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Opinião|A GLO de Lula no Rio de Janeiro é para valer ou mera satisfação para o público?


Se o presidente era contra GLO para o Exército, imaginem o próprio Exército, que enfrenta batalhas em várias frentes, com generais, coronéis, tenentes e sargentos na mira de STF, CPMI do Golpe e PF

Por Eliane Cantanhêde
Atualização:

Juntou a fome com a vontade de comer, porque nem o presidente Lula admitia decretar GLO para o Exército no Rio nem o Exército queria GLO numa hora dessas. Foi assim que o pacote contra a violência saiu, como antecipado aqui na coluna em 26/10, com um típico jeitinho brasileiro: as Forças Armadas entram na guerra contra milícias e organizações criminosas, mas com limites, cautelas e, principalmente, um bom discurso de marketing.

Escaldado pela tentativa de golpe de oito de janeiro, que teve participação direta ou apoio subliminar de variadas patentes, Lula não quis naquele dia e continua sem querer ouvir falar de GLO, muito menos de militares subindo morros, de fuzis em punho, com tanques nas ruas. O erro dele, mais uma vez, foi falar demais e na hora errada sobre temas sensíveis, e depois ser obrigado a recuar.

O ministro da Justiça Flávio Dino e o presidente Lula, com o comandante do Exército, general Thomás Miguel Ribeiro Paiva, ao fundo, durante assinatura do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)  Foto: Wilton Junior/Estadão
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“Enquanto eu for presidente, não vai ter GLO”, disse a jornalistas, com cara séria, cheio de autoridade. Era sexta-feira. Cinco dias depois, os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, anunciaram... GLO no Rio, mas só para Marinha e Aeronáutica, como já especificava a coluna de 26/10. Ao contrário de dobrar a aposta, como fez contra o déficit zero e contra o próprio Fernando Haddad, da Fazenda, Lula voltou atrás e liberou a GLO, mas não para o Exército.

Se o presidente era contra GLO para o Exército, imaginem o próprio Exército, que enfrenta batalhas em várias frentes, com generais, coronéis, tenentes e sargentos na mira de STF, CPMI do Golpe e PF, um general da ativa entrando para a história como o pior ministro da Saúde, um tenente-coronel da ativa metido com venda ilegal de joias no exterior, atestados falsos de vacina e minutas de golpe de Estado.

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Temos ainda a história fresquinha de armas de grande alcance “sumindo” do arsenal de Barueri (SP) e indo parar nas mãos da bandidagem, além da investigação policial envolvendo generais em desvios justamente numa GLO, e justamente no Rio, durante a intervenção na Segurança Pública sob comando de um general da ativa que veio a ser ministro da Defesa e da Casa Civil e depois candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022.

É hora de se meter em ações policiais de novo, logo no Rio? Definitivamente não. Bastam os 18 meses de GLO no Complexo da Penha e do Alemão, mais os 14 meses no Complexo da Maré, que foram nos governos anteriores do PT, e os dez meses de intervenção na segurança do Rio, já no governo Michel Temer. Só serviram para gastos de energia, recursos e imagem. O crime não parou e não para de se alastrar de lá para cá.

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Por isso, a GLO no Rio é limitada. Vale para a Aeronáutica atuar como polícia nos aeroportos de Guarulhos e Galeão e a Marinha nos portos de Santos, Rio e Itaguaí. O Exército fica bem longe, numa faixa de até 150 quilômetros nas fronteiras de Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por onde entram e saem drogas, armas, contrabando e criminosos. E vai agir com base numa Lei Complementar, a de número 97, de 1999, e não na GLO.

A expectativa para esse novo pacote contra a violência no Rio não é lá essas coisas e a avaliação é de que não passa de uma satisfação para o digníssimo público, leia-se a opinião pública. Mas o governo Lula não tinha alternativa. Cruzar os braços? Fingir que não tem nada acontecendo? Agora, é cuidar para não trazer a responsabilidade e a solução do caos para Brasília, muitíssimo menos para dentro do Palácio do Planalto. Segurança Pública é atribuição dos estados. O atual governador Cláudio Castro não pariu Matheus, mas ele que o embale.

Juntou a fome com a vontade de comer, porque nem o presidente Lula admitia decretar GLO para o Exército no Rio nem o Exército queria GLO numa hora dessas. Foi assim que o pacote contra a violência saiu, como antecipado aqui na coluna em 26/10, com um típico jeitinho brasileiro: as Forças Armadas entram na guerra contra milícias e organizações criminosas, mas com limites, cautelas e, principalmente, um bom discurso de marketing.

Escaldado pela tentativa de golpe de oito de janeiro, que teve participação direta ou apoio subliminar de variadas patentes, Lula não quis naquele dia e continua sem querer ouvir falar de GLO, muito menos de militares subindo morros, de fuzis em punho, com tanques nas ruas. O erro dele, mais uma vez, foi falar demais e na hora errada sobre temas sensíveis, e depois ser obrigado a recuar.

