Novo suspende candidatura de Sabará à Prefeitura de São Paulo


Decisão em caráter liminar interrompe as ações de campanha à Prefeitura de SP; motivo é mantido em sigilo

Por Pedro Venceslau

O Novo suspendeu temporariamente a candidatura de Filipe Sabará à Prefeitura de São Paulo. Em comunicado enviado na noite deste quarta-feira, 23, a sigla afirma que a decisão, em caráter liminar, foi tomada pelo Conselho de Ética do Partido (CEP), mas não informa o motivo da punição. O conselho analisa a impugnação da candidatura, assinada por Kauan Gonçalves Viscardi, filiado ao Novo de Santa Catarina, cujo teor é sigiloso, de acordo com a legenda.

Em resposta à suspensão de sua candidatura, Sabará disse ser alvo de perseguição promovida por João Amoêdo, ex-presidente nacional da sigla, e de "uma ala esquerdista minoritária" do partido.

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Ainda segundo o comunicado do diretório nacional do Novo, o candidato terá um prazo para se defender. “O diretório nacional reforça a determinação do CEP de suspensão temporária de todas as ações de pré-campanha em nome do candidato até o assunto seja efetivamente julgado”, diz o texto.

A iniciativa expõe uma divisão interna na legenda entre um grupo mais alinhado ao presidente Jair Bolsonaro, do qual fazem parte o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e parte da bancada de deputados federais, e outro que faz oposição ao Palácio do Planalto. 

Sabará também é alvo de contestação por parte de pré-candidatos a vereador da capital. “Esse discurso (do Sabará) próximo ao governo federal me deixa insatisfeita. O Novo não é linha auxiliar do presidente da República”, disse a candidata a vereador do Novo Naira Sathiwo. 

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Um grupo criado no WhatsApp intitulado “Tentando Salvar o Novo” tem criticado duramente as declarações de Sabará em defesa de Bolsonaro. Na semana passada, o debate interno foi acirrado após o candidato ter dito, em um programa de rádio, que Paulo Maluf foi o melhor prefeito que a capital paulista já teve. A declaração provocou reações até do fundador do Novo, João Amoêdo, e do deputado estadual Heni Ozi Cukier.

Em comunicado, Novo suspende candidatura de Sabará Foto: Reprodução

“O partido está fornecendo (aos candidatos a vereador) materiais de campanha com o Filipe, mas eu recusei. Não quero misturar meu nome com o do Sabará”, disse Luiz Bucciarelli, que passou no processo seletivo do Novo e tentará uma vaga na Câmara Municipal. Um dossiê apócrifo com acusações contra Sabará circula nos grupos de WhatsApp do partido. 

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Ao Estadão, o presidente municipal do Novo, Julio Rodrigues, minimizou a crise interna. “Não vejo problemas graves em divergências internas.” Outra candidata a vereador pelo Novo, Joanna Douat disse que o grupo de WhatsApp não foi criado para impedir a candidatura de Sabará, mas com a intenção de “preservar o partido”. 

Filipe Sabará, do Novo, foi secretário de Assistência Social de João Doria na Prefeitura de SP. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Na semana passada, Sabará também se envolveu em uma polêmica com o ex-porta-voz do Vem Pra Rua Rogério Chequer, que foi candidato do Novo ao governo paulista em 2018. Na mesma entrevista em que elogiou Maluf, o candidato foi questionado sobre uma declaração contra Chequer feita durante a campanha, na qual o chamou de "oportunista".

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"Nesta 3ª feira, 15 set 2020, Filipe deu entrevista ao @Panico. Ao ser perguntado sobre essa polêmica de 2018, distorceu toda a história", disse Chequer uma nota interna distribuída aos integrantes do Novo pelo WhatsApp. No mesmo texto, o ex-candidato foi além: "Como mostra o vídeo, Filipe diz agora que “[Chequer] criticou a gestão do Doria, dizendo que era Velha Política”. Verdade. Mas Filipe inventou que, ao criticar a gestão, critiquei também ele, @WilsonPoit e @PauloUebel. Não é verdade".

Chequer concluiu seu texto com recado ao pré-candidato do seu partido: "Não foi legal, Filipe. Não há necessidade disso. Basta dizer a verdade e assumir seus posicionamentos anteriores. O que não pode é inventar histórias para tentar agradar eleitores, isso sim é velha política".

Bens

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Agora com a candidatura temporariamente suspensa, Sabará aguarda a atualização de sua declaração de bens na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até ontem, figurava o valor de R$ 15,6 mil, mas, de acordo com a assessoria do candidato do Novo, por “erro de preenchimento”, o correto é R$ 5,1 milhões, como mostrou o site BR Político ontem. Com essa retificação, Sabará passa a liderar a lista como o político mais rico do pleito entre os que já fizeram a declaração de seus bens.

