Fábio Faria desiste de candidatura ao Senado e permanecerá no governo


Faria era cotado como candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte e disputava o apoio de Bolsonaro com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que deverá pleitear o cargo

Por Daniel Reis, Felipe Frazão/Brasília e Iander Porcella/Brasília

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou nesta terça-feira, 22, que não disputará as eleições em outubro e permanecerá no governo até o fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL). Faria era cotado como candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte. Ele disputava o apoio do presidente com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que deverá se candidatar ao cargo.

“Hoje venho aqui compartilhar com vocês que eu permanecerei ministro das Comunicações. Não serei pré-candidato ao Senado Federal”, disse Faria. “Tive hoje uma conversa com o ministro Rogério Marinho, já tinha tomado essa decisão, mas hoje nós decidimos fazer essa comunicação, retirar a pré-candidatura”, completou.

O ministro afirmou que desistiu de disputar as eleições por entender que seu maior legado será a entrega do 5G nas 27 capitais do País, que ocorrerá em julho. A lei exige que ocupantes de cargos públicos deixem suas funções até 2 de abril, seis meses antes do primeiro turno, se quiserem disputar eleições.

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Ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou que não disputará as eleições e permanecerá no governo. Foto: Evaristo Sá/AFP

Bolsonaro prepara uma reforma ministerial para o fim de março e já falou em até onze mudanças na equipe que, atualmente, tem 23 titulares. Além de Faria, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também deve permanecer no cargo. Até agora, o presidente tem dito que vai dar preferência a substituições internas, nomeando secretários executivos para o lugar dos titulares.

Faria é deputado federal licenciado pelo PSD, está prestes a mudar para o Progressistas do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e havia manifestado o desejo de concorrer ao Senado. Seu plano, porém, se chocou com o do colega Rogério Marinho.

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Embate:

Nos bastidores, Faria e Marinho protagonizavam um embate pela preferência de Bolsonaro e das forças políticas governistas no Rio Grande do Norte. O presidente avisou que não iria arbitrar o confronto e pediu que os dois se entendessem.

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O líder do Executivo já havia sinalizado, em live no último dia 10, que apoiaria Marinho nas eleições para o Senado no Rio Grande do Norte. Um dia antes, durante evento de inauguração de obras da transposição do Rio São Francisco, em Jardim de Piranhas (RN), o próprio Faria disse que apenas um dos ministros pleitearia o cargo.

As falas do ministro nessa ocasião renderam uma representação do Ministério Público Eleitoral no Rio Grande do Norte contra ele por propaganda eleitoral antecipada. De acordo com a representação, o evento teve sua finalidade desviada e se tornou um ato político eleitoral.

“Nós temos um projeto”, afirmou Faria. “O projeto de reeleger o presidente Bolsonaro”, completou. “Porque entre eu e o Rogério, e em nome do projeto do Estado, só vai sair um…Porque a nossa missão é tirar essa governadora mentirosa”, disse o ministro das Comunicações.

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Nesta terça-feira, 22, Marinho foi às redes sociais para elogiar a atitude do colega. “Agradeço ao Min. das Comunicações, meu amigo dep. fed. @fabiofaria, pelo desprendimento e generoso gesto. Fábio abriu mão da pré-candidatura ao Senado, pelo nosso RN, em prol de um projeto em que juntos vamos levar adiante a mudança necessária na política do Estado”, escreveu o ministro no Twitter.

Embora não discutissem em público, a portas fechadas, porém, um acusava o outro de vazar informações desabonadoras sobre suas respectivas gestões. Apesar de despachar no Palácio do Planalto, ter trânsito com a família Bolsonaro e os trunfos do 5G e da internet via satélite, Faria se queixava da discrepância de verbas distribuídas por Marinho a aliados do governo, por meio de emendas parlamentares. Como mostrou o Estadão, o Ministério do Desenvolvimento Regional se tornou um dos caixas do orçamento secreto. Marinho pôs em prática o esquema de distribuição de verbas bilionárias, figurou como uma das fisionomias do chamado “tratoraço”, ampliou o despejo de dinheiro federal no Rio Grande do Norte e conquistou apoio de políticos locais.

