Maioria de aliados e ex-ministros de Temer não se elege nas eleições 2018


Apesar de buscarem se desvincular da imagem do presidente, os principais integrantes da tropa de choque do emedebista e ex-ministros de seu governo saíram derrotados

Por Julia Lindner

BRASÍLIA - A rejeição ao presidente Michel Temer, considerado o mais impopular da história do Brasil, teve reflexos na campanha de seus aliados nas eleições 2018. Apesar de buscarem se desvincular da imagem de Temer, os principais integrantes da tropa de choque do emedebista e ex-ministros de seu governo saíram derrotados da eleição deste ano.

O deputado Beto Mansur (MDB-SP)"escondeu" Temer da campanha, masnão se reelegeu. Foto: Diógenis Santos/Camara dos Deputados
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Ex-líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), que está na Casa há 24 anos, não conseguiu a renovação do mandato. Para tentar melhorar a imagem no Estado, Jucá buscou distanciamento do Palácio do Planalto nos últimos meses e renunciou ao cargo de líder no final de agosto alegando que discordava das medidas do governo federal relacionadas à situação dos venezuelanos em Roraima. Na reta final da campanha, Jucá distribuiu "santinhos" onde não fazia referência nem mesmo ao MDB.

Jucá também foi ministro do Planejamento do governo Temer por 12 dias, mas deixou a pasta após a divulgação de áudios pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que ele dizia que era preciso "estancar a sangria" da Operação Lava Jato.

O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), não conseguiu votos suficientes para conquistar uma vaga no Senado. Em sua página no Twitter, ele se apresenta como "líder no Congresso", mas não menciona o governo e também ignora Temer em suas publicações.

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Próximo ao presidente Temer, o deputado Beto Mansur (MDB-SP), que é vice-líder do governo na Câmara, "escondeu" o aliado da campanha, mas também não se reelegeu nas eleições 2018. Um dia antes do pleito, no sábado, 6, declarou apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

Outro vice-líder do governo na Câmara, o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS), que foi um dos principais defensores de Temer após as denúncias da JBS, não reuniu votos suficientes para garantir sua permanência na Câmara por mais quatro anos. Perondi atuou ainda pela aprovação de medidas polêmicas, como o teto de gastos e a reforma trabalhista, mas evitou alusões ao Presidente da República na campanha.

O deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) foi outro parlamentar próximo a Temer que não conquistou a reeleição. Lúcio é aliado de Temer e irmão de Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo que está preso por causa do bunker dos R$ 51 milhões em Salvador. Ele também é investigado no caso.

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Dentre os 18 ex-ministros do presidente Temer que se candidataram nas eleições 2018, apenas seis conseguiram se eleger para deputado federal e um ainda disputa o segundo turno para o governo estadual. Nenhum conseguiu se eleger ao Senado.

O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, conquistou vaga na Câmara pelo PPS no Rio de Janeiro, mas usou a sua campanha justamente para criticar o governo Temer. Calero pediu exoneração do cargo após relatar ter sofrido pressão de Geddel Vieira Lima pela liberação da construção em uma área histórica da capital baiana. O então chefe da Pasta da Cultura se recusou a ajudar o emedebista, que tinha uma unidade no empreendimento. O episódio provocou uma crise interna.

Entre os que saíram derrotados está Antonio Imbassahy (PSDB), ex-ministro da Secretaria de Governo que tentava reeleição como deputado federal pela Bahia pela terceira vez. O deputado Bruno Araújo (PSDB), ex-ministro das Cidades, e Mendonça Filho (DEM), ex-ministro da Educação, candidatos ao Senado por Pernambuco, também não conseguiram se eleger. Durante a campanha, os dois foram à Justiça para tentar impedir a circulação de uma imagem em que aparecem ao lado do presidente, com a legenda "A turma de Temer em Pernambuco."

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Maurício Quintella, ex-ministro dos Transportes, candidato ao Senado por Alagoas, também saiu derrotado. Uma das duas vagas de seu Estado ficou com o atual senador Renan Calheiros (MDB), que se posicionou contra Temer na campanha.

Outros ex-ministros que não conseguiram se reeleger nas eleições 2018 foram Leonardo Picciani, que tentava vaga de deputado federal pelo Rio de Janeiro; Sarney Filho, candidato ao Senado pelo Maranhão; e Ronaldo Nogueira, que tentava deputado federal pelo Rio Grande do Sul.

