Eduardo Bolsonaro afirma que bomba atômica garante paz


Deputado federal diz que Brasil seria levado a sério se tivesse efetivo nuclear: 'Sou entusiasta dessa visão', diz filho do presidente. Segundo ele, politicamente correto o impede de falar em 'guerra com Venezuela'

Por Renato Onofre

BRASÍLIA - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, afirmou que a posse de armas nucleares “garante a paz” e disse ainda que o “politicamente correto” o impede de falar sobre a possibilidade de guerra com a Venezuela

“Se nós tivéssemos um efetivo maior, talvez fôssemos levados mais a sério pelo (Nicolás) Maduro, ou temidos pela China ou pela Rússia", afirmou.  “São bombas nucleares que garantem a paz ali... cadê o colega do Paquistão? Como é que é a relação do Paquistão com a Índia se só um dos lados tivesse uma bomba nuclear? Será que seria da mesma maneira que é hoje? Óbvio que não. Quando um desenvolveu a bomba nuclear, o outro desenvolveu no dia seguinte e ali está selada, ao menos minimamente, uma espécie de paz. Eu sou entusiasta desta visão”, afirmou o deputado em reunião do colegiado que preside.

O deputado federalEduardo Bolsonaro (PSL-SP); filho do presidente defende Olavo de Carvalho Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
continua após a publicidade

Não é a primeira vez que o filho do presidente fala em defesa da manutenção de armas nucleares. Em 2016, em vídeo nas redes sociais, ele afirmou que a posse de armas nucleares aumenta o papel de destaque de um país. O deputado federal lembrou que o País é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares desde do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Esse assunto não está em pauta neste momento. A gente sabe que o Brasil quiser romper esse acordo ele sofre uma série de sanções. É um tema muito complicado, mas quem sabe um dia possa voltar ao debate aqui (na comissão)”, afirmou.

O parlamentar disse defender a necessidade de fortalecer as Forças Armadas e insinuou uso de uma saída militar na Venezuela. “Quem aqui nunca ouviu: o Brasil é um País pacifista, nunca vai entrar em guerra. Para que Forças Armadas? Vai gastar dinheiro com míssil, com tanque e nunca vai usar isso? Pois bem, estamos tendo um problema agora com a Venezuela e o politicamente correto me impede de falar algumas coisas. Então, tenho que falar que está tudo muito bem, nós nunca entraremos em guerra e podem ficar tranquilos. É claro que é uma ironia que eu estou falando”, disse, completando: “Não estou confabulando uma guerra até porque não tenho poderes para isso”.

continua após a publicidade

As declarações foram feitas nesta terça-feira, 14, em uma audiência da comissão com representantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.

BRASÍLIA - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, afirmou que a posse de armas nucleares “garante a paz” e disse ainda que o “politicamente correto” o impede de falar sobre a possibilidade de guerra com a Venezuela

“Se nós tivéssemos um efetivo maior, talvez fôssemos levados mais a sério pelo (Nicolás) Maduro, ou temidos pela China ou pela Rússia", afirmou.  “São bombas nucleares que garantem a paz ali... cadê o colega do Paquistão? Como é que é a relação do Paquistão com a Índia se só um dos lados tivesse uma bomba nuclear? Será que seria da mesma maneira que é hoje? Óbvio que não. Quando um desenvolveu a bomba nuclear, o outro desenvolveu no dia seguinte e ali está selada, ao menos minimamente, uma espécie de paz. Eu sou entusiasta desta visão”, afirmou o deputado em reunião do colegiado que preside.

O deputado federalEduardo Bolsonaro (PSL-SP); filho do presidente defende Olavo de Carvalho Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Não é a primeira vez que o filho do presidente fala em defesa da manutenção de armas nucleares. Em 2016, em vídeo nas redes sociais, ele afirmou que a posse de armas nucleares aumenta o papel de destaque de um país. O deputado federal lembrou que o País é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares desde do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Esse assunto não está em pauta neste momento. A gente sabe que o Brasil quiser romper esse acordo ele sofre uma série de sanções. É um tema muito complicado, mas quem sabe um dia possa voltar ao debate aqui (na comissão)”, afirmou.

O parlamentar disse defender a necessidade de fortalecer as Forças Armadas e insinuou uso de uma saída militar na Venezuela. “Quem aqui nunca ouviu: o Brasil é um País pacifista, nunca vai entrar em guerra. Para que Forças Armadas? Vai gastar dinheiro com míssil, com tanque e nunca vai usar isso? Pois bem, estamos tendo um problema agora com a Venezuela e o politicamente correto me impede de falar algumas coisas. Então, tenho que falar que está tudo muito bem, nós nunca entraremos em guerra e podem ficar tranquilos. É claro que é uma ironia que eu estou falando”, disse, completando: “Não estou confabulando uma guerra até porque não tenho poderes para isso”.

As declarações foram feitas nesta terça-feira, 14, em uma audiência da comissão com representantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.

BRASÍLIA - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, afirmou que a posse de armas nucleares “garante a paz” e disse ainda que o “politicamente correto” o impede de falar sobre a possibilidade de guerra com a Venezuela

“Se nós tivéssemos um efetivo maior, talvez fôssemos levados mais a sério pelo (Nicolás) Maduro, ou temidos pela China ou pela Rússia", afirmou.  “São bombas nucleares que garantem a paz ali... cadê o colega do Paquistão? Como é que é a relação do Paquistão com a Índia se só um dos lados tivesse uma bomba nuclear? Será que seria da mesma maneira que é hoje? Óbvio que não. Quando um desenvolveu a bomba nuclear, o outro desenvolveu no dia seguinte e ali está selada, ao menos minimamente, uma espécie de paz. Eu sou entusiasta desta visão”, afirmou o deputado em reunião do colegiado que preside.

O deputado federalEduardo Bolsonaro (PSL-SP); filho do presidente defende Olavo de Carvalho Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Não é a primeira vez que o filho do presidente fala em defesa da manutenção de armas nucleares. Em 2016, em vídeo nas redes sociais, ele afirmou que a posse de armas nucleares aumenta o papel de destaque de um país. O deputado federal lembrou que o País é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares desde do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Esse assunto não está em pauta neste momento. A gente sabe que o Brasil quiser romper esse acordo ele sofre uma série de sanções. É um tema muito complicado, mas quem sabe um dia possa voltar ao debate aqui (na comissão)”, afirmou.

O parlamentar disse defender a necessidade de fortalecer as Forças Armadas e insinuou uso de uma saída militar na Venezuela. “Quem aqui nunca ouviu: o Brasil é um País pacifista, nunca vai entrar em guerra. Para que Forças Armadas? Vai gastar dinheiro com míssil, com tanque e nunca vai usar isso? Pois bem, estamos tendo um problema agora com a Venezuela e o politicamente correto me impede de falar algumas coisas. Então, tenho que falar que está tudo muito bem, nós nunca entraremos em guerra e podem ficar tranquilos. É claro que é uma ironia que eu estou falando”, disse, completando: “Não estou confabulando uma guerra até porque não tenho poderes para isso”.

As declarações foram feitas nesta terça-feira, 14, em uma audiência da comissão com representantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.