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O ministro disse que consultou a família sobre a decisão e que pretende se dedicar à iniciativa privada após deixar o cargo. Lembrou, ainda, que comunicou o presidente sobre sua desistência há 15 dias e reiterou nesta terça, antes da declaração à imprensa. “Em nenhum momento o presidente interveio nessa decisão”, afirmou Faria. “Óbvio que ele ficou (satisfeito). Dois ministros estavam disputando o mesmo cargo. Ele até falou, aventou outras possibilidades e eu falei ‘Não, presidente, quero cumprir minha missão’”, observou o titular das Comunicações,ao mencionar as ações para implantar a rede 5G no País.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou nesta terça-feira, 22, que não disputará as eleições em outubro e permanecerá no governo até o fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL). Faria era cotado como candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte. Ele disputava o apoio do presidente com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que deverá se candidatar ao cargo.

“Hoje venho aqui compartilhar com vocês que eu permanecerei ministro das Comunicações. Não serei pré-candidato ao Senado Federal”, disse Faria. “Tive hoje uma conversa com o ministro Rogério Marinho, já tinha tomado essa decisão, mas hoje nós decidimos fazer essa comunicação, retirar a pré-candidatura”, completou.

O ministro afirmou que desistiu de disputar as eleições por entender que seu maior legado será a entrega do 5G nas 27 capitais do País, que ocorrerá em julho. A lei exige que ocupantes de cargos públicos deixem suas funções até 2 de abril, seis meses antes do primeiro turno, se quiserem disputar eleições.

Ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou que não disputará as eleições e permanecerá no governo. Foto: Evaristo Sá/AFP

Bolsonaro prepara uma reforma ministerial para o fim de março e já falou em até onze mudanças na equipe que, atualmente, tem 23 titulares. Além de Faria, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também deve permanecer no cargo. Até agora, o presidente tem dito que vai dar preferência a substituições internas, nomeando secretários executivos para o lugar dos titulares.

Faria é deputado federal licenciado pelo PSD, está prestes a mudar para o Progressistas do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e havia manifestado o desejo de concorrer ao Senado. Seu plano, porém, se chocou com o do colega Rogério Marinho.

Embate:

Nos bastidores, Faria e Marinho protagonizavam um embate pela preferência de Bolsonaro e das forças políticas governistas no Rio Grande do Norte. O presidente avisou que não iria arbitrar o confronto e pediu que os dois se entendessem.

O líder do Executivo já havia sinalizado, em live no último dia 10, que apoiaria Marinho nas eleições para o Senado no Rio Grande do Norte. Um dia antes, durante evento de inauguração de obras da transposição do Rio São Francisco, em Jardim de Piranhas (RN), o próprio Faria disse que apenas um dos ministros pleitearia o cargo.

As falas do ministro nessa ocasião renderam uma representação do Ministério Público Eleitoral no Rio Grande do Norte contra ele por propaganda eleitoral antecipada. De acordo com a representação, o evento teve sua finalidade desviada e se tornou um ato político eleitoral.

“Nós temos um projeto”, afirmou Faria. “O projeto de reeleger o presidente Bolsonaro”, completou. “Porque entre eu e o Rogério, e em nome do projeto do Estado, só vai sair um…Porque a nossa missão é tirar essa governadora mentirosa”, disse o ministro das Comunicações.

Nesta terça-feira, 22, Marinho foi às redes sociais para elogiar a atitude do colega. “Agradeço ao Min. das Comunicações, meu amigo dep. fed. @fabiofaria, pelo desprendimento e generoso gesto. Fábio abriu mão da pré-candidatura ao Senado, pelo nosso RN, em prol de um projeto em que juntos vamos levar adiante a mudança necessária na política do Estado”, escreveu o ministro no Twitter.

Embora não discutissem em público, a portas fechadas, porém, um acusava o outro de vazar informações desabonadoras sobre suas respectivas gestões. Apesar de despachar no Palácio do Planalto, ter trânsito com a família Bolsonaro e os trunfos do 5G e da internet via satélite, Faria se queixava da discrepância de verbas distribuídas por Marinho a aliados do governo, por meio de emendas parlamentares. Como mostrou o Estadão, o Ministério do Desenvolvimento Regional se tornou um dos caixas do orçamento secreto. Marinho pôs em prática o esquema de distribuição de verbas bilionárias, figurou como uma das fisionomias do chamado “tratoraço”, ampliou o despejo de dinheiro federal no Rio Grande do Norte e conquistou apoio de políticos locais.

O ministro disse que consultou a família sobre a decisão e que pretende se dedicar à iniciativa privada após deixar o cargo. Lembrou, ainda, que comunicou o presidente sobre sua desistência há 15 dias e reiterou nesta terça, antes da declaração à imprensa. “Em nenhum momento o presidente interveio nessa decisão”, afirmou Faria. “Óbvio que ele ficou (satisfeito). Dois ministros estavam disputando o mesmo cargo. Ele até falou, aventou outras possibilidades e eu falei ‘Não, presidente, quero cumprir minha missão’”, observou o titular das Comunicações,ao mencionar as ações para implantar a rede 5G no País.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou nesta terça-feira, 22, que não disputará as eleições em outubro e permanecerá no governo até o fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL). Faria era cotado como candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte. Ele disputava o apoio do presidente com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que deverá se candidatar ao cargo.

