Doria minimiza racha no PSDB e defende Alckmin como candidato à Presidência


Tucano eleito prefeito de São Paulo em primeiro turno defende padrinho político

Por José Roberto Gomes, Pedro Venceslau e Álvaro Campos
João Doria e Geraldo Alckmin comemoram vitória no diretório estadual do PSDB, na capital Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

O candidato do PSDB João Doria foi eleito neste domingo, 2, prefeito de São Paulo no primeiro turno, com 53,29% dos votos válidos. A vitória inédita - pela primeira vez uma eleição na maior cidade do País foi decidida na primeira etapa - representa também um significativo triunfo do governador Geraldo Alckmin, que bancou a candidatura do empresário, neófito em uma disputa eleitoral, e enfrentou uma dissidência interna no PSDB paulista.

O resultado, em última análise, fortalece o projeto presidencial do governador tucano. Doria, que na campanha se apresentou como gestor, dispensando o rótulo de político, obteve pouco mais de 3 milhões de votos, alcançando a maior vantagem num primeiro turno sobre o 2º colocado, o prefeito Fernando Haddad (PT), desde 1992. O tucano superou também os candidatos Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (PSOL).

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A campanha tucana explorou o sentimento antipetista, que tem maior ressonância na capital paulista. Haddad terminou a disputa com 16,70% ou 967,1 mil votos. Foi a pior votação de um candidato do PT em SP. A derrota explicita a situação dramática do partido, com líderes acossados pela Operação Lava Jato e destituído do governo federal com o impeachment de Dilma Rousseff. O PT sofreu o maior revés entre os grandes partidos nas eleições municipais.

Até as 22h deste domingo, a sigla havia conquistado 203 prefeituras, menos de 1/3 dos 635 prefeitos eleitos há quatro anos. Doria vai administrar uma metrópole com 12 milhões de habitantes e Orçamento estimado em R$ 54,7 bilhões. Além de São Paulo, as eleições foram definidas em outras 7 capitais, incluindo Salvador, onde ACM Neto (DEM), foi eleito com 74% dos votos válidos. No Rio, haverá segundo turno entre Marcelo Crivella (PRB) e Marcello Freixo (PSOL).

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O deputado federal pelo PSDB, Silvio Torres, se diz surpreso com a vitória no primeiro turno e acredita que o perfil de empresário e tempo de TV foram pontos importantes para o resultado

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'Vitória é a reafirmação'. Após receber a maior votação que um candidato já teve no primeiro turno na capital paulista em sua primeira disputa eleitoral, o empresário João Doria (PSDB) conquistou não só o direito de administrar o Executivo municipal, mas abriu espaço para um maior protagonismo do grupo político que bancou sua candidatura no partido, em especial o governador Geraldo Alckmin.

Com o resultado, o tucano e seu padrinho político assumem o lugar que um dia já foi do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na linha de frente do antipetismo. Em meio à euforia pela avassaladora vitória tucana, correligionários diziam no domingo que só Doria “pode vencer o PT”.

Em caráter reservado, tucanos de todas as correntes internas - incluindo aliados de Aécio e José Serra, ambos cotados para disputar o Palácio do Planalto em 2018 - reconhecem que a votação criou uma nova ordem interna no PSDB.

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Quando impôs seu candidato contra a vontade dos principais nomes da legenda, Alckmin foi acusado de dividir o partido. Na avaliação de dirigentes tucanos, uma derrota poderia custar sua permanência na legenda. Para o neófito Doria, no entanto, a resistência ao seu nome seria dissipada com o tempo. “Conheço os tucanos. Eles têm suas idiossincrasias. Cada um tem seu pensamento”, disse ele ao Estado durante a campanha ao ser questionado sobre a divisão tucana. “Não existe fila em política.”

Veja os memes das Eleições 2016

1 | 35

Rio de Janeiro

Foto: Reprodução/Twitter
2 | 35

Porto Alegre x Curitiba

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3 | 35

BH

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Florianópolis

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MasterChef Brasil

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17 | 35

Sempre

18 | 35

Bolo da democracia

19 | 35

Expectativa?

20 | 35

V de Vitória

21 | 35

Game Over

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22 | 35

Mais que o limite

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23 | 35

Treinamento

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24 | 35

Lava Jato

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25 | 35

Gastronomia

Foto: Reprodução
26 | 35

Alter ego

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27 | 35

Futebol

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28 | 35

Mensagem subliminar

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29 | 35

Domingo ela não vai

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Ops...

