Marcio Lacerda desiste de disputar governo de Minas após pressão do PSB


Sigla fechou um acordo com o PT que incluía a retirada de ex-prefeito de BH da disputa estadual; Lacerda afirmou que se desvinculará do PSB

Por Jonathas Cotrim

BELO HORIZONTE  - O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, do PSB, anunciou nesta terça-feira, 21, a decisão de retirar sua candidatura ao governo de Minas Gerais nas eleições 2018. Lacerda vinha travando uma disputa com o comando nacional de seu partido desde que a sigla fechou um acordo com o PT que incluía a retirada de seu nome da disputa como uma das contrapartidas para que os pessebistas não estabelecessem coligação na eleição presidencial.

Por meio de uma carta, com o título “A velha política conseguiu me tirar desta eleição”, o ex-prefeito afirmou que se desvinculará do PSB. “A impossibilidade do julgamento definitivo do assunto, desenhada nos últimos dias no âmbito da Justiça Eleitoral, conduz esta insegurança jurídica até a véspera do 1.º turno, o que me leva a retirar minha candidatura”, declarou.

Emcoletiva após o congresso nacional do PSB, Marcio Lacerdaadmitiu que cogitou desistir da sua candidatura ao governo de Minas Gerais. Foto: Gualter Naves/Agência Estado
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Na carta, Lacerda qualificou a conversa entre PSB e PT de “antidemocrática e arbitrária” e afirmou que resistiu ao acordo. “Minha indignação não aceitou essa negociata, essa imposição que agride não apenas a minha candidatura, mas a vontade soberana dos mineiros”, afirmou.

Pelo acordo, o PSB deveria rifar a candidatura de Lacerda em Minas para apoiar a tentativa de reeleição do atual governador, Fernando Pimentel (PT), enquanto os petistas retirariam as pretensões de Marílias Arraes (PT) de concorrer ao governo do Pernambuco.

Mesmo com o acordo, Lacerda vinha mantendo a candidatura, chegando a registrá-la no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG). O ex-prefeito entrou no TRE e no Tribunal Superior de Eleitoral (TSE) com pedidos para tentar continuar na disputa.

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O ex-prefeito explicou que deixará o partido por conta dos “reflexos” desse acordo. “Infelizmente, este conchavo de sua direção nacional terá reflexos ainda mais profundos no PSB e, principalmente, nos olhos de quem enxergava neste partido alguma coisa diferente na vida partidária deste país”, afirmou.

Lacerda agradeceu o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes (MDB), vice na postulação frustrada do pessebista, e ao deputado federal Jaime Martins (PROS), que disputaria o Senado na chapa. “Quero agradecer profundamente a todos os partidos, dirigentes, parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, enfim, todos os políticos de bem que estiveram ao nosso lado neste momento e que também estão profundamente indignados”, declarou.

A coligação de Lacerda contava com MDB, PDT, PROS, PV, PRB e Podemos. Os partidos se reunem na tarde desta terça-feira para definir os rumos da chapa.

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O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou ao Estado que seu partido em Minas Gerais seguirá com a coligação do PT, em apoio a tentativa de reeleição de Pimentel. “Nunca consideramos a existência da candidatura do Marcio. Em vez de aceitar a decisão direção nacional do partido dele, ele provocou a justiça e não teve a dignidade de esperar o parecer da Justiça”, afirmou o dirigente. Siqueira comemorou a saída de Lacerda do partido. “Não sou muito dado a pessoas vacilantes e inseguras”, disse.

Senado

Nesta terça-feira, o PT confirmou a candidatura do deputado Miguel Corrêa Júnior (PT) ao Senado, que será companheiro de chapa da ex-presidente cassada Dilma Rousseff (PT). Apesar de dizerem que as “portas estarão abertas” para Lacerda, Corrêa Júnior afirmou que não havia mais tempo legal e que o ex-prefeito não seria absorvido na coligação. “Nós esperamos até o limite do que poderíamos”, disse o petista. Lacerda recusou, em diversas oportunidades, a possibilidade de se candidatar ao Senado na coligação do governador Pimentel (PT).