“Hoje venho aqui compartilhar com vocês que eu permanecerei ministro das Comunicações. Não serei pré-candidato ao Senado Federal”, disse Faria. “Tive hoje uma conversa com o ministro Rogério Marinho, já tinha tomado essa decisão, mas hoje nós decidimos fazer essa comunicação, retirar a pré-candidatura”, completou.

O ministro afirmou que desistiu de disputar as eleições por entender que seu maior legado será a entrega do 5G nas 27 capitais do País, que ocorrerá em julho. A lei exige que ocupantes de cargos públicos deixem suas funções até 2 de abril, seis meses antes do primeiro turno, se quiserem disputar eleições.

Ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou que não disputará as eleições e permanecerá no governo. Foto: Evaristo Sá/AFP

Bolsonaro prepara uma reforma ministerial para o fim de março e já falou em até onze mudanças na equipe que, atualmente, tem 23 titulares. Além de Faria, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também deve permanecer no cargo. Até agora, o presidente tem dito que vai dar preferência a substituições internas, nomeando secretários executivos para o lugar dos titulares.

Faria é deputado federal licenciado pelo PSD, está prestes a mudar para o Progressistas do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e havia manifestado o desejo de concorrer ao Senado. Seu plano, porém, se chocou com o do colega Rogério Marinho.

Embate:

Nos bastidores, Faria e Marinho protagonizavam um embate pela preferência de Bolsonaro e das forças políticas governistas no Rio Grande do Norte. O presidente avisou que não iria arbitrar o confronto e pediu que os dois se entendessem.

O líder do Executivo já havia sinalizado, em live no último dia 10, que apoiaria Marinho nas eleições para o Senado no Rio Grande do Norte. Um dia antes, durante evento de inauguração de obras da transposição do Rio São Francisco, em Jardim de Piranhas (RN), o próprio Faria disse que apenas um dos ministros pleitearia o cargo.

As falas do ministro nessa ocasião renderam uma representação do Ministério Público Eleitoral no Rio Grande do Norte contra ele por propaganda eleitoral antecipada. De acordo com a representação, o evento teve sua finalidade desviada e se tornou um ato político eleitoral.

“Nós temos um projeto”, afirmou Faria. “O projeto de reeleger o presidente Bolsonaro”, completou. “Porque entre eu e o Rogério, e em nome do projeto do Estado, só vai sair um…Porque a nossa missão é tirar essa governadora mentirosa”, disse o ministro das Comunicações.

Nesta terça-feira, 22, Marinho foi às redes sociais para elogiar a atitude do colega. “Agradeço ao Min. das Comunicações, meu amigo dep. fed. @fabiofaria, pelo desprendimento e generoso gesto. Fábio abriu mão da pré-candidatura ao Senado, pelo nosso RN, em prol de um projeto em que juntos vamos levar adiante a mudança necessária na política do Estado”, escreveu o ministro no Twitter.

Embora não discutissem em público, a portas fechadas, porém, um acusava o outro de vazar informações desabonadoras sobre suas respectivas gestões. Apesar de despachar no Palácio do Planalto, ter trânsito com a família Bolsonaro e os trunfos do 5G e da internet via satélite, Faria se queixava da discrepância de verbas distribuídas por Marinho a aliados do governo, por meio de emendas parlamentares. Como mostrou o Estadão, o Ministério do Desenvolvimento Regional se tornou um dos caixas do orçamento secreto. Marinho pôs em prática o esquema de distribuição de verbas bilionárias, figurou como uma das fisionomias do chamado “tratoraço”, ampliou o despejo de dinheiro federal no Rio Grande do Norte e conquistou apoio de políticos locais.

O ministro disse que consultou a família sobre a decisão e que pretende se dedicar à iniciativa privada após deixar o cargo. Lembrou, ainda, que comunicou o presidente sobre sua desistência há 15 dias e reiterou nesta terça, antes da declaração à imprensa. “Em nenhum momento o presidente interveio nessa decisão”, afirmou Faria. “Óbvio que ele ficou (satisfeito). Dois ministros estavam disputando o mesmo cargo. Ele até falou, aventou outras possibilidades e eu falei ‘Não, presidente, quero cumprir minha missão’”, observou o titular das Comunicações,ao mencionar as ações para implantar a rede 5G no País.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou nesta terça-feira, 22, que não disputará as eleições em outubro e permanecerá no governo até o fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL). Faria era cotado como candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte. Ele disputava o apoio do presidente com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que deverá se candidatar ao cargo.