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31 | 35

Santinhos

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32 | 35

Dupla personalidade

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33 | 35

Protesto

Foto: Reprodução
34 | 35

Uniforme

35 | 35

Transporte

Foto: Reprodução

Resistência. Na medida em que a vitória de Doria ia se desenhando - medida por seu crescimento nas pesquisas -, o próprio Aécio tratou de implodir a “dissidência” paulista ao mobilizar Fernando Henrique Cardoso, Aloysio Nunes e até o desafeto José Aníbal para gravarem depoimentos de apoio ao candidato tucano. 

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Faltando poucos dias para o primeiro turno, a campanha esnobou o material e o utilizou em um único comercial. Nos outros, só Alckmin teve espaço. 

“Não quero nacionalizar a campanha, mas não vou negar que a vitória contribui para o PSDB nacionalmente. A capital do País é a cidade mais importante. É uma reafirmação do PSDB em território do PT. O berço do PT é aqui”, disse Doria na véspera da votação, quando as pesquisas já indicavam sua larga vantagem em relação aos adversários. “(A vitória em São Paulo) Ajuda o Geraldo Alckmin. Consolida e reafirma a liderança dele como principal nome político do Estado.”

Outros caciques. Por outro lado, tucanos avaliam que a omissão enfraqueceu Serra. Ao mesmo tempo, Aécio deve se aproximar de Alckmin, que deixou o patamar de segunda escolha do partido para 2018.

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“Essa foi a prévia para 2018. Alckmin presidente”, afirmou o presidente estadual do PSDB, Pedro Tobias, durante a comemoração da vitória na noite do domingo na sede do diretório do partido. 

Na avaliação do deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP), que integra a Executiva Nacional do partido, o resultado reorganiza as forças na cidade. “Em São Paulo, se reúnem novamente as forças contra o PT e anti-Dilma, que saíram às ruas, e mais aqueles que rejeitam o Haddad”, afirmou o dirigente tucano, aliado de primeira linha de Alckmin.

João Doria e Geraldo Alckmin comemoram vitória no diretório estadual do PSDB, na capital Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

O candidato do PSDB João Doria foi eleito neste domingo, 2, prefeito de São Paulo no primeiro turno, com 53,29% dos votos válidos. A vitória inédita - pela primeira vez uma eleição na maior cidade do País foi decidida na primeira etapa - representa também um significativo triunfo do governador Geraldo Alckmin, que bancou a candidatura do empresário, neófito em uma disputa eleitoral, e enfrentou uma dissidência interna no PSDB paulista.

O resultado, em última análise, fortalece o projeto presidencial do governador tucano. Doria, que na campanha se apresentou como gestor, dispensando o rótulo de político, obteve pouco mais de 3 milhões de votos, alcançando a maior vantagem num primeiro turno sobre o 2º colocado, o prefeito Fernando Haddad (PT), desde 1992. O tucano superou também os candidatos Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (PSOL).

A campanha tucana explorou o sentimento antipetista, que tem maior ressonância na capital paulista. Haddad terminou a disputa com 16,70% ou 967,1 mil votos. Foi a pior votação de um candidato do PT em SP. A derrota explicita a situação dramática do partido, com líderes acossados pela Operação Lava Jato e destituído do governo federal com o impeachment de Dilma Rousseff. O PT sofreu o maior revés entre os grandes partidos nas eleições municipais.

Até as 22h deste domingo, a sigla havia conquistado 203 prefeituras, menos de 1/3 dos 635 prefeitos eleitos há quatro anos. Doria vai administrar uma metrópole com 12 milhões de habitantes e Orçamento estimado em R$ 54,7 bilhões. Além de São Paulo, as eleições foram definidas em outras 7 capitais, incluindo Salvador, onde ACM Neto (DEM), foi eleito com 74% dos votos válidos. No Rio, haverá segundo turno entre Marcelo Crivella (PRB) e Marcello Freixo (PSOL).

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O deputado federal pelo PSDB, Silvio Torres, se diz surpreso com a vitória no primeiro turno e acredita que o perfil de empresário e tempo de TV foram pontos importantes para o resultado

'Vitória é a reafirmação'. Após receber a maior votação que um candidato já teve no primeiro turno na capital paulista em sua primeira disputa eleitoral, o empresário João Doria (PSDB) conquistou não só o direito de administrar o Executivo municipal, mas abriu espaço para um maior protagonismo do grupo político que bancou sua candidatura no partido, em especial o governador Geraldo Alckmin.

