Um olhar crítico no poder e nos poderosos

Opinião|Cassação de Dallagnol e prisão de Collor são sinal de alerta a torto e a direito


Independentemente do mérito e das discussões jurídicas, resultado político é claro: todo mundo está de cabelo em pé

Por Eliane Cantanhêde
Atualização:

A Justiça deu uma no cravo e outra na ferradura, mandando recados a torto e a direito, ou melhor, à esquerda e à direita, quando o TSE cassou por unanimidade o mandato do deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol e, em seguida, a maioria do Supremo votou pela prisão do ex-presidente, ex-governador e ex-senador Fernando Collor.

Independentemente do mérito e das discussões jurídicas sobre as duas decisões, sobretudo a que atingiu Dallagnol, o resultado político é claro: todo mundo está de cabelo em pé, desde os líderes da Lava Jato, como Dallagnol, até os seus alvos, como Collor.

STF formou maioria para condenar ex-presidente e ex-senador Fernando Collor por corrupção e lavagem de dinheiro  Foto: Evaristo Sá/AFP
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Quando Dallagnol foi cassado, inclusive com o voto do bolsonarista Nunes Marques, o foco desviou para Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato que trocou a magistratura pelo Ministério da Justiça do governo Jair Bolsonaro, saiu batendo a porta e virou, simultaneamente, senador e alvo da própria Justiça.

Depois, porém, o foco abriu para todo lado, quem comemorou a cassação de Dallagnol viu que o pau que bate em Chico também bate em Francisco e uma dúvida voltou a assombrar deputados, senadores, governadores, prefeitos e, quem sabe, um ministro ou outro: qual será o próximo?

Até aqui, assistiu-se à luz do dia à cambalhota que transformou a Lava Jato em pó, seus heróis em réus, os alvos em vítimas e tenta reverter até os acordos de leniência, pelos quais empresas envolvidas em corrupção devolveram grandes somas aos cofres públicos.

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A cassação de Dallagnol é parte desse processo, ou desse revisionismo, e difundiu sensação de alívio e vingança nos condenados e em quem esteve na fila, com a impressão de que o pior tinha passado para eles, mas estava só começando para a turma de Moro e do ex-procurador. A pena de 30 anos de Collor, porém, soou como sinal de alerta de que nenhum dos lados está totalmente a salvo.

Após o impeachment, há três décadas, por corrupção, Collor aguardou os anos de inelegibilidade, voltou como senador e ele e Lula, seu adversário de 1989, deixaram velhas pendengas para lá. No petrolão, Collor ganhou acesso político a uma subsidiária da Petrobras, envolveu-se num desvio de R$ 22 milhões (sem correção) e hoje está com um pé na cadeia. Quantos, como ele, acharam que estava tudo esquecido e agora descobrem que nem tanto?

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Não está previsto, mas não é impossível que, se Moro entrou na mira, também podem voltar a ela petistas, tucanos, emedebistas, bolsonaristas e a turma do Centrão. PP, PL e PTB, por exemplo, têm tudo a ver com petrolão. E as CPIs do Golpe, do MST, das Americanas e do Futebol estão começando, misturando política, Justiça e polícia. Bem animado.

*A colunista entra em férias e retoma a publicação neste espaço em 6 de junho

A Justiça deu uma no cravo e outra na ferradura, mandando recados a torto e a direito, ou melhor, à esquerda e à direita, quando o TSE cassou por unanimidade o mandato do deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol e, em seguida, a maioria do Supremo votou pela prisão do ex-presidente, ex-governador e ex-senador Fernando Collor.

Independentemente do mérito e das discussões jurídicas sobre as duas decisões, sobretudo a que atingiu Dallagnol, o resultado político é claro: todo mundo está de cabelo em pé, desde os líderes da Lava Jato, como Dallagnol, até os seus alvos, como Collor.

STF formou maioria para condenar ex-presidente e ex-senador Fernando Collor por corrupção e lavagem de dinheiro  Foto: Evaristo Sá/AFP

Quando Dallagnol foi cassado, inclusive com o voto do bolsonarista Nunes Marques, o foco desviou para Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato que trocou a magistratura pelo Ministério da Justiça do governo Jair Bolsonaro, saiu batendo a porta e virou, simultaneamente, senador e alvo da própria Justiça.

Depois, porém, o foco abriu para todo lado, quem comemorou a cassação de Dallagnol viu que o pau que bate em Chico também bate em Francisco e uma dúvida voltou a assombrar deputados, senadores, governadores, prefeitos e, quem sabe, um ministro ou outro: qual será o próximo?

Até aqui, assistiu-se à luz do dia à cambalhota que transformou a Lava Jato em pó, seus heróis em réus, os alvos em vítimas e tenta reverter até os acordos de leniência, pelos quais empresas envolvidas em corrupção devolveram grandes somas aos cofres públicos.

