Pré-candidatos se comprometem com agenda da educação básica; Bolsonaro não participa


Em evento do Todos pela Educação, presidenciáveis se comprometem com 'pacto pela aprendizagem'

Por Renata Cafardo

Pré-candidatos à Presidência da República se comprometeram em evento da ONG Todos pela Educação, nesta terça-feira, 26, com uma agenda que dê prioridade ao ensino básico no País. O único a não participar, nem de forma remota ou por meio de representante, foi o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

O evento Educação Já, realizado na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo, reuniu também outros políticos de diversos partidos - como a ex-ministra Marina Silva (Rede), Gilberto Kassab, presidente do PSD, Geraldo Alckmin (PSB), pré-candidato a vice-presidente, e o deputado federal Mendonça Filho (Democratas). Os governadores Paulo Câmara, de Pernambuco, e Izolda Cela, do Ceará, além do ex-governador do Piauí Wellington Dias, também estavam presentes.

Todos os participantes se comprometeram com um “pacto pela aprendizagem” das crianças brasileiras. “Vamos acabar de vez com esse período horroroso que entramos em 2019”, disse a presidente da Todos Pela Educação, Priscila Cruz, ao iniciar o encontro. Ela sugeriu que todos os presentes seriam parte de uma frente ampla pela educação, unindo políticos de vários partidos, educadores e representantes de organizações da sociedade civil.

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A presidente da ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz, durante o evento 'Educação Já'. Foto: Divulgação

Quase todos os pré-candidatos à Presidência se manifestaram por vídeos gravados. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)foi representado por Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação e da Ciência e Tecnologia em governos do PT, que estava presente. Ele lembrou programas petistas como ProUni e Fies e afirmou que a educação precisa voltar a ser prioridade. “O tempo da pessoa é agora, por isso é preciso investir na educação da creche à pós-graduação”, disse.

João Doria, do PSDB, e Ciro Gomes, do PDT, usaram seu tempo para lembrar programas de educação de seus governos em São Paulo e no Ceará, respectivamente. O tucano falou do aumento do número de escolas paulistas em tempo integral durante sua gestão, que passaram de cerca de 300 para 2 mil entre 2018 e 2022. “Trabalhando juntos é possível conquistar uma educação de mais qualidade, que abre portas para os nossos estudantes”, completou, sem dizer se é possível ampliar o ensino integral também no País todo.

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Ciro lembrou o destaque das escolas públicas cearenses, sempre bem posicionadas entre as melhores do País. Disse que, se eleito, pretende propor a universalização da creche (0 a 3 anos) em tempo integral e investir na alfabetização na idade certa, entre 6 e 7 anos, dois projetos cearenses apresentados como cases de sucesso no evento. “Tem que ficar muito claro para todos nós que nenhuma nação se desenvolve sem uma educação de qualidade.” O pedetista ainda propôs a cobrança de um tributo sobre lucros e dividendos empresariais para aumentar os recursos para educação.

“Eu sou mãe e sou professora universitária e sei do papel transformador da educação na vida das pessoas”, começou a senadora Simone Tebet, pré-candidata pelo MDB, em sua manifestação. Segundo ela, é preciso acabar com a “balela” de que os responsáveis pelo ensino básico são os Estados e municípios.

Simone citou o que seria importante para melhorar a educação: valorização do professor, salas bem equipadas, conectividade, ensino infantil. Segundo ela, dinheiro existe e “não é pouco”, mas é preciso vontade política e planejamento.

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Em seu vídeo, o pré-candidato Luiz Felipe D’Ávila (Novo) citou duas metas para a educação no País: chegar ao “top 20” do Pisa e “atingir no ensino médio a média 7”. Ele não explicou no vídeo mas, provavelmente, se refere ao desempenho dos alunos no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), feito pelo MEC. A nota atual é de 4,2 e o crescimento tem sido lento desde 2005, quando começou a ser medido. Pisa é a avaliação realizada pela OCDE - o Brasil está entre os piores colocados num grupo de cerca de 70 países. “Precisamos transformar o curso para professor na carreira mais desejada do Brasil”, disse.