O ministro da Justiça Flávio Dino e o presidente Lula, com o comandante do Exército, general Thomás Miguel Ribeiro Paiva, ao fundo, durante assinatura do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)  Foto: Wilton Junior/Estadão

“Enquanto eu for presidente, não vai ter GLO”, disse a jornalistas, com cara séria, cheio de autoridade. Era sexta-feira. Cinco dias depois, os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, anunciaram... GLO no Rio, mas só para Marinha e Aeronáutica, como já especificava a coluna de 26/10. Ao contrário de dobrar a aposta, como fez contra o déficit zero e contra o próprio Fernando Haddad, da Fazenda, Lula voltou atrás e liberou a GLO, mas não para o Exército.

Se o presidente era contra GLO para o Exército, imaginem o próprio Exército, que enfrenta batalhas em várias frentes, com generais, coronéis, tenentes e sargentos na mira de STF, CPMI do Golpe e PF, um general da ativa entrando para a história como o pior ministro da Saúde, um tenente-coronel da ativa metido com venda ilegal de joias no exterior, atestados falsos de vacina e minutas de golpe de Estado.

Temos ainda a história fresquinha de armas de grande alcance “sumindo” do arsenal de Barueri (SP) e indo parar nas mãos da bandidagem, além da investigação policial envolvendo generais em desvios justamente numa GLO, e justamente no Rio, durante a intervenção na Segurança Pública sob comando de um general da ativa que veio a ser ministro da Defesa e da Casa Civil e depois candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022.

É hora de se meter em ações policiais de novo, logo no Rio? Definitivamente não. Bastam os 18 meses de GLO no Complexo da Penha e do Alemão, mais os 14 meses no Complexo da Maré, que foram nos governos anteriores do PT, e os dez meses de intervenção na segurança do Rio, já no governo Michel Temer. Só serviram para gastos de energia, recursos e imagem. O crime não parou e não para de se alastrar de lá para cá.

Por isso, a GLO no Rio é limitada. Vale para a Aeronáutica atuar como polícia nos aeroportos de Guarulhos e Galeão e a Marinha nos portos de Santos, Rio e Itaguaí. O Exército fica bem longe, numa faixa de até 150 quilômetros nas fronteiras de Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por onde entram e saem drogas, armas, contrabando e criminosos. E vai agir com base numa Lei Complementar, a de número 97, de 1999, e não na GLO.

A expectativa para esse novo pacote contra a violência no Rio não é lá essas coisas e a avaliação é de que não passa de uma satisfação para o digníssimo público, leia-se a opinião pública. Mas o governo Lula não tinha alternativa. Cruzar os braços? Fingir que não tem nada acontecendo? Agora, é cuidar para não trazer a responsabilidade e a solução do caos para Brasília, muitíssimo menos para dentro do Palácio do Planalto. Segurança Pública é atribuição dos estados. O atual governador Cláudio Castro não pariu Matheus, mas ele que o embale.

Juntou a fome com a vontade de comer, porque nem o presidente Lula admitia decretar GLO para o Exército no Rio nem o Exército queria GLO numa hora dessas. Foi assim que o pacote contra a violência saiu, como antecipado aqui na coluna em 26/10, com um típico jeitinho brasileiro: as Forças Armadas entram na guerra contra milícias e organizações criminosas, mas com limites, cautelas e, principalmente, um bom discurso de marketing.

Escaldado pela tentativa de golpe de oito de janeiro, que teve participação direta ou apoio subliminar de variadas patentes, Lula não quis naquele dia e continua sem querer ouvir falar de GLO, muito menos de militares subindo morros, de fuzis em punho, com tanques nas ruas. O erro dele, mais uma vez, foi falar demais e na hora errada sobre temas sensíveis, e depois ser obrigado a recuar.

O ministro da Justiça Flávio Dino e o presidente Lula, com o comandante do Exército, general Thomás Miguel Ribeiro Paiva, ao fundo, durante assinatura do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)  Foto: Wilton Junior/Estadão

“Enquanto eu for presidente, não vai ter GLO”, disse a jornalistas, com cara séria, cheio de autoridade. Era sexta-feira. Cinco dias depois, os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, anunciaram... GLO no Rio, mas só para Marinha e Aeronáutica, como já especificava a coluna de 26/10. Ao contrário de dobrar a aposta, como fez contra o déficit zero e contra o próprio Fernando Haddad, da Fazenda, Lula voltou atrás e liberou a GLO, mas não para o Exército.

