A apuração dos votos, no domingo, 15, à noite, nas cidades do ABC paulista, confirmou o que as pesquisas já vinham apontando: não foi desta vez que o PT recuperou o domínio político na região que, nos anos 80, foi o seu “berço eleitoral”. A única vitória da sigla aconteceu em Diadema.
Em Santo André, o prefeito tucano Paulo Serra (PSDB) já somava, no final da noite de domingo, 76,85% dos votos. Bem atrás dele, a professora Bete Siraque, do PT, ficou com 7,37%. Bete estava tecnicamente empatada em segundo com o candidato do PSOL, Bruno Daniel.
No reduto eleitoral de Lula, São Bernardo do Campo, onde nasceu a polarização entre o petismo e o PSDB, o cenário se repetiu. O prefeito Orlando Morando confirmou o favoritismo e somou 67,28% dos votos, contra 23,34% obtidos pelo ex-prefeito petista Luiz Marinho. Durante a campanha, Marinho teve apoio de Lula, mas Morando conseguiu formar uma ampla coligação de 17 partidos e recebeu R$ 1,6 milhão do Fundo Eleitoral do PSDB. Os números de Marinho, no caso, foram mais modestos. O partido de Lula teve o apoio de cinco siglas e um repasse da direção estadual e nacional que somou pouco menos de R$ 1 milhão.
Na corrida pela prefeitura de São Caetano do Sul, o PSDB faturou a terceira vitória do dia, mas não levou. O candidato tucano José Aurichio Jr. conquistou 45,28% dos votos mas sua vitória está provisoriamente anulada e sub judice. Ele foi condenado por abuso de poder político e econômico e declarado inelegível, pelo TRE paulista, durante oito anos.
A única cidade onde o PT tinha mais chances de vitória, Diadema, deu segundo turno, entre José Filippi, com 45,6%$ dos votos, e Taka Yamauchi (PSD), que ficou com 15,45%. E em Mauá, onde venceu em 2012, o PT conseguiu garantir vaga no segundo turno com o atual prefeito, Atila Jacomussi (PSB).