O Novo suspendeu temporariamente a candidatura de Filipe Sabará à Prefeitura de São Paulo. Em comunicado enviado na noite deste quarta-feira, 23, a sigla afirma que a decisão, em caráter liminar, foi tomada pelo Conselho de Ética do Partido (CEP), mas não informa o motivo da punição. O conselho analisa a impugnação da candidatura, assinada por Kauan Gonçalves Viscardi, filiado ao Novo de Santa Catarina, cujo teor é sigiloso, de acordo com a legenda.

Em resposta à suspensão de sua candidatura, Sabará disse ser alvo de perseguição promovida por João Amoêdo, ex-presidente nacional da sigla, e de "uma ala esquerdista minoritária" do partido.

Ainda segundo o comunicado do diretório nacional do Novo, o candidato terá um prazo para se defender. “O diretório nacional reforça a determinação do CEP de suspensão temporária de todas as ações de pré-campanha em nome do candidato até o assunto seja efetivamente julgado”, diz o texto.

A iniciativa expõe uma divisão interna na legenda entre um grupo mais alinhado ao presidente Jair Bolsonaro, do qual fazem parte o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e parte da bancada de deputados federais, e outro que faz oposição ao Palácio do Planalto. 

Sabará também é alvo de contestação por parte de pré-candidatos a vereador da capital. “Esse discurso (do Sabará) próximo ao governo federal me deixa insatisfeita. O Novo não é linha auxiliar do presidente da República”, disse a candidata a vereador do Novo Naira Sathiwo. 

Um grupo criado no WhatsApp intitulado “Tentando Salvar o Novo” tem criticado duramente as declarações de Sabará em defesa de Bolsonaro. Na semana passada, o debate interno foi acirrado após o candidato ter dito, em um programa de rádio, que Paulo Maluf foi o melhor prefeito que a capital paulista já teve. A declaração provocou reações até do fundador do Novo, João Amoêdo, e do deputado estadual Heni Ozi Cukier.

Em comunicado, Novo suspende candidatura de Sabará Foto: Reprodução

“O partido está fornecendo (aos candidatos a vereador) materiais de campanha com o Filipe, mas eu recusei. Não quero misturar meu nome com o do Sabará”, disse Luiz Bucciarelli, que passou no processo seletivo do Novo e tentará uma vaga na Câmara Municipal. Um dossiê apócrifo com acusações contra Sabará circula nos grupos de WhatsApp do partido. 

Ao Estadão, o presidente municipal do Novo, Julio Rodrigues, minimizou a crise interna. “Não vejo problemas graves em divergências internas.” Outra candidata a vereador pelo Novo, Joanna Douat disse que o grupo de WhatsApp não foi criado para impedir a candidatura de Sabará, mas com a intenção de “preservar o partido”. 

Filipe Sabará, do Novo, foi secretário de Assistência Social de João Doria na Prefeitura de SP. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Na semana passada, Sabará também se envolveu em uma polêmica com o ex-porta-voz do Vem Pra Rua Rogério Chequer, que foi candidato do Novo ao governo paulista em 2018. Na mesma entrevista em que elogiou Maluf, o candidato foi questionado sobre uma declaração contra Chequer feita durante a campanha, na qual o chamou de "oportunista".

"Nesta 3ª feira, 15 set 2020, Filipe deu entrevista ao @Panico. Ao ser perguntado sobre essa polêmica de 2018, distorceu toda a história", disse Chequer uma nota interna distribuída aos integrantes do Novo pelo WhatsApp. No mesmo texto, o ex-candidato foi além: "Como mostra o vídeo, Filipe diz agora que “[Chequer] criticou a gestão do Doria, dizendo que era Velha Política”. Verdade. Mas Filipe inventou que, ao criticar a gestão, critiquei também ele, @WilsonPoit e @PauloUebel. Não é verdade".

Chequer concluiu seu texto com recado ao pré-candidato do seu partido: "Não foi legal, Filipe. Não há necessidade disso. Basta dizer a verdade e assumir seus posicionamentos anteriores. O que não pode é inventar histórias para tentar agradar eleitores, isso sim é velha política".

Bens

Agora com a candidatura temporariamente suspensa, Sabará aguarda a atualização de sua declaração de bens na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até ontem, figurava o valor de R$ 15,6 mil, mas, de acordo com a assessoria do candidato do Novo, por “erro de preenchimento”, o correto é R$ 5,1 milhões, como mostrou o site BR Político ontem. Com essa retificação, Sabará passa a liderar a lista como o político mais rico do pleito entre os que já fizeram a declaração de seus bens.

