Um olhar crítico no poder e nos poderosos

Opinião|Denúncias e conflitos não faltam, mas a República parou e eles podem esperar


Poder se divide nesta semana entre festas de São João e festas sobre o Brasil em Lisboa enquanto Bolsonaro está na mira do TSE, Marina e Silveira travam embate na área ambiental e Arthur Lira entra na mira de escândalos

Por Eliane Cantanhêde

Enquanto o TSE avança nesta terça-feira, 27, na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a oito anos de inelegibilidade, a Polícia Federal mantém o pé no acelerador nas investigações sobre políticos, inclusive o presidente da Câmara, Arthur Lira, e “surpresas desagradáveis” continuam surgindo contra ministros, como o das Minas e Energia, Alexandre Silveira. O Supremo tende a ter agenda cheia.

O destino de Bolsonaro parece selado e o PL começa a trocar a beligerância bolsonarista por uma posição mais moderada, por exemplo, no Senado, onde as votações de Cristiano Zanin para o STF e do arcabouço fiscal foram civilizadas. A gritaria agora tem seu próprio “cercadinho”, a CPMI do Golpe. E por que a súbita moderação? Para sair da extrema direita de Bolsonaro e tentar moldar Tarcísio Gomes de Freitas como “nova direita”.

Jair Bolsonaro enfrenta julgamento no TSE que pode levar à inelegibilidade; Arthur Lira se vê envolto em denúncias do kit robótica e cabide de emprego de parentes Foto: Wilton Junior/Estadão
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Já os destinos de Arthur Lira e Alexandre Silveira não parecem ameaçados, apesar de tudo. Ambos são pedras no sapato de Lula, que pode até não gostar, mas não tem como se livrar deles. Isso vale, principalmente, para o poderoso presidente da Câmara, mas também para Silveira, que é do PSD, um partido-pêndulo, ora contra, ora a favor do governo.

Quanto mais põe a faca no pescoço de Lula, ameaçando as votações de interesse do governo e exigindo ministérios, cargos e verbas, para ele e seus aliados, mais Arthur Lira acorda com reportagens deveras reveladoras sobre ele, seus métodos e seu entorno. Neste momento, ele anda às voltas com o escândalo do kit robótica e empregos da parentada.

Assim como as evidências de golpe se aproximam mais e mais de Bolsonaro, as investigações sobre o kit robótica chegam a Lira, com uma lista com 30 “desembolsos” para um tal “Arthur”, somando R$ 650 mil, e vão parar no STF. E só numa estatal, Lira emplacou a enteada, primos e assessores, somando R$ 128 mil por mês.

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Alexandre Silveira tem embates ácidos com Marina Silva, do Meio Ambiente, e Jean Paul Prates, da Petrobras. Na superfície, a causa são os estudos sobre o potencial petrolífero no Norte. Indo mais fundo, é pela visão de cada um sobre o equilíbrio entre exploração econômica e preservação ambiental. Logo, um conflito original num governo tão amplo.

Esses “probleminhas”, porém, podem ser adiados, já que a República se divide nesta semana entre as festas de São João no Nordeste e as festas sobre o Brasil em Lisboa, para onde voaram nove ministros, uma bancada eclética de parlamentares, um ou outro ministro do Supremo. Tudo embolado, inclusive julgadores e potenciais investigados. Além dos que já são investigados, como o próprio Lira.

Enquanto o TSE avança nesta terça-feira, 27, na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a oito anos de inelegibilidade, a Polícia Federal mantém o pé no acelerador nas investigações sobre políticos, inclusive o presidente da Câmara, Arthur Lira, e “surpresas desagradáveis” continuam surgindo contra ministros, como o das Minas e Energia, Alexandre Silveira. O Supremo tende a ter agenda cheia.

O destino de Bolsonaro parece selado e o PL começa a trocar a beligerância bolsonarista por uma posição mais moderada, por exemplo, no Senado, onde as votações de Cristiano Zanin para o STF e do arcabouço fiscal foram civilizadas. A gritaria agora tem seu próprio “cercadinho”, a CPMI do Golpe. E por que a súbita moderação? Para sair da extrema direita de Bolsonaro e tentar moldar Tarcísio Gomes de Freitas como “nova direita”.

