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Opinião|Depois de implodirem Doria, PSDB e MDB vão queimar Simone Tebet. Em favor de quem?


Cúpulas dos partidos têm o mesmo discurso: não é o fim, é o começo de uma candidatura. Mais um engodo, com o centro pulando ou no barco de Lula ou no colo de Jair Bolsonaro

Por Eliane Cantanhêde

Fim da candidatura João Doria, fim da candidatura Simone Tebet, fim da terceira via, fim do PSDB, fim do MDB, fim do Cidadania. Fim de uma era. O horizonte é sombrio, enquanto a esquerda faz DR (discute a relação), o centro sofre uma diáspora e setores militares extremistas projetam manter o poder até 2035 – pelo menos.

As cúpulas do PSDB e do MDB terão o mesmo discurso após a renúncia de Doria: não é o fim, é o começo de uma candidatura para valer. Mais um engodo, com o centro pulando ou no barco do ex-presidente Lula ou no colo do presidente Jair Bolsonaro.

O MDB também prepara o bote contra Simone, que não tem mais serventia. Foto: J.F.Diório/Estadão
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Depois de explodir Doria, o grupo tucano que mandou as prévias às favas parte para dinamitar Simone Tebet, do MDB, alegando que ao PSDB não interessa apoiar o nome do MDB, a prioridade é ter um candidato próprio. O gaúcho Eduardo Leite vai se prestar a esse papel?

O MDB também prepara o bote contra Simone, que não tem mais serventia. Sem Doria, o partido não precisa mais dela, que foi lançada para ser traída, depois de segurar ao mesmo tempo um nome único da terceira via e a debandada prematura para as duas candidaturas principais. Agora, o partido está livre para apoiar Lula no Nordeste e Bolsonaro no Sul e no Centro-Oeste. E acabou-se a terceira via.

Triste fim, não de Policarpo Quaresma, o personagem de Lima Barreto, mas do PSDB, que foi pulando de erro em erro, até a margem do precipício, logo aí à frente.

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Fernando Henrique errou ao lavar as mãos em 2002 para José Serra, que lavou para Geraldo Alckmin, que também lavou para Serra, que lavou para Aécio Neves, que recusou uma chapa puro-sangue com Serra e jogou fora a melhor chance tucana em décadas. Errou o cálculo.

É mentira que Doria “acabou com o PSDB”. Governador de São Paulo já é naturalmente candidato à Presidência e Doria não virou só porque queria e porque articulou para ser, mas porque não havia alternativas reais e ele venceu nas prévias as duas que se apresentaram. Não deu um golpe nem impôs nada. Se houve golpe, não foi dele, foi contra ele.

O DEM, ex-PFL, nem esperou a vez e já se atirou no precipício antes do velho parceiro PSDB. As bancadas de ambos foram infiltradas e corroídas por dentro pelo vírus oportunista do bolsonarismo e, quando as cúpulas se deram conta, era tarde demais. O DEM foi devorado pelo PSL, que elegeu Bolsonaro em 2018. Qual o destino do PSDB?

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Não acreditem nas previsões de Aécio Neves, que é bom de lábia e esconde o jogo, como ACM Neto, coveiro do DEM. Estarão ambos derrubando as candidaturas, uma a uma, para abrir alas para Bolsonaro? Pode ser, pode não ser. A resposta virá rapidamente.

Fim da candidatura João Doria, fim da candidatura Simone Tebet, fim da terceira via, fim do PSDB, fim do MDB, fim do Cidadania. Fim de uma era. O horizonte é sombrio, enquanto a esquerda faz DR (discute a relação), o centro sofre uma diáspora e setores militares extremistas projetam manter o poder até 2035 – pelo menos.

As cúpulas do PSDB e do MDB terão o mesmo discurso após a renúncia de Doria: não é o fim, é o começo de uma candidatura para valer. Mais um engodo, com o centro pulando ou no barco do ex-presidente Lula ou no colo do presidente Jair Bolsonaro.