André Janones (Avante) afirmou que a situação atual da educação está "caótica" e que "todas as pessoas que passaram pelo poder” não se preocuparam com a área. Ele propôs valorizar o trabalho do professor, aumentar o Fies, que é o financiamento estudantil, e melhorar estruturas das escolas.

Chamado ao palco, Kassab também afirmou que “não faltam recursos” para a educação no País e, sim, uma “equação” para um uso melhor. Alckmin lembrou programas de sua gestão no governo de São Paulo e também do governo Lula na área. O provável candidato a vice-presidente saiu sem falar com a imprensa.

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A organização Todos Pela Educação convidou todos os pré-candidatos que tiveram pontuação acima de 1% em ao menos três pesquisas de intenção de votos. Bolsonaro foi o único a não responder ao pedido de participação. Em nota, o Todos pela Educação afirmou que a reeleição do presidente “configura um enorme risco para a democracia” e que na educação o objetivo do atual governo não é a melhora e sim o “autoritarismo, o dirigismo e as guerras ideológicas”.

No fim do evento, foi elaborada uma carta com os principais pontos de atenção na educação que será entregue aos candidatos à Presidência e aos governos estaduais. Entre eles, estão uma agenda sistêmica que olhe para todas as etapas de ensino, com medidas estruturais e também emergenciais para mitigar os efeitos da pandemia.

Pré-candidatos à Presidência da República se comprometeram em evento da ONG Todos pela Educação, nesta terça-feira, 26, com uma agenda que dê prioridade ao ensino básico no País. O único a não participar, nem de forma remota ou por meio de representante, foi o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

O evento Educação Já, realizado na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo, reuniu também outros políticos de diversos partidos - como a ex-ministra Marina Silva (Rede), Gilberto Kassab, presidente do PSD, Geraldo Alckmin (PSB), pré-candidato a vice-presidente, e o deputado federal Mendonça Filho (Democratas). Os governadores Paulo Câmara, de Pernambuco, e Izolda Cela, do Ceará, além do ex-governador do Piauí Wellington Dias, também estavam presentes.

Todos os participantes se comprometeram com um “pacto pela aprendizagem” das crianças brasileiras. “Vamos acabar de vez com esse período horroroso que entramos em 2019”, disse a presidente da Todos Pela Educação, Priscila Cruz, ao iniciar o encontro. Ela sugeriu que todos os presentes seriam parte de uma frente ampla pela educação, unindo políticos de vários partidos, educadores e representantes de organizações da sociedade civil.

A presidente da ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz, durante o evento 'Educação Já'. Foto: Divulgação

Quase todos os pré-candidatos à Presidência se manifestaram por vídeos gravados. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)foi representado por Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação e da Ciência e Tecnologia em governos do PT, que estava presente. Ele lembrou programas petistas como ProUni e Fies e afirmou que a educação precisa voltar a ser prioridade. “O tempo da pessoa é agora, por isso é preciso investir na educação da creche à pós-graduação”, disse.

João Doria, do PSDB, e Ciro Gomes, do PDT, usaram seu tempo para lembrar programas de educação de seus governos em São Paulo e no Ceará, respectivamente. O tucano falou do aumento do número de escolas paulistas em tempo integral durante sua gestão, que passaram de cerca de 300 para 2 mil entre 2018 e 2022. “Trabalhando juntos é possível conquistar uma educação de mais qualidade, que abre portas para os nossos estudantes”, completou, sem dizer se é possível ampliar o ensino integral também no País todo.

Ciro lembrou o destaque das escolas públicas cearenses, sempre bem posicionadas entre as melhores do País. Disse que, se eleito, pretende propor a universalização da creche (0 a 3 anos) em tempo integral e investir na alfabetização na idade certa, entre 6 e 7 anos, dois projetos cearenses apresentados como cases de sucesso no evento. “Tem que ficar muito claro para todos nós que nenhuma nação se desenvolve sem uma educação de qualidade.” O pedetista ainda propôs a cobrança de um tributo sobre lucros e dividendos empresariais para aumentar os recursos para educação.

