Márcio França: ‘O povo não entende esse negócio de direita e esquerda’


Concorrendo à reeleição, Marcio França, do PSB, afirma que no 2º turno terá apoio de tucanos por ‘afinidade’

Por Pedro Venceslau e Matheus Fagundes

Candidato à reeleição, o governador Márcio França (PSB) disse em entrevista ao Estado que não pretende “meter o bedelho” na eleição nacional e evitou criticar Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência.

França afirma que apoio de tucanos vai vir por 'afinidade do comportamento'. Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO
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O senhor avalia que parte da onda que o levou ao segundo turno veio da esquerda?

Teve voto útil, claro. As pessoas tentaram evitar que tivessem duas candidaturas que, simbolicamente, representassem um só campo. Mas cheguei até aqui tentando me equilibrar no diálogo. Vivi a vida inteira com os petistas achando que eu era tucano, e os tucanos que eu era petista. Fica muito complicado para quem está em uma disputa para governador meter o bedelho na eleição nacional. 

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Como fica a sua situação em relação ao Bolsonaro? Pelo seu histórico de militância em um partido socialista, o natural seria combatê-lo...

O problema aqui é o seguinte: a gente tem um certo vínculo indireto. A esposa dele foi assessora do meu líder. A gente conviveu em Brasília durante um período. Quando eu fiz o movimento da coronel (Eliane) Nikoluk (candidata a vice), uma das coisas que ela me pediu foi que dissesse que não iria com o PT. Estamos num impasse. Vou ver o que o partido vai fazer nacionalmente. Vou procurar ver se eles liberam para deixar o povo de São Paulo decidir. 

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Essa onda conservadora pode favorecer o João Doria?

Não acho. Se tem uma coisa que eu reparo no Bolsonaro é uma simplicidade no comportamento que não tem nada a ver com o Doria. Ele está subestimando quem é ligado ao Bolsonaro achando que vai levar os caras na conversa.

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O senhor não teme que o eleitor de esquerda que vota no sr. porque o identifica com esse campo se afaste?

O eleitor não tem 20 posições em São Paulo. Só tem eu e o Doria. Ele vai ter de optar. 

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Dentro desse quadro atual, a vitória da direita não pode prejudicá-lo?

Acho que não. Eu tenho o apoio de 90% da Polícia Militar. Não é uma coisa normal para quem tem as minha posições. O povo de maneira geral não entende esse negócio de direita e esquerda. 

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Acredita que parte do PSDB vai apoiá-lo?

Do grupo que tem a origem histórica do (Mário) Covas e (José) Serra, ninguém fica com o Doria. É impossível. Eles são muito diferentes. 

 

Vai procurar alguém do PSDB para conversar? 

Eles vão acabar vindo pela afinidade do comportamento. Doria representa um grupo de pessoas e um tipo de comportamento que é diferente do nosso, que tem origem no Covas. 

 

Se a executiva do PSB decidir apoiar o Fernando Haddad, como o senhor fica?

Cada dia sua angústia. Vou fazer tudo que for possível para que a gente não crie, a partir das eleições nacionais, um problema. 

 

É um erro o Haddad ter ido visitar Lula em Curitiba no 1° dia de campanha do segundo turno?

Ele deve lealdade a quem o trouxe à vida pública. As pessoas não tem de esquecer o amigo porque ele está em uma dificuldade. 

Candidato à reeleição, o governador Márcio França (PSB) disse em entrevista ao Estado que não pretende “meter o bedelho” na eleição nacional e evitou criticar Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência.

França afirma que apoio de tucanos vai vir por 'afinidade do comportamento'. Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

 

O senhor avalia que parte da onda que o levou ao segundo turno veio da esquerda?

Teve voto útil, claro. As pessoas tentaram evitar que tivessem duas candidaturas que, simbolicamente, representassem um só campo. Mas cheguei até aqui tentando me equilibrar no diálogo. Vivi a vida inteira com os petistas achando que eu era tucano, e os tucanos que eu era petista. Fica muito complicado para quem está em uma disputa para governador meter o bedelho na eleição nacional. 

 

Como fica a sua situação em relação ao Bolsonaro? Pelo seu histórico de militância em um partido socialista, o natural seria combatê-lo...

