Manifestos defendem liberdade a Lula e sua candidatura no Brasil


Tribunas publicadas pelo ex-presidente, por seis ex-chefes de Estado e de governo da Europa e por um grupo suprapartidário de deputados e eurodeputados questiona prisão e sua ausência nas eleições de outubro

Por Andrei Netto CORRESPONDENTE e PARIS
Atualização:

O maior jornal da França, Le Monde, abriu em sua edição desta quinta-feira, 17, um um artigo publicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, no qual ele defende o seu direito a ser candidato à Presidência em outubro. No texto, Lula se defende das acusações pelas quais foi condenado, denuncia a Justiça brasileira e reitera o legado de seus governos. A publicação acontece em meio a uma série de manifestos em seu favor, incluindo uma tribuna assinada pelo ex-presidente da França François Hollande.

+ Aloysio chama de 'arrogante' manifesto de ex-líderes europeus a favor de Lula

O texto de Lula ocupa um espaço nobre no jornal, na capa e em sua editoria de análise e opiniões. Entitulado “Porque eu quero ser mais uma vez presidente do Brasil”, o ex-presidente repete o discurso que vem empregando: é inocente e vem sendo perseguido pela Justiça, que o afasta da disputa eleitoral. “Eu sou candidato à Presidência do Brasil, nas eleições de outubro, porque não cometi nenhum crime e porque sei que posso fazer com que o país retome o caminho da democracia e do desenvolvimento para nosso povo”, afirma Lula, que foi “Homem do Ano de 2009" do jornal Le Monde.

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Lula se prepara para discurso em carro de som, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde missa em homenagem à ex-primeira dama Marisa Letícia se tornou ato político após decisão judicial que determinou prazo para o ex-presidente se entregar à PF Foto: Leonardo Benassatto/REUTERS

O ex-presidente também frisa as conquistas de seu governo, antes de atacar a Justiça. “Nós tiramos da extrema miséria 36 milhões de pessoas e permitimos que 40 milhões se juntassem à classe média. Nosso país conheceu um prestígio internacional excepcional”, lembra. “Sete anos depois de deixar a presidência e após uma campanha de difamação contra mim e meu partido da mais poderosa empresa de imprensa brasileira e dos setores judiciários, o país vive outro momento: recuos da democracia e uma crise econômica prolongada”, diz ele.

Lula também acusa os magistrados que o condenaram de ter revirado sua casa, de seus filhos, de suas contas pessoais e do Instituto Lula “sem ter encontrado nenhuma prova contra mim, nenhum crime”. “Um juiz notoriamente parcial me condenou a 12 anos de prisão por ‘fatos indeterminados’. Ele alega, falsamente, que eu seria o proprietário de um apartamento no qual jamais dormi, jamais tive a propriedade, não aproveitei e nem mesmo tive as chaves”, diz, referindo-se a Sergio Moro.

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Na mesma página, o Monde publica também um trecho de um texto escrito pelo ex-presidente da França, François Hollande, que pede a liberdade e a presença de Lula nas eleições de outubro. O manifesto foi subescrito por seis chefes de Estado e de governo de esquerda na Europa, que já deixaram seus cargos. São eles o ex-primeiros-ministros da Bélgica Elio di Rupo, da Itália Massimo d’Alema, Enrico Letta e Romano Prodi e da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero. “A luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos de eleger os seus governantes", diz o texto. "Nós pedimos solenemente que o presidente Lula possa se submeter em liberdade ao sufrágio do povo brasileiro.”

Também nessa quinta-feira, o jornal Libération publicou um outro manifesto suprapartidário, desta vez coordenado pela senadora Laurence Cohen, do Partido Comunista e presidente do grupo parlamentar França-Brasil, e assinado por dezenas de parlamentares franceses e europeus, no qual os autores questionam os rumos da democracia no país. “Depois do golpe de Estado institucional contra Dilma Rousseff em 2016, a prisão sem provas de Lula não pode deixar nenhum democrata indiferente. O que aconteceu com o respeito ao estado de direito no Brasil?”, questionam os autores.