Com o resultado, o tucano e seu padrinho político assumem o lugar que um dia já foi do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na linha de frente do antipetismo. Em meio à euforia pela avassaladora vitória tucana, correligionários diziam no domingo que só Doria “pode vencer o PT”.

Em caráter reservado, tucanos de todas as correntes internas - incluindo aliados de Aécio e José Serra, ambos cotados para disputar o Palácio do Planalto em 2018 - reconhecem que a votação criou uma nova ordem interna no PSDB.

Quando impôs seu candidato contra a vontade dos principais nomes da legenda, Alckmin foi acusado de dividir o partido. Na avaliação de dirigentes tucanos, uma derrota poderia custar sua permanência na legenda. Para o neófito Doria, no entanto, a resistência ao seu nome seria dissipada com o tempo. “Conheço os tucanos. Eles têm suas idiossincrasias. Cada um tem seu pensamento”, disse ele ao Estado durante a campanha ao ser questionado sobre a divisão tucana. “Não existe fila em política.”

Veja os memes das Eleições 2016

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Sempre

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Bolo da democracia

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Expectativa?

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Mais que o limite

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Gastronomia

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Alter ego

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Futebol

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Mensagem subliminar

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Domingo ela não vai

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Ops...

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Santinhos

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Dupla personalidade

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Protesto

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Transporte

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Resistência. Na medida em que a vitória de Doria ia se desenhando - medida por seu crescimento nas pesquisas -, o próprio Aécio tratou de implodir a “dissidência” paulista ao mobilizar Fernando Henrique Cardoso, Aloysio Nunes e até o desafeto José Aníbal para gravarem depoimentos de apoio ao candidato tucano. 

Faltando poucos dias para o primeiro turno, a campanha esnobou o material e o utilizou em um único comercial. Nos outros, só Alckmin teve espaço. 

“Não quero nacionalizar a campanha, mas não vou negar que a vitória contribui para o PSDB nacionalmente. A capital do País é a cidade mais importante. É uma reafirmação do PSDB em território do PT. O berço do PT é aqui”, disse Doria na véspera da votação, quando as pesquisas já indicavam sua larga vantagem em relação aos adversários. “(A vitória em São Paulo) Ajuda o Geraldo Alckmin. Consolida e reafirma a liderança dele como principal nome político do Estado.”

Outros caciques. Por outro lado, tucanos avaliam que a omissão enfraqueceu Serra. Ao mesmo tempo, Aécio deve se aproximar de Alckmin, que deixou o patamar de segunda escolha do partido para 2018.

“Essa foi a prévia para 2018. Alckmin presidente”, afirmou o presidente estadual do PSDB, Pedro Tobias, durante a comemoração da vitória na noite do domingo na sede do diretório do partido. 

Na avaliação do deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP), que integra a Executiva Nacional do partido, o resultado reorganiza as forças na cidade. “Em São Paulo, se reúnem novamente as forças contra o PT e anti-Dilma, que saíram às ruas, e mais aqueles que rejeitam o Haddad”, afirmou o dirigente tucano, aliado de primeira linha de Alckmin.

João Doria e Geraldo Alckmin comemoram vitória no diretório estadual do PSDB, na capital Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

O candidato do PSDB João Doria foi eleito neste domingo, 2, prefeito de São Paulo no primeiro turno, com 53,29% dos votos válidos. A vitória inédita - pela primeira vez uma eleição na maior cidade do País foi decidida na primeira etapa - representa também um significativo triunfo do governador Geraldo Alckmin, que bancou a candidatura do empresário, neófito em uma disputa eleitoral, e enfrentou uma dissidência interna no PSDB paulista.

O resultado, em última análise, fortalece o projeto presidencial do governador tucano. Doria, que na campanha se apresentou como gestor, dispensando o rótulo de político, obteve pouco mais de 3 milhões de votos, alcançando a maior vantagem num primeiro turno sobre o 2º colocado, o prefeito Fernando Haddad (PT), desde 1992. O tucano superou também os candidatos Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (PSOL).

