96 por voto). A vereadora está ininterruptamente na Câmara desde 2008 e tem forte atuação na zona leste. Por isso, foi uma das apostas do PSD, que lhe repassou R$ 700 mil do fundo eleitoral para viabilizar sua campanha. “Teve a questão da cota para mulheres também”, disse Edir, ao falar do repasse. “Neste ano, com quase 30% de abstenção, por causa da pandemia, todos os vereadores tiveram votação menor. Foi uma eleição muito difícil”, afirmou.

O fato de ter sido o vereador mais votado, com mais de 130 mil votos, derrubou o custo de Eduardo Suplicy (PT): R$ 1,40. O vereador já havia obtido R$ 150 mil seu partido, que o tinha como o principal puxador de votos para a legenda – o que de fato ocorreu. Mas sua campanha arrecadou mais R$ 83 mil com doadores privados.

Executivo

Na disputa pela Prefeitura, duas candidaturas mais robustas financeiramente tiveram desempenho pior do que os que avançaram para o segundo turno. Joice Hasselmann (PSL) declarou receita de R$ 6 milhões e obteve 98,3 mil votos, ou R$ 61,67 por voto, o mais caro das eleições. Jilmar Tatto (PT), com 461 mil votos e uma receita de R$ 4,9 milhões, teve um custo de R$ 10,77 por voto, acima de Covas e Boulos.

Mas nem todos os derrotados tiveram menos eficiência em converter recursos de campanha em votos. Arthur do Val (Patriota), que tinha como bandeira o não uso de verba pública na campanha, obteve mais votos do que Tatto gastando 19% do que obteve a campanha do petista.

E Celso Russomanno (Republicanos), que chegou a citar Jânio Quadros e dizer que sua campanha era “do tostão contra o milhão”, gastou R$ 2,75 para cada um dos 1,5 milhão de votos que obteve. Neste ano, a maior parte dos recursos disponíveis para as campanhas tem origem pública (R$ 2,6 bilhões dos fundos eleitoral e partidário).

Cada voto obtido pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), candidato mais votado no primeiro turno destas eleições “custou” R$ 8,73, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse é o valor da razão entre a receita arrecadada pela campanha e os votos que ela obteve. É duas vezes e meia mais do que o adversário, Guilherme Boulos (PSOL), que teve um “custo” de R$ 3,67 por voto, mais baixo do que o de candidatos a vereadores. Em São Paulo, o custo por voto para ser eleito, neste ano, variou de R$ 0,21 até quase R$ 40. 

Quem foi mais “eficiente” nos gastos foi Marlon do Uber (Patriota), que investiu R$ 3 mil do próprio bolso na campanha e obteve outros R$ 2 mil com um financiamento coletivo. Youtuber com mais de 611 mil seguidores, não precisou mais do que isso para ser eleito. “Fizemos a campanha na nossa rede”, disse o vereador eleito ao Estadão, após se dizer surpreso por ter sido o que conseguiu pagar menos por cada voto. “Vou conversar com o meu contador”, afirmou.

Urna eletrônica Foto: Romildo de Jesus|Futura Press

Na outra ponta está a vereadora Edir Sales (PSD), que investiu cerca de R$ 900 mil na campanha e obteve 23,1 mil votos (R$ 38,96 por voto). A vereadora está ininterruptamente na Câmara desde 2008 e tem forte atuação na zona leste. Por isso, foi uma das apostas do PSD, que lhe repassou R$ 700 mil do fundo eleitoral para viabilizar sua campanha. “Teve a questão da cota para mulheres também”, disse Edir, ao falar do repasse. “Neste ano, com quase 30% de abstenção, por causa da pandemia, todos os vereadores tiveram votação menor. Foi uma eleição muito difícil”, afirmou.

O fato de ter sido o vereador mais votado, com mais de 130 mil votos, derrubou o custo de Eduardo Suplicy (PT): R$ 1,40. O vereador já havia obtido R$ 150 mil seu partido, que o tinha como o principal puxador de votos para a legenda – o que de fato ocorreu. Mas sua campanha arrecadou mais R$ 83 mil com doadores privados.

Executivo

Na disputa pela Prefeitura, duas candidaturas mais robustas financeiramente tiveram desempenho pior do que os que avançaram para o segundo turno. Joice Hasselmann (PSL) declarou receita de R$ 6 milhões e obteve 98,3 mil votos, ou R$ 61,67 por voto, o mais caro das eleições. Jilmar Tatto (PT), com 461 mil votos e uma receita de R$ 4,9 milhões, teve um custo de R$ 10,77 por voto, acima de Covas e Boulos.

Mas nem todos os derrotados tiveram menos eficiência em converter recursos de campanha em votos. Arthur do Val (Patriota), que tinha como bandeira o não uso de verba pública na campanha, obteve mais votos do que Tatto gastando 19% do que obteve a campanha do petista.

E Celso Russomanno (Republicanos), que chegou a citar Jânio Quadros e dizer que sua campanha era “do tostão contra o milhão”, gastou R$ 2,75 para cada um dos 1,5 milhão de votos que obteve. Neste ano, a maior parte dos recursos disponíveis para as campanhas tem origem pública (R$ 2,6 bilhões dos fundos eleitoral e partidário).

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