Entre os ex-ministros de Temer que tiveram resultado pouco expressivo nas urnas está o presidenciável Henrique Meirelles, que comandou a pasta da Fazenda, e somou 1,21% dos votos.

BRASÍLIA - A rejeição ao presidente Michel Temer, considerado o mais impopular da história do Brasil, teve reflexos na campanha de seus aliados nas eleições 2018. Apesar de buscarem se desvincular da imagem de Temer, os principais integrantes da tropa de choque do emedebista e ex-ministros de seu governo saíram derrotados da eleição deste ano.

O deputado Beto Mansur (MDB-SP)"escondeu" Temer da campanha, masnão se reelegeu. Foto: Diógenis Santos/Camara dos Deputados

Ex-líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), que está na Casa há 24 anos, não conseguiu a renovação do mandato. Para tentar melhorar a imagem no Estado, Jucá buscou distanciamento do Palácio do Planalto nos últimos meses e renunciou ao cargo de líder no final de agosto alegando que discordava das medidas do governo federal relacionadas à situação dos venezuelanos em Roraima. Na reta final da campanha, Jucá distribuiu "santinhos" onde não fazia referência nem mesmo ao MDB.

Jucá também foi ministro do Planejamento do governo Temer por 12 dias, mas deixou a pasta após a divulgação de áudios pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que ele dizia que era preciso "estancar a sangria" da Operação Lava Jato.

O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), não conseguiu votos suficientes para conquistar uma vaga no Senado. Em sua página no Twitter, ele se apresenta como "líder no Congresso", mas não menciona o governo e também ignora Temer em suas publicações.

Próximo ao presidente Temer, o deputado Beto Mansur (MDB-SP), que é vice-líder do governo na Câmara, "escondeu" o aliado da campanha, mas também não se reelegeu nas eleições 2018. Um dia antes do pleito, no sábado, 6, declarou apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

Outro vice-líder do governo na Câmara, o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS), que foi um dos principais defensores de Temer após as denúncias da JBS, não reuniu votos suficientes para garantir sua permanência na Câmara por mais quatro anos. Perondi atuou ainda pela aprovação de medidas polêmicas, como o teto de gastos e a reforma trabalhista, mas evitou alusões ao Presidente da República na campanha.

O deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) foi outro parlamentar próximo a Temer que não conquistou a reeleição. Lúcio é aliado de Temer e irmão de Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo que está preso por causa do bunker dos R$ 51 milhões em Salvador. Ele também é investigado no caso.

Dentre os 18 ex-ministros do presidente Temer que se candidataram nas eleições 2018, apenas seis conseguiram se eleger para deputado federal e um ainda disputa o segundo turno para o governo estadual. Nenhum conseguiu se eleger ao Senado.

O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, conquistou vaga na Câmara pelo PPS no Rio de Janeiro, mas usou a sua campanha justamente para criticar o governo Temer. Calero pediu exoneração do cargo após relatar ter sofrido pressão de Geddel Vieira Lima pela liberação da construção em uma área histórica da capital baiana. O então chefe da Pasta da Cultura se recusou a ajudar o emedebista, que tinha uma unidade no empreendimento. O episódio provocou uma crise interna.

Entre os que saíram derrotados está Antonio Imbassahy (PSDB), ex-ministro da Secretaria de Governo que tentava reeleição como deputado federal pela Bahia pela terceira vez. O deputado Bruno Araújo (PSDB), ex-ministro das Cidades, e Mendonça Filho (DEM), ex-ministro da Educação, candidatos ao Senado por Pernambuco, também não conseguiram se eleger. Durante a campanha, os dois foram à Justiça para tentar impedir a circulação de uma imagem em que aparecem ao lado do presidente, com a legenda "A turma de Temer em Pernambuco."

Maurício Quintella, ex-ministro dos Transportes, candidato ao Senado por Alagoas, também saiu derrotado. Uma das duas vagas de seu Estado ficou com o atual senador Renan Calheiros (MDB), que se posicionou contra Temer na campanha.

Outros ex-ministros que não conseguiram se reeleger nas eleições 2018 foram Leonardo Picciani, que tentava vaga de deputado federal pelo Rio de Janeiro; Sarney Filho, candidato ao Senado pelo Maranhão; e Ronaldo Nogueira, que tentava deputado federal pelo Rio Grande do Sul.