O MDB também prepara o bote contra Simone, que não tem mais serventia. Foto: J.F.Diório/Estadão

Depois de explodir Doria, o grupo tucano que mandou as prévias às favas parte para dinamitar Simone Tebet, do MDB, alegando que ao PSDB não interessa apoiar o nome do MDB, a prioridade é ter um candidato próprio. O gaúcho Eduardo Leite vai se prestar a esse papel?

O MDB também prepara o bote contra Simone, que não tem mais serventia. Sem Doria, o partido não precisa mais dela, que foi lançada para ser traída, depois de segurar ao mesmo tempo um nome único da terceira via e a debandada prematura para as duas candidaturas principais. Agora, o partido está livre para apoiar Lula no Nordeste e Bolsonaro no Sul e no Centro-Oeste. E acabou-se a terceira via.

Triste fim, não de Policarpo Quaresma, o personagem de Lima Barreto, mas do PSDB, que foi pulando de erro em erro, até a margem do precipício, logo aí à frente.

Fernando Henrique errou ao lavar as mãos em 2002 para José Serra, que lavou para Geraldo Alckmin, que também lavou para Serra, que lavou para Aécio Neves, que recusou uma chapa puro-sangue com Serra e jogou fora a melhor chance tucana em décadas. Errou o cálculo.

É mentira que Doria “acabou com o PSDB”. Governador de São Paulo já é naturalmente candidato à Presidência e Doria não virou só porque queria e porque articulou para ser, mas porque não havia alternativas reais e ele venceu nas prévias as duas que se apresentaram. Não deu um golpe nem impôs nada. Se houve golpe, não foi dele, foi contra ele.

O DEM, ex-PFL, nem esperou a vez e já se atirou no precipício antes do velho parceiro PSDB. As bancadas de ambos foram infiltradas e corroídas por dentro pelo vírus oportunista do bolsonarismo e, quando as cúpulas se deram conta, era tarde demais. O DEM foi devorado pelo PSL, que elegeu Bolsonaro em 2018. Qual o destino do PSDB?

Não acreditem nas previsões de Aécio Neves, que é bom de lábia e esconde o jogo, como ACM Neto, coveiro do DEM. Estarão ambos derrubando as candidaturas, uma a uma, para abrir alas para Bolsonaro? Pode ser, pode não ser. A resposta virá rapidamente.

Fim da candidatura João Doria, fim da candidatura Simone Tebet, fim da terceira via, fim do PSDB, fim do MDB, fim do Cidadania. Fim de uma era. O horizonte é sombrio, enquanto a esquerda faz DR (discute a relação), o centro sofre uma diáspora e setores militares extremistas projetam manter o poder até 2035 – pelo menos.

As cúpulas do PSDB e do MDB terão o mesmo discurso após a renúncia de Doria: não é o fim, é o começo de uma candidatura para valer. Mais um engodo, com o centro pulando ou no barco do ex-presidente Lula ou no colo do presidente Jair Bolsonaro.

O MDB também prepara o bote contra Simone, que não tem mais serventia. Foto: J.F.Diório/Estadão

Depois de explodir Doria, o grupo tucano que mandou as prévias às favas parte para dinamitar Simone Tebet, do MDB, alegando que ao PSDB não interessa apoiar o nome do MDB, a prioridade é ter um candidato próprio. O gaúcho Eduardo Leite vai se prestar a esse papel?

O MDB também prepara o bote contra Simone, que não tem mais serventia. Sem Doria, o partido não precisa mais dela, que foi lançada para ser traída, depois de segurar ao mesmo tempo um nome único da terceira via e a debandada prematura para as duas candidaturas principais. Agora, o partido está livre para apoiar Lula no Nordeste e Bolsonaro no Sul e no Centro-Oeste. E acabou-se a terceira via.

Triste fim, não de Policarpo Quaresma, o personagem de Lima Barreto, mas do PSDB, que foi pulando de erro em erro, até a margem do precipício, logo aí à frente.

Fernando Henrique errou ao lavar as mãos em 2002 para José Serra, que lavou para Geraldo Alckmin, que também lavou para Serra, que lavou para Aécio Neves, que recusou uma chapa puro-sangue com Serra e jogou fora a melhor chance tucana em décadas. Errou o cálculo.