O Novo suspendeu temporariamente a candidatura de Filipe Sabará à Prefeitura de São Paulo. Em comunicado enviado na noite deste quarta-feira, 23, a sigla afirma que a decisão, em caráter liminar, foi tomada pelo Conselho de Ética do Partido (CEP), mas não informa o motivo da punição. O conselho analisa a impugnação da candidatura, assinada por Kauan Gonçalves Viscardi, filiado ao Novo de Santa Catarina, cujo teor é sigiloso, de acordo com a legenda.

Em resposta à suspensão de sua candidatura, Sabará disse ser alvo de perseguição promovida por João Amoêdo, ex-presidente nacional da sigla, e de "uma ala esquerdista minoritária" do partido.

Ainda segundo o comunicado do diretório nacional do Novo, o candidato terá um prazo para se defender. “O diretório nacional reforça a determinação do CEP de suspensão temporária de todas as ações de pré-campanha em nome do candidato até o assunto seja efetivamente julgado”, diz o texto.

A iniciativa expõe uma divisão interna na legenda entre um grupo mais alinhado ao presidente Jair Bolsonaro, do qual fazem parte o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e parte da bancada de deputados federais, e outro que faz oposição ao Palácio do Planalto. 

Sabará também é alvo de contestação por parte de pré-candidatos a vereador da capital. “Esse discurso (do Sabará) próximo ao governo federal me deixa insatisfeita. O Novo não é linha auxiliar do presidente da República”, disse a candidata a vereador do Novo Naira Sathiwo. 

Um grupo criado no WhatsApp intitulado “Tentando Salvar o Novo” tem criticado duramente as declarações de Sabará em defesa de Bolsonaro. Na semana passada, o debate interno foi acirrado após o candidato ter dito, em um programa de rádio, que Paulo Maluf foi o melhor prefeito que a capital paulista já teve. A declaração provocou reações até do fundador do Novo, João Amoêdo, e do deputado estadual Heni Ozi Cukier.

Em comunicado, Novo suspende candidatura de Sabará Foto: Reprodução

“O partido está fornecendo (aos candidatos a vereador) materiais de campanha com o Filipe, mas eu recusei. Não quero misturar meu nome com o do Sabará”, disse Luiz Bucciarelli, que passou no processo seletivo do Novo e tentará uma vaga na Câmara Municipal. Um dossiê apócrifo com acusações contra Sabará circula nos grupos de WhatsApp do partido. 

Ao Estadão, o presidente municipal do Novo, Julio Rodrigues, minimizou a crise interna. “Não vejo problemas graves em divergências internas.” Outra candidata a vereador pelo Novo, Joanna Douat disse que o grupo de WhatsApp não foi criado para impedir a candidatura de Sabará, mas com a intenção de “preservar o partido”. 

Filipe Sabará, do Novo, foi secretário de Assistência Social de João Doria na Prefeitura de SP. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Na semana passada, Sabará também se envolveu em uma polêmica com o ex-porta-voz do Vem Pra Rua Rogério Chequer, que foi candidato do Novo ao governo paulista em 2018. Na mesma entrevista em que elogiou Maluf, o candidato foi questionado sobre uma declaração contra Chequer feita durante a campanha, na qual o chamou de "oportunista".

"Nesta 3ª feira, 15 set 2020, Filipe deu entrevista ao @Panico. Ao ser perguntado sobre essa polêmica de 2018, distorceu toda a história", disse Chequer uma nota interna distribuída aos integrantes do Novo pelo WhatsApp. No mesmo texto, o ex-candidato foi além: "Como mostra o vídeo, Filipe diz agora que “[Chequer] criticou a gestão do Doria, dizendo que era Velha Política”. Verdade. Mas Filipe inventou que, ao criticar a gestão, critiquei também ele, @WilsonPoit e @PauloUebel. Não é verdade".

Chequer concluiu seu texto com recado ao pré-candidato do seu partido: "Não foi legal, Filipe. Não há necessidade disso. Basta dizer a verdade e assumir seus posicionamentos anteriores. O que não pode é inventar histórias para tentar agradar eleitores, isso sim é velha política".

Bens

Agora com a candidatura temporariamente suspensa, Sabará aguarda a atualização de sua declaração de bens na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até ontem, figurava o valor de R$ 15,6 mil, mas, de acordo com a assessoria do candidato do Novo, por “erro de preenchimento”, o correto é R$ 5,1 milhões, como mostrou o site BR Político ontem. Com essa retificação, Sabará passa a liderar a lista como o político mais rico do pleito entre os que já fizeram a declaração de seus bens.

