Favorito, prefeito Alexandre Kalil ‘joga parado’ por mais um mandato em Belo Horizonte


Liderando pesquisas desde o início da campanha, ex-presidente do Atlético Mineiro e candidato pelo PSD adotou estratégia de se expor pouco

Por Leonardo Augusto

BELO HORIZONTE - Pela terceira vez desde o início da votação em dois turnos, em 1992, o eleitor de Belo Horizonte deve eleger neste domingo o novo prefeito já no primeiro turno. O atual chefe do executivo municipal, Alexandre Kalil (PSD), é o líder isolado da disputa e deve receber mais de 72% dos votos, conforme a última pesquisa Ibope, para governar a cidade de 2021 a 2024.

Alexandre Kalil (PSD) afirma que a agenda restrita durante a campanha para a reeleição foi motivada pela pandemia de covid-19. Foto: Uarlen Valério/O Tempo
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Quinze candidatos estão na corrida pela prefeitura da capital mineira. Kalil é um cartola que presidiu o Clube Atlético Mineiro e se elegeu em 2016 afirmando não ser político. Aproveitou ainda o vácuo deixado pelos até então dois principais partidos brasileiros, os rivais PT e PSDB, ambos mergulhados em escândalos de corrupção. As duas legendas e seus aliados do PSB haviam dominado a cena política da capital mineira desde 1988 até aquele ano.

Apesar do discurso, Kalil, antes de disputar a prefeitura, havia sido filiado ao PSB e chegou a ensaiar disputa a deputado federal em 2014. Foi eleito prefeito pelo PHS em 2016 e agora está no PSD, o partido criado pelo ex-ministro Gilberto Kassab.

Ao longo da campanha pela reeleição, os adversários do prefeito utilizaram três frentes para atacá-lo na propaganda eleitoral em rádio e televisão: falta de obras que previnam chuvas como as que atingiram a cidade no início do ano, matando 19 pessoas, ausência de diálogo com os governos estadual e federal e a atuação durante a pandemia de covid-19.

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Nenhum dos caminhos surtiu efeito. O principal rival do prefeito na disputa, o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania), conseguiu fechar a maior coligação na briga pela prefeitura e o maior tempo na propaganda de rádio e televisão. Nas pesquisas, porém, ele chegou no máximo a 9% das intenções de voto. Todos os outros têm no máximo 6%, tanto à direita quanto à esquerda.

A larga vantagem permitiu ao prefeito passar a campanha na estratégia de “jogar parado”. Não participou do único debate de televisão realizado na disputa, pela TV Band, e não foi às ruas pedir votos. Basicamente, fez raras reuniões com representantes de classes. A justificativa da agenda restrita foi a pandemia do novo coronavírus.

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Adversários

A maior parte dos outros candidatos, como João Vítor, Áurea Carolina (PSOL), Nilmário Miranda (PT) e Luisa Barreto (PSDB), porém, manteve compromissos intensificados nesta última semana de campanha. Com a disputa praticamente definida, os demais concorrentes e seus partidos procuraram se consolar com possíveis ganhos que poderiam ter nas eleições.

“O partido sairá muito fortalecido. Vamos crescer muito. Estamos disputando eleições importantes em Belo Horizonte, Contagem, Nova lima, Lagoa Santa, Montes Claros, Ipatinga e com chances reais em várias delas. Vamos crescer o número de vereadores e prefeitos no Estado. E aqui, em Belo Horizonte, sairemos mais fortalecidos”, acredita João Vítor.

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Também já ensaiando o embate de 2022, mas de olho na eleição presidencial, PSOL e PC do B usaram as campanha para criticar Bolsonaro, que deverá disputar a reeleição. Pelo PSOL, a candidata é a deputada Áurea Carolina, terceira colocada na pesquisa Ibope, com 6%. Pelo PCdoB, Wadson Ribeiro não pontuou. “Vamos intensificar nosso trabalho de base”, diz Zito Vieira, do comando do PC do B em Minas. Áurea Carolina evita falar sobre o período pós-eleitoral deste ano. “A eleição não acabou. Não está definida. Quem define as eleições é a população com seu voto.”

Com a imagem abalada, PT e PSDB tentam seguir com alguma expressão até 2022. Os candidatos Nilmário e Luísa nunca passaram de 2% nas pesquisas. “Nossas projeções são de administrar a cidade a partir do que apresentamos como plano de governo e contribuir para a estrutura partidária se preparar para 2022”, diz a tucana. Nilmário não atendeu a reportagem.

Rodrigo Paiva (Novo), que tem o governador Romeu Zema como principal apoiador, também afirma que o partido sairá mais forte da disputa. “E vamos com muita garra para 2022.” Zema deve disputar a reeleição. O Professor Wendel, candidato do Solidariedade, diz que o partido caminha para participar de um bloco na disputa pelo governo de Minas em 2022. “Vamos tratar tudo com muito equilíbrio e diálogo.” Bruno Engler (PRTB), que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro e 4% no Ibope, não atendeu a reportagem.

