Quem são os ministros já anunciados por Jair Bolsonaro


Nomes indicados pelo presidente eleito para pastas da Economia, Defesa, Casa Civil, Justiça e Ciência e Tecnologia já foram confirmados; confira quais são

Por Igor Moraes, Mílibi Figueiredo e Pedro Pannunzio
Atualização:

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já anunciou cinco ministros do futuro governo. O economista Paulo Guedes foi o indicado para comandar a futura pasta da economia. O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) foi apontado para assumir a chefia da Casa-Civil; o general da reserva Augusto Heleno ficará à frente do Ministério da Defesa; o astronauta Marcos Pontes será o ministro da Ciência e Tecnologia; e o juiz Sérgio Moro, que comandou os julgamentos da Lava Jato, para a Justiça.

Paulo Guedes( esq), futuro ministro da Economia, e Onyx Lorenzoni (dir), apontado para Casa Civil Foto: WILTON JUNIOR/ESTADAO

O último nome convidado, Moro, aceitou nesta quinta-feria, 1, o convite de Bolsonaro para comandar o superministério da Justiça, ampliado e com órgãos de combate à corrupção, que estão atualmente em outras pastas, como a Polícia Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O magistrado anunciou que vai implementar ‘forte agenda anticorrupção e anticrime’.

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O presidente eleito promete reduzir os ministérios a 15, frente às 29 pastas atuais. Sobre as pastas indefinidas, o militar disse que procura para Educação alguém que “expulse Paulo Freire” - famoso pedagogo brasileiro - e que mude os currículos escolares "para aprender química, matemática, português e não sexo". Para Agricultura pediu que a frente rural da Câmara indique nomes. Nesta terça-feira, 30, Lorenzoni reafirmou que a pasta será fundida ao Ministério do Meio Ambiente, após Bolsonaro sinalizar que poderia rever a proposta. Após críticas, o presidente eleito recuou mais uma vez e indicou, nesta quinta feira, 1º, que as pastas continuarão separadas.

Paulo Guedes - ministro da 'Economia'

Paulo Guedes, economista da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) Foto: Sergio Castro/Estadão
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Anunciado desde o ano passado para o cargo, o economista já foi chamado de “Posto Ipiranga”, por ter todas as respostas sobre pautas econômicas da campanha de Bolsonaro. Defensor do liberalismo, Guedes é mestre pela Universidade de Chicago, nos EUA e presidente do conselho de administração da Bozano Investimentos.

Nesta terça-feira, Guedes defendeu aprovação, ainda este ano, da Reforma da Previdência proposta por Temer, contrariando a posição de Onyx Lorenzoni. “É um político falando de economia. É a mesma coisa do que eu sair falando de política. Não dá certo, né?", afirmou.

Bolsonaro, durante a campanha, já havia deixado claro que pretendia fundir as pastas da Fazenda, Planejamento e Indústria para formar o ministério da Economia. A superpasta será comandada por Guedes. Mas o presidente eleito havia recuado sobre a fusão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), depois de um encontro com empresários. No entanto, após reunião com a cúpula do futuro governo, Lorenzoni voltou a afirmar que as três pastas serão fundidas.

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Paulo Guedes contou com 30 especialistas para definir o programa de governo de Bolsonaro. Luciano Irineu de Castro, doutor em matemática e professor da Universidade de Iowa, Adolfo Sachsida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Arthur Weintraub, advogado e professor da Unifesp são outros membros do time que se debruçam sobre diferentes temas.

Recentemente, o Ministério Público Federal abriu uma investigação criminal sob suspeita de gestão fraudulenta praticada por Guedes. Ele estava à frente de fundos de investimentos (FIPs) que receberam R$ 1 bilhão, entre 2009 e 2013, de fundos de pensão ligados a empresas públicas. Os advogados do provável futuro ministro afirmaram que a abertura da apuração é "uma afronta à democracia", cujo principal objetivo seria confundir o eleitor. Sobre isso, Onyx Lorenzoni, também aliado de Bolsonaro, afirmou que o presidenciável confia “absolutamente” em seu economista.

Onyx Lorenzoni - ministro da Casa Civil

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Onyx Lorenzoni, futuro ministro-chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro Foto: Fábio Motta/Estadão

O político do DEM, veterinário de formação, exerceu seu primeiro cargo como deputado estadual pelo Rio Grande do Sul, em 1995. Ficou na Assembleia Legislativa gaúcha de 1995 a 2003, ano em que foi eleito deputado federal. Seguiu na Câmara por quatro mandatos e, nestas eleições, se elegeu mais uma vez, como segundo mais votado do Estado.