Jair Bolsonaro enfrenta julgamento no TSE que pode levar à inelegibilidade; Arthur Lira se vê envolto em denúncias do kit robótica e cabide de emprego de parentes Foto: Wilton Junior/Estadão

Já os destinos de Arthur Lira e Alexandre Silveira não parecem ameaçados, apesar de tudo. Ambos são pedras no sapato de Lula, que pode até não gostar, mas não tem como se livrar deles. Isso vale, principalmente, para o poderoso presidente da Câmara, mas também para Silveira, que é do PSD, um partido-pêndulo, ora contra, ora a favor do governo.

Quanto mais põe a faca no pescoço de Lula, ameaçando as votações de interesse do governo e exigindo ministérios, cargos e verbas, para ele e seus aliados, mais Arthur Lira acorda com reportagens deveras reveladoras sobre ele, seus métodos e seu entorno. Neste momento, ele anda às voltas com o escândalo do kit robótica e empregos da parentada.

Assim como as evidências de golpe se aproximam mais e mais de Bolsonaro, as investigações sobre o kit robótica chegam a Lira, com uma lista com 30 “desembolsos” para um tal “Arthur”, somando R$ 650 mil, e vão parar no STF. E só numa estatal, Lira emplacou a enteada, primos e assessores, somando R$ 128 mil por mês.

Alexandre Silveira tem embates ácidos com Marina Silva, do Meio Ambiente, e Jean Paul Prates, da Petrobras. Na superfície, a causa são os estudos sobre o potencial petrolífero no Norte. Indo mais fundo, é pela visão de cada um sobre o equilíbrio entre exploração econômica e preservação ambiental. Logo, um conflito original num governo tão amplo.

Esses “probleminhas”, porém, podem ser adiados, já que a República se divide nesta semana entre as festas de São João no Nordeste e as festas sobre o Brasil em Lisboa, para onde voaram nove ministros, uma bancada eclética de parlamentares, um ou outro ministro do Supremo. Tudo embolado, inclusive julgadores e potenciais investigados. Além dos que já são investigados, como o próprio Lira.

Enquanto o TSE avança nesta terça-feira, 27, na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a oito anos de inelegibilidade, a Polícia Federal mantém o pé no acelerador nas investigações sobre políticos, inclusive o presidente da Câmara, Arthur Lira, e “surpresas desagradáveis” continuam surgindo contra ministros, como o das Minas e Energia, Alexandre Silveira. O Supremo tende a ter agenda cheia.

O destino de Bolsonaro parece selado e o PL começa a trocar a beligerância bolsonarista por uma posição mais moderada, por exemplo, no Senado, onde as votações de Cristiano Zanin para o STF e do arcabouço fiscal foram civilizadas. A gritaria agora tem seu próprio “cercadinho”, a CPMI do Golpe. E por que a súbita moderação? Para sair da extrema direita de Bolsonaro e tentar moldar Tarcísio Gomes de Freitas como “nova direita”.

Jair Bolsonaro enfrenta julgamento no TSE que pode levar à inelegibilidade; Arthur Lira se vê envolto em denúncias do kit robótica e cabide de emprego de parentes Foto: Wilton Junior/Estadão

Já os destinos de Arthur Lira e Alexandre Silveira não parecem ameaçados, apesar de tudo. Ambos são pedras no sapato de Lula, que pode até não gostar, mas não tem como se livrar deles. Isso vale, principalmente, para o poderoso presidente da Câmara, mas também para Silveira, que é do PSD, um partido-pêndulo, ora contra, ora a favor do governo.

Quanto mais põe a faca no pescoço de Lula, ameaçando as votações de interesse do governo e exigindo ministérios, cargos e verbas, para ele e seus aliados, mais Arthur Lira acorda com reportagens deveras reveladoras sobre ele, seus métodos e seu entorno. Neste momento, ele anda às voltas com o escândalo do kit robótica e empregos da parentada.

