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Opinião|Como na promulgação da PEC da reeleição, Bolsonaro será tudo hoje, menos o Bolsonaro real


O mais importante na convenção serão os vídeos e fotos para a campanha e algo inexistente no acervo do presidente: mulheres e compaixão pelos miseráveis

Por Eliane Cantanhêde
Atualização:

A convenção de hoje do PL para lançar a chapa Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto foi programada para ser uma grande demonstração de força (no sentido eleitoral...) e marcar a “virada” prevista para agosto. Tudo grandioso, alvos eleitorais claros e Bolsonaro está sendo domado para não estragar a festa.

Será no Sudeste, região decisiva, no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro tem base eleitoral desde sempre e fez um strike em 2018, e, nada mais nada menos, no icônico Maracanãzinho, palco de grandes momentos da vida nacional.

Bolsonaro entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (de costas), e o presidente da Câmara, Arthur Lira, durante sessão do Congresso que promulgou a 'PEC Kamikaze' Foto: Wilton Junior/Estadão
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Com São Paulo, Minas, Rio e Espírito Santo, o Sudeste tem 64,2 milhões de eleitores (43% do total) e é improvável vencer sem ganhar ali. A região tem mais eleitores do que o Nordeste (27%) e do que, juntos, Sul (15%), Norte (8%) e Centro-Oeste (7%).

Bolsonaro se elegeu deputado federal sete vezes no Rio, onde, em 2018, ele venceu em todos os municípios, exceto três pequeninos, e em todos os bairros da capital, menos Laranjeiras. Nas pesquisas de 2022, o ex-presidente Lula lidera no País e também no Rio, mas a margem para Bolsonaro diminui. O último Ipec dá 41% a 34%, com 7 pontos de vantagem para o petista. Em maio, eram quinze (46% a 31%). A saída do tucano João Doria pode explicar os três pontos a mais de Bolsonaro, não os cinco a menos de Lula.

E o Maracanãzinho? Arena de grandes momentos do esporte, como no saque “Jornada nas Estrelas” do Bernard na vitória sobre a Rússia no vôlei masculino, e também da nossa música, como no Festival Internacional da Canção (1966 a 1972), com Tom Jobim, Chico, Caetano, Gil, Vandré, Bethânia...

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A previsão é de 10 mil pessoas, com palanque feminino e verde e amarelo e foco em religião, costumes e empatia com pobres e nordestinos, enaltecendo a economia (?), emprego (?), auxílio emergencial e queda no preço da gasolina. Uma cópia do discurso na promulgação da PEC da reeleição, em que Bolsonaro foi tudo, menos o Bolsonaro real.

O mais importante na convenção serão os vídeos e fotos para a campanha de TV e rádio, com muita gente, paixão e algo inexistente no acervo de Bolsonaro: mulheres e compaixão pelos miseráveis.

Enquanto Lula corre atrás de MDB, PSDB, PSD e União Brasil, Bolsonaro mira o que realmente interessa: multidões. Imaginem a comparação entre a convenção de Bolsonaro, com milhares de “fiéis”, e a de Lula, sem o próprio Lula. Sei não, mas a eleição não está decidida.

A convenção de hoje do PL para lançar a chapa Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto foi programada para ser uma grande demonstração de força (no sentido eleitoral...) e marcar a “virada” prevista para agosto. Tudo grandioso, alvos eleitorais claros e Bolsonaro está sendo domado para não estragar a festa.

Será no Sudeste, região decisiva, no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro tem base eleitoral desde sempre e fez um strike em 2018, e, nada mais nada menos, no icônico Maracanãzinho, palco de grandes momentos da vida nacional.

Bolsonaro entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (de costas), e o presidente da Câmara, Arthur Lira, durante sessão do Congresso que promulgou a 'PEC Kamikaze' Foto: Wilton Junior/Estadão

Com São Paulo, Minas, Rio e Espírito Santo, o Sudeste tem 64,2 milhões de eleitores (43% do total) e é improvável vencer sem ganhar ali. A região tem mais eleitores do que o Nordeste (27%) e do que, juntos, Sul (15%), Norte (8%) e Centro-Oeste (7%).

Bolsonaro se elegeu deputado federal sete vezes no Rio, onde, em 2018, ele venceu em todos os municípios, exceto três pequeninos, e em todos os bairros da capital, menos Laranjeiras. Nas pesquisas de 2022, o ex-presidente Lula lidera no País e também no Rio, mas a margem para Bolsonaro diminui. O último Ipec dá 41% a 34%, com 7 pontos de vantagem para o petista. Em maio, eram quinze (46% a 31%). A saída do tucano João Doria pode explicar os três pontos a mais de Bolsonaro, não os cinco a menos de Lula.