“Hoje venho aqui compartilhar com vocês que eu permanecerei ministro das Comunicações. Não serei pré-candidato ao Senado Federal”, disse Faria. “Tive hoje uma conversa com o ministro Rogério Marinho, já tinha tomado essa decisão, mas hoje nós decidimos fazer essa comunicação, retirar a pré-candidatura”, completou.

O ministro afirmou que desistiu de disputar as eleições por entender que seu maior legado será a entrega do 5G nas 27 capitais do País, que ocorrerá em julho. A lei exige que ocupantes de cargos públicos deixem suas funções até 2 de abril, seis meses antes do primeiro turno, se quiserem disputar eleições.

Ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou que não disputará as eleições e permanecerá no governo. Foto: Evaristo Sá/AFP

Bolsonaro prepara uma reforma ministerial para o fim de março e já falou em até onze mudanças na equipe que, atualmente, tem 23 titulares. Além de Faria, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também deve permanecer no cargo. Até agora, o presidente tem dito que vai dar preferência a substituições internas, nomeando secretários executivos para o lugar dos titulares.

Faria é deputado federal licenciado pelo PSD, está prestes a mudar para o Progressistas do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e havia manifestado o desejo de concorrer ao Senado. Seu plano, porém, se chocou com o do colega Rogério Marinho.

Embate:

Nos bastidores, Faria e Marinho protagonizavam um embate pela preferência de Bolsonaro e das forças políticas governistas no Rio Grande do Norte. O presidente avisou que não iria arbitrar o confronto e pediu que os dois se entendessem.

O líder do Executivo já havia sinalizado, em live no último dia 10, que apoiaria Marinho nas eleições para o Senado no Rio Grande do Norte. Um dia antes, durante evento de inauguração de obras da transposição do Rio São Francisco, em Jardim de Piranhas (RN), o próprio Faria disse que apenas um dos ministros pleitearia o cargo.

As falas do ministro nessa ocasião renderam uma representação do Ministério Público Eleitoral no Rio Grande do Norte contra ele por propaganda eleitoral antecipada. De acordo com a representação, o evento teve sua finalidade desviada e se tornou um ato político eleitoral.

“Nós temos um projeto”, afirmou Faria. “O projeto de reeleger o presidente Bolsonaro”, completou. “Porque entre eu e o Rogério, e em nome do projeto do Estado, só vai sair um…Porque a nossa missão é tirar essa governadora mentirosa”, disse o ministro das Comunicações.

Nesta terça-feira, 22, Marinho foi às redes sociais para elogiar a atitude do colega. “Agradeço ao Min. das Comunicações, meu amigo dep. fed. @fabiofaria, pelo desprendimento e generoso gesto. Fábio abriu mão da pré-candidatura ao Senado, pelo nosso RN, em prol de um projeto em que juntos vamos levar adiante a mudança necessária na política do Estado”, escreveu o ministro no Twitter.

Embora não discutissem em público, a portas fechadas, porém, um acusava o outro de vazar informações desabonadoras sobre suas respectivas gestões. Apesar de despachar no Palácio do Planalto, ter trânsito com a família Bolsonaro e os trunfos do 5G e da internet via satélite, Faria se queixava da discrepância de verbas distribuídas por Marinho a aliados do governo, por meio de emendas parlamentares. Como mostrou o Estadão, o Ministério do Desenvolvimento Regional se tornou um dos caixas do orçamento secreto. Marinho pôs em prática o esquema de distribuição de verbas bilionárias, figurou como uma das fisionomias do chamado “tratoraço”, ampliou o despejo de dinheiro federal no Rio Grande do Norte e conquistou apoio de políticos locais.

O ministro disse que consultou a família sobre a decisão e que pretende se dedicar à iniciativa privada após deixar o cargo. Lembrou, ainda, que comunicou o presidente sobre sua desistência há 15 dias e reiterou nesta terça, antes da declaração à imprensa. “Em nenhum momento o presidente interveio nessa decisão”, afirmou Faria. “Óbvio que ele ficou (satisfeito). Dois ministros estavam disputando o mesmo cargo. Ele até falou, aventou outras possibilidades e eu falei ‘Não, presidente, quero cumprir minha missão’”, observou o titular das Comunicações,ao mencionar as ações para implantar a rede 5G no País.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou nesta terça-feira, 22, que não disputará as eleições em outubro e permanecerá no governo até o fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL). Faria era cotado como candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte. Ele disputava o apoio do presidente com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que deverá se candidatar ao cargo.