BELO HORIZONTE  - O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, do PSB, anunciou nesta terça-feira, 21, a decisão de retirar sua candidatura ao governo de Minas Gerais nas eleições 2018. Lacerda vinha travando uma disputa com o comando nacional de seu partido desde que a sigla fechou um acordo com o PT que incluía a retirada de seu nome da disputa como uma das contrapartidas para que os pessebistas não estabelecessem coligação na eleição presidencial.

Por meio de uma carta, com o título “A velha política conseguiu me tirar desta eleição”, o ex-prefeito afirmou que se desvinculará do PSB. “A impossibilidade do julgamento definitivo do assunto, desenhada nos últimos dias no âmbito da Justiça Eleitoral, conduz esta insegurança jurídica até a véspera do 1.º turno, o que me leva a retirar minha candidatura”, declarou.

Emcoletiva após o congresso nacional do PSB, Marcio Lacerdaadmitiu que cogitou desistir da sua candidatura ao governo de Minas Gerais. Foto: Gualter Naves/Agência Estado

Na carta, Lacerda qualificou a conversa entre PSB e PT de “antidemocrática e arbitrária” e afirmou que resistiu ao acordo. “Minha indignação não aceitou essa negociata, essa imposição que agride não apenas a minha candidatura, mas a vontade soberana dos mineiros”, afirmou.

Pelo acordo, o PSB deveria rifar a candidatura de Lacerda em Minas para apoiar a tentativa de reeleição do atual governador, Fernando Pimentel (PT), enquanto os petistas retirariam as pretensões de Marílias Arraes (PT) de concorrer ao governo do Pernambuco.

Mesmo com o acordo, Lacerda vinha mantendo a candidatura, chegando a registrá-la no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG). O ex-prefeito entrou no TRE e no Tribunal Superior de Eleitoral (TSE) com pedidos para tentar continuar na disputa.

O ex-prefeito explicou que deixará o partido por conta dos “reflexos” desse acordo. “Infelizmente, este conchavo de sua direção nacional terá reflexos ainda mais profundos no PSB e, principalmente, nos olhos de quem enxergava neste partido alguma coisa diferente na vida partidária deste país”, afirmou.

Lacerda agradeceu o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes (MDB), vice na postulação frustrada do pessebista, e ao deputado federal Jaime Martins (PROS), que disputaria o Senado na chapa. “Quero agradecer profundamente a todos os partidos, dirigentes, parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, enfim, todos os políticos de bem que estiveram ao nosso lado neste momento e que também estão profundamente indignados”, declarou.

A coligação de Lacerda contava com MDB, PDT, PROS, PV, PRB e Podemos. Os partidos se reunem na tarde desta terça-feira para definir os rumos da chapa.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou ao Estado que seu partido em Minas Gerais seguirá com a coligação do PT, em apoio a tentativa de reeleição de Pimentel. “Nunca consideramos a existência da candidatura do Marcio. Em vez de aceitar a decisão direção nacional do partido dele, ele provocou a justiça e não teve a dignidade de esperar o parecer da Justiça”, afirmou o dirigente. Siqueira comemorou a saída de Lacerda do partido. “Não sou muito dado a pessoas vacilantes e inseguras”, disse.

Senado

Nesta terça-feira, o PT confirmou a candidatura do deputado Miguel Corrêa Júnior (PT) ao Senado, que será companheiro de chapa da ex-presidente cassada Dilma Rousseff (PT). Apesar de dizerem que as “portas estarão abertas” para Lacerda, Corrêa Júnior afirmou que não havia mais tempo legal e que o ex-prefeito não seria absorvido na coligação. “Nós esperamos até o limite do que poderíamos”, disse o petista. Lacerda recusou, em diversas oportunidades, a possibilidade de se candidatar ao Senado na coligação do governador Pimentel (PT).