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BELO HORIZONTE - Pela terceira vez desde o início da votação em dois turnos, em 1992, o eleitor de Belo Horizonte deve eleger neste domingo o novo prefeito já no primeiro turno. O atual chefe do executivo municipal, Alexandre Kalil (PSD), é o líder isolado da disputa e deve receber mais de 72% dos votos, conforme a última pesquisa Ibope, para governar a cidade de 2021 a 2024.

Alexandre Kalil (PSD) afirma que a agenda restrita durante a campanha para a reeleição foi motivada pela pandemia de covid-19. Foto: Uarlen Valério/O Tempo

Quinze candidatos estão na corrida pela prefeitura da capital mineira. Kalil é um cartola que presidiu o Clube Atlético Mineiro e se elegeu em 2016 afirmando não ser político. Aproveitou ainda o vácuo deixado pelos até então dois principais partidos brasileiros, os rivais PT e PSDB, ambos mergulhados em escândalos de corrupção. As duas legendas e seus aliados do PSB haviam dominado a cena política da capital mineira desde 1988 até aquele ano.

Apesar do discurso, Kalil, antes de disputar a prefeitura, havia sido filiado ao PSB e chegou a ensaiar disputa a deputado federal em 2014. Foi eleito prefeito pelo PHS em 2016 e agora está no PSD, o partido criado pelo ex-ministro Gilberto Kassab.

Ao longo da campanha pela reeleição, os adversários do prefeito utilizaram três frentes para atacá-lo na propaganda eleitoral em rádio e televisão: falta de obras que previnam chuvas como as que atingiram a cidade no início do ano, matando 19 pessoas, ausência de diálogo com os governos estadual e federal e a atuação durante a pandemia de covid-19.

Nenhum dos caminhos surtiu efeito. O principal rival do prefeito na disputa, o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania), conseguiu fechar a maior coligação na briga pela prefeitura e o maior tempo na propaganda de rádio e televisão. Nas pesquisas, porém, ele chegou no máximo a 9% das intenções de voto. Todos os outros têm no máximo 6%, tanto à direita quanto à esquerda.

A larga vantagem permitiu ao prefeito passar a campanha na estratégia de “jogar parado”. Não participou do único debate de televisão realizado na disputa, pela TV Band, e não foi às ruas pedir votos. Basicamente, fez raras reuniões com representantes de classes. A justificativa da agenda restrita foi a pandemia do novo coronavírus.

Adversários

A maior parte dos outros candidatos, como João Vítor, Áurea Carolina (PSOL), Nilmário Miranda (PT) e Luisa Barreto (PSDB), porém, manteve compromissos intensificados nesta última semana de campanha. Com a disputa praticamente definida, os demais concorrentes e seus partidos procuraram se consolar com possíveis ganhos que poderiam ter nas eleições.

“O partido sairá muito fortalecido. Vamos crescer muito. Estamos disputando eleições importantes em Belo Horizonte, Contagem, Nova lima, Lagoa Santa, Montes Claros, Ipatinga e com chances reais em várias delas. Vamos crescer o número de vereadores e prefeitos no Estado. E aqui, em Belo Horizonte, sairemos mais fortalecidos”, acredita João Vítor.

Também já ensaiando o embate de 2022, mas de olho na eleição presidencial, PSOL e PC do B usaram as campanha para criticar Bolsonaro, que deverá disputar a reeleição. Pelo PSOL, a candidata é a deputada Áurea Carolina, terceira colocada na pesquisa Ibope, com 6%. Pelo PCdoB, Wadson Ribeiro não pontuou. “Vamos intensificar nosso trabalho de base”, diz Zito Vieira, do comando do PC do B em Minas. Áurea Carolina evita falar sobre o período pós-eleitoral deste ano. “A eleição não acabou. Não está definida. Quem define as eleições é a população com seu voto.”

Com a imagem abalada, PT e PSDB tentam seguir com alguma expressão até 2022. Os candidatos Nilmário e Luísa nunca passaram de 2% nas pesquisas. “Nossas projeções são de administrar a cidade a partir do que apresentamos como plano de governo e contribuir para a estrutura partidária se preparar para 2022”, diz a tucana. Nilmário não atendeu a reportagem.

Rodrigo Paiva (Novo), que tem o governador Romeu Zema como principal apoiador, também afirma que o partido sairá mais forte da disputa. “E vamos com muita garra para 2022.” Zema deve disputar a reeleição. O Professor Wendel, candidato do Solidariedade, diz que o partido caminha para participar de um bloco na disputa pelo governo de Minas em 2022. “Vamos tratar tudo com muito equilíbrio e diálogo.” Bruno Engler (PRTB), que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro e 4% no Ibope, não atendeu a reportagem.

