Um olhar crítico no poder e nos poderosos

Opinião|Com Blinken, G-20 e ato bolsonarista à vista, Brasil está como o Diabo gosta e Bolsonaro adora


Lula vem extrapolando limites políticos e diplomáticos, um atrás do outro

Por Eliane Cantanhêde

Toda vez que Lula põe os pés fora do Brasil, troca manchetes positivas por negativas e cria tensões desnecessárias, ao lançar frases de efeito irresponsáveis, de conteúdo errado, na hora errada. O alvo da vez é Israel, que entra obrigatoriamente, e de supetão, na agenda dele com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, nesta quarta-feira de manhã. Não é um tema fácil. Lula vive às turras com Israel e acaba de comparar a ação em Gaza ao Holocausto, e Blinken representa o maior aliado israelense no mundo.

É admissível criticar Israel por reagir ao ataque terrorista do Hamas desproporcionalmente, com milhares de mulheres, crianças e civis mortos em Gaza. Mas, daí a comparar a ação israelense com o Holocausto e os 6 milhões de judeus mortos pelo nazismo é inaceitável sob todos os pontos de vista. Netanyahu é tudo o que se sabe, mas Lula lhe deu de bandeja a chance de retrucar, dizendo que a comparação com o Holocausto “ultrapassa a linha vermelha” e foi “vergonhosa e grave”. Como discordar?

Lula durante a cerimônia de abertura da Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana, na Etiópia Foto: RICARDO STUCKERT/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - 17/02/2024
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Em vez de procurar saídas diplomáticas, amenizar o impacto da sua fala e abrir canais, Lula dobrou a aposta e inverteu a ordem das coisas: chamou de volta o embaixador brasileiro em Tel Aviv e destacou o ministro Mauro Vieira para reclamar com o embaixador israelense em Brasília e acusar o primeiro-ministro e o chanceler de Israel de terem começado a “guerra” contra o Brasil. Não foi bem assim...

Suas relações com Israel nunca foram das melhores, mas Lula vem extrapolando limites políticos e diplomáticos, um atrás do outro. Tudo piora quando, ao mesmo tempo em que compara a ação israelense em Gaza com o genocídio de judeus por Hitler, ele cala diante do assassinato do líder oposicionista Alexei Navalni na Rússia e das prisões de adversários políticos na Venezuela, aqui nas nossas barbas.

Putin, Maduro e Xi Jinping são amigos... então, faz-se vista grossa? E Israel é inimigo, os EUA são prepotentes e a Europa é inconveniente... então, pau neles? O Holocausto não é um trauma só dos judeus, mas da humanidade, e a comparação absurda foi feita por Lula às vésperas da chegada de Blinken e da reunião de chanceleres do G-20, sob a presidência brasileira, no Rio, e mais: a uma semana do ato convocado por Bolsonaro em São Paulo.

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Além de dar razão à reação de Netanyahu, Lula dá munição para Bolsonaro no Brasil que, já não bastasse, convive com dengue, covid, secas, temporais, violência e a primeira fuga de uma penitenciária de segurança máxima, além de uma queda de braço entre os três poderes. O ambiente está como o Diabo gosta e como Bolsonaro adora.

Toda vez que Lula põe os pés fora do Brasil, troca manchetes positivas por negativas e cria tensões desnecessárias, ao lançar frases de efeito irresponsáveis, de conteúdo errado, na hora errada. O alvo da vez é Israel, que entra obrigatoriamente, e de supetão, na agenda dele com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, nesta quarta-feira de manhã. Não é um tema fácil. Lula vive às turras com Israel e acaba de comparar a ação em Gaza ao Holocausto, e Blinken representa o maior aliado israelense no mundo.

É admissível criticar Israel por reagir ao ataque terrorista do Hamas desproporcionalmente, com milhares de mulheres, crianças e civis mortos em Gaza. Mas, daí a comparar a ação israelense com o Holocausto e os 6 milhões de judeus mortos pelo nazismo é inaceitável sob todos os pontos de vista. Netanyahu é tudo o que se sabe, mas Lula lhe deu de bandeja a chance de retrucar, dizendo que a comparação com o Holocausto “ultrapassa a linha vermelha” e foi “vergonhosa e grave”. Como discordar?

Lula durante a cerimônia de abertura da Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana, na Etiópia Foto: RICARDO STUCKERT/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - 17/02/2024

Em vez de procurar saídas diplomáticas, amenizar o impacto da sua fala e abrir canais, Lula dobrou a aposta e inverteu a ordem das coisas: chamou de volta o embaixador brasileiro em Tel Aviv e destacou o ministro Mauro Vieira para reclamar com o embaixador israelense em Brasília e acusar o primeiro-ministro e o chanceler de Israel de terem começado a “guerra” contra o Brasil. Não foi bem assim...