Se o presidente era contra GLO para o Exército, imaginem o próprio Exército, que enfrenta batalhas em várias frentes, com generais, coronéis, tenentes e sargentos na mira de STF, CPMI do Golpe e PF, um general da ativa entrando para a história como o pior ministro da Saúde, um tenente-coronel da ativa metido com venda ilegal de joias no exterior, atestados falsos de vacina e minutas de golpe de Estado.

Temos ainda a história fresquinha de armas de grande alcance “sumindo” do arsenal de Barueri (SP) e indo parar nas mãos da bandidagem, além da investigação policial envolvendo generais em desvios justamente numa GLO, e justamente no Rio, durante a intervenção na Segurança Pública sob comando de um general da ativa que veio a ser ministro da Defesa e da Casa Civil e depois candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022.

É hora de se meter em ações policiais de novo, logo no Rio? Definitivamente não. Bastam os 18 meses de GLO no Complexo da Penha e do Alemão, mais os 14 meses no Complexo da Maré, que foram nos governos anteriores do PT, e os dez meses de intervenção na segurança do Rio, já no governo Michel Temer. Só serviram para gastos de energia, recursos e imagem. O crime não parou e não para de se alastrar de lá para cá.

Por isso, a GLO no Rio é limitada. Vale para a Aeronáutica atuar como polícia nos aeroportos de Guarulhos e Galeão e a Marinha nos portos de Santos, Rio e Itaguaí. O Exército fica bem longe, numa faixa de até 150 quilômetros nas fronteiras de Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por onde entram e saem drogas, armas, contrabando e criminosos. E vai agir com base numa Lei Complementar, a de número 97, de 1999, e não na GLO.

A expectativa para esse novo pacote contra a violência no Rio não é lá essas coisas e a avaliação é de que não passa de uma satisfação para o digníssimo público, leia-se a opinião pública. Mas o governo Lula não tinha alternativa. Cruzar os braços? Fingir que não tem nada acontecendo? Agora, é cuidar para não trazer a responsabilidade e a solução do caos para Brasília, muitíssimo menos para dentro do Palácio do Planalto. Segurança Pública é atribuição dos estados. O atual governador Cláudio Castro não pariu Matheus, mas ele que o embale.

Juntou a fome com a vontade de comer, porque nem o presidente Lula admitia decretar GLO para o Exército no Rio nem o Exército queria GLO numa hora dessas. Foi assim que o pacote contra a violência saiu, como antecipado aqui na coluna em 26/10, com um típico jeitinho brasileiro: as Forças Armadas entram na guerra contra milícias e organizações criminosas, mas com limites, cautelas e, principalmente, um bom discurso de marketing.

Escaldado pela tentativa de golpe de oito de janeiro, que teve participação direta ou apoio subliminar de variadas patentes, Lula não quis naquele dia e continua sem querer ouvir falar de GLO, muito menos de militares subindo morros, de fuzis em punho, com tanques nas ruas. O erro dele, mais uma vez, foi falar demais e na hora errada sobre temas sensíveis, e depois ser obrigado a recuar.

O ministro da Justiça Flávio Dino e o presidente Lula, com o comandante do Exército, general Thomás Miguel Ribeiro Paiva, ao fundo, durante assinatura do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)  Foto: Wilton Junior/Estadão

“Enquanto eu for presidente, não vai ter GLO”, disse a jornalistas, com cara séria, cheio de autoridade. Era sexta-feira. Cinco dias depois, os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, anunciaram... GLO no Rio, mas só para Marinha e Aeronáutica, como já especificava a coluna de 26/10. Ao contrário de dobrar a aposta, como fez contra o déficit zero e contra o próprio Fernando Haddad, da Fazenda, Lula voltou atrás e liberou a GLO, mas não para o Exército.

Se o presidente era contra GLO para o Exército, imaginem o próprio Exército, que enfrenta batalhas em várias frentes, com generais, coronéis, tenentes e sargentos na mira de STF, CPMI do Golpe e PF, um general da ativa entrando para a história como o pior ministro da Saúde, um tenente-coronel da ativa metido com venda ilegal de joias no exterior, atestados falsos de vacina e minutas de golpe de Estado.

Temos ainda a história fresquinha de armas de grande alcance “sumindo” do arsenal de Barueri (SP) e indo parar nas mãos da bandidagem, além da investigação policial envolvendo generais em desvios justamente numa GLO, e justamente no Rio, durante a intervenção na Segurança Pública sob comando de um general da ativa que veio a ser ministro da Defesa e da Casa Civil e depois candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022.

É hora de se meter em ações policiais de novo, logo no Rio? Definitivamente não. Bastam os 18 meses de GLO no Complexo da Penha e do Alemão, mais os 14 meses no Complexo da Maré, que foram nos governos anteriores do PT, e os dez meses de intervenção na segurança do Rio, já no governo Michel Temer. Só serviram para gastos de energia, recursos e imagem. O crime não parou e não para de se alastrar de lá para cá.

