João Roma admite se candidatar ao governo da Bahia e enfrentar ex-aliado ACM Neto


Ministro da Cidadania foi chefe de gabinete do ex-prefeito de Salvador, com quem rompeu ao assumir o posto no governo Bolsonaro

Por Felipe Frazão

BRASÍLIA - O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), admitiu pela primeira vez nesta semana o plano de ser candidato ao governo da Bahia em 2022. Segundo ele, o apoio do Partido Liberal (PL) a sua candidatura foi um dos temas discutidos pelo presidente Jair Bolsonaro com a direção da sigla, antes de assinar a ficha de filiação, na terça-feira, 30.

“Estou trabalhando para ser candidato a governador. O apoio a minha candidatura foi uma das questões do PL", disse o ministro Roma ao Estadão, após o ato que selou a entrada de Bolsonaro na sigla.

O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), admitiu pela primeira vezo plano de ser candidato ao governo da Bahia em 2022. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O presidente manifestou contrariedade com o possível apoio de seu novo partido a candidaturas do campo político adversário nos Estados. Ele chegou a suspender a filiação e retomou quando Valdemar Costa Neto, presidente do PL, garantiu que haveria alinhamento, rompendo acordos anteriores, como o de endossar a candidatura de Rodrigo Garcia (PSDB), vice de Doria, em São Paulo. Na Bahia, a sigla fez parte da base do governo Rui Costa (PT), mas vinha negociando apoio ao União Brasil, fusão do PSL com o DEM, do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, também pré-candidato.

Roma tem aval do clã Bolsonaro para entrar na disputa para tirar o governo das mãos do PT, no poder desde 2007. “(João Roma) vai ser candidato. Ele tem a vontade de ser candidato. É uma coisa a ser conversada, mas temos um excelente quadro para disputar o governo da Bahia”, disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

É a primeira vez que o ministro da Cidadania assume abertamente o plano eleitoral, embora tenha dado indicativos antes, em entrevistas na Bahia, de que deseja liderar uma frente de apoio a Bolsonaro no Estado. Roma ainda precisa convencer correligionários resistentes dentro do Republicanos a levar adiante sua candidatura. Ele indicou que deseja ficar no partido, e não se filiou ao PL.

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No ato de filiação de Bolsonaro, o ministro exibia empolgação com dados de uma recente pesquisa realizada com eleitores Bahia, pelo Real Time Big Data, divulgada pela Record TV. Num cenário induzido, João Roma pontua 13%, em terceiro lugar, com apoio de Bolsonaro, atrás apenas do ex-governador e senador Jaques Wagner (PT), que tem 34% com apoio de Lula, e de ACM Neto (DEM), líder com 36%, indicado como “independente”.

“Isso sem eu nunca ter falado em ser candidato”, ressaltou Roma nas conversas, uma delas com o deputado Vinícius Gurgel (PL-AP).

A candidatura do ministro tem potencial de opô-lo a ACM Neto, de quem foi chefe de gabinete na prefeitura de Salvador. Roma afastou-se de vez do ex-prefeito e presidente do DEM após ingressar no governo Bolsonaro.

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O presidente nacional do DEM e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto. Foto: Werther Santana/Estadão

Questionado se enfrentaria seu ex-amigo e padrinho político, Roma não se esquivou: “Estou no palanque com Bolsonaro, ele (Neto) segue o caminho dele, eu vou seguir o meu”.

O ministro entrou no governo em fevereiro, em acordo de Bolsonaro pelo apoio do Republicanos. ACM Neto, à época, manifestou contrariedade e chegou a apelar para que o então aliado não assumisse o cargo, por entender que a nomeação seria vinculada a si e ao Democratas. Com aspirações pessoais, Roma ignorou o pedido, tomou posse e ambos romperam.

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Desde então, Roma fez intensa agenda na Bahia e tocou o desenho do Auxílio Brasil, programa social de garantia de renda que o presidente bolou para substituir o Bolsa Família. O programa, que vai pagar R$ 400 no ano das eleições, foi adotado pelo PL como uma das marcas da campanha pré-eleitoral e estampou faixas e cartazes na cerimônia de filiação do presidente.

Se a candidatura decolar, o ministro da Cidadania será um dos que terão de se afastar do governo até abril do ano que vem, por força da lei eleitoral. Bolsonaro estimula que ministros disputem governos estaduais em 2022, formando seus palanques regionais do presidente. Outro que ele deseja ver candidato é Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), por São Paulo.