BELO HORIZONTE  - O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, do PSB, anunciou nesta terça-feira, 21, a decisão de retirar sua candidatura ao governo de Minas Gerais nas eleições 2018. Lacerda vinha travando uma disputa com o comando nacional de seu partido desde que a sigla fechou um acordo com o PT que incluía a retirada de seu nome da disputa como uma das contrapartidas para que os pessebistas não estabelecessem coligação na eleição presidencial.

Por meio de uma carta, com o título “A velha política conseguiu me tirar desta eleição”, o ex-prefeito afirmou que se desvinculará do PSB. “A impossibilidade do julgamento definitivo do assunto, desenhada nos últimos dias no âmbito da Justiça Eleitoral, conduz esta insegurança jurídica até a véspera do 1.º turno, o que me leva a retirar minha candidatura”, declarou.

Emcoletiva após o congresso nacional do PSB, Marcio Lacerdaadmitiu que cogitou desistir da sua candidatura ao governo de Minas Gerais. Foto: Gualter Naves/Agência Estado

Na carta, Lacerda qualificou a conversa entre PSB e PT de “antidemocrática e arbitrária” e afirmou que resistiu ao acordo. “Minha indignação não aceitou essa negociata, essa imposição que agride não apenas a minha candidatura, mas a vontade soberana dos mineiros”, afirmou.

Pelo acordo, o PSB deveria rifar a candidatura de Lacerda em Minas para apoiar a tentativa de reeleição do atual governador, Fernando Pimentel (PT), enquanto os petistas retirariam as pretensões de Marílias Arraes (PT) de concorrer ao governo do Pernambuco.

Mesmo com o acordo, Lacerda vinha mantendo a candidatura, chegando a registrá-la no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG). O ex-prefeito entrou no TRE e no Tribunal Superior de Eleitoral (TSE) com pedidos para tentar continuar na disputa.

O ex-prefeito explicou que deixará o partido por conta dos “reflexos” desse acordo. “Infelizmente, este conchavo de sua direção nacional terá reflexos ainda mais profundos no PSB e, principalmente, nos olhos de quem enxergava neste partido alguma coisa diferente na vida partidária deste país”, afirmou.

Lacerda agradeceu o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes (MDB), vice na postulação frustrada do pessebista, e ao deputado federal Jaime Martins (PROS), que disputaria o Senado na chapa. “Quero agradecer profundamente a todos os partidos, dirigentes, parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, enfim, todos os políticos de bem que estiveram ao nosso lado neste momento e que também estão profundamente indignados”, declarou.

A coligação de Lacerda contava com MDB, PDT, PROS, PV, PRB e Podemos. Os partidos se reunem na tarde desta terça-feira para definir os rumos da chapa.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou ao Estado que seu partido em Minas Gerais seguirá com a coligação do PT, em apoio a tentativa de reeleição de Pimentel. “Nunca consideramos a existência da candidatura do Marcio. Em vez de aceitar a decisão direção nacional do partido dele, ele provocou a justiça e não teve a dignidade de esperar o parecer da Justiça”, afirmou o dirigente. Siqueira comemorou a saída de Lacerda do partido. “Não sou muito dado a pessoas vacilantes e inseguras”, disse.

Senado

Nesta terça-feira, o PT confirmou a candidatura do deputado Miguel Corrêa Júnior (PT) ao Senado, que será companheiro de chapa da ex-presidente cassada Dilma Rousseff (PT). Apesar de dizerem que as “portas estarão abertas” para Lacerda, Corrêa Júnior afirmou que não havia mais tempo legal e que o ex-prefeito não seria absorvido na coligação. “Nós esperamos até o limite do que poderíamos”, disse o petista. Lacerda recusou, em diversas oportunidades, a possibilidade de se candidatar ao Senado na coligação do governador Pimentel (PT).

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