Assim como as evidências de golpe se aproximam mais e mais de Bolsonaro, as investigações sobre o kit robótica chegam a Lira, com uma lista com 30 “desembolsos” para um tal “Arthur”, somando R$ 650 mil, e vão parar no STF. E só numa estatal, Lira emplacou a enteada, primos e assessores, somando R$ 128 mil por mês.

Alexandre Silveira tem embates ácidos com Marina Silva, do Meio Ambiente, e Jean Paul Prates, da Petrobras. Na superfície, a causa são os estudos sobre o potencial petrolífero no Norte. Indo mais fundo, é pela visão de cada um sobre o equilíbrio entre exploração econômica e preservação ambiental. Logo, um conflito original num governo tão amplo.

Esses “probleminhas”, porém, podem ser adiados, já que a República se divide nesta semana entre as festas de São João no Nordeste e as festas sobre o Brasil em Lisboa, para onde voaram nove ministros, uma bancada eclética de parlamentares, um ou outro ministro do Supremo. Tudo embolado, inclusive julgadores e potenciais investigados. Além dos que já são investigados, como o próprio Lira.

Enquanto o TSE avança nesta terça-feira, 27, na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a oito anos de inelegibilidade, a Polícia Federal mantém o pé no acelerador nas investigações sobre políticos, inclusive o presidente da Câmara, Arthur Lira, e “surpresas desagradáveis” continuam surgindo contra ministros, como o das Minas e Energia, Alexandre Silveira. O Supremo tende a ter agenda cheia.

O destino de Bolsonaro parece selado e o PL começa a trocar a beligerância bolsonarista por uma posição mais moderada, por exemplo, no Senado, onde as votações de Cristiano Zanin para o STF e do arcabouço fiscal foram civilizadas. A gritaria agora tem seu próprio “cercadinho”, a CPMI do Golpe. E por que a súbita moderação? Para sair da extrema direita de Bolsonaro e tentar moldar Tarcísio Gomes de Freitas como “nova direita”.

Jair Bolsonaro enfrenta julgamento no TSE que pode levar à inelegibilidade; Arthur Lira se vê envolto em denúncias do kit robótica e cabide de emprego de parentes Foto: Wilton Junior/Estadão

Já os destinos de Arthur Lira e Alexandre Silveira não parecem ameaçados, apesar de tudo. Ambos são pedras no sapato de Lula, que pode até não gostar, mas não tem como se livrar deles. Isso vale, principalmente, para o poderoso presidente da Câmara, mas também para Silveira, que é do PSD, um partido-pêndulo, ora contra, ora a favor do governo.

Quanto mais põe a faca no pescoço de Lula, ameaçando as votações de interesse do governo e exigindo ministérios, cargos e verbas, para ele e seus aliados, mais Arthur Lira acorda com reportagens deveras reveladoras sobre ele, seus métodos e seu entorno. Neste momento, ele anda às voltas com o escândalo do kit robótica e empregos da parentada.

Assim como as evidências de golpe se aproximam mais e mais de Bolsonaro, as investigações sobre o kit robótica chegam a Lira, com uma lista com 30 “desembolsos” para um tal “Arthur”, somando R$ 650 mil, e vão parar no STF. E só numa estatal, Lira emplacou a enteada, primos e assessores, somando R$ 128 mil por mês.

Alexandre Silveira tem embates ácidos com Marina Silva, do Meio Ambiente, e Jean Paul Prates, da Petrobras. Na superfície, a causa são os estudos sobre o potencial petrolífero no Norte. Indo mais fundo, é pela visão de cada um sobre o equilíbrio entre exploração econômica e preservação ambiental. Logo, um conflito original num governo tão amplo.

Esses “probleminhas”, porém, podem ser adiados, já que a República se divide nesta semana entre as festas de São João no Nordeste e as festas sobre o Brasil em Lisboa, para onde voaram nove ministros, uma bancada eclética de parlamentares, um ou outro ministro do Supremo. Tudo embolado, inclusive julgadores e potenciais investigados. Além dos que já são investigados, como o próprio Lira.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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