BELO HORIZONTE - Pela terceira vez desde o início da votação em dois turnos, em 1992, o eleitor de Belo Horizonte deve eleger neste domingo o novo prefeito já no primeiro turno. O atual chefe do executivo municipal, Alexandre Kalil (PSD), é o líder isolado da disputa e deve receber mais de 72% dos votos, conforme a última pesquisa Ibope, para governar a cidade de 2021 a 2024.

Alexandre Kalil (PSD) afirma que a agenda restrita durante a campanha para a reeleição foi motivada pela pandemia de covid-19. Foto: Uarlen Valério/O Tempo

Quinze candidatos estão na corrida pela prefeitura da capital mineira. Kalil é um cartola que presidiu o Clube Atlético Mineiro e se elegeu em 2016 afirmando não ser político. Aproveitou ainda o vácuo deixado pelos até então dois principais partidos brasileiros, os rivais PT e PSDB, ambos mergulhados em escândalos de corrupção. As duas legendas e seus aliados do PSB haviam dominado a cena política da capital mineira desde 1988 até aquele ano.

Apesar do discurso, Kalil, antes de disputar a prefeitura, havia sido filiado ao PSB e chegou a ensaiar disputa a deputado federal em 2014. Foi eleito prefeito pelo PHS em 2016 e agora está no PSD, o partido criado pelo ex-ministro Gilberto Kassab.

Ao longo da campanha pela reeleição, os adversários do prefeito utilizaram três frentes para atacá-lo na propaganda eleitoral em rádio e televisão: falta de obras que previnam chuvas como as que atingiram a cidade no início do ano, matando 19 pessoas, ausência de diálogo com os governos estadual e federal e a atuação durante a pandemia de covid-19.

Nenhum dos caminhos surtiu efeito. O principal rival do prefeito na disputa, o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania), conseguiu fechar a maior coligação na briga pela prefeitura e o maior tempo na propaganda de rádio e televisão. Nas pesquisas, porém, ele chegou no máximo a 9% das intenções de voto. Todos os outros têm no máximo 6%, tanto à direita quanto à esquerda.

A larga vantagem permitiu ao prefeito passar a campanha na estratégia de “jogar parado”. Não participou do único debate de televisão realizado na disputa, pela TV Band, e não foi às ruas pedir votos. Basicamente, fez raras reuniões com representantes de classes. A justificativa da agenda restrita foi a pandemia do novo coronavírus.

Adversários

A maior parte dos outros candidatos, como João Vítor, Áurea Carolina (PSOL), Nilmário Miranda (PT) e Luisa Barreto (PSDB), porém, manteve compromissos intensificados nesta última semana de campanha. Com a disputa praticamente definida, os demais concorrentes e seus partidos procuraram se consolar com possíveis ganhos que poderiam ter nas eleições.

“O partido sairá muito fortalecido. Vamos crescer muito. Estamos disputando eleições importantes em Belo Horizonte, Contagem, Nova lima, Lagoa Santa, Montes Claros, Ipatinga e com chances reais em várias delas. Vamos crescer o número de vereadores e prefeitos no Estado. E aqui, em Belo Horizonte, sairemos mais fortalecidos”, acredita João Vítor.

Também já ensaiando o embate de 2022, mas de olho na eleição presidencial, PSOL e PC do B usaram as campanha para criticar Bolsonaro, que deverá disputar a reeleição. Pelo PSOL, a candidata é a deputada Áurea Carolina, terceira colocada na pesquisa Ibope, com 6%. Pelo PCdoB, Wadson Ribeiro não pontuou. “Vamos intensificar nosso trabalho de base”, diz Zito Vieira, do comando do PC do B em Minas. Áurea Carolina evita falar sobre o período pós-eleitoral deste ano. “A eleição não acabou. Não está definida. Quem define as eleições é a população com seu voto.”

Com a imagem abalada, PT e PSDB tentam seguir com alguma expressão até 2022. Os candidatos Nilmário e Luísa nunca passaram de 2% nas pesquisas. “Nossas projeções são de administrar a cidade a partir do que apresentamos como plano de governo e contribuir para a estrutura partidária se preparar para 2022”, diz a tucana. Nilmário não atendeu a reportagem.

Rodrigo Paiva (Novo), que tem o governador Romeu Zema como principal apoiador, também afirma que o partido sairá mais forte da disputa. “E vamos com muita garra para 2022.” Zema deve disputar a reeleição. O Professor Wendel, candidato do Solidariedade, diz que o partido caminha para participar de um bloco na disputa pelo governo de Minas em 2022. “Vamos tratar tudo com muito equilíbrio e diálogo.” Bruno Engler (PRTB), que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro e 4% no Ibope, não atendeu a reportagem.

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