Presidente é centro de ataques em debate tenso


Dilma tenta constranger Marina, mas torna-se alvo preferencial no decorrer do encontro deste domingo da TV Record

Por Iuri Pitta, Isadora Peron, Pedro Venceslau, Ricardo Galhardo e Vera Rosa

Em uma palavra, a definição do penúltimo debate presidencial desta campanha, realizado na noite deste domingo na TV Record, é nervosismo. Tanto os principais candidatos ao Palácio do Planalto como os de siglas menores travaram embates duros entre si, marcados pelos pedidos de direito de resposta, e demonstraram certa tensão na falta de controle do próprio tempo – raros foram os momentos em que as respostas foram concluídas sem interrupção dos mediadores do programa. Líder nas pesquisas e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) foi o alvo preferencial de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), que também procurou atingir a segunda colocada nos levantamentos. Enquanto os adversários tentavam ligar a petista aos escândalos na Petrobrás, a própria candidata à reeleição recorreu ao tema a fim de colar o rótulo de “privatista” ao tucano. Até os nanicos Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) travaram embate particular que imediatamente repercutiu nas redes sociais, assim como respostas inusitadas de Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidelix (PRTB) (mais informações ao lado). O cenário da disputa, a seis dias do 1.º turno, ajuda a explicar o nervosismo, assim como as regras do debate, com duas rodadas de perguntas entre candidatos logo no primeiro bloco, como havia ocorrido dois dias antes, com os candidatos a governador de São Paulo, e outra rodada depois das perguntas feitas pelos jornalistas. A organização foi acionada quatro vezes por Dilma e uma por Marina para conceder direitos de resposta: a petista obteve uma única permissão para rebater o Pastor Everaldo. O tucano não fez pedidos desse tipo.CPMF. O primeiro embate entre os protagonistas da disputa envolveu as duas candidatas mais bem colocadas. Dilma, após responder a pergunta de Luciana Genro (PSOL) sobre aposentadorias, pôde escolher para quem perguntar e questionou Marina sobre mudanças de partido e de posição da candidata do PSB. “No debate da Band, a senhora disse que votou a favor da CPMF. Qual foi seu voto?”, perguntou a petista, auxiliada por material impresso, referindo-se ao mandato da adversária no Senado. Marina afirmou que mudou de partido “para não mudar de ideais nem de princípios” e reiterou que ela e Eduardo Suplicy (PT-SP) votaram a favor, no governo Fernando Henrique Cardoso, mesmo contra a orientação da bancada petista. Na réplica, Dilma afirmou que a candidata do PSB votou quatro vezes contra a criação da CPMF, citando os “anais do Senado”. A expressão é a mesma usada por inserção do PT, exibida no segundo intervalo do debate, mas a propaganda mostra dois votos de Marina contrários ao tributo. “Atitudes assim produzem insegurança. Não dá para improvisar”, disse Dilma. A candidata do PSB foi a próxima a perguntar e escolheu Aécio para falar sobre matriz energética. Marina criticou tanto o “improviso” do apagão, no governo Fernando Henrique Cardoso, quanto o gasto “de bilhões e bilhões” da gestão Dilma em termelétricas. A resposta do tucano motivou o primeiro pedido de resposta de Dilma, negado pela produção. Na tréplica, Aécio disse “concordar” com Marina em relação à necessidade de variar a matriz energética, mas disse que era preciso “fazer justiça” a FHC. “O grande desafio era domar a inflação. Lutamos por isso contra o PT, no tempo em que a senhora participava do PT.” Petrobrás. Na sequência, Aécio usou a pergunta para o candidato do PSC para levantar o tema da corrupção. “Infelizmente, nossas empresas públicas foram tomadas por um grupo político que as utiliza para se manter no poder. A cada debate há uma nova denúncia sobre a Petrobrás”, atacou o tucano, para novo pedido de resposta de Dilma, também negado pela organização. Os “malfeitos” no governo e as ações de combate à corrupção viriam a opor Dilma e Aécio ainda nesse bloco. A surpresa é que a própria petista citou a Petrobrás, para questionar o tucano: “O senhor assumiria o compromisso de não colocar a privatização da Petrobrás no radar?” Aécio respondeu: “Eu sou claro. Não vamos privatizá-la, mas reestatizá-la, tirá-la das mãos desse grupo político”, repetiu. Ao fim da resposta, o tucano se atrapalhou ao citar dados da inflação dos governos FHC, Lula e Dilma, ao afirmar que ela seria a única a deixar o governo com índices maiores que o mandato anterior. Dilma rebateu o adversário ao afirmar que combate a corrupção “para fortalecer a Petrobrás”. “Tem gente que usa para enfraquecer a Petrobrás. Os senhores (do PSDB) foram favoráveis à privatização, venderam parte das ações a preço de banana.” Por outras duas vezes, a presidente alegou que foi ela quem demitiu o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal e envolvido em um esquema de desvios na estatal que teria financiado partidos e políticos. A primeira citação foi no único direito de resposta obtido por Dilma. Daqui a quatro dias, os candidatos ao Planalto participarão do último debate do 1.º turno, na TV Globo. 