Em 2016, tornou-se relator do projeto que transforma as dez medidas contra corrupção, propostas pelo Ministério Público Federal, em lei. Lorenzoni foi citado em delação de executivo da Odebrecht como suposto destinatário de R$ 175 mil para sua campanha de 2006. A denúncia foi arquivada pelo STF, por pedido de Raquel Dodge, procuradora-geral da República. Dodge justificou que as diligências realizadas não foram suficientes para comprovar o suposto crime.

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General Augusto Heleno - ministro da Defesa

General Augusto Heleno afirmou que 'dois ou três' ministros do STF tentam "esticar a corda até ela arrebentar'. Foto: André Dusek/Estadão

Augusto Heleno, filiado ao PRP, é general da reserva do Exército brasileiro. Graduou-se em 1969 na Academia Militar das Agulhas Negras, localizada em Resende, no Rio de Janeiro e acumulou 45 anos de serviço até ir para reserva, em 2011. Durante o período, chefiou as tropas brasileiras no Haiti e o comando militar da Amazônia.

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Enquanto estava na região do norte do país, fez críticas à política voltada aos índios do governo Lula, chamada de “lamentável” e “caótica”. Por estar em área fronteiriça, o general disse que considerava a reserva indígena contínua Raposa Serra do Sol, em Roraima, uma ameaça à soberania nacional.

Para as eleições 2018, o militar foi pensado como vice de Bolsonaro, que foi seu cadete nas forças armadas. Ele era opção antes de Hamilton Mourão, também general, que agora ocupa o cargo. Os dirigentes do PRP afirmaram que não era de interesse da sigla que ele assumisse o posto.

Marcos Pontes - ministro da Ciência e Tecnologia

Marcos Pontes, futuro ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações do governo Jair Bolsonaro Foto: Neila Silva/Ascom Marcos Pontes

O tenente-coronel Marcos Pontes foi confirmado como futuro ministro da Ciência e Tecnologia nesta quarta-feira, 31. Nas eleições 2018, além de atuar na campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro, ele também concorreu como segundo suplente do senador eleito Major Olímpio (PSL-SP).

Nascido em Bauru (SP) no ano de 1963, Pontes é formado em engenharia pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e mestre em engenharia de sistemas pela Naval Postgraduate School, na California (EUA).

Em 1998, foi selecionado para o programa na Nasa – agência especial americana – e, naquele mesmo ano, foi declarado oficialmente astronauta.

No ano de 2006, após acordo de cooperação assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com autoridades da Rússia, se tornou o primeiro – e único, até hoje – brasileiro a viajar para o espaço. A bordo da nave russa Soyuz TMA-8, Pontos foi à Estação Espacial Internacional e ficou por oito dias no laboratório espacial, onde realizou experimentos para a Agência Especial Brasileira (AEB).

Em 2014, se candidatou a deputado federal por São Paulo. Com pouco mais de 43 mil votos, contudo, não conseguiu se eleger.

Sérgio Moro - ministro da Justiça

O juiz Sérgio Moro na chegada à residência de Jair Bolsonaro Foto: Wilton Junior/Estadão

O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, aceitou na quinta-feira, 1º, o convite para assumir o Ministério da Justiça. O juiz disse ter sido motivado pela perspectiva de "implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado". 

"Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juizes locais. Para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências", afirmou em nota pública. 

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já anunciou cinco ministros do futuro governo. O economista Paulo Guedes foi o indicado para comandar a futura pasta da economia. O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) foi apontado para assumir a chefia da Casa-Civil; o general da reserva Augusto Heleno ficará à frente do Ministério da Defesa; o astronauta Marcos Pontes será o ministro da Ciência e Tecnologia; e o juiz Sérgio Moro, que comandou os julgamentos da Lava Jato, para a Justiça.

Paulo Guedes( esq), futuro ministro da Economia, e Onyx Lorenzoni (dir), apontado para Casa Civil Foto: WILTON JUNIOR/ESTADAO

O último nome convidado, Moro, aceitou nesta quinta-feria, 1, o convite de Bolsonaro para comandar o superministério da Justiça, ampliado e com órgãos de combate à corrupção, que estão atualmente em outras pastas, como a Polícia Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O magistrado anunciou que vai implementar ‘forte agenda anticorrupção e anticrime’.

O presidente eleito promete reduzir os ministérios a 15, frente às 29 pastas atuais. Sobre as pastas indefinidas, o militar disse que procura para Educação alguém que “expulse Paulo Freire” - famoso pedagogo brasileiro - e que mude os currículos escolares "para aprender química, matemática, português e não sexo". Para Agricultura pediu que a frente rural da Câmara indique nomes. Nesta terça-feira, 30, Lorenzoni reafirmou que a pasta será fundida ao Ministério do Meio Ambiente, após Bolsonaro sinalizar que poderia rever a proposta. Após críticas, o presidente eleito recuou mais uma vez e indicou, nesta quinta feira, 1º, que as pastas continuarão separadas.