Entre os ex-ministros de Temer que tiveram resultado pouco expressivo nas urnas está o presidenciável Henrique Meirelles, que comandou a pasta da Fazenda, e somou 1,21% dos votos.

BRASÍLIA - A rejeição ao presidente Michel Temer, considerado o mais impopular da história do Brasil, teve reflexos na campanha de seus aliados nas eleições 2018. Apesar de buscarem se desvincular da imagem de Temer, os principais integrantes da tropa de choque do emedebista e ex-ministros de seu governo saíram derrotados da eleição deste ano.

O deputado Beto Mansur (MDB-SP)"escondeu" Temer da campanha, masnão se reelegeu. Foto: Diógenis Santos/Camara dos Deputados

Ex-líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), que está na Casa há 24 anos, não conseguiu a renovação do mandato. Para tentar melhorar a imagem no Estado, Jucá buscou distanciamento do Palácio do Planalto nos últimos meses e renunciou ao cargo de líder no final de agosto alegando que discordava das medidas do governo federal relacionadas à situação dos venezuelanos em Roraima. Na reta final da campanha, Jucá distribuiu "santinhos" onde não fazia referência nem mesmo ao MDB.

Jucá também foi ministro do Planejamento do governo Temer por 12 dias, mas deixou a pasta após a divulgação de áudios pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que ele dizia que era preciso "estancar a sangria" da Operação Lava Jato.

O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), não conseguiu votos suficientes para conquistar uma vaga no Senado. Em sua página no Twitter, ele se apresenta como "líder no Congresso", mas não menciona o governo e também ignora Temer em suas publicações.

Próximo ao presidente Temer, o deputado Beto Mansur (MDB-SP), que é vice-líder do governo na Câmara, "escondeu" o aliado da campanha, mas também não se reelegeu nas eleições 2018. Um dia antes do pleito, no sábado, 6, declarou apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

Outro vice-líder do governo na Câmara, o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS), que foi um dos principais defensores de Temer após as denúncias da JBS, não reuniu votos suficientes para garantir sua permanência na Câmara por mais quatro anos. Perondi atuou ainda pela aprovação de medidas polêmicas, como o teto de gastos e a reforma trabalhista, mas evitou alusões ao Presidente da República na campanha.

O deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) foi outro parlamentar próximo a Temer que não conquistou a reeleição. Lúcio é aliado de Temer e irmão de Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo que está preso por causa do bunker dos R$ 51 milhões em Salvador. Ele também é investigado no caso.

Dentre os 18 ex-ministros do presidente Temer que se candidataram nas eleições 2018, apenas seis conseguiram se eleger para deputado federal e um ainda disputa o segundo turno para o governo estadual. Nenhum conseguiu se eleger ao Senado.

O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, conquistou vaga na Câmara pelo PPS no Rio de Janeiro, mas usou a sua campanha justamente para criticar o governo Temer. Calero pediu exoneração do cargo após relatar ter sofrido pressão de Geddel Vieira Lima pela liberação da construção em uma área histórica da capital baiana. O então chefe da Pasta da Cultura se recusou a ajudar o emedebista, que tinha uma unidade no empreendimento. O episódio provocou uma crise interna.

Entre os que saíram derrotados está Antonio Imbassahy (PSDB), ex-ministro da Secretaria de Governo que tentava reeleição como deputado federal pela Bahia pela terceira vez. O deputado Bruno Araújo (PSDB), ex-ministro das Cidades, e Mendonça Filho (DEM), ex-ministro da Educação, candidatos ao Senado por Pernambuco, também não conseguiram se eleger. Durante a campanha, os dois foram à Justiça para tentar impedir a circulação de uma imagem em que aparecem ao lado do presidente, com a legenda "A turma de Temer em Pernambuco."

Maurício Quintella, ex-ministro dos Transportes, candidato ao Senado por Alagoas, também saiu derrotado. Uma das duas vagas de seu Estado ficou com o atual senador Renan Calheiros (MDB), que se posicionou contra Temer na campanha.

Outros ex-ministros que não conseguiram se reeleger nas eleições 2018 foram Leonardo Picciani, que tentava vaga de deputado federal pelo Rio de Janeiro; Sarney Filho, candidato ao Senado pelo Maranhão; e Ronaldo Nogueira, que tentava deputado federal pelo Rio Grande do Sul.