“Hoje venho aqui compartilhar com vocês que eu permanecerei ministro das Comunicações. Não serei pré-candidato ao Senado Federal”, disse Faria. “Tive hoje uma conversa com o ministro Rogério Marinho, já tinha tomado essa decisão, mas hoje nós decidimos fazer essa comunicação, retirar a pré-candidatura”, completou.

O ministro afirmou que desistiu de disputar as eleições por entender que seu maior legado será a entrega do 5G nas 27 capitais do País, que ocorrerá em julho. A lei exige que ocupantes de cargos públicos deixem suas funções até 2 de abril, seis meses antes do primeiro turno, se quiserem disputar eleições.

Ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou que não disputará as eleições e permanecerá no governo. Foto: Evaristo Sá/AFP

Bolsonaro prepara uma reforma ministerial para o fim de março e já falou em até onze mudanças na equipe que, atualmente, tem 23 titulares. Além de Faria, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também deve permanecer no cargo. Até agora, o presidente tem dito que vai dar preferência a substituições internas, nomeando secretários executivos para o lugar dos titulares.

Faria é deputado federal licenciado pelo PSD, está prestes a mudar para o Progressistas do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e havia manifestado o desejo de concorrer ao Senado. Seu plano, porém, se chocou com o do colega Rogério Marinho.

Embate:

Nos bastidores, Faria e Marinho protagonizavam um embate pela preferência de Bolsonaro e das forças políticas governistas no Rio Grande do Norte. O presidente avisou que não iria arbitrar o confronto e pediu que os dois se entendessem.

O líder do Executivo já havia sinalizado, em live no último dia 10, que apoiaria Marinho nas eleições para o Senado no Rio Grande do Norte. Um dia antes, durante evento de inauguração de obras da transposição do Rio São Francisco, em Jardim de Piranhas (RN), o próprio Faria disse que apenas um dos ministros pleitearia o cargo.

As falas do ministro nessa ocasião renderam uma representação do Ministério Público Eleitoral no Rio Grande do Norte contra ele por propaganda eleitoral antecipada. De acordo com a representação, o evento teve sua finalidade desviada e se tornou um ato político eleitoral.

“Nós temos um projeto”, afirmou Faria. “O projeto de reeleger o presidente Bolsonaro”, completou. “Porque entre eu e o Rogério, e em nome do projeto do Estado, só vai sair um…Porque a nossa missão é tirar essa governadora mentirosa”, disse o ministro das Comunicações.

Nesta terça-feira, 22, Marinho foi às redes sociais para elogiar a atitude do colega. “Agradeço ao Min. das Comunicações, meu amigo dep. fed. @fabiofaria, pelo desprendimento e generoso gesto. Fábio abriu mão da pré-candidatura ao Senado, pelo nosso RN, em prol de um projeto em que juntos vamos levar adiante a mudança necessária na política do Estado”, escreveu o ministro no Twitter.

Embora não discutissem em público, a portas fechadas, porém, um acusava o outro de vazar informações desabonadoras sobre suas respectivas gestões. Apesar de despachar no Palácio do Planalto, ter trânsito com a família Bolsonaro e os trunfos do 5G e da internet via satélite, Faria se queixava da discrepância de verbas distribuídas por Marinho a aliados do governo, por meio de emendas parlamentares. Como mostrou o Estadão, o Ministério do Desenvolvimento Regional se tornou um dos caixas do orçamento secreto. Marinho pôs em prática o esquema de distribuição de verbas bilionárias, figurou como uma das fisionomias do chamado “tratoraço”, ampliou o despejo de dinheiro federal no Rio Grande do Norte e conquistou apoio de políticos locais.

O ministro disse que consultou a família sobre a decisão e que pretende se dedicar à iniciativa privada após deixar o cargo. Lembrou, ainda, que comunicou o presidente sobre sua desistência há 15 dias e reiterou nesta terça, antes da declaração à imprensa. “Em nenhum momento o presidente interveio nessa decisão”, afirmou Faria. “Óbvio que ele ficou (satisfeito). Dois ministros estavam disputando o mesmo cargo. Ele até falou, aventou outras possibilidades e eu falei ‘Não, presidente, quero cumprir minha missão’”, observou o titular das Comunicações,ao mencionar as ações para implantar a rede 5G no País.

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