Eleitores à esquerda e à direita defendem regras rígidas em debates após cadeirada, mostra estudo


Pesquisa qualitativa realizada após a agressão de José Luiz Datena contra Pablo Marçal revela que grupos de eleitores bolsonaristas e lulistas apoiam punições mais rigorosas para candidatos, com o TSE sendo apontado como a instituição responsável pela criação de normas mais duras

Por Hugo Henud
Atualização:

O episódio da cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) fez com que eleitores, tanto de esquerda quanto de direita, passassem a ser favoráveis a regras mais rígidas para os próximos debates. A conclusão é resultado da pesquisa qualitativa realizada pelo Monitor do Debate Público, vinculado ao Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação (INCT).

O levantamento, divulgado nesta segunda-feira, 23, foi realizado no WhatsApp com grupos focais, categorizados e classificados conforme os seguintes critérios: “bolsonaristas convictos,” que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno de 2022, desaprovam o atual governo e apoiam as invasões de 8 de janeiro; “bolsonaristas moderados,” que também votaram em Bolsonaro no segundo turno, mas não apoiam os atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes; “flutuantes,” que não votaram nem no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem em Bolsonaro; “lulodescontentes,” que votaram em Lula, mas desaprovam o governo; e “lulistas,” que são eleitores de Lula e aprovam o governo.

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Datena usa uma cadeira para agredir Pablo Marçal durante debate da TV Cultura Foto: Reprodução/TV Cultura

Os resultados indicam que a maioria dos grupos, incluindo os “bolsonaristas moderados”, é favorável à criação de regras mais rígidas e punições para controlar o tom agressivo nos debates políticos, que, na avaliação dos entrevistados, têm se transformado em uma troca de ofensas e desrespeito.

A pesquisa revelou que a falta de regras claras é percebida como um fator que contribui para o aumento das “baixarias,” desvirtuando o propósito dos debates e desrespeitando tanto os espectadores quanto os próprios candidatos. Os participantes destacaram que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deveria assumir um papel mais ativo na regulamentação do tema, estabelecendo limites mais rigorosos para os debates por meio de alterações na legislação eleitoral. As emissoras de televisão também foram apontadas como agentes que podem contribuir para a realização de debates mais propositivos.

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“A imposição de limites mais rigorosos foi vista como essencial para restabelecer a seriedade e a civilidade nas discussões”, explica o cientista político João Feres, um dos responsáveis pela pesquisa.

Em contrapartida, os “bolsonaristas convictos” foram os únicos a discordar, argumentando que o endurecimento das regras limitaria a liberdade dos candidatos de se expressarem nos debates, conforme explica o cientista político.

“Os outros quatro grupos, inclusive bolsonaristas moderados, consensualmente manifestaram apoio à enrijecimento”, completa.

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Para Feres, a entrada de um candidato com o perfil de Marçal na política irá alterar a dinâmica dos debates daqui em diante. “Marçal mostrou na prática que um debate sem regras rígidas só funciona se todos os candidatos tiverem um mínimo de boa vontade, boa fé, como se dizia antigamente. Como não é possível garantir que isso aconteça, as regras precisam ser bem mais rígidas, senão não haverá debate”, completa.

O episódio da cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) fez com que eleitores, tanto de esquerda quanto de direita, passassem a ser favoráveis a regras mais rígidas para os próximos debates. A conclusão é resultado da pesquisa qualitativa realizada pelo Monitor do Debate Público, vinculado ao Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação (INCT).

O levantamento, divulgado nesta segunda-feira, 23, foi realizado no WhatsApp com grupos focais, categorizados e classificados conforme os seguintes critérios: “bolsonaristas convictos,” que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno de 2022, desaprovam o atual governo e apoiam as invasões de 8 de janeiro; “bolsonaristas moderados,” que também votaram em Bolsonaro no segundo turno, mas não apoiam os atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes; “flutuantes,” que não votaram nem no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem em Bolsonaro; “lulodescontentes,” que votaram em Lula, mas desaprovam o governo; e “lulistas,” que são eleitores de Lula e aprovam o governo.

Datena usa uma cadeira para agredir Pablo Marçal durante debate da TV Cultura Foto: Reprodução/TV Cultura

Os resultados indicam que a maioria dos grupos, incluindo os “bolsonaristas moderados”, é favorável à criação de regras mais rígidas e punições para controlar o tom agressivo nos debates políticos, que, na avaliação dos entrevistados, têm se transformado em uma troca de ofensas e desrespeito.

A pesquisa revelou que a falta de regras claras é percebida como um fator que contribui para o aumento das “baixarias,” desvirtuando o propósito dos debates e desrespeitando tanto os espectadores quanto os próprios candidatos. Os participantes destacaram que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deveria assumir um papel mais ativo na regulamentação do tema, estabelecendo limites mais rigorosos para os debates por meio de alterações na legislação eleitoral. As emissoras de televisão também foram apontadas como agentes que podem contribuir para a realização de debates mais propositivos.

“A imposição de limites mais rigorosos foi vista como essencial para restabelecer a seriedade e a civilidade nas discussões”, explica o cientista político João Feres, um dos responsáveis pela pesquisa.

Em contrapartida, os “bolsonaristas convictos” foram os únicos a discordar, argumentando que o endurecimento das regras limitaria a liberdade dos candidatos de se expressarem nos debates, conforme explica o cientista político.

“Os outros quatro grupos, inclusive bolsonaristas moderados, consensualmente manifestaram apoio à enrijecimento”, completa.