Entre os ex-ministros de Temer que tiveram resultado pouco expressivo nas urnas está o presidenciável Henrique Meirelles, que comandou a pasta da Fazenda, e somou 1,21% dos votos.

BRASÍLIA - A rejeição ao presidente Michel Temer, considerado o mais impopular da história do Brasil, teve reflexos na campanha de seus aliados nas eleições 2018. Apesar de buscarem se desvincular da imagem de Temer, os principais integrantes da tropa de choque do emedebista e ex-ministros de seu governo saíram derrotados da eleição deste ano.

O deputado Beto Mansur (MDB-SP)"escondeu" Temer da campanha, masnão se reelegeu. Foto: Diógenis Santos/Camara dos Deputados

Ex-líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), que está na Casa há 24 anos, não conseguiu a renovação do mandato. Para tentar melhorar a imagem no Estado, Jucá buscou distanciamento do Palácio do Planalto nos últimos meses e renunciou ao cargo de líder no final de agosto alegando que discordava das medidas do governo federal relacionadas à situação dos venezuelanos em Roraima. Na reta final da campanha, Jucá distribuiu "santinhos" onde não fazia referência nem mesmo ao MDB.

Jucá também foi ministro do Planejamento do governo Temer por 12 dias, mas deixou a pasta após a divulgação de áudios pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que ele dizia que era preciso "estancar a sangria" da Operação Lava Jato.

O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), não conseguiu votos suficientes para conquistar uma vaga no Senado. Em sua página no Twitter, ele se apresenta como "líder no Congresso", mas não menciona o governo e também ignora Temer em suas publicações.

Próximo ao presidente Temer, o deputado Beto Mansur (MDB-SP), que é vice-líder do governo na Câmara, "escondeu" o aliado da campanha, mas também não se reelegeu nas eleições 2018. Um dia antes do pleito, no sábado, 6, declarou apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

Outro vice-líder do governo na Câmara, o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS), que foi um dos principais defensores de Temer após as denúncias da JBS, não reuniu votos suficientes para garantir sua permanência na Câmara por mais quatro anos. Perondi atuou ainda pela aprovação de medidas polêmicas, como o teto de gastos e a reforma trabalhista, mas evitou alusões ao Presidente da República na campanha.

O deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) foi outro parlamentar próximo a Temer que não conquistou a reeleição. Lúcio é aliado de Temer e irmão de Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo que está preso por causa do bunker dos R$ 51 milhões em Salvador. Ele também é investigado no caso.

Dentre os 18 ex-ministros do presidente Temer que se candidataram nas eleições 2018, apenas seis conseguiram se eleger para deputado federal e um ainda disputa o segundo turno para o governo estadual. Nenhum conseguiu se eleger ao Senado.

O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, conquistou vaga na Câmara pelo PPS no Rio de Janeiro, mas usou a sua campanha justamente para criticar o governo Temer. Calero pediu exoneração do cargo após relatar ter sofrido pressão de Geddel Vieira Lima pela liberação da construção em uma área histórica da capital baiana. O então chefe da Pasta da Cultura se recusou a ajudar o emedebista, que tinha uma unidade no empreendimento. O episódio provocou uma crise interna.

Entre os que saíram derrotados está Antonio Imbassahy (PSDB), ex-ministro da Secretaria de Governo que tentava reeleição como deputado federal pela Bahia pela terceira vez. O deputado Bruno Araújo (PSDB), ex-ministro das Cidades, e Mendonça Filho (DEM), ex-ministro da Educação, candidatos ao Senado por Pernambuco, também não conseguiram se eleger. Durante a campanha, os dois foram à Justiça para tentar impedir a circulação de uma imagem em que aparecem ao lado do presidente, com a legenda "A turma de Temer em Pernambuco."

Maurício Quintella, ex-ministro dos Transportes, candidato ao Senado por Alagoas, também saiu derrotado. Uma das duas vagas de seu Estado ficou com o atual senador Renan Calheiros (MDB), que se posicionou contra Temer na campanha.

Outros ex-ministros que não conseguiram se reeleger nas eleições 2018 foram Leonardo Picciani, que tentava vaga de deputado federal pelo Rio de Janeiro; Sarney Filho, candidato ao Senado pelo Maranhão; e Ronaldo Nogueira, que tentava deputado federal pelo Rio Grande do Sul.

Entre os ex-ministros de Temer que tiveram resultado pouco expressivo nas urnas está o presidenciável Henrique Meirelles, que comandou a pasta da Fazenda, e somou 1,21% dos votos.

