Erundina ‘some’ para não fustigar aliada


Com posições conflitantes com as de Marina, coordenadora da campanha da candidata do PSB tenta escapar de divergências públicas

Por Isadora Peron e Pedro Venceslau

Escolhida de última hora para coordenar a campanha de Marina Silva à Presidência, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), submergiu para não divergir publicamente da candidata. Apesar de serem amigas e compartilharem o mesmo projeto de poder, as duas têm posições antagônicas em temas polêmicos que são especialmente sensíveis no atual cenário eleitoral.

Erundina notabilizou-se no Congresso - ela está no quarto mandato de deputada - pela defesa das bandeiras LGBT, da revisão da Lei da Anistia e da democratização da mídia. 

Marina, porém, evita encampar essas propostas. Em um episódio recente, a equipe da candidata retirou do programa de governo trechos que previam a criminalização da homofobia e a aprovação do casamento gay. Na ocasião, Erundina não se manifestou. Hoje, quando questionada, ela minimiza o caso. “Essas questões são menores. Em uma disputa eleitoral com essa dimensão, essas questões precisam ser tratadas no seu devido tempo”, afirmou. 

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Para evitar novos desgastes - e não se desgastar com os seus eleitores - Erundina tem acompanhado Marina a pouquíssimos eventos. Sua agenda tem se concentrado a atividades que fogem do seu perfil - a burocracia do dia a dia da campanha. 

Na sexta-feira, quando compareceu a uma ato de Marina em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, a deputada foi questionada pelo Estado sobre as divergências com a presidenciável. “Esta é uma coletiva com a candidata à Presidência, não com a coordenadora da campanha”, disse. “O centro do debate, a figura principal, o interesse que a sociedade tem é pelo o que está falando a nossa candidata”, concluiu. 

Em outra ocasião, também na semana passada, a deputada reconheceu as diferenças. “Não alterei um milímetro das minhas posições. Mas há mais convergências do que divergências.” Entre as discordâncias, talvez a mais delicada seja a revisão da Lei da Anistia, que permitiria que militares e civis sejam punidos por seus crimes da época da ditadura. Em debates na Câmara, Erundina costumava fazer duras críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), por se mostrar contrária à revisão da norma. “A postura da presidente Dilma é de leniência. Por que esse receio? Não entendo, sobretudo para uma pessoa que pagou tão caro na época”, chegou a dizer a parlamentar. A posição não mudou, mas Marina é poupada. “Temos que lutar pela revisão, mas isso é um aspecto menor”, disse a deputada. 

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Quando questionada sobre sua baixa participação nos eventos de campanha, a deputada diz que tem de se concentrar na sua campanha à reeleição para a Câmara. Apesar das divergência, Erundina e Marina compartilham a mesma mágoa com o PT, partido que ambas ajudaram a fundar e que, hoje, tentam derrotar no plano nacional.

Escolhida de última hora para coordenar a campanha de Marina Silva à Presidência, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), submergiu para não divergir publicamente da candidata. Apesar de serem amigas e compartilharem o mesmo projeto de poder, as duas têm posições antagônicas em temas polêmicos que são especialmente sensíveis no atual cenário eleitoral.

Erundina notabilizou-se no Congresso - ela está no quarto mandato de deputada - pela defesa das bandeiras LGBT, da revisão da Lei da Anistia e da democratização da mídia. 

Marina, porém, evita encampar essas propostas. Em um episódio recente, a equipe da candidata retirou do programa de governo trechos que previam a criminalização da homofobia e a aprovação do casamento gay. Na ocasião, Erundina não se manifestou. Hoje, quando questionada, ela minimiza o caso. “Essas questões são menores. Em uma disputa eleitoral com essa dimensão, essas questões precisam ser tratadas no seu devido tempo”, afirmou. 

Para evitar novos desgastes - e não se desgastar com os seus eleitores - Erundina tem acompanhado Marina a pouquíssimos eventos. Sua agenda tem se concentrado a atividades que fogem do seu perfil - a burocracia do dia a dia da campanha. 