A campanha tucana explorou o sentimento antipetista, que tem maior ressonância na capital paulista. Haddad terminou a disputa com 16,70% ou 967,1 mil votos. Foi a pior votação de um candidato do PT em SP. A derrota explicita a situação dramática do partido, com líderes acossados pela Operação Lava Jato e destituído do governo federal com o impeachment de Dilma Rousseff. O PT sofreu o maior revés entre os grandes partidos nas eleições municipais.

Até as 22h deste domingo, a sigla havia conquistado 203 prefeituras, menos de 1/3 dos 635 prefeitos eleitos há quatro anos. Doria vai administrar uma metrópole com 12 milhões de habitantes e Orçamento estimado em R$ 54,7 bilhões. Além de São Paulo, as eleições foram definidas em outras 7 capitais, incluindo Salvador, onde ACM Neto (DEM), foi eleito com 74% dos votos válidos. No Rio, haverá segundo turno entre Marcelo Crivella (PRB) e Marcello Freixo (PSOL).

Seu navegador não suporta esse video.

O deputado federal pelo PSDB, Silvio Torres, se diz surpreso com a vitória no primeiro turno e acredita que o perfil de empresário e tempo de TV foram pontos importantes para o resultado

'Vitória é a reafirmação'. Após receber a maior votação que um candidato já teve no primeiro turno na capital paulista em sua primeira disputa eleitoral, o empresário João Doria (PSDB) conquistou não só o direito de administrar o Executivo municipal, mas abriu espaço para um maior protagonismo do grupo político que bancou sua candidatura no partido, em especial o governador Geraldo Alckmin.

Com o resultado, o tucano e seu padrinho político assumem o lugar que um dia já foi do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na linha de frente do antipetismo. Em meio à euforia pela avassaladora vitória tucana, correligionários diziam no domingo que só Doria “pode vencer o PT”.

Em caráter reservado, tucanos de todas as correntes internas - incluindo aliados de Aécio e José Serra, ambos cotados para disputar o Palácio do Planalto em 2018 - reconhecem que a votação criou uma nova ordem interna no PSDB.

Quando impôs seu candidato contra a vontade dos principais nomes da legenda, Alckmin foi acusado de dividir o partido. Na avaliação de dirigentes tucanos, uma derrota poderia custar sua permanência na legenda. Para o neófito Doria, no entanto, a resistência ao seu nome seria dissipada com o tempo. “Conheço os tucanos. Eles têm suas idiossincrasias. Cada um tem seu pensamento”, disse ele ao Estado durante a campanha ao ser questionado sobre a divisão tucana. “Não existe fila em política.”

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Rio de Janeiro

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Sempre

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Resistência. Na medida em que a vitória de Doria ia se desenhando - medida por seu crescimento nas pesquisas -, o próprio Aécio tratou de implodir a “dissidência” paulista ao mobilizar Fernando Henrique Cardoso, Aloysio Nunes e até o desafeto José Aníbal para gravarem depoimentos de apoio ao candidato tucano. 

Faltando poucos dias para o primeiro turno, a campanha esnobou o material e o utilizou em um único comercial. Nos outros, só Alckmin teve espaço. 

“Não quero nacionalizar a campanha, mas não vou negar que a vitória contribui para o PSDB nacionalmente. A capital do País é a cidade mais importante. É uma reafirmação do PSDB em território do PT. O berço do PT é aqui”, disse Doria na véspera da votação, quando as pesquisas já indicavam sua larga vantagem em relação aos adversários. “(A vitória em São Paulo) Ajuda o Geraldo Alckmin. Consolida e reafirma a liderança dele como principal nome político do Estado.”

Outros caciques. Por outro lado, tucanos avaliam que a omissão enfraqueceu Serra. Ao mesmo tempo, Aécio deve se aproximar de Alckmin, que deixou o patamar de segunda escolha do partido para 2018.

“Essa foi a prévia para 2018. Alckmin presidente”, afirmou o presidente estadual do PSDB, Pedro Tobias, durante a comemoração da vitória na noite do domingo na sede do diretório do partido. 

Na avaliação do deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP), que integra a Executiva Nacional do partido, o resultado reorganiza as forças na cidade. “Em São Paulo, se reúnem novamente as forças contra o PT e anti-Dilma, que saíram às ruas, e mais aqueles que rejeitam o Haddad”, afirmou o dirigente tucano, aliado de primeira linha de Alckmin.

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