Marina Silva não defenderá mais independência institucionalizada do BC


Em 2014, foi uma das propostas da pré-candidata à Presidência; ontem foi o primeiro encontro com em São Paulo com colaboradores para definir novo programa de governo

Por Marianna Holanda
Pré-candidata àpresidência da República pelaRede, Marina Silva, em evento em São Paulo. Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, declarou nesta segunda-feira, 26, que não defenderá mais a independência institucionalizada do Banco Central, como o fez na eleição passada. O tema foi “herdado” de Eduardo Campos e do PSB e um dos pontos mais atacados pela campanha de Dilma Rousseff. Em determinada propaganda do PT, a autonomia do BC proposta por Marina foi relacionada a um prato de comida vazio.

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Segundo disse a ex-ministra, a ideia era da “coligação”, não dela e de sua equipe econômica. “Eu e o Eduardo Giannetti defendíamos que essa independência do Banco Central não fosse institucionalizada. Vamos recuperar o que era a proposta inicial: de que o Banco Central não precisa dessa institucionalização”, afirmou a jornalistas, durante primeira reunião com colaboradores para debater o programa de governo, em uma casa para eventos na Vila Madalena (SP).

O que a presidenciável da Rede propôs, com Giannetti, em seu primeiro programa de governo de 2010 e que agora pretende recuperar, era a autonomia operacional, não institucionalizada do BC. “O que ele não pode é ser usado ‘politiqueiramente’. É isso que nós defendíamos sempre”, completou.

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A retomada no posicionamento de oito anos atrás foi comunicada durante intervalo do evento, que reuniu cerca de 50 acadêmicos e membros da sociedade civil que pretendem, seja institucionalmente ou pessoalmente, colaborar com o programa de governo.

“É um início de discussão mas que não amarra nada em relação ao programa anterior, é apenas um start acumulado anteriormente, ver o que que tá faltando, o que que tem que ser modernizado”, explicou o coordenador de programa de governo, João Capobianco.

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O ambientalista acompanha Marina desde quando ela esteva à frente do Ministério do Meio Ambiente, na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ele foi seu secretário executivo. Capô, como é chamado pela presidenciável, também participou das duas campanhas de 2010 e 2014.

Outro integrante da equipe que também participou da gestão Lula e que participa das campanhas de Marina desde o princípio é Ricardo Paes de Barros, um dos “pais” do programa de distribuição de renda Bolsa Família. Ele também está na equipe há oito anos e participou do encontro nesta segunda-feira.

Sob a coordenação de Giannetti, acompanhado do assessor da Rede Bazileu Margarido, o programa econômico terá ainda entre os colaboradores Samir Cury e Paulo Sandroni, professores de economia da FGV-SP, André Lara Resende, um dos pais do Plano Real, e Sérgio Leitão, diretor do Instituto Escolhas. Nomes como Bernard Appy, do Centro de Cidadania Fiscal, e Marcos Lisboa, também do Instituto Escolhas, devem contribuir para o programa de forma institucional, ou seja, com propostas elaboradas pelas entidades.

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Uma das novidades neste ano é a ausência de colaboradores que outrora foram peças essenciais para Marina: Neca Setubal, educadora e herdeira do banco Itaú, que atuou como coordenadora do programa educacional em 2014; e Guilherme Leal, dono da Natura, vice na chapa presidencial de 2010, quando Marina ainda estava no PV.

“Continuo mantendo minha relação pessoal com Marina, mas estou completamente distante de toda a parte política, campanha, pré-campanha, estou totalmente fora”, disse Neca ao Estado. Na última campanha, Marina foi muito atacada por sua relação com a herdeira. Questionada o porquê não faria mais parte da campanha, Neca limita-se a dizer que “realmente, neste momento, não estou com espaço”.

Outra novidade é a presença de Andrea Gouvea como coordenadora de campanha. A carioca foi vereadora do Rio de Janeiro pelo PSDB, de 2004 a 2012, quando deixou o partido e a vida pública. Se aproximou da Rede e de Marina no ano passado, mas integrou a equipe, oficialmente, neste ano. Andrea contou que esse primeiro encontro teve como objetivo discutir novas formas de governabilidades, “para garantir que as instituições não sejam sequestradas, para que a política não se apodere delas”. O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Antônio Nobre continuará colaborando com o programa ambientalista da candidata. Ao final do encontro, chegou o ex-ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso, Rubens Ricupero.