Paulo Guedes - ministro da 'Economia'

Paulo Guedes, economista da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) Foto: Sergio Castro/Estadão

Anunciado desde o ano passado para o cargo, o economista já foi chamado de “Posto Ipiranga”, por ter todas as respostas sobre pautas econômicas da campanha de Bolsonaro. Defensor do liberalismo, Guedes é mestre pela Universidade de Chicago, nos EUA e presidente do conselho de administração da Bozano Investimentos.

Nesta terça-feira, Guedes defendeu aprovação, ainda este ano, da Reforma da Previdência proposta por Temer, contrariando a posição de Onyx Lorenzoni. “É um político falando de economia. É a mesma coisa do que eu sair falando de política. Não dá certo, né?", afirmou.

Bolsonaro, durante a campanha, já havia deixado claro que pretendia fundir as pastas da Fazenda, Planejamento e Indústria para formar o ministério da Economia. A superpasta será comandada por Guedes. Mas o presidente eleito havia recuado sobre a fusão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), depois de um encontro com empresários. No entanto, após reunião com a cúpula do futuro governo, Lorenzoni voltou a afirmar que as três pastas serão fundidas.

Paulo Guedes contou com 30 especialistas para definir o programa de governo de Bolsonaro. Luciano Irineu de Castro, doutor em matemática e professor da Universidade de Iowa, Adolfo Sachsida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Arthur Weintraub, advogado e professor da Unifesp são outros membros do time que se debruçam sobre diferentes temas.

Recentemente, o Ministério Público Federal abriu uma investigação criminal sob suspeita de gestão fraudulenta praticada por Guedes. Ele estava à frente de fundos de investimentos (FIPs) que receberam R$ 1 bilhão, entre 2009 e 2013, de fundos de pensão ligados a empresas públicas. Os advogados do provável futuro ministro afirmaram que a abertura da apuração é "uma afronta à democracia", cujo principal objetivo seria confundir o eleitor. Sobre isso, Onyx Lorenzoni, também aliado de Bolsonaro, afirmou que o presidenciável confia “absolutamente” em seu economista.

Onyx Lorenzoni - ministro da Casa Civil

Onyx Lorenzoni, futuro ministro-chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro Foto: Fábio Motta/Estadão

O político do DEM, veterinário de formação, exerceu seu primeiro cargo como deputado estadual pelo Rio Grande do Sul, em 1995. Ficou na Assembleia Legislativa gaúcha de 1995 a 2003, ano em que foi eleito deputado federal. Seguiu na Câmara por quatro mandatos e, nestas eleições, se elegeu mais uma vez, como segundo mais votado do Estado.

Em 2016, tornou-se relator do projeto que transforma as dez medidas contra corrupção, propostas pelo Ministério Público Federal, em lei. Lorenzoni foi citado em delação de executivo da Odebrecht como suposto destinatário de R$ 175 mil para sua campanha de 2006. A denúncia foi arquivada pelo STF, por pedido de Raquel Dodge, procuradora-geral da República. Dodge justificou que as diligências realizadas não foram suficientes para comprovar o suposto crime.

General Augusto Heleno - ministro da Defesa

General Augusto Heleno afirmou que 'dois ou três' ministros do STF tentam "esticar a corda até ela arrebentar'. Foto: André Dusek/Estadão

Augusto Heleno, filiado ao PRP, é general da reserva do Exército brasileiro. Graduou-se em 1969 na Academia Militar das Agulhas Negras, localizada em Resende, no Rio de Janeiro e acumulou 45 anos de serviço até ir para reserva, em 2011. Durante o período, chefiou as tropas brasileiras no Haiti e o comando militar da Amazônia.

Enquanto estava na região do norte do país, fez críticas à política voltada aos índios do governo Lula, chamada de “lamentável” e “caótica”. Por estar em área fronteiriça, o general disse que considerava a reserva indígena contínua Raposa Serra do Sol, em Roraima, uma ameaça à soberania nacional.

Para as eleições 2018, o militar foi pensado como vice de Bolsonaro, que foi seu cadete nas forças armadas. Ele era opção antes de Hamilton Mourão, também general, que agora ocupa o cargo. Os dirigentes do PRP afirmaram que não era de interesse da sigla que ele assumisse o posto.

Marcos Pontes - ministro da Ciência e Tecnologia

Marcos Pontes, futuro ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações do governo Jair Bolsonaro Foto: Neila Silva/Ascom Marcos Pontes

O tenente-coronel Marcos Pontes foi confirmado como futuro ministro da Ciência e Tecnologia nesta quarta-feira, 31. Nas eleições 2018, além de atuar na campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro, ele também concorreu como segundo suplente do senador eleito Major Olímpio (PSL-SP).