O problema aqui é o seguinte: a gente tem um certo vínculo indireto. A esposa dele foi assessora do meu líder. A gente conviveu em Brasília durante um período. Quando eu fiz o movimento da coronel (Eliane) Nikoluk (candidata a vice), uma das coisas que ela me pediu foi que dissesse que não iria com o PT. Estamos num impasse. Vou ver o que o partido vai fazer nacionalmente. Vou procurar ver se eles liberam para deixar o povo de São Paulo decidir. 

 

Essa onda conservadora pode favorecer o João Doria?

Não acho. Se tem uma coisa que eu reparo no Bolsonaro é uma simplicidade no comportamento que não tem nada a ver com o Doria. Ele está subestimando quem é ligado ao Bolsonaro achando que vai levar os caras na conversa.

 

O senhor não teme que o eleitor de esquerda que vota no sr. porque o identifica com esse campo se afaste?

O eleitor não tem 20 posições em São Paulo. Só tem eu e o Doria. Ele vai ter de optar. 

 

Dentro desse quadro atual, a vitória da direita não pode prejudicá-lo?

Acho que não. Eu tenho o apoio de 90% da Polícia Militar. Não é uma coisa normal para quem tem as minha posições. O povo de maneira geral não entende esse negócio de direita e esquerda. 

 

Acredita que parte do PSDB vai apoiá-lo?

Do grupo que tem a origem histórica do (Mário) Covas e (José) Serra, ninguém fica com o Doria. É impossível. Eles são muito diferentes. 

 

Vai procurar alguém do PSDB para conversar? 

Eles vão acabar vindo pela afinidade do comportamento. Doria representa um grupo de pessoas e um tipo de comportamento que é diferente do nosso, que tem origem no Covas. 

 

Se a executiva do PSB decidir apoiar o Fernando Haddad, como o senhor fica?

Cada dia sua angústia. Vou fazer tudo que for possível para que a gente não crie, a partir das eleições nacionais, um problema. 

 

É um erro o Haddad ter ido visitar Lula em Curitiba no 1° dia de campanha do segundo turno?

Ele deve lealdade a quem o trouxe à vida pública. As pessoas não tem de esquecer o amigo porque ele está em uma dificuldade. 

Candidato à reeleição, o governador Márcio França (PSB) disse em entrevista ao Estado que não pretende “meter o bedelho” na eleição nacional e evitou criticar Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência.

França afirma que apoio de tucanos vai vir por 'afinidade do comportamento'. Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

 

O senhor avalia que parte da onda que o levou ao segundo turno veio da esquerda?

Teve voto útil, claro. As pessoas tentaram evitar que tivessem duas candidaturas que, simbolicamente, representassem um só campo. Mas cheguei até aqui tentando me equilibrar no diálogo. Vivi a vida inteira com os petistas achando que eu era tucano, e os tucanos que eu era petista. Fica muito complicado para quem está em uma disputa para governador meter o bedelho na eleição nacional. 

 

Como fica a sua situação em relação ao Bolsonaro? Pelo seu histórico de militância em um partido socialista, o natural seria combatê-lo...

O problema aqui é o seguinte: a gente tem um certo vínculo indireto. A esposa dele foi assessora do meu líder. A gente conviveu em Brasília durante um período. Quando eu fiz o movimento da coronel (Eliane) Nikoluk (candidata a vice), uma das coisas que ela me pediu foi que dissesse que não iria com o PT. Estamos num impasse. Vou ver o que o partido vai fazer nacionalmente. Vou procurar ver se eles liberam para deixar o povo de São Paulo decidir. 

 

Essa onda conservadora pode favorecer o João Doria?

Não acho. Se tem uma coisa que eu reparo no Bolsonaro é uma simplicidade no comportamento que não tem nada a ver com o Doria. Ele está subestimando quem é ligado ao Bolsonaro achando que vai levar os caras na conversa.

 

O senhor não teme que o eleitor de esquerda que vota no sr. porque o identifica com esse campo se afaste?

O eleitor não tem 20 posições em São Paulo. Só tem eu e o Doria. Ele vai ter de optar. 

 

Dentro desse quadro atual, a vitória da direita não pode prejudicá-lo?