É mentira que Doria “acabou com o PSDB”. Governador de São Paulo já é naturalmente candidato à Presidência e Doria não virou só porque queria e porque articulou para ser, mas porque não havia alternativas reais e ele venceu nas prévias as duas que se apresentaram. Não deu um golpe nem impôs nada. Se houve golpe, não foi dele, foi contra ele.

O DEM, ex-PFL, nem esperou a vez e já se atirou no precipício antes do velho parceiro PSDB. As bancadas de ambos foram infiltradas e corroídas por dentro pelo vírus oportunista do bolsonarismo e, quando as cúpulas se deram conta, era tarde demais. O DEM foi devorado pelo PSL, que elegeu Bolsonaro em 2018. Qual o destino do PSDB?

Não acreditem nas previsões de Aécio Neves, que é bom de lábia e esconde o jogo, como ACM Neto, coveiro do DEM. Estarão ambos derrubando as candidaturas, uma a uma, para abrir alas para Bolsonaro? Pode ser, pode não ser. A resposta virá rapidamente.

Fim da candidatura João Doria, fim da candidatura Simone Tebet, fim da terceira via, fim do PSDB, fim do MDB, fim do Cidadania. Fim de uma era. O horizonte é sombrio, enquanto a esquerda faz DR (discute a relação), o centro sofre uma diáspora e setores militares extremistas projetam manter o poder até 2035 – pelo menos.

As cúpulas do PSDB e do MDB terão o mesmo discurso após a renúncia de Doria: não é o fim, é o começo de uma candidatura para valer. Mais um engodo, com o centro pulando ou no barco do ex-presidente Lula ou no colo do presidente Jair Bolsonaro.

O MDB também prepara o bote contra Simone, que não tem mais serventia. Foto: J.F.Diório/Estadão

Depois de explodir Doria, o grupo tucano que mandou as prévias às favas parte para dinamitar Simone Tebet, do MDB, alegando que ao PSDB não interessa apoiar o nome do MDB, a prioridade é ter um candidato próprio. O gaúcho Eduardo Leite vai se prestar a esse papel?

O MDB também prepara o bote contra Simone, que não tem mais serventia. Sem Doria, o partido não precisa mais dela, que foi lançada para ser traída, depois de segurar ao mesmo tempo um nome único da terceira via e a debandada prematura para as duas candidaturas principais. Agora, o partido está livre para apoiar Lula no Nordeste e Bolsonaro no Sul e no Centro-Oeste. E acabou-se a terceira via.

Triste fim, não de Policarpo Quaresma, o personagem de Lima Barreto, mas do PSDB, que foi pulando de erro em erro, até a margem do precipício, logo aí à frente.

Fernando Henrique errou ao lavar as mãos em 2002 para José Serra, que lavou para Geraldo Alckmin, que também lavou para Serra, que lavou para Aécio Neves, que recusou uma chapa puro-sangue com Serra e jogou fora a melhor chance tucana em décadas. Errou o cálculo.

É mentira que Doria “acabou com o PSDB”. Governador de São Paulo já é naturalmente candidato à Presidência e Doria não virou só porque queria e porque articulou para ser, mas porque não havia alternativas reais e ele venceu nas prévias as duas que se apresentaram. Não deu um golpe nem impôs nada. Se houve golpe, não foi dele, foi contra ele.

O DEM, ex-PFL, nem esperou a vez e já se atirou no precipício antes do velho parceiro PSDB. As bancadas de ambos foram infiltradas e corroídas por dentro pelo vírus oportunista do bolsonarismo e, quando as cúpulas se deram conta, era tarde demais. O DEM foi devorado pelo PSL, que elegeu Bolsonaro em 2018. Qual o destino do PSDB?

Não acreditem nas previsões de Aécio Neves, que é bom de lábia e esconde o jogo, como ACM Neto, coveiro do DEM. Estarão ambos derrubando as candidaturas, uma a uma, para abrir alas para Bolsonaro? Pode ser, pode não ser. A resposta virá rapidamente.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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