Em uma palavra, a definição do penúltimo debate presidencial desta campanha, realizado na noite deste domingo na TV Record, é nervosismo. Tanto os principais candidatos ao Palácio do Planalto como os de siglas menores travaram embates duros entre si, marcados pelos pedidos de direito de resposta, e demonstraram certa tensão na falta de controle do próprio tempo – raros foram os momentos em que as respostas foram concluídas sem interrupção dos mediadores do programa. Líder nas pesquisas e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) foi o alvo preferencial de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), que também procurou atingir a segunda colocada nos levantamentos. Enquanto os adversários tentavam ligar a petista aos escândalos na Petrobrás, a própria candidata à reeleição recorreu ao tema a fim de colar o rótulo de “privatista” ao tucano. Até os nanicos Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) travaram embate particular que imediatamente repercutiu nas redes sociais, assim como respostas inusitadas de Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidelix (PRTB) (mais informações ao lado). O cenário da disputa, a seis dias do 1.º turno, ajuda a explicar o nervosismo, assim como as regras do debate, com duas rodadas de perguntas entre candidatos logo no primeiro bloco, como havia ocorrido dois dias antes, com os candidatos a governador de São Paulo, e outra rodada depois das perguntas feitas pelos jornalistas. A organização foi acionada quatro vezes por Dilma e uma por Marina para conceder direitos de resposta: a petista obteve uma única permissão para rebater o Pastor Everaldo. O tucano não fez pedidos desse tipo.CPMF. O primeiro embate entre os protagonistas da disputa envolveu as duas candidatas mais bem colocadas. Dilma, após responder a pergunta de Luciana Genro (PSOL) sobre aposentadorias, pôde escolher para quem perguntar e questionou Marina sobre mudanças de partido e de posição da candidata do PSB. “No debate da Band, a senhora disse que votou a favor da CPMF. Qual foi seu voto?”, perguntou a petista, auxiliada por material impresso, referindo-se ao mandato da adversária no Senado. Marina afirmou que mudou de partido “para não mudar de ideais nem de princípios” e reiterou que ela e Eduardo Suplicy (PT-SP) votaram a favor, no governo Fernando Henrique Cardoso, mesmo contra a orientação da bancada petista. Na réplica, Dilma afirmou que a candidata do PSB votou quatro vezes contra a criação da CPMF, citando os “anais do Senado”. A expressão é a mesma usada por inserção do PT, exibida no segundo intervalo do debate, mas a propaganda mostra dois votos de Marina contrários ao tributo. “Atitudes assim produzem insegurança. Não dá para improvisar”, disse Dilma. A candidata do PSB foi a próxima a perguntar e escolheu Aécio para falar sobre matriz energética. Marina criticou tanto o “improviso” do apagão, no governo Fernando Henrique Cardoso, quanto o gasto “de bilhões e bilhões” da gestão Dilma em termelétricas. A resposta do tucano motivou o primeiro pedido de resposta de Dilma, negado pela produção. Na tréplica, Aécio disse “concordar” com Marina em relação à necessidade de variar a matriz energética, mas disse que era preciso “fazer justiça” a FHC. “O grande desafio era domar a inflação. Lutamos por isso contra o PT, no tempo em que a senhora participava do PT.” Petrobrás. Na sequência, Aécio usou a pergunta para o candidato do PSC para levantar o tema da corrupção. “Infelizmente, nossas empresas públicas foram tomadas por um grupo político que as utiliza para se manter no poder. A cada debate há uma nova denúncia sobre a Petrobrás”, atacou o tucano, para novo pedido de resposta de Dilma, também negado pela organização. Os “malfeitos” no governo e as ações de combate à corrupção viriam a opor Dilma e Aécio ainda nesse bloco. A surpresa é que a própria petista citou a Petrobrás, para questionar o tucano: “O senhor assumiria o compromisso de não colocar a privatização da Petrobrás no radar?” Aécio respondeu: “Eu sou claro. Não vamos privatizá-la, mas reestatizá-la, tirá-la das mãos desse grupo político”, repetiu. Ao fim da resposta, o tucano se atrapalhou ao citar dados da inflação dos governos FHC, Lula e Dilma, ao afirmar que ela seria a única a deixar o governo com índices maiores que o mandato anterior. Dilma rebateu o adversário ao afirmar que combate a corrupção “para fortalecer a Petrobrás”. “Tem gente que usa para enfraquecer a Petrobrás. Os senhores (do PSDB) foram favoráveis à privatização, venderam parte das ações a preço de banana.” Por outras duas vezes, a presidente alegou que foi ela quem demitiu o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal e envolvido em um esquema de desvios na estatal que teria financiado partidos e políticos. A primeira citação foi no único direito de resposta obtido por Dilma. Daqui a quatro dias, os candidatos ao Planalto participarão do último debate do 1.º turno, na TV Globo. 