“Eu sou mãe e sou professora universitária e sei do papel transformador da educação na vida das pessoas”, começou a senadora Simone Tebet, pré-candidata pelo MDB, em sua manifestação. Segundo ela, é preciso acabar com a “balela” de que os responsáveis pelo ensino básico são os Estados e municípios.

Simone citou o que seria importante para melhorar a educação: valorização do professor, salas bem equipadas, conectividade, ensino infantil. Segundo ela, dinheiro existe e “não é pouco”, mas é preciso vontade política e planejamento.

Em seu vídeo, o pré-candidato Luiz Felipe D’Ávila (Novo) citou duas metas para a educação no País: chegar ao “top 20” do Pisa e “atingir no ensino médio a média 7”. Ele não explicou no vídeo mas, provavelmente, se refere ao desempenho dos alunos no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), feito pelo MEC. A nota atual é de 4,2 e o crescimento tem sido lento desde 2005, quando começou a ser medido. Pisa é a avaliação realizada pela OCDE - o Brasil está entre os piores colocados num grupo de cerca de 70 países. “Precisamos transformar o curso para professor na carreira mais desejada do Brasil”, disse.

André Janones (Avante) afirmou que a situação atual da educação está "caótica" e que "todas as pessoas que passaram pelo poder” não se preocuparam com a área. Ele propôs valorizar o trabalho do professor, aumentar o Fies, que é o financiamento estudantil, e melhorar estruturas das escolas.

Chamado ao palco, Kassab também afirmou que “não faltam recursos” para a educação no País e, sim, uma “equação” para um uso melhor. Alckmin lembrou programas de sua gestão no governo de São Paulo e também do governo Lula na área. O provável candidato a vice-presidente saiu sem falar com a imprensa.

A organização Todos Pela Educação convidou todos os pré-candidatos que tiveram pontuação acima de 1% em ao menos três pesquisas de intenção de votos. Bolsonaro foi o único a não responder ao pedido de participação. Em nota, o Todos pela Educação afirmou que a reeleição do presidente “configura um enorme risco para a democracia” e que na educação o objetivo do atual governo não é a melhora e sim o “autoritarismo, o dirigismo e as guerras ideológicas”.

No fim do evento, foi elaborada uma carta com os principais pontos de atenção na educação que será entregue aos candidatos à Presidência e aos governos estaduais. Entre eles, estão uma agenda sistêmica que olhe para todas as etapas de ensino, com medidas estruturais e também emergenciais para mitigar os efeitos da pandemia.

Pré-candidatos à Presidência da República se comprometeram em evento da ONG Todos pela Educação, nesta terça-feira, 26, com uma agenda que dê prioridade ao ensino básico no País. O único a não participar, nem de forma remota ou por meio de representante, foi o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

O evento Educação Já, realizado na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo, reuniu também outros políticos de diversos partidos - como a ex-ministra Marina Silva (Rede), Gilberto Kassab, presidente do PSD, Geraldo Alckmin (PSB), pré-candidato a vice-presidente, e o deputado federal Mendonça Filho (Democratas). Os governadores Paulo Câmara, de Pernambuco, e Izolda Cela, do Ceará, além do ex-governador do Piauí Wellington Dias, também estavam presentes.

Todos os participantes se comprometeram com um “pacto pela aprendizagem” das crianças brasileiras. “Vamos acabar de vez com esse período horroroso que entramos em 2019”, disse a presidente da Todos Pela Educação, Priscila Cruz, ao iniciar o encontro. Ela sugeriu que todos os presentes seriam parte de uma frente ampla pela educação, unindo políticos de vários partidos, educadores e representantes de organizações da sociedade civil.