Por isso, a GLO no Rio é limitada. Vale para a Aeronáutica atuar como polícia nos aeroportos de Guarulhos e Galeão e a Marinha nos portos de Santos, Rio e Itaguaí. O Exército fica bem longe, numa faixa de até 150 quilômetros nas fronteiras de Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por onde entram e saem drogas, armas, contrabando e criminosos. E vai agir com base numa Lei Complementar, a de número 97, de 1999, e não na GLO.

A expectativa para esse novo pacote contra a violência no Rio não é lá essas coisas e a avaliação é de que não passa de uma satisfação para o digníssimo público, leia-se a opinião pública. Mas o governo Lula não tinha alternativa. Cruzar os braços? Fingir que não tem nada acontecendo? Agora, é cuidar para não trazer a responsabilidade e a solução do caos para Brasília, muitíssimo menos para dentro do Palácio do Planalto. Segurança Pública é atribuição dos estados. O atual governador Cláudio Castro não pariu Matheus, mas ele que o embale.

Juntou a fome com a vontade de comer, porque nem o presidente Lula admitia decretar GLO para o Exército no Rio nem o Exército queria GLO numa hora dessas. Foi assim que o pacote contra a violência saiu, como antecipado aqui na coluna em 26/10, com um típico jeitinho brasileiro: as Forças Armadas entram na guerra contra milícias e organizações criminosas, mas com limites, cautelas e, principalmente, um bom discurso de marketing.

Escaldado pela tentativa de golpe de oito de janeiro, que teve participação direta ou apoio subliminar de variadas patentes, Lula não quis naquele dia e continua sem querer ouvir falar de GLO, muito menos de militares subindo morros, de fuzis em punho, com tanques nas ruas. O erro dele, mais uma vez, foi falar demais e na hora errada sobre temas sensíveis, e depois ser obrigado a recuar.

O ministro da Justiça Flávio Dino e o presidente Lula, com o comandante do Exército, general Thomás Miguel Ribeiro Paiva, ao fundo, durante assinatura do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)  Foto: Wilton Junior/Estadão

“Enquanto eu for presidente, não vai ter GLO”, disse a jornalistas, com cara séria, cheio de autoridade. Era sexta-feira. Cinco dias depois, os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, anunciaram... GLO no Rio, mas só para Marinha e Aeronáutica, como já especificava a coluna de 26/10. Ao contrário de dobrar a aposta, como fez contra o déficit zero e contra o próprio Fernando Haddad, da Fazenda, Lula voltou atrás e liberou a GLO, mas não para o Exército.

Se o presidente era contra GLO para o Exército, imaginem o próprio Exército, que enfrenta batalhas em várias frentes, com generais, coronéis, tenentes e sargentos na mira de STF, CPMI do Golpe e PF, um general da ativa entrando para a história como o pior ministro da Saúde, um tenente-coronel da ativa metido com venda ilegal de joias no exterior, atestados falsos de vacina e minutas de golpe de Estado.

Temos ainda a história fresquinha de armas de grande alcance “sumindo” do arsenal de Barueri (SP) e indo parar nas mãos da bandidagem, além da investigação policial envolvendo generais em desvios justamente numa GLO, e justamente no Rio, durante a intervenção na Segurança Pública sob comando de um general da ativa que veio a ser ministro da Defesa e da Casa Civil e depois candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022.

É hora de se meter em ações policiais de novo, logo no Rio? Definitivamente não. Bastam os 18 meses de GLO no Complexo da Penha e do Alemão, mais os 14 meses no Complexo da Maré, que foram nos governos anteriores do PT, e os dez meses de intervenção na segurança do Rio, já no governo Michel Temer. Só serviram para gastos de energia, recursos e imagem. O crime não parou e não para de se alastrar de lá para cá.

Por isso, a GLO no Rio é limitada. Vale para a Aeronáutica atuar como polícia nos aeroportos de Guarulhos e Galeão e a Marinha nos portos de Santos, Rio e Itaguaí. O Exército fica bem longe, numa faixa de até 150 quilômetros nas fronteiras de Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por onde entram e saem drogas, armas, contrabando e criminosos. E vai agir com base numa Lei Complementar, a de número 97, de 1999, e não na GLO.

A expectativa para esse novo pacote contra a violência no Rio não é lá essas coisas e a avaliação é de que não passa de uma satisfação para o digníssimo público, leia-se a opinião pública. Mas o governo Lula não tinha alternativa. Cruzar os braços? Fingir que não tem nada acontecendo? Agora, é cuidar para não trazer a responsabilidade e a solução do caos para Brasília, muitíssimo menos para dentro do Palácio do Planalto. Segurança Pública é atribuição dos estados. O atual governador Cláudio Castro não pariu Matheus, mas ele que o embale.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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