E o Maracanãzinho? Arena de grandes momentos do esporte, como no saque “Jornada nas Estrelas” do Bernard na vitória sobre a Rússia no vôlei masculino, e também da nossa música, como no Festival Internacional da Canção (1966 a 1972), com Tom Jobim, Chico, Caetano, Gil, Vandré, Bethânia...

A previsão é de 10 mil pessoas, com palanque feminino e verde e amarelo e foco em religião, costumes e empatia com pobres e nordestinos, enaltecendo a economia (?), emprego (?), auxílio emergencial e queda no preço da gasolina. Uma cópia do discurso na promulgação da PEC da reeleição, em que Bolsonaro foi tudo, menos o Bolsonaro real.

O mais importante na convenção serão os vídeos e fotos para a campanha de TV e rádio, com muita gente, paixão e algo inexistente no acervo de Bolsonaro: mulheres e compaixão pelos miseráveis.

Enquanto Lula corre atrás de MDB, PSDB, PSD e União Brasil, Bolsonaro mira o que realmente interessa: multidões. Imaginem a comparação entre a convenção de Bolsonaro, com milhares de “fiéis”, e a de Lula, sem o próprio Lula. Sei não, mas a eleição não está decidida.

A convenção de hoje do PL para lançar a chapa Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto foi programada para ser uma grande demonstração de força (no sentido eleitoral...) e marcar a “virada” prevista para agosto. Tudo grandioso, alvos eleitorais claros e Bolsonaro está sendo domado para não estragar a festa.

Será no Sudeste, região decisiva, no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro tem base eleitoral desde sempre e fez um strike em 2018, e, nada mais nada menos, no icônico Maracanãzinho, palco de grandes momentos da vida nacional.

Bolsonaro entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (de costas), e o presidente da Câmara, Arthur Lira, durante sessão do Congresso que promulgou a 'PEC Kamikaze' Foto: Wilton Junior/Estadão

Com São Paulo, Minas, Rio e Espírito Santo, o Sudeste tem 64,2 milhões de eleitores (43% do total) e é improvável vencer sem ganhar ali. A região tem mais eleitores do que o Nordeste (27%) e do que, juntos, Sul (15%), Norte (8%) e Centro-Oeste (7%).

Bolsonaro se elegeu deputado federal sete vezes no Rio, onde, em 2018, ele venceu em todos os municípios, exceto três pequeninos, e em todos os bairros da capital, menos Laranjeiras. Nas pesquisas de 2022, o ex-presidente Lula lidera no País e também no Rio, mas a margem para Bolsonaro diminui. O último Ipec dá 41% a 34%, com 7 pontos de vantagem para o petista. Em maio, eram quinze (46% a 31%). A saída do tucano João Doria pode explicar os três pontos a mais de Bolsonaro, não os cinco a menos de Lula.

E o Maracanãzinho? Arena de grandes momentos do esporte, como no saque “Jornada nas Estrelas” do Bernard na vitória sobre a Rússia no vôlei masculino, e também da nossa música, como no Festival Internacional da Canção (1966 a 1972), com Tom Jobim, Chico, Caetano, Gil, Vandré, Bethânia...

A previsão é de 10 mil pessoas, com palanque feminino e verde e amarelo e foco em religião, costumes e empatia com pobres e nordestinos, enaltecendo a economia (?), emprego (?), auxílio emergencial e queda no preço da gasolina. Uma cópia do discurso na promulgação da PEC da reeleição, em que Bolsonaro foi tudo, menos o Bolsonaro real.

O mais importante na convenção serão os vídeos e fotos para a campanha de TV e rádio, com muita gente, paixão e algo inexistente no acervo de Bolsonaro: mulheres e compaixão pelos miseráveis.

Enquanto Lula corre atrás de MDB, PSDB, PSD e União Brasil, Bolsonaro mira o que realmente interessa: multidões. Imaginem a comparação entre a convenção de Bolsonaro, com milhares de “fiéis”, e a de Lula, sem o próprio Lula. Sei não, mas a eleição não está decidida.

A convenção de hoje do PL para lançar a chapa Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto foi programada para ser uma grande demonstração de força (no sentido eleitoral...) e marcar a “virada” prevista para agosto. Tudo grandioso, alvos eleitorais claros e Bolsonaro está sendo domado para não estragar a festa.

Será no Sudeste, região decisiva, no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro tem base eleitoral desde sempre e fez um strike em 2018, e, nada mais nada menos, no icônico Maracanãzinho, palco de grandes momentos da vida nacional.

Bolsonaro entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (de costas), e o presidente da Câmara, Arthur Lira, durante sessão do Congresso que promulgou a 'PEC Kamikaze' Foto: Wilton Junior/Estadão

Com São Paulo, Minas, Rio e Espírito Santo, o Sudeste tem 64,2 milhões de eleitores (43% do total) e é improvável vencer sem ganhar ali. A região tem mais eleitores do que o Nordeste (27%) e do que, juntos, Sul (15%), Norte (8%) e Centro-Oeste (7%).