Atrás do palco na cerimônia de filiação do presidente, Tarcísio foi tratado como pré-candidato pelos bolsonaristas. Posou para fotos abraçado com parlamentares e militantes. Apesar disso, ele não assumiu o desejo em público e tampouco confirmou sua filiação ao PL.

BRASÍLIA - O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), admitiu pela primeira vez nesta semana o plano de ser candidato ao governo da Bahia em 2022. Segundo ele, o apoio do Partido Liberal (PL) a sua candidatura foi um dos temas discutidos pelo presidente Jair Bolsonaro com a direção da sigla, antes de assinar a ficha de filiação, na terça-feira, 30.

“Estou trabalhando para ser candidato a governador. O apoio a minha candidatura foi uma das questões do PL", disse o ministro Roma ao Estadão, após o ato que selou a entrada de Bolsonaro na sigla.

O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), admitiu pela primeira vezo plano de ser candidato ao governo da Bahia em 2022. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente manifestou contrariedade com o possível apoio de seu novo partido a candidaturas do campo político adversário nos Estados. Ele chegou a suspender a filiação e retomou quando Valdemar Costa Neto, presidente do PL, garantiu que haveria alinhamento, rompendo acordos anteriores, como o de endossar a candidatura de Rodrigo Garcia (PSDB), vice de Doria, em São Paulo. Na Bahia, a sigla fez parte da base do governo Rui Costa (PT), mas vinha negociando apoio ao União Brasil, fusão do PSL com o DEM, do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, também pré-candidato.

Roma tem aval do clã Bolsonaro para entrar na disputa para tirar o governo das mãos do PT, no poder desde 2007. “(João Roma) vai ser candidato. Ele tem a vontade de ser candidato. É uma coisa a ser conversada, mas temos um excelente quadro para disputar o governo da Bahia”, disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

É a primeira vez que o ministro da Cidadania assume abertamente o plano eleitoral, embora tenha dado indicativos antes, em entrevistas na Bahia, de que deseja liderar uma frente de apoio a Bolsonaro no Estado. Roma ainda precisa convencer correligionários resistentes dentro do Republicanos a levar adiante sua candidatura. Ele indicou que deseja ficar no partido, e não se filiou ao PL.

No ato de filiação de Bolsonaro, o ministro exibia empolgação com dados de uma recente pesquisa realizada com eleitores Bahia, pelo Real Time Big Data, divulgada pela Record TV. Num cenário induzido, João Roma pontua 13%, em terceiro lugar, com apoio de Bolsonaro, atrás apenas do ex-governador e senador Jaques Wagner (PT), que tem 34% com apoio de Lula, e de ACM Neto (DEM), líder com 36%, indicado como “independente”.

“Isso sem eu nunca ter falado em ser candidato”, ressaltou Roma nas conversas, uma delas com o deputado Vinícius Gurgel (PL-AP).

A candidatura do ministro tem potencial de opô-lo a ACM Neto, de quem foi chefe de gabinete na prefeitura de Salvador. Roma afastou-se de vez do ex-prefeito e presidente do DEM após ingressar no governo Bolsonaro.

O presidente nacional do DEM e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto. Foto: Werther Santana/Estadão

Questionado se enfrentaria seu ex-amigo e padrinho político, Roma não se esquivou: “Estou no palanque com Bolsonaro, ele (Neto) segue o caminho dele, eu vou seguir o meu”.

O ministro entrou no governo em fevereiro, em acordo de Bolsonaro pelo apoio do Republicanos. ACM Neto, à época, manifestou contrariedade e chegou a apelar para que o então aliado não assumisse o cargo, por entender que a nomeação seria vinculada a si e ao Democratas. Com aspirações pessoais, Roma ignorou o pedido, tomou posse e ambos romperam.

Desde então, Roma fez intensa agenda na Bahia e tocou o desenho do Auxílio Brasil, programa social de garantia de renda que o presidente bolou para substituir o Bolsa Família. O programa, que vai pagar R$ 400 no ano das eleições, foi adotado pelo PL como uma das marcas da campanha pré-eleitoral e estampou faixas e cartazes na cerimônia de filiação do presidente.

Se a candidatura decolar, o ministro da Cidadania será um dos que terão de se afastar do governo até abril do ano que vem, por força da lei eleitoral. Bolsonaro estimula que ministros disputem governos estaduais em 2022, formando seus palanques regionais do presidente. Outro que ele deseja ver candidato é Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), por São Paulo.

Atrás do palco na cerimônia de filiação do presidente, Tarcísio foi tratado como pré-candidato pelos bolsonaristas. Posou para fotos abraçado com parlamentares e militantes. Apesar disso, ele não assumiu o desejo em público e tampouco confirmou sua filiação ao PL.