BRASÍLIA - A rejeição ao presidente Michel Temer, considerado o mais impopular da história do Brasil, teve reflexos na campanha de seus aliados nas eleições 2018. Apesar de buscarem se desvincular da imagem de Temer, os principais integrantes da tropa de choque do emedebista e ex-ministros de seu governo saíram derrotados da eleição deste ano.

O deputado Beto Mansur (MDB-SP)"escondeu" Temer da campanha, masnão se reelegeu. Foto: Diógenis Santos/Camara dos Deputados

Ex-líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), que está na Casa há 24 anos, não conseguiu a renovação do mandato. Para tentar melhorar a imagem no Estado, Jucá buscou distanciamento do Palácio do Planalto nos últimos meses e renunciou ao cargo de líder no final de agosto alegando que discordava das medidas do governo federal relacionadas à situação dos venezuelanos em Roraima. Na reta final da campanha, Jucá distribuiu "santinhos" onde não fazia referência nem mesmo ao MDB.

Jucá também foi ministro do Planejamento do governo Temer por 12 dias, mas deixou a pasta após a divulgação de áudios pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que ele dizia que era preciso "estancar a sangria" da Operação Lava Jato.

O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), não conseguiu votos suficientes para conquistar uma vaga no Senado. Em sua página no Twitter, ele se apresenta como "líder no Congresso", mas não menciona o governo e também ignora Temer em suas publicações.

Próximo ao presidente Temer, o deputado Beto Mansur (MDB-SP), que é vice-líder do governo na Câmara, "escondeu" o aliado da campanha, mas também não se reelegeu nas eleições 2018. Um dia antes do pleito, no sábado, 6, declarou apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

Outro vice-líder do governo na Câmara, o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS), que foi um dos principais defensores de Temer após as denúncias da JBS, não reuniu votos suficientes para garantir sua permanência na Câmara por mais quatro anos. Perondi atuou ainda pela aprovação de medidas polêmicas, como o teto de gastos e a reforma trabalhista, mas evitou alusões ao Presidente da República na campanha.

O deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) foi outro parlamentar próximo a Temer que não conquistou a reeleição. Lúcio é aliado de Temer e irmão de Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo que está preso por causa do bunker dos R$ 51 milhões em Salvador. Ele também é investigado no caso.

Dentre os 18 ex-ministros do presidente Temer que se candidataram nas eleições 2018, apenas seis conseguiram se eleger para deputado federal e um ainda disputa o segundo turno para o governo estadual. Nenhum conseguiu se eleger ao Senado.

O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, conquistou vaga na Câmara pelo PPS no Rio de Janeiro, mas usou a sua campanha justamente para criticar o governo Temer. Calero pediu exoneração do cargo após relatar ter sofrido pressão de Geddel Vieira Lima pela liberação da construção em uma área histórica da capital baiana. O então chefe da Pasta da Cultura se recusou a ajudar o emedebista, que tinha uma unidade no empreendimento. O episódio provocou uma crise interna.

Entre os que saíram derrotados está Antonio Imbassahy (PSDB), ex-ministro da Secretaria de Governo que tentava reeleição como deputado federal pela Bahia pela terceira vez. O deputado Bruno Araújo (PSDB), ex-ministro das Cidades, e Mendonça Filho (DEM), ex-ministro da Educação, candidatos ao Senado por Pernambuco, também não conseguiram se eleger. Durante a campanha, os dois foram à Justiça para tentar impedir a circulação de uma imagem em que aparecem ao lado do presidente, com a legenda "A turma de Temer em Pernambuco."

Maurício Quintella, ex-ministro dos Transportes, candidato ao Senado por Alagoas, também saiu derrotado. Uma das duas vagas de seu Estado ficou com o atual senador Renan Calheiros (MDB), que se posicionou contra Temer na campanha.

Outros ex-ministros que não conseguiram se reeleger nas eleições 2018 foram Leonardo Picciani, que tentava vaga de deputado federal pelo Rio de Janeiro; Sarney Filho, candidato ao Senado pelo Maranhão; e Ronaldo Nogueira, que tentava deputado federal pelo Rio Grande do Sul.

Entre os ex-ministros de Temer que tiveram resultado pouco expressivo nas urnas está o presidenciável Henrique Meirelles, que comandou a pasta da Fazenda, e somou 1,21% dos votos.

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