A presidente Dilma Rousseff foi reeleita neste domingo, 26, com cerca de 54 milhões de votos, pouco mais de 3milhões à frente do adversário Aécio Neves. Foi a disputa pelo Palácio do Planalto mais apertada, em termos proporcionais, desde 1945, ano em que se realizou a primeira eleição de fato democrática no Brasil.
A petista obteve 51,64% dos votos válidos no 2.º turno ante 48,4% do tucano. Após uma campanha bastante acirrada, marcada por troca de acusações e ataques, Dilma se disse disposta ao diálogo com"todos os setores" da sociedade e prometeu que vai lutar para fazer uma reforma política com base em um plebiscito.
"Sem exceção, chamo todos os brasileiros para nos unirmos em favor de nossa Pátria, nosso País, nosso povo. Não entendo que essas eleições tenham dividido o País ao meio. Em lugar de ampliar divergências, criamos fosso, tenho forte esperança de que a energia mobilizadora tenha preparado um bom terreno para a construção de pontes", afirmou a presidente reeleita em Brasília.
"Entre as reformas, a primeira e mais importante, deve ser a reforma política. Meu
compromisso, como ficou claro durante toda a campanha, é deflagrar essa reforma, que é responsabilidade constitucional do Congresso e que deve mobilizar a sociedade num plebiscito, por meio de uma consulta popular." Ela não citou o adversário no discurso.
Em breve pronunciamento em Belo Horizonte, Aécio também falou em conciliação. Disse ter cumprimentado Dilma pela vitória e desejou a ela sucesso na condução do próximo governo.