Tabus acirram disputa Crivella-Freixo


Candidatos a prefeito do Rio têm visões opostas sobre drogas, família e direitos LGBT; estrategistas reconhecem peso dos temas no 2º turno

Por Luciana Nunes Leal
Freixo, do PSOL, vai disputar segundo turno do Rio de Janeiro Foto: AFP

A disputa entre os candidatos Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) no segundo turno do Rio não vai expor apenas as diferenças partidárias e de propostas para a cidade. Será também um confronto sobre costume e comportamento. Os dois candidatos têm posições opostas sobre temas como drogas, aborto, religião, família e direitos dos cidadãos LGBT. Em reuniões de avaliação e estratégia, os dois lados concordam que esses temas terão peso maior no segundo turno.

De um lado está o senador de tendência conservadora que procurou fazer uma campanha ecumênica, mas é uma das maiores lideranças do PRB, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. No outro, o deputado estadual do PSOL que não abre mão de bandeiras como “o direito de a mulher decidir sobre o próprio corpo”, citado no programa de governo, e o conceito de família que inclui casais do mesmo sexo.

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No campo político, Crivella é preferido do eleitorado de centro-direita e deverá receber o apoio do candidato derrotado do PSC, Flávio Bolsonaro, filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Freixo se coloca à esquerda do PT e, no segundo turno, tem a seu lado os candidatos derrotados do PCdoB, Jandira Feghali, e da Rede, Alessandro Molon. O senador foi a favor do impeachment de Dilma Rousseff. O PSOL fez coro à denúncia do “golpe” e ao movimento “Fora, Temer”.

Na disputa pelos votos de candidatos de centro como Pedro Paulo (PMDB), Indio da Costa (PSD) e Carlos Roberto Osório (PSDB), Freixo e Crivella apostam no contato direto com o eleitorado, embora já tenham aberto diálogo com os antigos adversários, à exceção do peemedebista. Um dos raros pontos em comum entre Freixo e Crivella foi a comemoração por terem derrotado o PMDB e a decisão de não buscar o apoio do partido.

Marcelo Crivella Foto: Wilton Júnior|Estadão
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Diálogo. “Nossa avaliação é de que cúpulas partidárias não têm incidência direta sobre o eleitorado. Nosso programa, nossas propostas envolveram a participação de 5 mil pessoas e finalmente teremos dez minutos por dia (na TV) para apresentá-las à população. Freixo está aberto a dialogar, só não dialogamos com Pedro Paulo e os Bolsonaro, porque somos como água é azeite”, disse o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ).

Sobre temas ligados a comportamento e direitos humanos, o deputado disse que “vai ser bom demarcar posição também nesse campo”. Ele dá um exemplo: “A concepção de família no padrão ocidental e cristão é muito conservadora e não dá conta de uma sociedade como a brasileira e a carioca”.

O vereador reeleito do PRB João Mendes de Jesus, pastor da Universal, disse não ver problemas no debate sobre temas como legalização de droga e aborto. “Os dois candidatos têm posições bem definidas. A população vai decidir. O senador Crivella sustenta suas posições com um grau de conhecimento muito profundo. Mas ele é leve e suave. O que pregamos é que a população fique em paz.”

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Para o vereador, Crivella terá oportunidade de se apresentar melhor ao eleitorado de classe média que tende a votar em candidatos mais “modernos”.

Jesus afirmou também que, embora o diálogo com a cúpula do PMDB-RJ esteja fechado, acredita que “setores do partido vão caminhar com Crivella”. “Crivella procurou atacar o PMDB da Lava Jato, mas há um grupo de gente seriíssima.”

Freixo, do PSOL, vai disputar segundo turno do Rio de Janeiro Foto: AFP

A disputa entre os candidatos Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) no segundo turno do Rio não vai expor apenas as diferenças partidárias e de propostas para a cidade. Será também um confronto sobre costume e comportamento. Os dois candidatos têm posições opostas sobre temas como drogas, aborto, religião, família e direitos dos cidadãos LGBT. Em reuniões de avaliação e estratégia, os dois lados concordam que esses temas terão peso maior no segundo turno.

De um lado está o senador de tendência conservadora que procurou fazer uma campanha ecumênica, mas é uma das maiores lideranças do PRB, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. No outro, o deputado estadual do PSOL que não abre mão de bandeiras como “o direito de a mulher decidir sobre o próprio corpo”, citado no programa de governo, e o conceito de família que inclui casais do mesmo sexo.

No campo político, Crivella é preferido do eleitorado de centro-direita e deverá receber o apoio do candidato derrotado do PSC, Flávio Bolsonaro, filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Freixo se coloca à esquerda do PT e, no segundo turno, tem a seu lado os candidatos derrotados do PCdoB, Jandira Feghali, e da Rede, Alessandro Molon. O senador foi a favor do impeachment de Dilma Rousseff. O PSOL fez coro à denúncia do “golpe” e ao movimento “Fora, Temer”.