BRASÍLIA - O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), admitiu pela primeira vez nesta semana o plano de ser candidato ao governo da Bahia em 2022. Segundo ele, o apoio do Partido Liberal (PL) a sua candidatura foi um dos temas discutidos pelo presidente Jair Bolsonaro com a direção da sigla, antes de assinar a ficha de filiação, na terça-feira, 30.

“Estou trabalhando para ser candidato a governador. O apoio a minha candidatura foi uma das questões do PL", disse o ministro Roma ao Estadão, após o ato que selou a entrada de Bolsonaro na sigla.

O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), admitiu pela primeira vezo plano de ser candidato ao governo da Bahia em 2022. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente manifestou contrariedade com o possível apoio de seu novo partido a candidaturas do campo político adversário nos Estados. Ele chegou a suspender a filiação e retomou quando Valdemar Costa Neto, presidente do PL, garantiu que haveria alinhamento, rompendo acordos anteriores, como o de endossar a candidatura de Rodrigo Garcia (PSDB), vice de Doria, em São Paulo. Na Bahia, a sigla fez parte da base do governo Rui Costa (PT), mas vinha negociando apoio ao União Brasil, fusão do PSL com o DEM, do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, também pré-candidato.

Roma tem aval do clã Bolsonaro para entrar na disputa para tirar o governo das mãos do PT, no poder desde 2007. “(João Roma) vai ser candidato. Ele tem a vontade de ser candidato. É uma coisa a ser conversada, mas temos um excelente quadro para disputar o governo da Bahia”, disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

É a primeira vez que o ministro da Cidadania assume abertamente o plano eleitoral, embora tenha dado indicativos antes, em entrevistas na Bahia, de que deseja liderar uma frente de apoio a Bolsonaro no Estado. Roma ainda precisa convencer correligionários resistentes dentro do Republicanos a levar adiante sua candidatura. Ele indicou que deseja ficar no partido, e não se filiou ao PL.

No ato de filiação de Bolsonaro, o ministro exibia empolgação com dados de uma recente pesquisa realizada com eleitores Bahia, pelo Real Time Big Data, divulgada pela Record TV. Num cenário induzido, João Roma pontua 13%, em terceiro lugar, com apoio de Bolsonaro, atrás apenas do ex-governador e senador Jaques Wagner (PT), que tem 34% com apoio de Lula, e de ACM Neto (DEM), líder com 36%, indicado como “independente”.

“Isso sem eu nunca ter falado em ser candidato”, ressaltou Roma nas conversas, uma delas com o deputado Vinícius Gurgel (PL-AP).

A candidatura do ministro tem potencial de opô-lo a ACM Neto, de quem foi chefe de gabinete na prefeitura de Salvador. Roma afastou-se de vez do ex-prefeito e presidente do DEM após ingressar no governo Bolsonaro.

O presidente nacional do DEM e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto. Foto: Werther Santana/Estadão

Questionado se enfrentaria seu ex-amigo e padrinho político, Roma não se esquivou: “Estou no palanque com Bolsonaro, ele (Neto) segue o caminho dele, eu vou seguir o meu”.

O ministro entrou no governo em fevereiro, em acordo de Bolsonaro pelo apoio do Republicanos. ACM Neto, à época, manifestou contrariedade e chegou a apelar para que o então aliado não assumisse o cargo, por entender que a nomeação seria vinculada a si e ao Democratas. Com aspirações pessoais, Roma ignorou o pedido, tomou posse e ambos romperam.

Desde então, Roma fez intensa agenda na Bahia e tocou o desenho do Auxílio Brasil, programa social de garantia de renda que o presidente bolou para substituir o Bolsa Família. O programa, que vai pagar R$ 400 no ano das eleições, foi adotado pelo PL como uma das marcas da campanha pré-eleitoral e estampou faixas e cartazes na cerimônia de filiação do presidente.

Se a candidatura decolar, o ministro da Cidadania será um dos que terão de se afastar do governo até abril do ano que vem, por força da lei eleitoral. Bolsonaro estimula que ministros disputem governos estaduais em 2022, formando seus palanques regionais do presidente. Outro que ele deseja ver candidato é Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), por São Paulo.

Atrás do palco na cerimônia de filiação do presidente, Tarcísio foi tratado como pré-candidato pelos bolsonaristas. Posou para fotos abraçado com parlamentares e militantes. Apesar disso, ele não assumiu o desejo em público e tampouco confirmou sua filiação ao PL.

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