A cassação de Dallagnol é parte desse processo, ou desse revisionismo, e difundiu sensação de alívio e vingança nos condenados e em quem esteve na fila, com a impressão de que o pior tinha passado para eles, mas estava só começando para a turma de Moro e do ex-procurador. A pena de 30 anos de Collor, porém, soou como sinal de alerta de que nenhum dos lados está totalmente a salvo.

Após o impeachment, há três décadas, por corrupção, Collor aguardou os anos de inelegibilidade, voltou como senador e ele e Lula, seu adversário de 1989, deixaram velhas pendengas para lá. No petrolão, Collor ganhou acesso político a uma subsidiária da Petrobras, envolveu-se num desvio de R$ 22 milhões (sem correção) e hoje está com um pé na cadeia. Quantos, como ele, acharam que estava tudo esquecido e agora descobrem que nem tanto?

Não está previsto, mas não é impossível que, se Moro entrou na mira, também podem voltar a ela petistas, tucanos, emedebistas, bolsonaristas e a turma do Centrão. PP, PL e PTB, por exemplo, têm tudo a ver com petrolão. E as CPIs do Golpe, do MST, das Americanas e do Futebol estão começando, misturando política, Justiça e polícia. Bem animado.

*A colunista entra em férias e retoma a publicação neste espaço em 6 de junho

A Justiça deu uma no cravo e outra na ferradura, mandando recados a torto e a direito, ou melhor, à esquerda e à direita, quando o TSE cassou por unanimidade o mandato do deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol e, em seguida, a maioria do Supremo votou pela prisão do ex-presidente, ex-governador e ex-senador Fernando Collor.

Independentemente do mérito e das discussões jurídicas sobre as duas decisões, sobretudo a que atingiu Dallagnol, o resultado político é claro: todo mundo está de cabelo em pé, desde os líderes da Lava Jato, como Dallagnol, até os seus alvos, como Collor.

STF formou maioria para condenar ex-presidente e ex-senador Fernando Collor por corrupção e lavagem de dinheiro  Foto: Evaristo Sá/AFP

Quando Dallagnol foi cassado, inclusive com o voto do bolsonarista Nunes Marques, o foco desviou para Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato que trocou a magistratura pelo Ministério da Justiça do governo Jair Bolsonaro, saiu batendo a porta e virou, simultaneamente, senador e alvo da própria Justiça.

Depois, porém, o foco abriu para todo lado, quem comemorou a cassação de Dallagnol viu que o pau que bate em Chico também bate em Francisco e uma dúvida voltou a assombrar deputados, senadores, governadores, prefeitos e, quem sabe, um ministro ou outro: qual será o próximo?

Até aqui, assistiu-se à luz do dia à cambalhota que transformou a Lava Jato em pó, seus heróis em réus, os alvos em vítimas e tenta reverter até os acordos de leniência, pelos quais empresas envolvidas em corrupção devolveram grandes somas aos cofres públicos.

A cassação de Dallagnol é parte desse processo, ou desse revisionismo, e difundiu sensação de alívio e vingança nos condenados e em quem esteve na fila, com a impressão de que o pior tinha passado para eles, mas estava só começando para a turma de Moro e do ex-procurador. A pena de 30 anos de Collor, porém, soou como sinal de alerta de que nenhum dos lados está totalmente a salvo.

Após o impeachment, há três décadas, por corrupção, Collor aguardou os anos de inelegibilidade, voltou como senador e ele e Lula, seu adversário de 1989, deixaram velhas pendengas para lá. No petrolão, Collor ganhou acesso político a uma subsidiária da Petrobras, envolveu-se num desvio de R$ 22 milhões (sem correção) e hoje está com um pé na cadeia. Quantos, como ele, acharam que estava tudo esquecido e agora descobrem que nem tanto?

Não está previsto, mas não é impossível que, se Moro entrou na mira, também podem voltar a ela petistas, tucanos, emedebistas, bolsonaristas e a turma do Centrão. PP, PL e PTB, por exemplo, têm tudo a ver com petrolão. E as CPIs do Golpe, do MST, das Americanas e do Futebol estão começando, misturando política, Justiça e polícia. Bem animado.

*A colunista entra em férias e retoma a publicação neste espaço em 6 de junho

A Justiça deu uma no cravo e outra na ferradura, mandando recados a torto e a direito, ou melhor, à esquerda e à direita, quando o TSE cassou por unanimidade o mandato do deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol e, em seguida, a maioria do Supremo votou pela prisão do ex-presidente, ex-governador e ex-senador Fernando Collor.

Independentemente do mérito e das discussões jurídicas sobre as duas decisões, sobretudo a que atingiu Dallagnol, o resultado político é claro: todo mundo está de cabelo em pé, desde os líderes da Lava Jato, como Dallagnol, até os seus alvos, como Collor.

STF formou maioria para condenar ex-presidente e ex-senador Fernando Collor por corrupção e lavagem de dinheiro  Foto: Evaristo Sá/AFP

Quando Dallagnol foi cassado, inclusive com o voto do bolsonarista Nunes Marques, o foco desviou para Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato que trocou a magistratura pelo Ministério da Justiça do governo Jair Bolsonaro, saiu batendo a porta e virou, simultaneamente, senador e alvo da própria Justiça.