Nascido em Bauru (SP) no ano de 1963, Pontes é formado em engenharia pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e mestre em engenharia de sistemas pela Naval Postgraduate School, na California (EUA).

Em 1998, foi selecionado para o programa na Nasa – agência especial americana – e, naquele mesmo ano, foi declarado oficialmente astronauta.

No ano de 2006, após acordo de cooperação assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com autoridades da Rússia, se tornou o primeiro – e único, até hoje – brasileiro a viajar para o espaço. A bordo da nave russa Soyuz TMA-8, Pontos foi à Estação Espacial Internacional e ficou por oito dias no laboratório espacial, onde realizou experimentos para a Agência Especial Brasileira (AEB).

Em 2014, se candidatou a deputado federal por São Paulo. Com pouco mais de 43 mil votos, contudo, não conseguiu se eleger.

Sérgio Moro - ministro da Justiça

O juiz Sérgio Moro na chegada à residência de Jair Bolsonaro Foto: Wilton Junior/Estadão

O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, aceitou na quinta-feira, 1º, o convite para assumir o Ministério da Justiça. O juiz disse ter sido motivado pela perspectiva de "implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado". 

"Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juizes locais. Para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências", afirmou em nota pública. 

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já anunciou cinco ministros do futuro governo. O economista Paulo Guedes foi o indicado para comandar a futura pasta da economia. O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) foi apontado para assumir a chefia da Casa-Civil; o general da reserva Augusto Heleno ficará à frente do Ministério da Defesa; o astronauta Marcos Pontes será o ministro da Ciência e Tecnologia; e o juiz Sérgio Moro, que comandou os julgamentos da Lava Jato, para a Justiça.

Paulo Guedes( esq), futuro ministro da Economia, e Onyx Lorenzoni (dir), apontado para Casa Civil Foto: WILTON JUNIOR/ESTADAO

O último nome convidado, Moro, aceitou nesta quinta-feria, 1, o convite de Bolsonaro para comandar o superministério da Justiça, ampliado e com órgãos de combate à corrupção, que estão atualmente em outras pastas, como a Polícia Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O magistrado anunciou que vai implementar ‘forte agenda anticorrupção e anticrime’.

O presidente eleito promete reduzir os ministérios a 15, frente às 29 pastas atuais. Sobre as pastas indefinidas, o militar disse que procura para Educação alguém que “expulse Paulo Freire” - famoso pedagogo brasileiro - e que mude os currículos escolares "para aprender química, matemática, português e não sexo". Para Agricultura pediu que a frente rural da Câmara indique nomes. Nesta terça-feira, 30, Lorenzoni reafirmou que a pasta será fundida ao Ministério do Meio Ambiente, após Bolsonaro sinalizar que poderia rever a proposta. Após críticas, o presidente eleito recuou mais uma vez e indicou, nesta quinta feira, 1º, que as pastas continuarão separadas.

Paulo Guedes - ministro da 'Economia'

Paulo Guedes, economista da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) Foto: Sergio Castro/Estadão

Anunciado desde o ano passado para o cargo, o economista já foi chamado de “Posto Ipiranga”, por ter todas as respostas sobre pautas econômicas da campanha de Bolsonaro. Defensor do liberalismo, Guedes é mestre pela Universidade de Chicago, nos EUA e presidente do conselho de administração da Bozano Investimentos.

Nesta terça-feira, Guedes defendeu aprovação, ainda este ano, da Reforma da Previdência proposta por Temer, contrariando a posição de Onyx Lorenzoni. “É um político falando de economia. É a mesma coisa do que eu sair falando de política. Não dá certo, né?", afirmou.

Bolsonaro, durante a campanha, já havia deixado claro que pretendia fundir as pastas da Fazenda, Planejamento e Indústria para formar o ministério da Economia. A superpasta será comandada por Guedes. Mas o presidente eleito havia recuado sobre a fusão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), depois de um encontro com empresários. No entanto, após reunião com a cúpula do futuro governo, Lorenzoni voltou a afirmar que as três pastas serão fundidas.

Paulo Guedes contou com 30 especialistas para definir o programa de governo de Bolsonaro. Luciano Irineu de Castro, doutor em matemática e professor da Universidade de Iowa, Adolfo Sachsida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Arthur Weintraub, advogado e professor da Unifesp são outros membros do time que se debruçam sobre diferentes temas.

Recentemente, o Ministério Público Federal abriu uma investigação criminal sob suspeita de gestão fraudulenta praticada por Guedes. Ele estava à frente de fundos de investimentos (FIPs) que receberam R$ 1 bilhão, entre 2009 e 2013, de fundos de pensão ligados a empresas públicas. Os advogados do provável futuro ministro afirmaram que a abertura da apuração é "uma afronta à democracia", cujo principal objetivo seria confundir o eleitor. Sobre isso, Onyx Lorenzoni, também aliado de Bolsonaro, afirmou que o presidenciável confia “absolutamente” em seu economista.