Em uma palavra, a definição do penúltimo debate presidencial desta campanha, realizado na noite deste domingo na TV Record, é nervosismo. Tanto os principais candidatos ao Palácio do Planalto como os de siglas menores travaram embates duros entre si, marcados pelos pedidos de direito de resposta, e demonstraram certa tensão na falta de controle do próprio tempo – raros foram os momentos em que as respostas foram concluídas sem interrupção dos mediadores do programa. Líder nas pesquisas e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) foi o alvo preferencial de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), que também procurou atingir a segunda colocada nos levantamentos. Enquanto os adversários tentavam ligar a petista aos escândalos na Petrobrás, a própria candidata à reeleição recorreu ao tema a fim de colar o rótulo de “privatista” ao tucano. Até os nanicos Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) travaram embate particular que imediatamente repercutiu nas redes sociais, assim como respostas inusitadas de Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidelix (PRTB) (mais informações ao lado). O cenário da disputa, a seis dias do 1.º turno, ajuda a explicar o nervosismo, assim como as regras do debate, com duas rodadas de perguntas entre candidatos logo no primeiro bloco, como havia ocorrido dois dias antes, com os candidatos a governador de São Paulo, e outra rodada depois das perguntas feitas pelos jornalistas. A organização foi acionada quatro vezes por Dilma e uma por Marina para conceder direitos de resposta: a petista obteve uma única permissão para rebater o Pastor Everaldo. O tucano não fez pedidos desse tipo.CPMF. O primeiro embate entre os protagonistas da disputa envolveu as duas candidatas mais bem colocadas. Dilma, após responder a pergunta de Luciana Genro (PSOL) sobre aposentadorias, pôde escolher para quem perguntar e questionou Marina sobre mudanças de partido e de posição da candidata do PSB. “No debate da Band, a senhora disse que votou a favor da CPMF. Qual foi seu voto?”, perguntou a petista, auxiliada por material impresso, referindo-se ao mandato da adversária no Senado. Marina afirmou que mudou de partido “para não mudar de ideais nem de princípios” e reiterou que ela e Eduardo Suplicy (PT-SP) votaram a favor, no governo Fernando Henrique Cardoso, mesmo contra a orientação da bancada petista. Na réplica, Dilma afirmou que a candidata do PSB votou quatro vezes contra a criação da CPMF, citando os “anais do Senado”. A expressão é a mesma usada por inserção do PT, exibida no segundo intervalo do debate, mas a propaganda mostra dois votos de Marina contrários ao tributo. “Atitudes assim produzem insegurança. Não dá para improvisar”, disse Dilma. A candidata do PSB foi a próxima a perguntar e escolheu Aécio para falar sobre matriz energética. Marina criticou tanto o “improviso” do apagão, no governo Fernando Henrique Cardoso, quanto o gasto “de bilhões e bilhões” da gestão Dilma em termelétricas. A resposta do tucano motivou o primeiro pedido de resposta de Dilma, negado pela produção. Na tréplica, Aécio disse “concordar” com Marina em relação à necessidade de variar a matriz energética, mas disse que era preciso “fazer justiça” a FHC. “O grande desafio era domar a inflação. Lutamos por isso contra o PT, no tempo em que a senhora participava do PT.” Petrobrás. Na sequência, Aécio usou a pergunta para o candidato do PSC para levantar o tema da corrupção. “Infelizmente, nossas empresas públicas foram tomadas por um grupo político que as utiliza para se manter no poder. A cada debate há uma nova denúncia sobre a Petrobrás”, atacou o tucano, para novo pedido de resposta de Dilma, também negado pela organização. Os “malfeitos” no governo e as ações de combate à corrupção viriam a opor Dilma e Aécio ainda nesse bloco. A surpresa é que a própria petista citou a Petrobrás, para questionar o tucano: “O senhor assumiria o compromisso de não colocar a privatização da Petrobrás no radar?” Aécio respondeu: “Eu sou claro. Não vamos privatizá-la, mas reestatizá-la, tirá-la das mãos desse grupo político”, repetiu. Ao fim da resposta, o tucano se atrapalhou ao citar dados da inflação dos governos FHC, Lula e Dilma, ao afirmar que ela seria a única a deixar o governo com índices maiores que o mandato anterior. Dilma rebateu o adversário ao afirmar que combate a corrupção “para fortalecer a Petrobrás”. “Tem gente que usa para enfraquecer a Petrobrás. Os senhores (do PSDB) foram favoráveis à privatização, venderam parte das ações a preço de banana.” Por outras duas vezes, a presidente alegou que foi ela quem demitiu o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal e envolvido em um esquema de desvios na estatal que teria financiado partidos e políticos. A primeira citação foi no único direito de resposta obtido por Dilma. Daqui a quatro dias, os candidatos ao Planalto participarão do último debate do 1.º turno, na TV Globo. 

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