O Novo suspendeu temporariamente a candidatura de Filipe Sabará à Prefeitura de São Paulo. Em comunicado enviado na noite deste quarta-feira, 23, a sigla afirma que a decisão, em caráter liminar, foi tomada pelo Conselho de Ética do Partido (CEP), mas não informa o motivo da punição. O conselho analisa a impugnação da candidatura, assinada por Kauan Gonçalves Viscardi, filiado ao Novo de Santa Catarina, cujo teor é sigiloso, de acordo com a legenda.

Em resposta à suspensão de sua candidatura, Sabará disse ser alvo de perseguição promovida por João Amoêdo, ex-presidente nacional da sigla, e de "uma ala esquerdista minoritária" do partido.

Ainda segundo o comunicado do diretório nacional do Novo, o candidato terá um prazo para se defender. “O diretório nacional reforça a determinação do CEP de suspensão temporária de todas as ações de pré-campanha em nome do candidato até o assunto seja efetivamente julgado”, diz o texto.

A iniciativa expõe uma divisão interna na legenda entre um grupo mais alinhado ao presidente Jair Bolsonaro, do qual fazem parte o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e parte da bancada de deputados federais, e outro que faz oposição ao Palácio do Planalto. 

Sabará também é alvo de contestação por parte de pré-candidatos a vereador da capital. “Esse discurso (do Sabará) próximo ao governo federal me deixa insatisfeita. O Novo não é linha auxiliar do presidente da República”, disse a candidata a vereador do Novo Naira Sathiwo. 

Um grupo criado no WhatsApp intitulado “Tentando Salvar o Novo” tem criticado duramente as declarações de Sabará em defesa de Bolsonaro. Na semana passada, o debate interno foi acirrado após o candidato ter dito, em um programa de rádio, que Paulo Maluf foi o melhor prefeito que a capital paulista já teve. A declaração provocou reações até do fundador do Novo, João Amoêdo, e do deputado estadual Heni Ozi Cukier.

Em comunicado, Novo suspende candidatura de Sabará Foto: Reprodução

“O partido está fornecendo (aos candidatos a vereador) materiais de campanha com o Filipe, mas eu recusei. Não quero misturar meu nome com o do Sabará”, disse Luiz Bucciarelli, que passou no processo seletivo do Novo e tentará uma vaga na Câmara Municipal. Um dossiê apócrifo com acusações contra Sabará circula nos grupos de WhatsApp do partido. 

Ao Estadão, o presidente municipal do Novo, Julio Rodrigues, minimizou a crise interna. “Não vejo problemas graves em divergências internas.” Outra candidata a vereador pelo Novo, Joanna Douat disse que o grupo de WhatsApp não foi criado para impedir a candidatura de Sabará, mas com a intenção de “preservar o partido”. 

Filipe Sabará, do Novo, foi secretário de Assistência Social de João Doria na Prefeitura de SP. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Na semana passada, Sabará também se envolveu em uma polêmica com o ex-porta-voz do Vem Pra Rua Rogério Chequer, que foi candidato do Novo ao governo paulista em 2018. Na mesma entrevista em que elogiou Maluf, o candidato foi questionado sobre uma declaração contra Chequer feita durante a campanha, na qual o chamou de "oportunista".

"Nesta 3ª feira, 15 set 2020, Filipe deu entrevista ao @Panico. Ao ser perguntado sobre essa polêmica de 2018, distorceu toda a história", disse Chequer uma nota interna distribuída aos integrantes do Novo pelo WhatsApp. No mesmo texto, o ex-candidato foi além: "Como mostra o vídeo, Filipe diz agora que “[Chequer] criticou a gestão do Doria, dizendo que era Velha Política”. Verdade. Mas Filipe inventou que, ao criticar a gestão, critiquei também ele, @WilsonPoit e @PauloUebel. Não é verdade".

Chequer concluiu seu texto com recado ao pré-candidato do seu partido: "Não foi legal, Filipe. Não há necessidade disso. Basta dizer a verdade e assumir seus posicionamentos anteriores. O que não pode é inventar histórias para tentar agradar eleitores, isso sim é velha política".

Bens

Agora com a candidatura temporariamente suspensa, Sabará aguarda a atualização de sua declaração de bens na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até ontem, figurava o valor de R$ 15,6 mil, mas, de acordo com a assessoria do candidato do Novo, por “erro de preenchimento”, o correto é R$ 5,1 milhões, como mostrou o site BR Político ontem. Com essa retificação, Sabará passa a liderar a lista como o político mais rico do pleito entre os que já fizeram a declaração de seus bens.

