Após sinais de que partidos do Centrão caminham para uma aliança com Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições de 2018, o presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou ao Broadcast Político que a entrada do PR, de Valdemar Costa Neto, no bloco pesa a favor do tucano. O dirigente pedetista declarou ainda que o Centrão está sob "pressão" de Alckmin, do sistema financeiro e do presidente Michel Temer para não fechar com o ex-ministro Ciro Gomes. "Sempre houve essa possibilidade (de apoiar Alckmin), eles sempre falaram com franqueza. Falavam para a gente que a tendência maior era com o Ciro, mas que queriam conversar entre eles. Acho que essa entrada do PR puxa um pouco mais para o Alckmin, isso está pesando", disse o dirigente.
O presidente do PDT diz que o partido ainda aguarda uma decisão do Centrão e que a legenda continua aberta para diálogo com o bloco. "Nós já conversamos o que tinha para conversar, estamos à disposição a hora que eles quiserem. Nunca negamos conversa. Vamos aguardar a decisão deles. Não temos mais o que fazer a não ser aguardar." Os contatos por telefone com representantes do bloco, destacou o pedetista, continuam. Para Lupi, divisões internas no Centrão e pressões de Alckmin, do mercado financeiro e do presidente Michel Temer são obstáculos para um acordo com Ciro. "Está tendo uma disputa interna. O Alckmin está pressionando muito, o sistema financeiro, que 'adora' o PDT, o Ciro e o Brizola, pressiona muito. Michel Temer está ligando toda hora. Vamos ver até onde eles aguentam a pressão ou não", declarou.
O PDT realiza, nesta sexta-feira, sua convenção nacional para oficializar o nome de Ciro como candidato a presidente. O partido aposta em uma aliança com o PSB para dar força ao presidenciável. O pessebistas ainda não anunciaram o posicionamento do partido. "Nosso caminho está traçado, estamos com Ciro nas ruas há dois anos com a pré-campanha. Se tiver aliados, é bom. Se não tiver, continuamos no mesmo caminho."