David Miranda anuncia saída do PSOL em oposição à aliança com PT


Deputado pretende migrar para o PDT de Ciro Gomes em março, durante a chamada janela partidária

Por Rubens Anater

Em carta aberta publicada neste sábado, 22, o deputado federal David Miranda anunciou que está de saída do PSOL para integrar o PDT, do presidenciável e ex-ministro Ciro Gomes. O deputado atribuiu a desfiliação à forte tendência de o PSOL apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida eleitoral.

“O PSOL, a meu ver, corre o risco neste momento de sacrificar a sua essência para se tornar um braço leal de um partido e ideologia a que foi criado para se opor”, declarou o parlamentar, fazendo referência à probabilidade de a sigla formalizar o apoio a Lula e ao PT.

Miranda recorda que o PSOL nasceu justamente de uma dissidência do PT em 2003, quando parlamentares da sigla se recusaram a seguir a orientação de votar a favor da reforma da Previdência. “Não é hora de se submeter obedientemente ao PT e aceitar covardemente que um retorno ao passado é o melhor que podemos fazer pelo Brasil neste momento”.

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Ele destacou, porém, que a mudança não significa um afastamento dos valores que o levaram ao PSOL. “Pelo contrário, em diversos sentidos representa um retorno aos valores que me motivaram a entrar para a política e uma oportunidade de renovação e radicalização deles.”

Sem concordar com o apoio do PSOL à candidatura de Lula, David Miranda deixa o partido e deve ir para o PDT Foto: Dida Sampaio / Estadão

Ida ao PDT O deputado, que já vinha conversando com representantes do PDT desde o final de 2021, afirmou que a escolha pelo partido de Ciro Gomes se deu no esforço também de "superar" a polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro. “Acredito que (o PDT) é o partido de esquerda mais bem posicionado para superar a polarização atual, pois é o único com um candidato à Presidência com um projeto para o Brasil que não depende de pactos com aqueles que sempre foram e continuam sendo inimigos do povo”, disse.

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Ele ressaltou que sua ida para o PDT não significa que esteja de acordo com as votações recentes do partido no Congresso (como o apoio da maioria da bancada na votação do primeiro turno da PEC dos Precatórios), e afirmou compartilhar com Ciro Gomes sua visão de projeto para o Brasil com base na taxação de grandes fortunas, reforma tributária, acesso à educação de qualidade e geração de trabalho e renda especialmente para os mais pobres. “Reconheço no PDT diversos valores históricos e atuais fundamentais para a reconstrução do Brasil, em especial os ideais trabalhistas e o legado de Leonel Brizola”, acrescentou. Brizola completaria 100 anos neste sábado, 22.

PSOL Em publicação também nesta tarde, Honório Oliveira, dirigente do Movimento Esquerda Socialista (MES) e do PSOL-RJ, criticou a decisão de Miranda: “Consideramos equivocado este movimento, pelo caráter burguês do projeto de Ciro, alheio aos interesses essenciais do povo e da classe trabalhadora”.

Apesar disso, o dirigente destacou ainda considerar Miranda e seu marido, o jornalista Glenn Greenwald, como aliados, mesmo que em partidos diferentes. “Sempre que possível, estaremos juntos nas ruas, em defesa dos interesses da juventude, do povo e da classe trabalhadora”, declarou.

Em carta aberta publicada neste sábado, 22, o deputado federal David Miranda anunciou que está de saída do PSOL para integrar o PDT, do presidenciável e ex-ministro Ciro Gomes. O deputado atribuiu a desfiliação à forte tendência de o PSOL apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida eleitoral.

“O PSOL, a meu ver, corre o risco neste momento de sacrificar a sua essência para se tornar um braço leal de um partido e ideologia a que foi criado para se opor”, declarou o parlamentar, fazendo referência à probabilidade de a sigla formalizar o apoio a Lula e ao PT.

Miranda recorda que o PSOL nasceu justamente de uma dissidência do PT em 2003, quando parlamentares da sigla se recusaram a seguir a orientação de votar a favor da reforma da Previdência. “Não é hora de se submeter obedientemente ao PT e aceitar covardemente que um retorno ao passado é o melhor que podemos fazer pelo Brasil neste momento”.

Ele destacou, porém, que a mudança não significa um afastamento dos valores que o levaram ao PSOL. “Pelo contrário, em diversos sentidos representa um retorno aos valores que me motivaram a entrar para a política e uma oportunidade de renovação e radicalização deles.”