Pré-candidata àpresidência da República pelaRede, Marina Silva, em evento em São Paulo. Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, declarou nesta segunda-feira, 26, que não defenderá mais a independência institucionalizada do Banco Central, como o fez na eleição passada. O tema foi “herdado” de Eduardo Campos e do PSB e um dos pontos mais atacados pela campanha de Dilma Rousseff. Em determinada propaganda do PT, a autonomia do BC proposta por Marina foi relacionada a um prato de comida vazio.

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Segundo disse a ex-ministra, a ideia era da “coligação”, não dela e de sua equipe econômica. “Eu e o Eduardo Giannetti defendíamos que essa independência do Banco Central não fosse institucionalizada. Vamos recuperar o que era a proposta inicial: de que o Banco Central não precisa dessa institucionalização”, afirmou a jornalistas, durante primeira reunião com colaboradores para debater o programa de governo, em uma casa para eventos na Vila Madalena (SP).

O que a presidenciável da Rede propôs, com Giannetti, em seu primeiro programa de governo de 2010 e que agora pretende recuperar, era a autonomia operacional, não institucionalizada do BC. “O que ele não pode é ser usado ‘politiqueiramente’. É isso que nós defendíamos sempre”, completou.

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A retomada no posicionamento de oito anos atrás foi comunicada durante intervalo do evento, que reuniu cerca de 50 acadêmicos e membros da sociedade civil que pretendem, seja institucionalmente ou pessoalmente, colaborar com o programa de governo.

“É um início de discussão mas que não amarra nada em relação ao programa anterior, é apenas um start acumulado anteriormente, ver o que que tá faltando, o que que tem que ser modernizado”, explicou o coordenador de programa de governo, João Capobianco.

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O ambientalista acompanha Marina desde quando ela esteva à frente do Ministério do Meio Ambiente, na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ele foi seu secretário executivo. Capô, como é chamado pela presidenciável, também participou das duas campanhas de 2010 e 2014.

Outro integrante da equipe que também participou da gestão Lula e que participa das campanhas de Marina desde o princípio é Ricardo Paes de Barros, um dos “pais” do programa de distribuição de renda Bolsa Família. Ele também está na equipe há oito anos e participou do encontro nesta segunda-feira.

Sob a coordenação de Giannetti, acompanhado do assessor da Rede Bazileu Margarido, o programa econômico terá ainda entre os colaboradores Samir Cury e Paulo Sandroni, professores de economia da FGV-SP, André Lara Resende, um dos pais do Plano Real, e Sérgio Leitão, diretor do Instituto Escolhas. Nomes como Bernard Appy, do Centro de Cidadania Fiscal, e Marcos Lisboa, também do Instituto Escolhas, devem contribuir para o programa de forma institucional, ou seja, com propostas elaboradas pelas entidades.

Uma das novidades neste ano é a ausência de colaboradores que outrora foram peças essenciais para Marina: Neca Setubal, educadora e herdeira do banco Itaú, que atuou como coordenadora do programa educacional em 2014; e Guilherme Leal, dono da Natura, vice na chapa presidencial de 2010, quando Marina ainda estava no PV.

“Continuo mantendo minha relação pessoal com Marina, mas estou completamente distante de toda a parte política, campanha, pré-campanha, estou totalmente fora”, disse Neca ao Estado. Na última campanha, Marina foi muito atacada por sua relação com a herdeira. Questionada o porquê não faria mais parte da campanha, Neca limita-se a dizer que “realmente, neste momento, não estou com espaço”.

Outra novidade é a presença de Andrea Gouvea como coordenadora de campanha. A carioca foi vereadora do Rio de Janeiro pelo PSDB, de 2004 a 2012, quando deixou o partido e a vida pública. Se aproximou da Rede e de Marina no ano passado, mas integrou a equipe, oficialmente, neste ano. Andrea contou que esse primeiro encontro teve como objetivo discutir novas formas de governabilidades, “para garantir que as instituições não sejam sequestradas, para que a política não se apodere delas”. O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Antônio Nobre continuará colaborando com o programa ambientalista da candidata. Ao final do encontro, chegou o ex-ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso, Rubens Ricupero.