Ao Estado, a senadora argumentou que a condenação de Lula seria “incompatível com os fatos que lhe são imputados”. "Que a Justiça siga seu curso, que os fatos sejam comprovados, que a Justiça faça seu trabalho. Não digo que não é verdade. O que questiono é o processo”, argumentou. "Creio que Lula não era um perigo para o Brasil, e temo que ele tenha sido condenado à prisão para evitar que venha a ser candidato nas eleições presidenciais.”

O maior jornal da França, Le Monde, abriu em sua edição desta quinta-feira, 17, um um artigo publicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, no qual ele defende o seu direito a ser candidato à Presidência em outubro. No texto, Lula se defende das acusações pelas quais foi condenado, denuncia a Justiça brasileira e reitera o legado de seus governos. A publicação acontece em meio a uma série de manifestos em seu favor, incluindo uma tribuna assinada pelo ex-presidente da França François Hollande.

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O texto de Lula ocupa um espaço nobre no jornal, na capa e em sua editoria de análise e opiniões. Entitulado “Porque eu quero ser mais uma vez presidente do Brasil”, o ex-presidente repete o discurso que vem empregando: é inocente e vem sendo perseguido pela Justiça, que o afasta da disputa eleitoral. “Eu sou candidato à Presidência do Brasil, nas eleições de outubro, porque não cometi nenhum crime e porque sei que posso fazer com que o país retome o caminho da democracia e do desenvolvimento para nosso povo”, afirma Lula, que foi “Homem do Ano de 2009" do jornal Le Monde.

Lula se prepara para discurso em carro de som, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde missa em homenagem à ex-primeira dama Marisa Letícia se tornou ato político após decisão judicial que determinou prazo para o ex-presidente se entregar à PF Foto: Leonardo Benassatto/REUTERS

O ex-presidente também frisa as conquistas de seu governo, antes de atacar a Justiça. “Nós tiramos da extrema miséria 36 milhões de pessoas e permitimos que 40 milhões se juntassem à classe média. Nosso país conheceu um prestígio internacional excepcional”, lembra. “Sete anos depois de deixar a presidência e após uma campanha de difamação contra mim e meu partido da mais poderosa empresa de imprensa brasileira e dos setores judiciários, o país vive outro momento: recuos da democracia e uma crise econômica prolongada”, diz ele.

Lula também acusa os magistrados que o condenaram de ter revirado sua casa, de seus filhos, de suas contas pessoais e do Instituto Lula “sem ter encontrado nenhuma prova contra mim, nenhum crime”. “Um juiz notoriamente parcial me condenou a 12 anos de prisão por ‘fatos indeterminados’. Ele alega, falsamente, que eu seria o proprietário de um apartamento no qual jamais dormi, jamais tive a propriedade, não aproveitei e nem mesmo tive as chaves”, diz, referindo-se a Sergio Moro.

Na mesma página, o Monde publica também um trecho de um texto escrito pelo ex-presidente da França, François Hollande, que pede a liberdade e a presença de Lula nas eleições de outubro. O manifesto foi subescrito por seis chefes de Estado e de governo de esquerda na Europa, que já deixaram seus cargos. São eles o ex-primeiros-ministros da Bélgica Elio di Rupo, da Itália Massimo d’Alema, Enrico Letta e Romano Prodi e da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero. “A luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos de eleger os seus governantes", diz o texto. "Nós pedimos solenemente que o presidente Lula possa se submeter em liberdade ao sufrágio do povo brasileiro.”

Também nessa quinta-feira, o jornal Libération publicou um outro manifesto suprapartidário, desta vez coordenado pela senadora Laurence Cohen, do Partido Comunista e presidente do grupo parlamentar França-Brasil, e assinado por dezenas de parlamentares franceses e europeus, no qual os autores questionam os rumos da democracia no país. “Depois do golpe de Estado institucional contra Dilma Rousseff em 2016, a prisão sem provas de Lula não pode deixar nenhum democrata indiferente. O que aconteceu com o respeito ao estado de direito no Brasil?”, questionam os autores.

Ao Estado, a senadora argumentou que a condenação de Lula seria “incompatível com os fatos que lhe são imputados”. "Que a Justiça siga seu curso, que os fatos sejam comprovados, que a Justiça faça seu trabalho. Não digo que não é verdade. O que questiono é o processo”, argumentou. "Creio que Lula não era um perigo para o Brasil, e temo que ele tenha sido condenado à prisão para evitar que venha a ser candidato nas eleições presidenciais.”