Na disputa pelos votos de candidatos de centro como Pedro Paulo (PMDB), Indio da Costa (PSD) e Carlos Roberto Osório (PSDB), Freixo e Crivella apostam no contato direto com o eleitorado, embora já tenham aberto diálogo com os antigos adversários, à exceção do peemedebista. Um dos raros pontos em comum entre Freixo e Crivella foi a comemoração por terem derrotado o PMDB e a decisão de não buscar o apoio do partido.

Marcelo Crivella Foto: Wilton Júnior|Estadão

Diálogo. “Nossa avaliação é de que cúpulas partidárias não têm incidência direta sobre o eleitorado. Nosso programa, nossas propostas envolveram a participação de 5 mil pessoas e finalmente teremos dez minutos por dia (na TV) para apresentá-las à população. Freixo está aberto a dialogar, só não dialogamos com Pedro Paulo e os Bolsonaro, porque somos como água é azeite”, disse o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ).

Sobre temas ligados a comportamento e direitos humanos, o deputado disse que “vai ser bom demarcar posição também nesse campo”. Ele dá um exemplo: “A concepção de família no padrão ocidental e cristão é muito conservadora e não dá conta de uma sociedade como a brasileira e a carioca”.

O vereador reeleito do PRB João Mendes de Jesus, pastor da Universal, disse não ver problemas no debate sobre temas como legalização de droga e aborto. “Os dois candidatos têm posições bem definidas. A população vai decidir. O senador Crivella sustenta suas posições com um grau de conhecimento muito profundo. Mas ele é leve e suave. O que pregamos é que a população fique em paz.”

Para o vereador, Crivella terá oportunidade de se apresentar melhor ao eleitorado de classe média que tende a votar em candidatos mais “modernos”.

Jesus afirmou também que, embora o diálogo com a cúpula do PMDB-RJ esteja fechado, acredita que “setores do partido vão caminhar com Crivella”. “Crivella procurou atacar o PMDB da Lava Jato, mas há um grupo de gente seriíssima.”

Freixo, do PSOL, vai disputar segundo turno do Rio de Janeiro Foto: AFP

A disputa entre os candidatos Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) no segundo turno do Rio não vai expor apenas as diferenças partidárias e de propostas para a cidade. Será também um confronto sobre costume e comportamento. Os dois candidatos têm posições opostas sobre temas como drogas, aborto, religião, família e direitos dos cidadãos LGBT. Em reuniões de avaliação e estratégia, os dois lados concordam que esses temas terão peso maior no segundo turno.

De um lado está o senador de tendência conservadora que procurou fazer uma campanha ecumênica, mas é uma das maiores lideranças do PRB, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. No outro, o deputado estadual do PSOL que não abre mão de bandeiras como “o direito de a mulher decidir sobre o próprio corpo”, citado no programa de governo, e o conceito de família que inclui casais do mesmo sexo.

No campo político, Crivella é preferido do eleitorado de centro-direita e deverá receber o apoio do candidato derrotado do PSC, Flávio Bolsonaro, filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Freixo se coloca à esquerda do PT e, no segundo turno, tem a seu lado os candidatos derrotados do PCdoB, Jandira Feghali, e da Rede, Alessandro Molon. O senador foi a favor do impeachment de Dilma Rousseff. O PSOL fez coro à denúncia do “golpe” e ao movimento “Fora, Temer”.

Na disputa pelos votos de candidatos de centro como Pedro Paulo (PMDB), Indio da Costa (PSD) e Carlos Roberto Osório (PSDB), Freixo e Crivella apostam no contato direto com o eleitorado, embora já tenham aberto diálogo com os antigos adversários, à exceção do peemedebista. Um dos raros pontos em comum entre Freixo e Crivella foi a comemoração por terem derrotado o PMDB e a decisão de não buscar o apoio do partido.

Marcelo Crivella Foto: Wilton Júnior|Estadão

Diálogo. “Nossa avaliação é de que cúpulas partidárias não têm incidência direta sobre o eleitorado. Nosso programa, nossas propostas envolveram a participação de 5 mil pessoas e finalmente teremos dez minutos por dia (na TV) para apresentá-las à população. Freixo está aberto a dialogar, só não dialogamos com Pedro Paulo e os Bolsonaro, porque somos como água é azeite”, disse o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ).

Sobre temas ligados a comportamento e direitos humanos, o deputado disse que “vai ser bom demarcar posição também nesse campo”. Ele dá um exemplo: “A concepção de família no padrão ocidental e cristão é muito conservadora e não dá conta de uma sociedade como a brasileira e a carioca”.

O vereador reeleito do PRB João Mendes de Jesus, pastor da Universal, disse não ver problemas no debate sobre temas como legalização de droga e aborto. “Os dois candidatos têm posições bem definidas. A população vai decidir. O senador Crivella sustenta suas posições com um grau de conhecimento muito profundo. Mas ele é leve e suave. O que pregamos é que a população fique em paz.”

Para o vereador, Crivella terá oportunidade de se apresentar melhor ao eleitorado de classe média que tende a votar em candidatos mais “modernos”.

Jesus afirmou também que, embora o diálogo com a cúpula do PMDB-RJ esteja fechado, acredita que “setores do partido vão caminhar com Crivella”. “Crivella procurou atacar o PMDB da Lava Jato, mas há um grupo de gente seriíssima.”

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