Acho que não. Eu tenho o apoio de 90% da Polícia Militar. Não é uma coisa normal para quem tem as minha posições. O povo de maneira geral não entende esse negócio de direita e esquerda. 

 

Acredita que parte do PSDB vai apoiá-lo?

Do grupo que tem a origem histórica do (Mário) Covas e (José) Serra, ninguém fica com o Doria. É impossível. Eles são muito diferentes. 

 

Vai procurar alguém do PSDB para conversar? 

Eles vão acabar vindo pela afinidade do comportamento. Doria representa um grupo de pessoas e um tipo de comportamento que é diferente do nosso, que tem origem no Covas. 

 

Se a executiva do PSB decidir apoiar o Fernando Haddad, como o senhor fica?

Cada dia sua angústia. Vou fazer tudo que for possível para que a gente não crie, a partir das eleições nacionais, um problema. 

 

É um erro o Haddad ter ido visitar Lula em Curitiba no 1° dia de campanha do segundo turno?

Ele deve lealdade a quem o trouxe à vida pública. As pessoas não tem de esquecer o amigo porque ele está em uma dificuldade. 

Candidato à reeleição, o governador Márcio França (PSB) disse em entrevista ao Estado que não pretende “meter o bedelho” na eleição nacional e evitou criticar Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência.

França afirma que apoio de tucanos vai vir por 'afinidade do comportamento'. Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

 

O senhor avalia que parte da onda que o levou ao segundo turno veio da esquerda?

Teve voto útil, claro. As pessoas tentaram evitar que tivessem duas candidaturas que, simbolicamente, representassem um só campo. Mas cheguei até aqui tentando me equilibrar no diálogo. Vivi a vida inteira com os petistas achando que eu era tucano, e os tucanos que eu era petista. Fica muito complicado para quem está em uma disputa para governador meter o bedelho na eleição nacional. 

 

Como fica a sua situação em relação ao Bolsonaro? Pelo seu histórico de militância em um partido socialista, o natural seria combatê-lo...

O problema aqui é o seguinte: a gente tem um certo vínculo indireto. A esposa dele foi assessora do meu líder. A gente conviveu em Brasília durante um período. Quando eu fiz o movimento da coronel (Eliane) Nikoluk (candidata a vice), uma das coisas que ela me pediu foi que dissesse que não iria com o PT. Estamos num impasse. Vou ver o que o partido vai fazer nacionalmente. Vou procurar ver se eles liberam para deixar o povo de São Paulo decidir. 

 

Essa onda conservadora pode favorecer o João Doria?

Não acho. Se tem uma coisa que eu reparo no Bolsonaro é uma simplicidade no comportamento que não tem nada a ver com o Doria. Ele está subestimando quem é ligado ao Bolsonaro achando que vai levar os caras na conversa.

 

O senhor não teme que o eleitor de esquerda que vota no sr. porque o identifica com esse campo se afaste?

O eleitor não tem 20 posições em São Paulo. Só tem eu e o Doria. Ele vai ter de optar. 

 

Dentro desse quadro atual, a vitória da direita não pode prejudicá-lo?

Acho que não. Eu tenho o apoio de 90% da Polícia Militar. Não é uma coisa normal para quem tem as minha posições. O povo de maneira geral não entende esse negócio de direita e esquerda. 

 

Acredita que parte do PSDB vai apoiá-lo?

Do grupo que tem a origem histórica do (Mário) Covas e (José) Serra, ninguém fica com o Doria. É impossível. Eles são muito diferentes. 

 

Vai procurar alguém do PSDB para conversar? 

Eles vão acabar vindo pela afinidade do comportamento. Doria representa um grupo de pessoas e um tipo de comportamento que é diferente do nosso, que tem origem no Covas. 

 

Se a executiva do PSB decidir apoiar o Fernando Haddad, como o senhor fica?

Cada dia sua angústia. Vou fazer tudo que for possível para que a gente não crie, a partir das eleições nacionais, um problema. 

 

É um erro o Haddad ter ido visitar Lula em Curitiba no 1° dia de campanha do segundo turno?

Ele deve lealdade a quem o trouxe à vida pública. As pessoas não tem de esquecer o amigo porque ele está em uma dificuldade. 

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