Na sexta-feira, quando compareceu a uma ato de Marina em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, a deputada foi questionada pelo Estado sobre as divergências com a presidenciável. “Esta é uma coletiva com a candidata à Presidência, não com a coordenadora da campanha”, disse. “O centro do debate, a figura principal, o interesse que a sociedade tem é pelo o que está falando a nossa candidata”, concluiu. 

Em outra ocasião, também na semana passada, a deputada reconheceu as diferenças. “Não alterei um milímetro das minhas posições. Mas há mais convergências do que divergências.” Entre as discordâncias, talvez a mais delicada seja a revisão da Lei da Anistia, que permitiria que militares e civis sejam punidos por seus crimes da época da ditadura. Em debates na Câmara, Erundina costumava fazer duras críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), por se mostrar contrária à revisão da norma. “A postura da presidente Dilma é de leniência. Por que esse receio? Não entendo, sobretudo para uma pessoa que pagou tão caro na época”, chegou a dizer a parlamentar. A posição não mudou, mas Marina é poupada. “Temos que lutar pela revisão, mas isso é um aspecto menor”, disse a deputada. 

Quando questionada sobre sua baixa participação nos eventos de campanha, a deputada diz que tem de se concentrar na sua campanha à reeleição para a Câmara. Apesar das divergência, Erundina e Marina compartilham a mesma mágoa com o PT, partido que ambas ajudaram a fundar e que, hoje, tentam derrotar no plano nacional.

Escolhida de última hora para coordenar a campanha de Marina Silva à Presidência, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), submergiu para não divergir publicamente da candidata. Apesar de serem amigas e compartilharem o mesmo projeto de poder, as duas têm posições antagônicas em temas polêmicos que são especialmente sensíveis no atual cenário eleitoral.

Erundina notabilizou-se no Congresso - ela está no quarto mandato de deputada - pela defesa das bandeiras LGBT, da revisão da Lei da Anistia e da democratização da mídia. 

Marina, porém, evita encampar essas propostas. Em um episódio recente, a equipe da candidata retirou do programa de governo trechos que previam a criminalização da homofobia e a aprovação do casamento gay. Na ocasião, Erundina não se manifestou. Hoje, quando questionada, ela minimiza o caso. “Essas questões são menores. Em uma disputa eleitoral com essa dimensão, essas questões precisam ser tratadas no seu devido tempo”, afirmou. 

Para evitar novos desgastes - e não se desgastar com os seus eleitores - Erundina tem acompanhado Marina a pouquíssimos eventos. Sua agenda tem se concentrado a atividades que fogem do seu perfil - a burocracia do dia a dia da campanha. 

Na sexta-feira, quando compareceu a uma ato de Marina em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, a deputada foi questionada pelo Estado sobre as divergências com a presidenciável. “Esta é uma coletiva com a candidata à Presidência, não com a coordenadora da campanha”, disse. “O centro do debate, a figura principal, o interesse que a sociedade tem é pelo o que está falando a nossa candidata”, concluiu. 

Em outra ocasião, também na semana passada, a deputada reconheceu as diferenças. “Não alterei um milímetro das minhas posições. Mas há mais convergências do que divergências.” Entre as discordâncias, talvez a mais delicada seja a revisão da Lei da Anistia, que permitiria que militares e civis sejam punidos por seus crimes da época da ditadura. Em debates na Câmara, Erundina costumava fazer duras críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), por se mostrar contrária à revisão da norma. “A postura da presidente Dilma é de leniência. Por que esse receio? Não entendo, sobretudo para uma pessoa que pagou tão caro na época”, chegou a dizer a parlamentar. A posição não mudou, mas Marina é poupada. “Temos que lutar pela revisão, mas isso é um aspecto menor”, disse a deputada. 

Quando questionada sobre sua baixa participação nos eventos de campanha, a deputada diz que tem de se concentrar na sua campanha à reeleição para a Câmara. Apesar das divergência, Erundina e Marina compartilham a mesma mágoa com o PT, partido que ambas ajudaram a fundar e que, hoje, tentam derrotar no plano nacional.

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