Depois, porém, o foco abriu para todo lado, quem comemorou a cassação de Dallagnol viu que o pau que bate em Chico também bate em Francisco e uma dúvida voltou a assombrar deputados, senadores, governadores, prefeitos e, quem sabe, um ministro ou outro: qual será o próximo?

Até aqui, assistiu-se à luz do dia à cambalhota que transformou a Lava Jato em pó, seus heróis em réus, os alvos em vítimas e tenta reverter até os acordos de leniência, pelos quais empresas envolvidas em corrupção devolveram grandes somas aos cofres públicos.

A cassação de Dallagnol é parte desse processo, ou desse revisionismo, e difundiu sensação de alívio e vingança nos condenados e em quem esteve na fila, com a impressão de que o pior tinha passado para eles, mas estava só começando para a turma de Moro e do ex-procurador. A pena de 30 anos de Collor, porém, soou como sinal de alerta de que nenhum dos lados está totalmente a salvo.

Após o impeachment, há três décadas, por corrupção, Collor aguardou os anos de inelegibilidade, voltou como senador e ele e Lula, seu adversário de 1989, deixaram velhas pendengas para lá. No petrolão, Collor ganhou acesso político a uma subsidiária da Petrobras, envolveu-se num desvio de R$ 22 milhões (sem correção) e hoje está com um pé na cadeia. Quantos, como ele, acharam que estava tudo esquecido e agora descobrem que nem tanto?

Não está previsto, mas não é impossível que, se Moro entrou na mira, também podem voltar a ela petistas, tucanos, emedebistas, bolsonaristas e a turma do Centrão. PP, PL e PTB, por exemplo, têm tudo a ver com petrolão. E as CPIs do Golpe, do MST, das Americanas e do Futebol estão começando, misturando política, Justiça e polícia. Bem animado.

*A colunista entra em férias e retoma a publicação neste espaço em 6 de junho

A Justiça deu uma no cravo e outra na ferradura, mandando recados a torto e a direito, ou melhor, à esquerda e à direita, quando o TSE cassou por unanimidade o mandato do deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol e, em seguida, a maioria do Supremo votou pela prisão do ex-presidente, ex-governador e ex-senador Fernando Collor.

Independentemente do mérito e das discussões jurídicas sobre as duas decisões, sobretudo a que atingiu Dallagnol, o resultado político é claro: todo mundo está de cabelo em pé, desde os líderes da Lava Jato, como Dallagnol, até os seus alvos, como Collor.

STF formou maioria para condenar ex-presidente e ex-senador Fernando Collor por corrupção e lavagem de dinheiro  Foto: Evaristo Sá/AFP

Quando Dallagnol foi cassado, inclusive com o voto do bolsonarista Nunes Marques, o foco desviou para Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato que trocou a magistratura pelo Ministério da Justiça do governo Jair Bolsonaro, saiu batendo a porta e virou, simultaneamente, senador e alvo da própria Justiça.

Depois, porém, o foco abriu para todo lado, quem comemorou a cassação de Dallagnol viu que o pau que bate em Chico também bate em Francisco e uma dúvida voltou a assombrar deputados, senadores, governadores, prefeitos e, quem sabe, um ministro ou outro: qual será o próximo?

Até aqui, assistiu-se à luz do dia à cambalhota que transformou a Lava Jato em pó, seus heróis em réus, os alvos em vítimas e tenta reverter até os acordos de leniência, pelos quais empresas envolvidas em corrupção devolveram grandes somas aos cofres públicos.

A cassação de Dallagnol é parte desse processo, ou desse revisionismo, e difundiu sensação de alívio e vingança nos condenados e em quem esteve na fila, com a impressão de que o pior tinha passado para eles, mas estava só começando para a turma de Moro e do ex-procurador. A pena de 30 anos de Collor, porém, soou como sinal de alerta de que nenhum dos lados está totalmente a salvo.

Após o impeachment, há três décadas, por corrupção, Collor aguardou os anos de inelegibilidade, voltou como senador e ele e Lula, seu adversário de 1989, deixaram velhas pendengas para lá. No petrolão, Collor ganhou acesso político a uma subsidiária da Petrobras, envolveu-se num desvio de R$ 22 milhões (sem correção) e hoje está com um pé na cadeia. Quantos, como ele, acharam que estava tudo esquecido e agora descobrem que nem tanto?

Não está previsto, mas não é impossível que, se Moro entrou na mira, também podem voltar a ela petistas, tucanos, emedebistas, bolsonaristas e a turma do Centrão. PP, PL e PTB, por exemplo, têm tudo a ver com petrolão. E as CPIs do Golpe, do MST, das Americanas e do Futebol estão começando, misturando política, Justiça e polícia. Bem animado.

*A colunista entra em férias e retoma a publicação neste espaço em 6 de junho

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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