A presidente da ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz, durante o evento 'Educação Já'. Foto: Divulgação

Quase todos os pré-candidatos à Presidência se manifestaram por vídeos gravados. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)foi representado por Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação e da Ciência e Tecnologia em governos do PT, que estava presente. Ele lembrou programas petistas como ProUni e Fies e afirmou que a educação precisa voltar a ser prioridade. “O tempo da pessoa é agora, por isso é preciso investir na educação da creche à pós-graduação”, disse.

João Doria, do PSDB, e Ciro Gomes, do PDT, usaram seu tempo para lembrar programas de educação de seus governos em São Paulo e no Ceará, respectivamente. O tucano falou do aumento do número de escolas paulistas em tempo integral durante sua gestão, que passaram de cerca de 300 para 2 mil entre 2018 e 2022. “Trabalhando juntos é possível conquistar uma educação de mais qualidade, que abre portas para os nossos estudantes”, completou, sem dizer se é possível ampliar o ensino integral também no País todo.

Ciro lembrou o destaque das escolas públicas cearenses, sempre bem posicionadas entre as melhores do País. Disse que, se eleito, pretende propor a universalização da creche (0 a 3 anos) em tempo integral e investir na alfabetização na idade certa, entre 6 e 7 anos, dois projetos cearenses apresentados como cases de sucesso no evento. “Tem que ficar muito claro para todos nós que nenhuma nação se desenvolve sem uma educação de qualidade.” O pedetista ainda propôs a cobrança de um tributo sobre lucros e dividendos empresariais para aumentar os recursos para educação.

“Eu sou mãe e sou professora universitária e sei do papel transformador da educação na vida das pessoas”, começou a senadora Simone Tebet, pré-candidata pelo MDB, em sua manifestação. Segundo ela, é preciso acabar com a “balela” de que os responsáveis pelo ensino básico são os Estados e municípios.

Simone citou o que seria importante para melhorar a educação: valorização do professor, salas bem equipadas, conectividade, ensino infantil. Segundo ela, dinheiro existe e “não é pouco”, mas é preciso vontade política e planejamento.

Em seu vídeo, o pré-candidato Luiz Felipe D’Ávila (Novo) citou duas metas para a educação no País: chegar ao “top 20” do Pisa e “atingir no ensino médio a média 7”. Ele não explicou no vídeo mas, provavelmente, se refere ao desempenho dos alunos no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), feito pelo MEC. A nota atual é de 4,2 e o crescimento tem sido lento desde 2005, quando começou a ser medido. Pisa é a avaliação realizada pela OCDE - o Brasil está entre os piores colocados num grupo de cerca de 70 países. “Precisamos transformar o curso para professor na carreira mais desejada do Brasil”, disse.

André Janones (Avante) afirmou que a situação atual da educação está "caótica" e que "todas as pessoas que passaram pelo poder” não se preocuparam com a área. Ele propôs valorizar o trabalho do professor, aumentar o Fies, que é o financiamento estudantil, e melhorar estruturas das escolas.

Chamado ao palco, Kassab também afirmou que “não faltam recursos” para a educação no País e, sim, uma “equação” para um uso melhor. Alckmin lembrou programas de sua gestão no governo de São Paulo e também do governo Lula na área. O provável candidato a vice-presidente saiu sem falar com a imprensa.

A organização Todos Pela Educação convidou todos os pré-candidatos que tiveram pontuação acima de 1% em ao menos três pesquisas de intenção de votos. Bolsonaro foi o único a não responder ao pedido de participação. Em nota, o Todos pela Educação afirmou que a reeleição do presidente “configura um enorme risco para a democracia” e que na educação o objetivo do atual governo não é a melhora e sim o “autoritarismo, o dirigismo e as guerras ideológicas”.

No fim do evento, foi elaborada uma carta com os principais pontos de atenção na educação que será entregue aos candidatos à Presidência e aos governos estaduais. Entre eles, estão uma agenda sistêmica que olhe para todas as etapas de ensino, com medidas estruturais e também emergenciais para mitigar os efeitos da pandemia.

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