O maior jornal da França, Le Monde, abriu em sua edição desta quinta-feira, 17, um um artigo publicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, no qual ele defende o seu direito a ser candidato à Presidência em outubro. No texto, Lula se defende das acusações pelas quais foi condenado, denuncia a Justiça brasileira e reitera o legado de seus governos. A publicação acontece em meio a uma série de manifestos em seu favor, incluindo uma tribuna assinada pelo ex-presidente da França François Hollande.

+ Aloysio chama de 'arrogante' manifesto de ex-líderes europeus a favor de Lula

O texto de Lula ocupa um espaço nobre no jornal, na capa e em sua editoria de análise e opiniões. Entitulado “Porque eu quero ser mais uma vez presidente do Brasil”, o ex-presidente repete o discurso que vem empregando: é inocente e vem sendo perseguido pela Justiça, que o afasta da disputa eleitoral. “Eu sou candidato à Presidência do Brasil, nas eleições de outubro, porque não cometi nenhum crime e porque sei que posso fazer com que o país retome o caminho da democracia e do desenvolvimento para nosso povo”, afirma Lula, que foi “Homem do Ano de 2009" do jornal Le Monde.

Lula se prepara para discurso em carro de som, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde missa em homenagem à ex-primeira dama Marisa Letícia se tornou ato político após decisão judicial que determinou prazo para o ex-presidente se entregar à PF Foto: Leonardo Benassatto/REUTERS

O ex-presidente também frisa as conquistas de seu governo, antes de atacar a Justiça. “Nós tiramos da extrema miséria 36 milhões de pessoas e permitimos que 40 milhões se juntassem à classe média. Nosso país conheceu um prestígio internacional excepcional”, lembra. “Sete anos depois de deixar a presidência e após uma campanha de difamação contra mim e meu partido da mais poderosa empresa de imprensa brasileira e dos setores judiciários, o país vive outro momento: recuos da democracia e uma crise econômica prolongada”, diz ele.

Lula também acusa os magistrados que o condenaram de ter revirado sua casa, de seus filhos, de suas contas pessoais e do Instituto Lula “sem ter encontrado nenhuma prova contra mim, nenhum crime”. “Um juiz notoriamente parcial me condenou a 12 anos de prisão por ‘fatos indeterminados’. Ele alega, falsamente, que eu seria o proprietário de um apartamento no qual jamais dormi, jamais tive a propriedade, não aproveitei e nem mesmo tive as chaves”, diz, referindo-se a Sergio Moro.

Na mesma página, o Monde publica também um trecho de um texto escrito pelo ex-presidente da França, François Hollande, que pede a liberdade e a presença de Lula nas eleições de outubro. O manifesto foi subescrito por seis chefes de Estado e de governo de esquerda na Europa, que já deixaram seus cargos. São eles o ex-primeiros-ministros da Bélgica Elio di Rupo, da Itália Massimo d’Alema, Enrico Letta e Romano Prodi e da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero. “A luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos de eleger os seus governantes", diz o texto. "Nós pedimos solenemente que o presidente Lula possa se submeter em liberdade ao sufrágio do povo brasileiro.”

Também nessa quinta-feira, o jornal Libération publicou um outro manifesto suprapartidário, desta vez coordenado pela senadora Laurence Cohen, do Partido Comunista e presidente do grupo parlamentar França-Brasil, e assinado por dezenas de parlamentares franceses e europeus, no qual os autores questionam os rumos da democracia no país. “Depois do golpe de Estado institucional contra Dilma Rousseff em 2016, a prisão sem provas de Lula não pode deixar nenhum democrata indiferente. O que aconteceu com o respeito ao estado de direito no Brasil?”, questionam os autores.

Ao Estado, a senadora argumentou que a condenação de Lula seria “incompatível com os fatos que lhe são imputados”. "Que a Justiça siga seu curso, que os fatos sejam comprovados, que a Justiça faça seu trabalho. Não digo que não é verdade. O que questiono é o processo”, argumentou. "Creio que Lula não era um perigo para o Brasil, e temo que ele tenha sido condenado à prisão para evitar que venha a ser candidato nas eleições presidenciais.”