Suas relações com Israel nunca foram das melhores, mas Lula vem extrapolando limites políticos e diplomáticos, um atrás do outro. Tudo piora quando, ao mesmo tempo em que compara a ação israelense em Gaza com o genocídio de judeus por Hitler, ele cala diante do assassinato do líder oposicionista Alexei Navalni na Rússia e das prisões de adversários políticos na Venezuela, aqui nas nossas barbas.

Putin, Maduro e Xi Jinping são amigos... então, faz-se vista grossa? E Israel é inimigo, os EUA são prepotentes e a Europa é inconveniente... então, pau neles? O Holocausto não é um trauma só dos judeus, mas da humanidade, e a comparação absurda foi feita por Lula às vésperas da chegada de Blinken e da reunião de chanceleres do G-20, sob a presidência brasileira, no Rio, e mais: a uma semana do ato convocado por Bolsonaro em São Paulo.

Além de dar razão à reação de Netanyahu, Lula dá munição para Bolsonaro no Brasil que, já não bastasse, convive com dengue, covid, secas, temporais, violência e a primeira fuga de uma penitenciária de segurança máxima, além de uma queda de braço entre os três poderes. O ambiente está como o Diabo gosta e como Bolsonaro adora.

Toda vez que Lula põe os pés fora do Brasil, troca manchetes positivas por negativas e cria tensões desnecessárias, ao lançar frases de efeito irresponsáveis, de conteúdo errado, na hora errada. O alvo da vez é Israel, que entra obrigatoriamente, e de supetão, na agenda dele com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, nesta quarta-feira de manhã. Não é um tema fácil. Lula vive às turras com Israel e acaba de comparar a ação em Gaza ao Holocausto, e Blinken representa o maior aliado israelense no mundo.

É admissível criticar Israel por reagir ao ataque terrorista do Hamas desproporcionalmente, com milhares de mulheres, crianças e civis mortos em Gaza. Mas, daí a comparar a ação israelense com o Holocausto e os 6 milhões de judeus mortos pelo nazismo é inaceitável sob todos os pontos de vista. Netanyahu é tudo o que se sabe, mas Lula lhe deu de bandeja a chance de retrucar, dizendo que a comparação com o Holocausto “ultrapassa a linha vermelha” e foi “vergonhosa e grave”. Como discordar?

Lula durante a cerimônia de abertura da Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana, na Etiópia Foto: RICARDO STUCKERT/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - 17/02/2024

Em vez de procurar saídas diplomáticas, amenizar o impacto da sua fala e abrir canais, Lula dobrou a aposta e inverteu a ordem das coisas: chamou de volta o embaixador brasileiro em Tel Aviv e destacou o ministro Mauro Vieira para reclamar com o embaixador israelense em Brasília e acusar o primeiro-ministro e o chanceler de Israel de terem começado a “guerra” contra o Brasil. Não foi bem assim...

Suas relações com Israel nunca foram das melhores, mas Lula vem extrapolando limites políticos e diplomáticos, um atrás do outro. Tudo piora quando, ao mesmo tempo em que compara a ação israelense em Gaza com o genocídio de judeus por Hitler, ele cala diante do assassinato do líder oposicionista Alexei Navalni na Rússia e das prisões de adversários políticos na Venezuela, aqui nas nossas barbas.

Putin, Maduro e Xi Jinping são amigos... então, faz-se vista grossa? E Israel é inimigo, os EUA são prepotentes e a Europa é inconveniente... então, pau neles? O Holocausto não é um trauma só dos judeus, mas da humanidade, e a comparação absurda foi feita por Lula às vésperas da chegada de Blinken e da reunião de chanceleres do G-20, sob a presidência brasileira, no Rio, e mais: a uma semana do ato convocado por Bolsonaro em São Paulo.

Além de dar razão à reação de Netanyahu, Lula dá munição para Bolsonaro no Brasil que, já não bastasse, convive com dengue, covid, secas, temporais, violência e a primeira fuga de uma penitenciária de segurança máxima, além de uma queda de braço entre os três poderes. O ambiente está como o Diabo gosta e como Bolsonaro adora.

Toda vez que Lula põe os pés fora do Brasil, troca manchetes positivas por negativas e cria tensões desnecessárias, ao lançar frases de efeito irresponsáveis, de conteúdo errado, na hora errada. O alvo da vez é Israel, que entra obrigatoriamente, e de supetão, na agenda dele com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, nesta quarta-feira de manhã. Não é um tema fácil. Lula vive às turras com Israel e acaba de comparar a ação em Gaza ao Holocausto, e Blinken representa o maior aliado israelense no mundo.

É admissível criticar Israel por reagir ao ataque terrorista do Hamas desproporcionalmente, com milhares de mulheres, crianças e civis mortos em Gaza. Mas, daí a comparar a ação israelense com o Holocausto e os 6 milhões de judeus mortos pelo nazismo é inaceitável sob todos os pontos de vista. Netanyahu é tudo o que se sabe, mas Lula lhe deu de bandeja a chance de retrucar, dizendo que a comparação com o Holocausto “ultrapassa a linha vermelha” e foi “vergonhosa e grave”. Como discordar?

