RIO DE JANEIRO - O candidato do PRB ao governo do Estado do Rio, Marcelo Crivella, disse há pouco ao votar, na companhia da mulher Jane e dos filhos Marcelo e Raquel, que no segundo turno "serão todos contra o PMDB", partido do atual governador Luiz Fernando Pezão.
"Não é possível ter 30 anos de PMDB. Democracia tem que ter alternância. Essa foi das eleições mais difíceis que já disputei no Rio. É preciso renovar. (O ex-governador) Garotinho (PR) é o passado e Pezão é o presente que está aí. Foi exaustivo, porque tive pouco tempo na TV. A campanha do Pezão, com tantos recursos, era para vencer no primeiro turno", afirmou o candidato, que votou no clube Marimbás, em Copacabana, zona sul da Capital.
Sobre a estratégia de campanha, de desvincular seu nome da Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por seu tio Edir Macedo, Crivella declarou: "O medo passou. A esperança está vencendo".
As últimas pesquisas eleitorais diferem quanto à percentagem de intenções de voto para os três principais postulantes ao Palácio Guanabara. Segundo o Datafolha, Pezão chega a este domingo com 36% dos votos válidos, Garotinho 25% e Crivella 22%. Pelo Ibope, Pezão tem 37%, Garotinho 27% e Crivella 20%.
Depois de votar, o senador foi percorrer zonas eleitorais na baixada fluminense e zonas norte e oeste do Rio. No fim da tarde ele acompanha a apuração dos votos no comitê de seu partido, no Centro do Rio.
Jandira. A candidata a deputada federal do Rio de Janeiro, Jandira Feghali (PCdoB), afirmou há pouco estar confiante com o "bom resultado" da presidente Dilma Rousseff (PT) nas urnas. Entretanto, sobre as o quadro estadual, Jandira disse que acha "muito triste para o Rio de Janeiro chegar ao segundo turno sem qualquer possibilidade de mudança".
O petista Lindbergh Farias, candidato de Jandira, aparece em quarto lugar. A candidata, entretanto, diz que ele não desanimou até agora. "É muito determinado, empolgado". Lindbergh aparece com 9% dos votos válidos no último Ibope.
"Se isso acontecer (o cenário da pesquisa), não irá corresponder às manifestações de junho (2013), não corresponderá ao sentimento de mudança. Se confirmar, ficarei muito decepcionada com o eleitorado do Rio de Janeiro", disse a jornalistas em frente a uma escola, em Copacabana (zona sul do Rio).
A candidata afirmou também que torce para que a bancada do Rio melhore. "Temos visto campanhas milionárias, tenho a sensação de que se esse poder econômico funcionar, a bancada do Rio de Janeiro pode piorar".