Para Feres, a entrada de um candidato com o perfil de Marçal na política irá alterar a dinâmica dos debates daqui em diante. “Marçal mostrou na prática que um debate sem regras rígidas só funciona se todos os candidatos tiverem um mínimo de boa vontade, boa fé, como se dizia antigamente. Como não é possível garantir que isso aconteça, as regras precisam ser bem mais rígidas, senão não haverá debate”, completa.

O episódio da cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) fez com que eleitores, tanto de esquerda quanto de direita, passassem a ser favoráveis a regras mais rígidas para os próximos debates. A conclusão é resultado da pesquisa qualitativa realizada pelo Monitor do Debate Público, vinculado ao Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação (INCT).

O levantamento, divulgado nesta segunda-feira, 23, foi realizado no WhatsApp com grupos focais, categorizados e classificados conforme os seguintes critérios: “bolsonaristas convictos,” que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno de 2022, desaprovam o atual governo e apoiam as invasões de 8 de janeiro; “bolsonaristas moderados,” que também votaram em Bolsonaro no segundo turno, mas não apoiam os atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes; “flutuantes,” que não votaram nem no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem em Bolsonaro; “lulodescontentes,” que votaram em Lula, mas desaprovam o governo; e “lulistas,” que são eleitores de Lula e aprovam o governo.

Datena usa uma cadeira para agredir Pablo Marçal durante debate da TV Cultura Foto: Reprodução/TV Cultura

Os resultados indicam que a maioria dos grupos, incluindo os “bolsonaristas moderados”, é favorável à criação de regras mais rígidas e punições para controlar o tom agressivo nos debates políticos, que, na avaliação dos entrevistados, têm se transformado em uma troca de ofensas e desrespeito.

A pesquisa revelou que a falta de regras claras é percebida como um fator que contribui para o aumento das “baixarias,” desvirtuando o propósito dos debates e desrespeitando tanto os espectadores quanto os próprios candidatos. Os participantes destacaram que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deveria assumir um papel mais ativo na regulamentação do tema, estabelecendo limites mais rigorosos para os debates por meio de alterações na legislação eleitoral. As emissoras de televisão também foram apontadas como agentes que podem contribuir para a realização de debates mais propositivos.

“A imposição de limites mais rigorosos foi vista como essencial para restabelecer a seriedade e a civilidade nas discussões”, explica o cientista político João Feres, um dos responsáveis pela pesquisa.

Em contrapartida, os “bolsonaristas convictos” foram os únicos a discordar, argumentando que o endurecimento das regras limitaria a liberdade dos candidatos de se expressarem nos debates, conforme explica o cientista político.

“Os outros quatro grupos, inclusive bolsonaristas moderados, consensualmente manifestaram apoio à enrijecimento”, completa.

Para Feres, a entrada de um candidato com o perfil de Marçal na política irá alterar a dinâmica dos debates daqui em diante. “Marçal mostrou na prática que um debate sem regras rígidas só funciona se todos os candidatos tiverem um mínimo de boa vontade, boa fé, como se dizia antigamente. Como não é possível garantir que isso aconteça, as regras precisam ser bem mais rígidas, senão não haverá debate”, completa.

O episódio da cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) fez com que eleitores, tanto de esquerda quanto de direita, passassem a ser favoráveis a regras mais rígidas para os próximos debates. A conclusão é resultado da pesquisa qualitativa realizada pelo Monitor do Debate Público, vinculado ao Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação (INCT).

O levantamento, divulgado nesta segunda-feira, 23, foi realizado no WhatsApp com grupos focais, categorizados e classificados conforme os seguintes critérios: “bolsonaristas convictos,” que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno de 2022, desaprovam o atual governo e apoiam as invasões de 8 de janeiro; “bolsonaristas moderados,” que também votaram em Bolsonaro no segundo turno, mas não apoiam os atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes; “flutuantes,” que não votaram nem no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem em Bolsonaro; “lulodescontentes,” que votaram em Lula, mas desaprovam o governo; e “lulistas,” que são eleitores de Lula e aprovam o governo.

Datena usa uma cadeira para agredir Pablo Marçal durante debate da TV Cultura Foto: Reprodução/TV Cultura

Os resultados indicam que a maioria dos grupos, incluindo os “bolsonaristas moderados”, é favorável à criação de regras mais rígidas e punições para controlar o tom agressivo nos debates políticos, que, na avaliação dos entrevistados, têm se transformado em uma troca de ofensas e desrespeito.

A pesquisa revelou que a falta de regras claras é percebida como um fator que contribui para o aumento das “baixarias,” desvirtuando o propósito dos debates e desrespeitando tanto os espectadores quanto os próprios candidatos. Os participantes destacaram que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deveria assumir um papel mais ativo na regulamentação do tema, estabelecendo limites mais rigorosos para os debates por meio de alterações na legislação eleitoral. As emissoras de televisão também foram apontadas como agentes que podem contribuir para a realização de debates mais propositivos.

“A imposição de limites mais rigorosos foi vista como essencial para restabelecer a seriedade e a civilidade nas discussões”, explica o cientista político João Feres, um dos responsáveis pela pesquisa.

Em contrapartida, os “bolsonaristas convictos” foram os únicos a discordar, argumentando que o endurecimento das regras limitaria a liberdade dos candidatos de se expressarem nos debates, conforme explica o cientista político.

“Os outros quatro grupos, inclusive bolsonaristas moderados, consensualmente manifestaram apoio à enrijecimento”, completa.

Para Feres, a entrada de um candidato com o perfil de Marçal na política irá alterar a dinâmica dos debates daqui em diante. “Marçal mostrou na prática que um debate sem regras rígidas só funciona se todos os candidatos tiverem um mínimo de boa vontade, boa fé, como se dizia antigamente. Como não é possível garantir que isso aconteça, as regras precisam ser bem mais rígidas, senão não haverá debate”, completa.

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