Bolsonaro se elegeu deputado federal sete vezes no Rio, onde, em 2018, ele venceu em todos os municípios, exceto três pequeninos, e em todos os bairros da capital, menos Laranjeiras. Nas pesquisas de 2022, o ex-presidente Lula lidera no País e também no Rio, mas a margem para Bolsonaro diminui. O último Ipec dá 41% a 34%, com 7 pontos de vantagem para o petista. Em maio, eram quinze (46% a 31%). A saída do tucano João Doria pode explicar os três pontos a mais de Bolsonaro, não os cinco a menos de Lula.

E o Maracanãzinho? Arena de grandes momentos do esporte, como no saque “Jornada nas Estrelas” do Bernard na vitória sobre a Rússia no vôlei masculino, e também da nossa música, como no Festival Internacional da Canção (1966 a 1972), com Tom Jobim, Chico, Caetano, Gil, Vandré, Bethânia...

A previsão é de 10 mil pessoas, com palanque feminino e verde e amarelo e foco em religião, costumes e empatia com pobres e nordestinos, enaltecendo a economia (?), emprego (?), auxílio emergencial e queda no preço da gasolina. Uma cópia do discurso na promulgação da PEC da reeleição, em que Bolsonaro foi tudo, menos o Bolsonaro real.

O mais importante na convenção serão os vídeos e fotos para a campanha de TV e rádio, com muita gente, paixão e algo inexistente no acervo de Bolsonaro: mulheres e compaixão pelos miseráveis.

Enquanto Lula corre atrás de MDB, PSDB, PSD e União Brasil, Bolsonaro mira o que realmente interessa: multidões. Imaginem a comparação entre a convenção de Bolsonaro, com milhares de “fiéis”, e a de Lula, sem o próprio Lula. Sei não, mas a eleição não está decidida.

A convenção de hoje do PL para lançar a chapa Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto foi programada para ser uma grande demonstração de força (no sentido eleitoral...) e marcar a “virada” prevista para agosto. Tudo grandioso, alvos eleitorais claros e Bolsonaro está sendo domado para não estragar a festa.

Será no Sudeste, região decisiva, no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro tem base eleitoral desde sempre e fez um strike em 2018, e, nada mais nada menos, no icônico Maracanãzinho, palco de grandes momentos da vida nacional.

Bolsonaro entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (de costas), e o presidente da Câmara, Arthur Lira, durante sessão do Congresso que promulgou a 'PEC Kamikaze' Foto: Wilton Junior/Estadão

Com São Paulo, Minas, Rio e Espírito Santo, o Sudeste tem 64,2 milhões de eleitores (43% do total) e é improvável vencer sem ganhar ali. A região tem mais eleitores do que o Nordeste (27%) e do que, juntos, Sul (15%), Norte (8%) e Centro-Oeste (7%).

Bolsonaro se elegeu deputado federal sete vezes no Rio, onde, em 2018, ele venceu em todos os municípios, exceto três pequeninos, e em todos os bairros da capital, menos Laranjeiras. Nas pesquisas de 2022, o ex-presidente Lula lidera no País e também no Rio, mas a margem para Bolsonaro diminui. O último Ipec dá 41% a 34%, com 7 pontos de vantagem para o petista. Em maio, eram quinze (46% a 31%). A saída do tucano João Doria pode explicar os três pontos a mais de Bolsonaro, não os cinco a menos de Lula.

E o Maracanãzinho? Arena de grandes momentos do esporte, como no saque “Jornada nas Estrelas” do Bernard na vitória sobre a Rússia no vôlei masculino, e também da nossa música, como no Festival Internacional da Canção (1966 a 1972), com Tom Jobim, Chico, Caetano, Gil, Vandré, Bethânia...

A previsão é de 10 mil pessoas, com palanque feminino e verde e amarelo e foco em religião, costumes e empatia com pobres e nordestinos, enaltecendo a economia (?), emprego (?), auxílio emergencial e queda no preço da gasolina. Uma cópia do discurso na promulgação da PEC da reeleição, em que Bolsonaro foi tudo, menos o Bolsonaro real.

O mais importante na convenção serão os vídeos e fotos para a campanha de TV e rádio, com muita gente, paixão e algo inexistente no acervo de Bolsonaro: mulheres e compaixão pelos miseráveis.

Enquanto Lula corre atrás de MDB, PSDB, PSD e União Brasil, Bolsonaro mira o que realmente interessa: multidões. Imaginem a comparação entre a convenção de Bolsonaro, com milhares de “fiéis”, e a de Lula, sem o próprio Lula. Sei não, mas a eleição não está decidida.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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