O maior jornal da França, Le Monde, abriu em sua edição desta quinta-feira, 17, um um artigo publicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, no qual ele defende o seu direito a ser candidato à Presidência em outubro. No texto, Lula se defende das acusações pelas quais foi condenado, denuncia a Justiça brasileira e reitera o legado de seus governos. A publicação acontece em meio a uma série de manifestos em seu favor, incluindo uma tribuna assinada pelo ex-presidente da França François Hollande.

+ Aloysio chama de 'arrogante' manifesto de ex-líderes europeus a favor de Lula

O texto de Lula ocupa um espaço nobre no jornal, na capa e em sua editoria de análise e opiniões. Entitulado “Porque eu quero ser mais uma vez presidente do Brasil”, o ex-presidente repete o discurso que vem empregando: é inocente e vem sendo perseguido pela Justiça, que o afasta da disputa eleitoral. “Eu sou candidato à Presidência do Brasil, nas eleições de outubro, porque não cometi nenhum crime e porque sei que posso fazer com que o país retome o caminho da democracia e do desenvolvimento para nosso povo”, afirma Lula, que foi “Homem do Ano de 2009" do jornal Le Monde.

Lula se prepara para discurso em carro de som, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde missa em homenagem à ex-primeira dama Marisa Letícia se tornou ato político após decisão judicial que determinou prazo para o ex-presidente se entregar à PF Foto: Leonardo Benassatto/REUTERS

O ex-presidente também frisa as conquistas de seu governo, antes de atacar a Justiça. “Nós tiramos da extrema miséria 36 milhões de pessoas e permitimos que 40 milhões se juntassem à classe média. Nosso país conheceu um prestígio internacional excepcional”, lembra. “Sete anos depois de deixar a presidência e após uma campanha de difamação contra mim e meu partido da mais poderosa empresa de imprensa brasileira e dos setores judiciários, o país vive outro momento: recuos da democracia e uma crise econômica prolongada”, diz ele.

Lula também acusa os magistrados que o condenaram de ter revirado sua casa, de seus filhos, de suas contas pessoais e do Instituto Lula “sem ter encontrado nenhuma prova contra mim, nenhum crime”. “Um juiz notoriamente parcial me condenou a 12 anos de prisão por ‘fatos indeterminados’. Ele alega, falsamente, que eu seria o proprietário de um apartamento no qual jamais dormi, jamais tive a propriedade, não aproveitei e nem mesmo tive as chaves”, diz, referindo-se a Sergio Moro.

Na mesma página, o Monde publica também um trecho de um texto escrito pelo ex-presidente da França, François Hollande, que pede a liberdade e a presença de Lula nas eleições de outubro. O manifesto foi subescrito por seis chefes de Estado e de governo de esquerda na Europa, que já deixaram seus cargos. São eles o ex-primeiros-ministros da Bélgica Elio di Rupo, da Itália Massimo d’Alema, Enrico Letta e Romano Prodi e da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero. “A luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos de eleger os seus governantes", diz o texto. "Nós pedimos solenemente que o presidente Lula possa se submeter em liberdade ao sufrágio do povo brasileiro.”

Também nessa quinta-feira, o jornal Libération publicou um outro manifesto suprapartidário, desta vez coordenado pela senadora Laurence Cohen, do Partido Comunista e presidente do grupo parlamentar França-Brasil, e assinado por dezenas de parlamentares franceses e europeus, no qual os autores questionam os rumos da democracia no país. “Depois do golpe de Estado institucional contra Dilma Rousseff em 2016, a prisão sem provas de Lula não pode deixar nenhum democrata indiferente. O que aconteceu com o respeito ao estado de direito no Brasil?”, questionam os autores.

Ao Estado, a senadora argumentou que a condenação de Lula seria “incompatível com os fatos que lhe são imputados”. "Que a Justiça siga seu curso, que os fatos sejam comprovados, que a Justiça faça seu trabalho. Não digo que não é verdade. O que questiono é o processo”, argumentou. "Creio que Lula não era um perigo para o Brasil, e temo que ele tenha sido condenado à prisão para evitar que venha a ser candidato nas eleições presidenciais.”