Sem concordar com o apoio do PSOL à candidatura de Lula, David Miranda deixa o partido e deve ir para o PDT Foto: Dida Sampaio / Estadão

Ida ao PDT O deputado, que já vinha conversando com representantes do PDT desde o final de 2021, afirmou que a escolha pelo partido de Ciro Gomes se deu no esforço também de "superar" a polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro. “Acredito que (o PDT) é o partido de esquerda mais bem posicionado para superar a polarização atual, pois é o único com um candidato à Presidência com um projeto para o Brasil que não depende de pactos com aqueles que sempre foram e continuam sendo inimigos do povo”, disse.

Ele ressaltou que sua ida para o PDT não significa que esteja de acordo com as votações recentes do partido no Congresso (como o apoio da maioria da bancada na votação do primeiro turno da PEC dos Precatórios), e afirmou compartilhar com Ciro Gomes sua visão de projeto para o Brasil com base na taxação de grandes fortunas, reforma tributária, acesso à educação de qualidade e geração de trabalho e renda especialmente para os mais pobres. “Reconheço no PDT diversos valores históricos e atuais fundamentais para a reconstrução do Brasil, em especial os ideais trabalhistas e o legado de Leonel Brizola”, acrescentou. Brizola completaria 100 anos neste sábado, 22.

PSOL Em publicação também nesta tarde, Honório Oliveira, dirigente do Movimento Esquerda Socialista (MES) e do PSOL-RJ, criticou a decisão de Miranda: “Consideramos equivocado este movimento, pelo caráter burguês do projeto de Ciro, alheio aos interesses essenciais do povo e da classe trabalhadora”.

Apesar disso, o dirigente destacou ainda considerar Miranda e seu marido, o jornalista Glenn Greenwald, como aliados, mesmo que em partidos diferentes. “Sempre que possível, estaremos juntos nas ruas, em defesa dos interesses da juventude, do povo e da classe trabalhadora”, declarou.

Em carta aberta publicada neste sábado, 22, o deputado federal David Miranda anunciou que está de saída do PSOL para integrar o PDT, do presidenciável e ex-ministro Ciro Gomes. O deputado atribuiu a desfiliação à forte tendência de o PSOL apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida eleitoral.

“O PSOL, a meu ver, corre o risco neste momento de sacrificar a sua essência para se tornar um braço leal de um partido e ideologia a que foi criado para se opor”, declarou o parlamentar, fazendo referência à probabilidade de a sigla formalizar o apoio a Lula e ao PT.

Miranda recorda que o PSOL nasceu justamente de uma dissidência do PT em 2003, quando parlamentares da sigla se recusaram a seguir a orientação de votar a favor da reforma da Previdência. “Não é hora de se submeter obedientemente ao PT e aceitar covardemente que um retorno ao passado é o melhor que podemos fazer pelo Brasil neste momento”.

Ele destacou, porém, que a mudança não significa um afastamento dos valores que o levaram ao PSOL. “Pelo contrário, em diversos sentidos representa um retorno aos valores que me motivaram a entrar para a política e uma oportunidade de renovação e radicalização deles.”

Sem concordar com o apoio do PSOL à candidatura de Lula, David Miranda deixa o partido e deve ir para o PDT Foto: Dida Sampaio / Estadão

Ida ao PDT O deputado, que já vinha conversando com representantes do PDT desde o final de 2021, afirmou que a escolha pelo partido de Ciro Gomes se deu no esforço também de "superar" a polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro. “Acredito que (o PDT) é o partido de esquerda mais bem posicionado para superar a polarização atual, pois é o único com um candidato à Presidência com um projeto para o Brasil que não depende de pactos com aqueles que sempre foram e continuam sendo inimigos do povo”, disse.

Ele ressaltou que sua ida para o PDT não significa que esteja de acordo com as votações recentes do partido no Congresso (como o apoio da maioria da bancada na votação do primeiro turno da PEC dos Precatórios), e afirmou compartilhar com Ciro Gomes sua visão de projeto para o Brasil com base na taxação de grandes fortunas, reforma tributária, acesso à educação de qualidade e geração de trabalho e renda especialmente para os mais pobres. “Reconheço no PDT diversos valores históricos e atuais fundamentais para a reconstrução do Brasil, em especial os ideais trabalhistas e o legado de Leonel Brizola”, acrescentou. Brizola completaria 100 anos neste sábado, 22.

PSOL Em publicação também nesta tarde, Honório Oliveira, dirigente do Movimento Esquerda Socialista (MES) e do PSOL-RJ, criticou a decisão de Miranda: “Consideramos equivocado este movimento, pelo caráter burguês do projeto de Ciro, alheio aos interesses essenciais do povo e da classe trabalhadora”.

Apesar disso, o dirigente destacou ainda considerar Miranda e seu marido, o jornalista Glenn Greenwald, como aliados, mesmo que em partidos diferentes. “Sempre que possível, estaremos juntos nas ruas, em defesa dos interesses da juventude, do povo e da classe trabalhadora”, declarou.

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