BELO HORIZONTE - O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda registrou nesta quarta-feira, 15, sua candidatura ao governo de Minas Gerais nas eleições 2018. O registro contraria a decisão da direção nacional do PSB, que, em convenção, aprovou o apoio à reeleição do governador Fernando Pimentel (PT). O PSB-MG já prepara um pedido de impugnação da candidatura.
“Neste momento confio na Justiça e em sua celeridade para que possamos confirmar definitivamente a aprovação do registro”, afirmou Lacerda em nota. Ele registrou a coligação Minas Tem Jeito, composta por MDB, PV, PRB, Podemos, PDT, PROS, além do PSB. A chapa é composta pelo presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes (MDB), como postulante a vice-governador, e o deputado federal Jaime Martins (PROS), para Senador. O ex-presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno (PV), foi registrado como primeiro suplente na coligação.
O presidente interino do PSB-MG, Renê Vilela, disse que o diretório estadual já está preparando um pedido de impugnação da candidatura do ex-prefeito. “Não existe candidatura avulsa no Brasil. Ele (Marcio) está se valendo de um instrumento precário”, disse.
Na véspera, a direção estadual do PSB havia registrado a chapa com os candidatos a deputado federal e estadual, sem menção à candidatura de Lacerda. Neste registro, o PSB está coligado com PT, PCdoB, DC e PR. Segundo Vilela (PSB), foi reservada uma vaga na coligação para que Lacerda dispute o Senado. “Nossa prioridade é a melhor coligação para eleger nossos deputados federais”.
Lacerda e a direção nacional do PSB entraram em rota de colisão desde o início do mês, quando o partido fez um acordo com o PT, que resultou na desistência também da candidatura de Marília Arraes (PT) ao governo de Pernambuco. A direção nacional decidiu pela dissolução do diretório mineiro, que resistia à desistência da candidatura de Lacerda.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse acreditar que Lacerda será derrotado. “Esse assunto não se resolve na Justiça, é um assunto político, que ele decidiu, erroneamente, judicializar”.
Diante da imbróglio no PSB, Fernando Pimentel deixou para a última hora e só registrou sua candidatura à reeleição na terça-feira, 14. No registro, o governador incluiu o PSB em sua coligação, formada também por PCdoB, PR e DC.