Onyx Lorenzoni - ministro da Casa Civil

Onyx Lorenzoni, futuro ministro-chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro Foto: Fábio Motta/Estadão

O político do DEM, veterinário de formação, exerceu seu primeiro cargo como deputado estadual pelo Rio Grande do Sul, em 1995. Ficou na Assembleia Legislativa gaúcha de 1995 a 2003, ano em que foi eleito deputado federal. Seguiu na Câmara por quatro mandatos e, nestas eleições, se elegeu mais uma vez, como segundo mais votado do Estado.

Em 2016, tornou-se relator do projeto que transforma as dez medidas contra corrupção, propostas pelo Ministério Público Federal, em lei. Lorenzoni foi citado em delação de executivo da Odebrecht como suposto destinatário de R$ 175 mil para sua campanha de 2006. A denúncia foi arquivada pelo STF, por pedido de Raquel Dodge, procuradora-geral da República. Dodge justificou que as diligências realizadas não foram suficientes para comprovar o suposto crime.

General Augusto Heleno - ministro da Defesa

General Augusto Heleno afirmou que 'dois ou três' ministros do STF tentam "esticar a corda até ela arrebentar'. Foto: André Dusek/Estadão

Augusto Heleno, filiado ao PRP, é general da reserva do Exército brasileiro. Graduou-se em 1969 na Academia Militar das Agulhas Negras, localizada em Resende, no Rio de Janeiro e acumulou 45 anos de serviço até ir para reserva, em 2011. Durante o período, chefiou as tropas brasileiras no Haiti e o comando militar da Amazônia.

Enquanto estava na região do norte do país, fez críticas à política voltada aos índios do governo Lula, chamada de “lamentável” e “caótica”. Por estar em área fronteiriça, o general disse que considerava a reserva indígena contínua Raposa Serra do Sol, em Roraima, uma ameaça à soberania nacional.

Para as eleições 2018, o militar foi pensado como vice de Bolsonaro, que foi seu cadete nas forças armadas. Ele era opção antes de Hamilton Mourão, também general, que agora ocupa o cargo. Os dirigentes do PRP afirmaram que não era de interesse da sigla que ele assumisse o posto.

Marcos Pontes - ministro da Ciência e Tecnologia

Marcos Pontes, futuro ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações do governo Jair Bolsonaro Foto: Neila Silva/Ascom Marcos Pontes

O tenente-coronel Marcos Pontes foi confirmado como futuro ministro da Ciência e Tecnologia nesta quarta-feira, 31. Nas eleições 2018, além de atuar na campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro, ele também concorreu como segundo suplente do senador eleito Major Olímpio (PSL-SP).

Nascido em Bauru (SP) no ano de 1963, Pontes é formado em engenharia pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e mestre em engenharia de sistemas pela Naval Postgraduate School, na California (EUA).

Em 1998, foi selecionado para o programa na Nasa – agência especial americana – e, naquele mesmo ano, foi declarado oficialmente astronauta.

No ano de 2006, após acordo de cooperação assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com autoridades da Rússia, se tornou o primeiro – e único, até hoje – brasileiro a viajar para o espaço. A bordo da nave russa Soyuz TMA-8, Pontos foi à Estação Espacial Internacional e ficou por oito dias no laboratório espacial, onde realizou experimentos para a Agência Especial Brasileira (AEB).

Em 2014, se candidatou a deputado federal por São Paulo. Com pouco mais de 43 mil votos, contudo, não conseguiu se eleger.

Sérgio Moro - ministro da Justiça

O juiz Sérgio Moro na chegada à residência de Jair Bolsonaro Foto: Wilton Junior/Estadão

O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, aceitou na quinta-feira, 1º, o convite para assumir o Ministério da Justiça. O juiz disse ter sido motivado pela perspectiva de "implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado". 

"Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juizes locais. Para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências", afirmou em nota pública. 

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já anunciou cinco ministros do futuro governo. O economista Paulo Guedes foi o indicado para comandar a futura pasta da economia. O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) foi apontado para assumir a chefia da Casa-Civil; o general da reserva Augusto Heleno ficará à frente do Ministério da Defesa; o astronauta Marcos Pontes será o ministro da Ciência e Tecnologia; e o juiz Sérgio Moro, que comandou os julgamentos da Lava Jato, para a Justiça.

Paulo Guedes( esq), futuro ministro da Economia, e Onyx Lorenzoni (dir), apontado para Casa Civil Foto: WILTON JUNIOR/ESTADAO

O último nome convidado, Moro, aceitou nesta quinta-feria, 1, o convite de Bolsonaro para comandar o superministério da Justiça, ampliado e com órgãos de combate à corrupção, que estão atualmente em outras pastas, como a Polícia Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O magistrado anunciou que vai implementar ‘forte agenda anticorrupção e anticrime’.