O maior jornal da França, Le Monde, abriu em sua edição desta quinta-feira, 17, um um artigo publicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, no qual ele defende o seu direito a ser candidato à Presidência em outubro. No texto, Lula se defende das acusações pelas quais foi condenado, denuncia a Justiça brasileira e reitera o legado de seus governos. A publicação acontece em meio a uma série de manifestos em seu favor, incluindo uma tribuna assinada pelo ex-presidente da França François Hollande.

+ Aloysio chama de 'arrogante' manifesto de ex-líderes europeus a favor de Lula

O texto de Lula ocupa um espaço nobre no jornal, na capa e em sua editoria de análise e opiniões. Entitulado “Porque eu quero ser mais uma vez presidente do Brasil”, o ex-presidente repete o discurso que vem empregando: é inocente e vem sendo perseguido pela Justiça, que o afasta da disputa eleitoral. “Eu sou candidato à Presidência do Brasil, nas eleições de outubro, porque não cometi nenhum crime e porque sei que posso fazer com que o país retome o caminho da democracia e do desenvolvimento para nosso povo”, afirma Lula, que foi “Homem do Ano de 2009" do jornal Le Monde.

Lula se prepara para discurso em carro de som, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde missa em homenagem à ex-primeira dama Marisa Letícia se tornou ato político após decisão judicial que determinou prazo para o ex-presidente se entregar à PF Foto: Leonardo Benassatto/REUTERS

O ex-presidente também frisa as conquistas de seu governo, antes de atacar a Justiça. “Nós tiramos da extrema miséria 36 milhões de pessoas e permitimos que 40 milhões se juntassem à classe média. Nosso país conheceu um prestígio internacional excepcional”, lembra. “Sete anos depois de deixar a presidência e após uma campanha de difamação contra mim e meu partido da mais poderosa empresa de imprensa brasileira e dos setores judiciários, o país vive outro momento: recuos da democracia e uma crise econômica prolongada”, diz ele.

Lula também acusa os magistrados que o condenaram de ter revirado sua casa, de seus filhos, de suas contas pessoais e do Instituto Lula “sem ter encontrado nenhuma prova contra mim, nenhum crime”. “Um juiz notoriamente parcial me condenou a 12 anos de prisão por ‘fatos indeterminados’. Ele alega, falsamente, que eu seria o proprietário de um apartamento no qual jamais dormi, jamais tive a propriedade, não aproveitei e nem mesmo tive as chaves”, diz, referindo-se a Sergio Moro.

Na mesma página, o Monde publica também um trecho de um texto escrito pelo ex-presidente da França, François Hollande, que pede a liberdade e a presença de Lula nas eleições de outubro. O manifesto foi subescrito por seis chefes de Estado e de governo de esquerda na Europa, que já deixaram seus cargos. São eles o ex-primeiros-ministros da Bélgica Elio di Rupo, da Itália Massimo d’Alema, Enrico Letta e Romano Prodi e da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero. “A luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos de eleger os seus governantes", diz o texto. "Nós pedimos solenemente que o presidente Lula possa se submeter em liberdade ao sufrágio do povo brasileiro.”

Também nessa quinta-feira, o jornal Libération publicou um outro manifesto suprapartidário, desta vez coordenado pela senadora Laurence Cohen, do Partido Comunista e presidente do grupo parlamentar França-Brasil, e assinado por dezenas de parlamentares franceses e europeus, no qual os autores questionam os rumos da democracia no país. “Depois do golpe de Estado institucional contra Dilma Rousseff em 2016, a prisão sem provas de Lula não pode deixar nenhum democrata indiferente. O que aconteceu com o respeito ao estado de direito no Brasil?”, questionam os autores.

Ao Estado, a senadora argumentou que a condenação de Lula seria “incompatível com os fatos que lhe são imputados”. "Que a Justiça siga seu curso, que os fatos sejam comprovados, que a Justiça faça seu trabalho. Não digo que não é verdade. O que questiono é o processo”, argumentou. "Creio que Lula não era um perigo para o Brasil, e temo que ele tenha sido condenado à prisão para evitar que venha a ser candidato nas eleições presidenciais.”

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