Lula durante a cerimônia de abertura da Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana, na Etiópia Foto: RICARDO STUCKERT/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - 17/02/2024

Em vez de procurar saídas diplomáticas, amenizar o impacto da sua fala e abrir canais, Lula dobrou a aposta e inverteu a ordem das coisas: chamou de volta o embaixador brasileiro em Tel Aviv e destacou o ministro Mauro Vieira para reclamar com o embaixador israelense em Brasília e acusar o primeiro-ministro e o chanceler de Israel de terem começado a “guerra” contra o Brasil. Não foi bem assim...

Suas relações com Israel nunca foram das melhores, mas Lula vem extrapolando limites políticos e diplomáticos, um atrás do outro. Tudo piora quando, ao mesmo tempo em que compara a ação israelense em Gaza com o genocídio de judeus por Hitler, ele cala diante do assassinato do líder oposicionista Alexei Navalni na Rússia e das prisões de adversários políticos na Venezuela, aqui nas nossas barbas.

Putin, Maduro e Xi Jinping são amigos... então, faz-se vista grossa? E Israel é inimigo, os EUA são prepotentes e a Europa é inconveniente... então, pau neles? O Holocausto não é um trauma só dos judeus, mas da humanidade, e a comparação absurda foi feita por Lula às vésperas da chegada de Blinken e da reunião de chanceleres do G-20, sob a presidência brasileira, no Rio, e mais: a uma semana do ato convocado por Bolsonaro em São Paulo.

Além de dar razão à reação de Netanyahu, Lula dá munição para Bolsonaro no Brasil que, já não bastasse, convive com dengue, covid, secas, temporais, violência e a primeira fuga de uma penitenciária de segurança máxima, além de uma queda de braço entre os três poderes. O ambiente está como o Diabo gosta e como Bolsonaro adora.

Toda vez que Lula põe os pés fora do Brasil, troca manchetes positivas por negativas e cria tensões desnecessárias, ao lançar frases de efeito irresponsáveis, de conteúdo errado, na hora errada. O alvo da vez é Israel, que entra obrigatoriamente, e de supetão, na agenda dele com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, nesta quarta-feira de manhã. Não é um tema fácil. Lula vive às turras com Israel e acaba de comparar a ação em Gaza ao Holocausto, e Blinken representa o maior aliado israelense no mundo.

É admissível criticar Israel por reagir ao ataque terrorista do Hamas desproporcionalmente, com milhares de mulheres, crianças e civis mortos em Gaza. Mas, daí a comparar a ação israelense com o Holocausto e os 6 milhões de judeus mortos pelo nazismo é inaceitável sob todos os pontos de vista. Netanyahu é tudo o que se sabe, mas Lula lhe deu de bandeja a chance de retrucar, dizendo que a comparação com o Holocausto “ultrapassa a linha vermelha” e foi “vergonhosa e grave”. Como discordar?

Lula durante a cerimônia de abertura da Sessão Ordinária da Assembleia da União Africana, na Etiópia Foto: RICARDO STUCKERT/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - 17/02/2024

Em vez de procurar saídas diplomáticas, amenizar o impacto da sua fala e abrir canais, Lula dobrou a aposta e inverteu a ordem das coisas: chamou de volta o embaixador brasileiro em Tel Aviv e destacou o ministro Mauro Vieira para reclamar com o embaixador israelense em Brasília e acusar o primeiro-ministro e o chanceler de Israel de terem começado a “guerra” contra o Brasil. Não foi bem assim...

Suas relações com Israel nunca foram das melhores, mas Lula vem extrapolando limites políticos e diplomáticos, um atrás do outro. Tudo piora quando, ao mesmo tempo em que compara a ação israelense em Gaza com o genocídio de judeus por Hitler, ele cala diante do assassinato do líder oposicionista Alexei Navalni na Rússia e das prisões de adversários políticos na Venezuela, aqui nas nossas barbas.

Putin, Maduro e Xi Jinping são amigos... então, faz-se vista grossa? E Israel é inimigo, os EUA são prepotentes e a Europa é inconveniente... então, pau neles? O Holocausto não é um trauma só dos judeus, mas da humanidade, e a comparação absurda foi feita por Lula às vésperas da chegada de Blinken e da reunião de chanceleres do G-20, sob a presidência brasileira, no Rio, e mais: a uma semana do ato convocado por Bolsonaro em São Paulo.

Além de dar razão à reação de Netanyahu, Lula dá munição para Bolsonaro no Brasil que, já não bastasse, convive com dengue, covid, secas, temporais, violência e a primeira fuga de uma penitenciária de segurança máxima, além de uma queda de braço entre os três poderes. O ambiente está como o Diabo gosta e como Bolsonaro adora.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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