O presidente eleito promete reduzir os ministérios a 15, frente às 29 pastas atuais. Sobre as pastas indefinidas, o militar disse que procura para Educação alguém que “expulse Paulo Freire” - famoso pedagogo brasileiro - e que mude os currículos escolares "para aprender química, matemática, português e não sexo". Para Agricultura pediu que a frente rural da Câmara indique nomes. Nesta terça-feira, 30, Lorenzoni reafirmou que a pasta será fundida ao Ministério do Meio Ambiente, após Bolsonaro sinalizar que poderia rever a proposta. Após críticas, o presidente eleito recuou mais uma vez e indicou, nesta quinta feira, 1º, que as pastas continuarão separadas.

Paulo Guedes - ministro da 'Economia'

Paulo Guedes, economista da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) Foto: Sergio Castro/Estadão

Anunciado desde o ano passado para o cargo, o economista já foi chamado de “Posto Ipiranga”, por ter todas as respostas sobre pautas econômicas da campanha de Bolsonaro. Defensor do liberalismo, Guedes é mestre pela Universidade de Chicago, nos EUA e presidente do conselho de administração da Bozano Investimentos.

Nesta terça-feira, Guedes defendeu aprovação, ainda este ano, da Reforma da Previdência proposta por Temer, contrariando a posição de Onyx Lorenzoni. “É um político falando de economia. É a mesma coisa do que eu sair falando de política. Não dá certo, né?", afirmou.

Bolsonaro, durante a campanha, já havia deixado claro que pretendia fundir as pastas da Fazenda, Planejamento e Indústria para formar o ministério da Economia. A superpasta será comandada por Guedes. Mas o presidente eleito havia recuado sobre a fusão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), depois de um encontro com empresários. No entanto, após reunião com a cúpula do futuro governo, Lorenzoni voltou a afirmar que as três pastas serão fundidas.

Paulo Guedes contou com 30 especialistas para definir o programa de governo de Bolsonaro. Luciano Irineu de Castro, doutor em matemática e professor da Universidade de Iowa, Adolfo Sachsida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Arthur Weintraub, advogado e professor da Unifesp são outros membros do time que se debruçam sobre diferentes temas.

Recentemente, o Ministério Público Federal abriu uma investigação criminal sob suspeita de gestão fraudulenta praticada por Guedes. Ele estava à frente de fundos de investimentos (FIPs) que receberam R$ 1 bilhão, entre 2009 e 2013, de fundos de pensão ligados a empresas públicas. Os advogados do provável futuro ministro afirmaram que a abertura da apuração é "uma afronta à democracia", cujo principal objetivo seria confundir o eleitor. Sobre isso, Onyx Lorenzoni, também aliado de Bolsonaro, afirmou que o presidenciável confia “absolutamente” em seu economista.

Onyx Lorenzoni - ministro da Casa Civil

Onyx Lorenzoni, futuro ministro-chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro Foto: Fábio Motta/Estadão

O político do DEM, veterinário de formação, exerceu seu primeiro cargo como deputado estadual pelo Rio Grande do Sul, em 1995. Ficou na Assembleia Legislativa gaúcha de 1995 a 2003, ano em que foi eleito deputado federal. Seguiu na Câmara por quatro mandatos e, nestas eleições, se elegeu mais uma vez, como segundo mais votado do Estado.

Em 2016, tornou-se relator do projeto que transforma as dez medidas contra corrupção, propostas pelo Ministério Público Federal, em lei. Lorenzoni foi citado em delação de executivo da Odebrecht como suposto destinatário de R$ 175 mil para sua campanha de 2006. A denúncia foi arquivada pelo STF, por pedido de Raquel Dodge, procuradora-geral da República. Dodge justificou que as diligências realizadas não foram suficientes para comprovar o suposto crime.

General Augusto Heleno - ministro da Defesa

General Augusto Heleno afirmou que 'dois ou três' ministros do STF tentam "esticar a corda até ela arrebentar'. Foto: André Dusek/Estadão

Augusto Heleno, filiado ao PRP, é general da reserva do Exército brasileiro. Graduou-se em 1969 na Academia Militar das Agulhas Negras, localizada em Resende, no Rio de Janeiro e acumulou 45 anos de serviço até ir para reserva, em 2011. Durante o período, chefiou as tropas brasileiras no Haiti e o comando militar da Amazônia.

Enquanto estava na região do norte do país, fez críticas à política voltada aos índios do governo Lula, chamada de “lamentável” e “caótica”. Por estar em área fronteiriça, o general disse que considerava a reserva indígena contínua Raposa Serra do Sol, em Roraima, uma ameaça à soberania nacional.