Pré-candidata àpresidência da República pelaRede, Marina Silva, em evento em São Paulo. Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, declarou nesta segunda-feira, 26, que não defenderá mais a independência institucionalizada do Banco Central, como o fez na eleição passada. O tema foi “herdado” de Eduardo Campos e do PSB e um dos pontos mais atacados pela campanha de Dilma Rousseff. Em determinada propaganda do PT, a autonomia do BC proposta por Marina foi relacionada a um prato de comida vazio.

+ 'Por onde você anda, pré-candidata?'

Segundo disse a ex-ministra, a ideia era da “coligação”, não dela e de sua equipe econômica. “Eu e o Eduardo Giannetti defendíamos que essa independência do Banco Central não fosse institucionalizada. Vamos recuperar o que era a proposta inicial: de que o Banco Central não precisa dessa institucionalização”, afirmou a jornalistas, durante primeira reunião com colaboradores para debater o programa de governo, em uma casa para eventos na Vila Madalena (SP).

O que a presidenciável da Rede propôs, com Giannetti, em seu primeiro programa de governo de 2010 e que agora pretende recuperar, era a autonomia operacional, não institucionalizada do BC. “O que ele não pode é ser usado ‘politiqueiramente’. É isso que nós defendíamos sempre”, completou.

+ Não é questão de ser o Lula, é questão de ser a lei, diz Marina

A retomada no posicionamento de oito anos atrás foi comunicada durante intervalo do evento, que reuniu cerca de 50 acadêmicos e membros da sociedade civil que pretendem, seja institucionalmente ou pessoalmente, colaborar com o programa de governo.

“É um início de discussão mas que não amarra nada em relação ao programa anterior, é apenas um start acumulado anteriormente, ver o que que tá faltando, o que que tem que ser modernizado”, explicou o coordenador de programa de governo, João Capobianco.

+ Marina Silva critica falta de planos para segurança no Rio

O ambientalista acompanha Marina desde quando ela esteva à frente do Ministério do Meio Ambiente, na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ele foi seu secretário executivo. Capô, como é chamado pela presidenciável, também participou das duas campanhas de 2010 e 2014.

Outro integrante da equipe que também participou da gestão Lula e que participa das campanhas de Marina desde o princípio é Ricardo Paes de Barros, um dos “pais” do programa de distribuição de renda Bolsa Família. Ele também está na equipe há oito anos e participou do encontro nesta segunda-feira.

Sob a coordenação de Giannetti, acompanhado do assessor da Rede Bazileu Margarido, o programa econômico terá ainda entre os colaboradores Samir Cury e Paulo Sandroni, professores de economia da FGV-SP, André Lara Resende, um dos pais do Plano Real, e Sérgio Leitão, diretor do Instituto Escolhas. Nomes como Bernard Appy, do Centro de Cidadania Fiscal, e Marcos Lisboa, também do Instituto Escolhas, devem contribuir para o programa de forma institucional, ou seja, com propostas elaboradas pelas entidades.

Uma das novidades neste ano é a ausência de colaboradores que outrora foram peças essenciais para Marina: Neca Setubal, educadora e herdeira do banco Itaú, que atuou como coordenadora do programa educacional em 2014; e Guilherme Leal, dono da Natura, vice na chapa presidencial de 2010, quando Marina ainda estava no PV.

“Continuo mantendo minha relação pessoal com Marina, mas estou completamente distante de toda a parte política, campanha, pré-campanha, estou totalmente fora”, disse Neca ao Estado. Na última campanha, Marina foi muito atacada por sua relação com a herdeira. Questionada o porquê não faria mais parte da campanha, Neca limita-se a dizer que “realmente, neste momento, não estou com espaço”.

Outra novidade é a presença de Andrea Gouvea como coordenadora de campanha. A carioca foi vereadora do Rio de Janeiro pelo PSDB, de 2004 a 2012, quando deixou o partido e a vida pública. Se aproximou da Rede e de Marina no ano passado, mas integrou a equipe, oficialmente, neste ano. Andrea contou que esse primeiro encontro teve como objetivo discutir novas formas de governabilidades, “para garantir que as instituições não sejam sequestradas, para que a política não se apodere delas”. O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Antônio Nobre continuará colaborando com o programa ambientalista da candidata. Ao final do encontro, chegou o ex-ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso, Rubens Ricupero.

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