O Novo suspendeu temporariamente a candidatura de Filipe Sabará à Prefeitura de São Paulo. Em comunicado enviado na noite deste quarta-feira, 23, a sigla afirma que a decisão, em caráter liminar, foi tomada pelo Conselho de Ética do Partido (CEP), mas não informa o motivo da punição. O conselho analisa a impugnação da candidatura, assinada por Kauan Gonçalves Viscardi, filiado ao Novo de Santa Catarina, cujo teor é sigiloso, de acordo com a legenda.

Em resposta à suspensão de sua candidatura, Sabará disse ser alvo de perseguição promovida por João Amoêdo, ex-presidente nacional da sigla, e de "uma ala esquerdista minoritária" do partido.

Ainda segundo o comunicado do diretório nacional do Novo, o candidato terá um prazo para se defender. “O diretório nacional reforça a determinação do CEP de suspensão temporária de todas as ações de pré-campanha em nome do candidato até o assunto seja efetivamente julgado”, diz o texto.

A iniciativa expõe uma divisão interna na legenda entre um grupo mais alinhado ao presidente Jair Bolsonaro, do qual fazem parte o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e parte da bancada de deputados federais, e outro que faz oposição ao Palácio do Planalto. 

Sabará também é alvo de contestação por parte de pré-candidatos a vereador da capital. “Esse discurso (do Sabará) próximo ao governo federal me deixa insatisfeita. O Novo não é linha auxiliar do presidente da República”, disse a candidata a vereador do Novo Naira Sathiwo. 

Um grupo criado no WhatsApp intitulado “Tentando Salvar o Novo” tem criticado duramente as declarações de Sabará em defesa de Bolsonaro. Na semana passada, o debate interno foi acirrado após o candidato ter dito, em um programa de rádio, que Paulo Maluf foi o melhor prefeito que a capital paulista já teve. A declaração provocou reações até do fundador do Novo, João Amoêdo, e do deputado estadual Heni Ozi Cukier.

Em comunicado, Novo suspende candidatura de Sabará Foto: Reprodução

“O partido está fornecendo (aos candidatos a vereador) materiais de campanha com o Filipe, mas eu recusei. Não quero misturar meu nome com o do Sabará”, disse Luiz Bucciarelli, que passou no processo seletivo do Novo e tentará uma vaga na Câmara Municipal. Um dossiê apócrifo com acusações contra Sabará circula nos grupos de WhatsApp do partido. 

Ao Estadão, o presidente municipal do Novo, Julio Rodrigues, minimizou a crise interna. “Não vejo problemas graves em divergências internas.” Outra candidata a vereador pelo Novo, Joanna Douat disse que o grupo de WhatsApp não foi criado para impedir a candidatura de Sabará, mas com a intenção de “preservar o partido”. 

Filipe Sabará, do Novo, foi secretário de Assistência Social de João Doria na Prefeitura de SP. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Na semana passada, Sabará também se envolveu em uma polêmica com o ex-porta-voz do Vem Pra Rua Rogério Chequer, que foi candidato do Novo ao governo paulista em 2018. Na mesma entrevista em que elogiou Maluf, o candidato foi questionado sobre uma declaração contra Chequer feita durante a campanha, na qual o chamou de "oportunista".

"Nesta 3ª feira, 15 set 2020, Filipe deu entrevista ao @Panico. Ao ser perguntado sobre essa polêmica de 2018, distorceu toda a história", disse Chequer uma nota interna distribuída aos integrantes do Novo pelo WhatsApp. No mesmo texto, o ex-candidato foi além: "Como mostra o vídeo, Filipe diz agora que “[Chequer] criticou a gestão do Doria, dizendo que era Velha Política”. Verdade. Mas Filipe inventou que, ao criticar a gestão, critiquei também ele, @WilsonPoit e @PauloUebel. Não é verdade".

Chequer concluiu seu texto com recado ao pré-candidato do seu partido: "Não foi legal, Filipe. Não há necessidade disso. Basta dizer a verdade e assumir seus posicionamentos anteriores. O que não pode é inventar histórias para tentar agradar eleitores, isso sim é velha política".

Bens

Agora com a candidatura temporariamente suspensa, Sabará aguarda a atualização de sua declaração de bens na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até ontem, figurava o valor de R$ 15,6 mil, mas, de acordo com a assessoria do candidato do Novo, por “erro de preenchimento”, o correto é R$ 5,1 milhões, como mostrou o site BR Político ontem. Com essa retificação, Sabará passa a liderar a lista como o político mais rico do pleito entre os que já fizeram a declaração de seus bens.

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