Para as eleições 2018, o militar foi pensado como vice de Bolsonaro, que foi seu cadete nas forças armadas. Ele era opção antes de Hamilton Mourão, também general, que agora ocupa o cargo. Os dirigentes do PRP afirmaram que não era de interesse da sigla que ele assumisse o posto.

Marcos Pontes - ministro da Ciência e Tecnologia

Marcos Pontes, futuro ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações do governo Jair Bolsonaro Foto: Neila Silva/Ascom Marcos Pontes

O tenente-coronel Marcos Pontes foi confirmado como futuro ministro da Ciência e Tecnologia nesta quarta-feira, 31. Nas eleições 2018, além de atuar na campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro, ele também concorreu como segundo suplente do senador eleito Major Olímpio (PSL-SP).

Nascido em Bauru (SP) no ano de 1963, Pontes é formado em engenharia pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e mestre em engenharia de sistemas pela Naval Postgraduate School, na California (EUA).

Em 1998, foi selecionado para o programa na Nasa – agência especial americana – e, naquele mesmo ano, foi declarado oficialmente astronauta.

No ano de 2006, após acordo de cooperação assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com autoridades da Rússia, se tornou o primeiro – e único, até hoje – brasileiro a viajar para o espaço. A bordo da nave russa Soyuz TMA-8, Pontos foi à Estação Espacial Internacional e ficou por oito dias no laboratório espacial, onde realizou experimentos para a Agência Especial Brasileira (AEB).

Em 2014, se candidatou a deputado federal por São Paulo. Com pouco mais de 43 mil votos, contudo, não conseguiu se eleger.

Sérgio Moro - ministro da Justiça

O juiz Sérgio Moro na chegada à residência de Jair Bolsonaro Foto: Wilton Junior/Estadão

O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, aceitou na quinta-feira, 1º, o convite para assumir o Ministério da Justiça. O juiz disse ter sido motivado pela perspectiva de "implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado". 

"Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juizes locais. Para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências", afirmou em nota pública. 

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já anunciou cinco ministros do futuro governo. O economista Paulo Guedes foi o indicado para comandar a futura pasta da economia. O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) foi apontado para assumir a chefia da Casa-Civil; o general da reserva Augusto Heleno ficará à frente do Ministério da Defesa; o astronauta Marcos Pontes será o ministro da Ciência e Tecnologia; e o juiz Sérgio Moro, que comandou os julgamentos da Lava Jato, para a Justiça.

Paulo Guedes( esq), futuro ministro da Economia, e Onyx Lorenzoni (dir), apontado para Casa Civil Foto: WILTON JUNIOR/ESTADAO

O último nome convidado, Moro, aceitou nesta quinta-feria, 1, o convite de Bolsonaro para comandar o superministério da Justiça, ampliado e com órgãos de combate à corrupção, que estão atualmente em outras pastas, como a Polícia Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O magistrado anunciou que vai implementar ‘forte agenda anticorrupção e anticrime’.

O presidente eleito promete reduzir os ministérios a 15, frente às 29 pastas atuais. Sobre as pastas indefinidas, o militar disse que procura para Educação alguém que “expulse Paulo Freire” - famoso pedagogo brasileiro - e que mude os currículos escolares "para aprender química, matemática, português e não sexo". Para Agricultura pediu que a frente rural da Câmara indique nomes. Nesta terça-feira, 30, Lorenzoni reafirmou que a pasta será fundida ao Ministério do Meio Ambiente, após Bolsonaro sinalizar que poderia rever a proposta. Após críticas, o presidente eleito recuou mais uma vez e indicou, nesta quinta feira, 1º, que as pastas continuarão separadas.

Paulo Guedes - ministro da 'Economia'

Paulo Guedes, economista da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) Foto: Sergio Castro/Estadão

Anunciado desde o ano passado para o cargo, o economista já foi chamado de “Posto Ipiranga”, por ter todas as respostas sobre pautas econômicas da campanha de Bolsonaro. Defensor do liberalismo, Guedes é mestre pela Universidade de Chicago, nos EUA e presidente do conselho de administração da Bozano Investimentos.

Nesta terça-feira, Guedes defendeu aprovação, ainda este ano, da Reforma da Previdência proposta por Temer, contrariando a posição de Onyx Lorenzoni. “É um político falando de economia. É a mesma coisa do que eu sair falando de política. Não dá certo, né?", afirmou.

Bolsonaro, durante a campanha, já havia deixado claro que pretendia fundir as pastas da Fazenda, Planejamento e Indústria para formar o ministério da Economia. A superpasta será comandada por Guedes. Mas o presidente eleito havia recuado sobre a fusão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), depois de um encontro com empresários. No entanto, após reunião com a cúpula do futuro governo, Lorenzoni voltou a afirmar que as três pastas serão fundidas.

Paulo Guedes contou com 30 especialistas para definir o programa de governo de Bolsonaro. Luciano Irineu de Castro, doutor em matemática e professor da Universidade de Iowa, Adolfo Sachsida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Arthur Weintraub, advogado e professor da Unifesp são outros membros do time que se debruçam sobre diferentes temas.

Recentemente, o Ministério Público Federal abriu uma investigação criminal sob suspeita de gestão fraudulenta praticada por Guedes. Ele estava à frente de fundos de investimentos (FIPs) que receberam R$ 1 bilhão, entre 2009 e 2013, de fundos de pensão ligados a empresas públicas. Os advogados do provável futuro ministro afirmaram que a abertura da apuração é "uma afronta à democracia", cujo principal objetivo seria confundir o eleitor. Sobre isso, Onyx Lorenzoni, também aliado de Bolsonaro, afirmou que o presidenciável confia “absolutamente” em seu economista.

Onyx Lorenzoni - ministro da Casa Civil

Onyx Lorenzoni, futuro ministro-chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro Foto: Fábio Motta/Estadão

O político do DEM, veterinário de formação, exerceu seu primeiro cargo como deputado estadual pelo Rio Grande do Sul, em 1995. Ficou na Assembleia Legislativa gaúcha de 1995 a 2003, ano em que foi eleito deputado federal. Seguiu na Câmara por quatro mandatos e, nestas eleições, se elegeu mais uma vez, como segundo mais votado do Estado.

Em 2016, tornou-se relator do projeto que transforma as dez medidas contra corrupção, propostas pelo Ministério Público Federal, em lei. Lorenzoni foi citado em delação de executivo da Odebrecht como suposto destinatário de R$ 175 mil para sua campanha de 2006. A denúncia foi arquivada pelo STF, por pedido de Raquel Dodge, procuradora-geral da República. Dodge justificou que as diligências realizadas não foram suficientes para comprovar o suposto crime.

General Augusto Heleno - ministro da Defesa

General Augusto Heleno afirmou que 'dois ou três' ministros do STF tentam "esticar a corda até ela arrebentar'. Foto: André Dusek/Estadão

Augusto Heleno, filiado ao PRP, é general da reserva do Exército brasileiro. Graduou-se em 1969 na Academia Militar das Agulhas Negras, localizada em Resende, no Rio de Janeiro e acumulou 45 anos de serviço até ir para reserva, em 2011. Durante o período, chefiou as tropas brasileiras no Haiti e o comando militar da Amazônia.

Enquanto estava na região do norte do país, fez críticas à política voltada aos índios do governo Lula, chamada de “lamentável” e “caótica”. Por estar em área fronteiriça, o general disse que considerava a reserva indígena contínua Raposa Serra do Sol, em Roraima, uma ameaça à soberania nacional.

Para as eleições 2018, o militar foi pensado como vice de Bolsonaro, que foi seu cadete nas forças armadas. Ele era opção antes de Hamilton Mourão, também general, que agora ocupa o cargo. Os dirigentes do PRP afirmaram que não era de interesse da sigla que ele assumisse o posto.

Marcos Pontes - ministro da Ciência e Tecnologia

Marcos Pontes, futuro ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações do governo Jair Bolsonaro Foto: Neila Silva/Ascom Marcos Pontes

O tenente-coronel Marcos Pontes foi confirmado como futuro ministro da Ciência e Tecnologia nesta quarta-feira, 31. Nas eleições 2018, além de atuar na campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro, ele também concorreu como segundo suplente do senador eleito Major Olímpio (PSL-SP).

Nascido em Bauru (SP) no ano de 1963, Pontes é formado em engenharia pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e mestre em engenharia de sistemas pela Naval Postgraduate School, na California (EUA).

Em 1998, foi selecionado para o programa na Nasa – agência especial americana – e, naquele mesmo ano, foi declarado oficialmente astronauta.

No ano de 2006, após acordo de cooperação assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com autoridades da Rússia, se tornou o primeiro – e único, até hoje – brasileiro a viajar para o espaço. A bordo da nave russa Soyuz TMA-8, Pontos foi à Estação Espacial Internacional e ficou por oito dias no laboratório espacial, onde realizou experimentos para a Agência Especial Brasileira (AEB).

Em 2014, se candidatou a deputado federal por São Paulo. Com pouco mais de 43 mil votos, contudo, não conseguiu se eleger.

Sérgio Moro - ministro da Justiça

O juiz Sérgio Moro na chegada à residência de Jair Bolsonaro Foto: Wilton Junior/Estadão

O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, aceitou na quinta-feira, 1º, o convite para assumir o Ministério da Justiça. O juiz disse ter sido motivado pela perspectiva de "implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado". 

"Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juizes locais. Para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências", afirmou em nota pública. 

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